Foto: Reprodução Sportv
O Inter viajou ao Equador com status de campeão da América. Foi tratado como time grande pelo Emelec. Mas Celso Roth (foto) parecia não querer para si todo este rótulo. Simplesmente entrou em campo para não perder. Por isso, quando todos os colorados do planeta lamentam o empate na estreia em Guayaquil, ele volta para a casa contente.
Os treinos já vinham indicando que o Inter entraria em campo com três volantes e apenas um atacante, para irritação da torcida. Horas antes, Tinga sentiu lesão e foi cortado. A partir daí, qualquer homem com mais coragem escalaria o argentino Cavenaghi para reforçar o ataque. Roth não desistiu do trio defensivo no meio, e chamou o também castelhano Bolatti para acompanhar Matias e Guiñazu. Apesar disso, os colorados foram superiores em grande parte do jogo, coleciando chances de abrir o marcador - principalmente com Leandro Damião. A bola teimava em não entrar, e o treinador em manter o mesmo esquema tático. Até que, enfim, chamou Cavegol do banco de reservas. Porém, quem balançou as redes foi o compatriota volante. Era a chance que Celso esperava para inflar o peito e gritar: Eu tinha razão!
Entretanto, ninguém passa ileso quando erra demais. Logo o juíz reiniciou a partida, Roth retirou o autor do gol para lançar a campo o zagueiro Rodrigo, recuando ainda mais a própria equipe. O Emelec cresceu, virou um leão e, finalmente, estufou as redes de Lauro. O castigo não poderia ter pior hora: 49 do segundo tempo, último segundo. O Internacional volta para o Brasil com um sabor amargo de empate entalado na garganta. Quando se morre por chegar demais ao ataque, se morre por tesão, a dor não é tão grande. No caso do Inter, a morte é por omissão. Aí dói.
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