sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Novo ano, problemas velhos

Foto: Alexandre Lops

O ano de 2011 finalmente iniciou para o Internacional. Depois de algumas rodadas torcendo pelo time B, os colorados tiveram a chance de assistir os titulares (pelo menos a maioria) na partida contra o Juventude, nesta quinta-feira. A vitória veio, por 3 a 1, mas os problemas que tanto irritaram o torcedor no ano passado continuaram. Para alguns, a exuberante atuação de D'Alessandro (foto), que chegou a marcar dois gols, maquiou uma exibição fraca do restante da equipe. O argumento é que este foi apenas o primeiro jogo e os jogadores vão entrando no ritmo aos poucos. Tomara que seja isso realmente!

Não se deve comparar, mas podemos fazê-lo tranquilamente. Enquanto perdia dentro de casa para o Liverpool, o técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, abriu mão de um volante e lançou o meia Vinícius Pacheco para mudar o rumo da partida. O que fez Celso Roth? O Inter empatava com o Juventude e o comandante permitiu que três volantes - Matias, Tinga e Guiñazu - continuassem em campo. Além disso, quando Zé Roberto sentiu uma lesão e precisou deixar o gramado, o escolhido foi Andrezinho, isolando Damião no ataque (exatamente como acontecia com Alecsandro em 2010). Isso sem falar no goleiro. Lauro não chegou a causar grandes sustos como Abbondanzieri e Renan o fizeram, mas não gera uma tranquilidade nas arquibancadas do Beira-Rio. Enfim, o Colorado se resumiu à técnica de D'Alessandro e a um erro grotesco do árbitro que assinalou uma penalidade inexistente e permitiu a virada.

A zaga também esteve longe de ser elogiada. Índio, por exemplo, parecia estar com as panturrilhas pesadas (com o perdão da piada). É bem verdade que Bolívar e Rodrigo devem formar a dupla defensiva na Libertadores da América, mas mesmo assim o torcedor não sentiu confiança para uma estreia das boas contra o Emelec, daqui a duas semanas. Além disso, a ingenuidade de Leandro Damião deve dar lugar à experiência de Fernando Cavenaghi, e aí se apostam grande parte das fichas vermelhas. Entretanto, ainda está muito longe de se sonhar com o tri da América.

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