Já faz 28 anos que o Grêmio ergueu sua primeira taça Libertadores da América. Uma das principais peças daquela equipe era o atual treinador Renato Portaluppi. Nesta quarta-feira, a história se repete diante da retina do comandante e dos torcedores. Não é uma decisão valendo medalha - longe disso! Na partida desta noite o Tricolor estará jogando a chance de disputar mais uma competição sul-americana. Nem o time que Renato dispõe é tão qualificado como aquele de 1983. Não há um atacante como Renato, por exemplo. Nem o adversário é tão imponente como o Peñarol, na época o campeão do Mundo. Mas nada disso interessa. Esta noite o Liverpool estará cara a cara com o Grêmio que vergou o conterrâneo Peñarol, e conseguir pisar na grama do estádio Olímpico já é uma façanha e tanta para um simples campeão da 2ª divisão uruguaia.
O primeiro passo já foi dado pelos portenhos. Tal qual fez o jalde-negro de Montevidéu há quase três décadas, enfrentaram os gremistas de igual para igual no estádio Centenário. Até mesmo o resultado foi semelhante. Enquanto a final de 83 deixou o placar igualado em 1 a 1, desta vez cada um acertou duas vezes a rede do seu adversário. Agora, em Porto Alegre, a vantagem é amplamente brasileira. Um novo empate, desde que abaixo de 2 a 2, classifica o Tricolor. Mas, convenhamos, nem será preciso. Desta vez, Renato nem precisará ir à linha de fundo e acertar um balão em cheio na cabeça de César. Também não será necessário se enervar com a catimba dos rivais, revidar provocações e ser expulso (foto). As coisas prometem ser mais tranquilas nesta noite.
É preciso lembrar da história que se tem. É importantíssimo que, antes de entrarem em campo, os jogadores sejam levados pelo próprio Renato ao museu do Olímpico. Ou que apenas peçam para escutar no vestiário a história daquela grande conquista. Se hoje está em jogo a Pré-Libertadores, é por um breve acaso. O clube é bem maior que isso. Ao contrário dos uruguaios, que querem rugir como um Penãrol, mas não passam de um Liverpool. É tudo uma questão de história.
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