Foto: Edu Andrade (Gazeta Press)
Entre os quatro semifinalistas da Taça Piratini, o Cruzeirinho, sem dúvida, era a maior zebra. Havia eliminado na semana passada o Internacional em pleno Beira-Rio (que preferiu utilizar sua equipe B, é verdade). Vacinado, o Grêmio resolveu mandar a campo o que tinha de melhor. Apesar do cansaço pela viagem de volta da Colômbia, Renato repetiu a escalação que enfrentou o Júnior em Barranquilla e despachou a zebrinha do Gauchão.
Mas neste trabalho de eliminação do Cruzeiro, o técnico teve a seu favor uma arma especial: Borges (foto). O camisa 9 foi autor de três gols na goleada de 4 a 2. Foi o responsável direto por manter o Cruzeiro sempre distante no placar. Quando o adversário, por exemplo, marcou o primeiro gol, Borges já havia balançado a rede duas vezes. Depois, quando o rival chegou de novo à goleira de Victor, o centroavante gremista tinha feito o terceiro através de uma penalidade sofrida por ele mesmo. No fim, com um a menos e entregue, o Cruzeiro sofreu o último de Gabriel, também de pênalti.
Agora, nem tudo é ouro no Olímpico. O placar ajuda a maquiar uma atuação deveras preocupante. Só para se ter uma ideia, os dois tentos do Cruzeirinho vieram de jogadas aéreas - sendo a primeira finalizada por Jô, um atleta com um metro e meio de altura. A zaga tricolor tem sérios problemas e, além disso, o meio-campo não está tão confiável assim. Carlos Alberto está sendo escalado muito mais pela confiança que o treinador deposita nele do que pela segurança em uma boa atuação. O interessante é que o Grêmio consegue, imediatamente, espantar o clima ruim que atingiu o vestiário após a derrota na Colômbia, pela Libertadores. E, depois que o Carnaval passar, o clube tem a chance de garantir o primeiro turno do Estadual - basta a arma antizebra de Renato funcionar novamente contra o Caxias.
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