terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Zebra africana

Foto: Reuters

Mazembe! Os colorados jamais esquecerão deste nome. Com camisa preta e branca tal qual uma zebra, o campeão africano resolveu galopar em Abu Dhabi. Determinou o fim do sonho do bi-Mundial para o Inter. O que pode ter acontecido? Soberba? Nervosismo? Culpa do treinador? Falhas do goleiro? Este é mais um capítulo daqueles que o torcedor viverá mais dez anos, vinte anos, um século se perguntando: o que houve com meu time? Pobres colorados que viajaram até os longínquos Emirados Árabes para nada. Gastaram suas economias para nada! É o tal de Mazembe quem está na final do Mundial de Clubes. Está quebrada a escrita entre sul-americanos e europeus!

Jogadores de nomes impronunciáveis foram os algozes do Internacional. Ninguém acreditava, mas a camisa do Mazembe acusava que ali estava a zebra africana. No entanto, o Inter apenas experimentou a velha frase: "um dia é da caça, o outro do caçador". Os congoleses utilizaram a mesma tática que Abel Braga escolheu para derrotar o Barcelona em 2006. Ronaldinho e Cia acreditavam que voltariam para a Espanha com a taça de campeão, bem como D'Alessandro e os outros achavam que chegariam à final do Mundial de Clubes. A vitória foi do time que se resguardou e deixou a festa para o fim. O goleiro Kidiaba é a prova máxima - fechou o gol durante a partida e realizou a sua dança estranha após o apito final.

Para o torcedor acostumado com títulos nos últimos anos, só restou chorar. Para o colorado antigo, ficou o cheiro de anos 90 no ar. A derrota diante do Mazembe tem o mesmo aroma dos insucessos contra o Bragantino, Remo, Juventude, enfim. Nem a lista de coincidências elaboradas desde o final do ano passado salvou o clube gaúcho. E quem comemorou mesmo foram os gremistas, que viram o quadro de títulos mundiais seguir intacto na rivalidade Gre-Nal: 1 a 1. Mas, a pergunta que não quer calar é: por que os times de Celso Roth perdem o gás na hora H?

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