segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Quando os reforços valem a pena

Fotos: Alexandre Lops e Lucas Uebel

A semana abriu com duas festas no Aeroporto Salgado Filho - uma da torcida colorada e outra da gremista. No domingo pela manhã, foi a vez do argentino Bolatti ser bem recepcionado pelos vermelhos. À tarde, o compatriota Escudero pisou em solo porto-alegrense para a alegria dos azuis. Estes são alguns dos reforços da dupla, que vai buscar em 2011 o tri da Libertadores da América. Dias antes, o Inter apresentava o centroavante Cavenaghi, enquanto o Grêmio buscava o meio-campista Carlos Alberto. As contratações são de peso e enchem o torcedor de esperança. Mas o que se deve discutir é quando os reforços valem a pena.

Além dos castelhanos, o Internacional também trouxe os meias-atacantes Zé Roberto e Alex (do Vasco e Fluminense, respectivamente). Ambos já atuaram com a camisa vermelha - tendo o primeiro se lesionado no jogo de estreia. O segundo, encarado pela diretoria como uma jóia bruta, é alvo direto do escárnio de Celso Roth. Na rodada deste final de semana, pelo Gauchão, sem poder contar com Sóbis ou Zé Roberto, o treinador decidiu armar a equipe com três volantes (Matias, Tinga e Guiñazu) e apenas um atacante (Damião). O jovem talento foi renegado ao banco de reservas, e incluído na partida Andrezinho (foto acima), que apesar do esforço não tem a competência de um ofensivo. Depois, aos microfones, o comandante insistiu que Alex não é a salvação do time. Ok, mas o que ninguém entende é como Roth se preserva tanto contra um Veranópolis cambaleante. O resultado foi o mesmo vexame ocorrido contra o Mazembe: substituições estapafúrdias e derrota por 2 a 1.

Por que tanta demora, tanto cuidado, na hora de lançar uma contratação a campo? No sábado, por exemplo, o Grêmio fez com que o zagueiro Rodolfo (foto à direita) estreasse. Atleta precisa de condicionamento físico, de adaptação ao local de trabalho. Não é de se espantar, portanto, que o referido defensor tenha sido um dos melhores em campo diante do Caxias, na vitória de 2 a 1. Renato Portaluppi não treme ao utilizar seus novos contratados, nem teme em colocar jogadores jovens e habilidosos em campo. Se o resultado não for o esperado, se busca uma outra alternativa. O que não se pode é perder por omissão ou medo. Sendo assim, de nada adianta reforçar o elenco.

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