E o negócio com Adriano foi pro espaço

Os dirigentes do Internacional nunca quiseram tratar publicamente das negociações com Adriano Imperador. Por muito tempo, inclusive, chegaram a negar a existência de tratativas. Eis que nesta segunda-feira vêm aos microfones, personificados em Luis César Souto de Moura, para dar por encerradas as conversas. Condicionamento físico, além de alguns empecilhos no contrato, foram as explicações. A camisa 99 sequer sairá às lojas - como havia sido programado pelo projeto de marketing dos empresários.

De certa maneira, o próprio Inter sai derrotado da 'não-contratação'. O tempo que foi perdido debatendo a viabilidade da aposta e da novela pelo Rio de Janeiro, poderia ter sido utilizado em busca de um atacante com maior apoio interno. Primeiro, foi necessário o técnico Dunga dar sua palavra (respaldado por Paulo Paixão) de que poderiam recuperar o Imperador. Na direção, ainda havia quem se posicionava contrário, mas agia em nome da democracia - apesar de ser voto vencido. E agora, para onde correrá o Inter?

Enquanto conversou com o procurador de Adriano e os empresários, o Colorado viu Rodrigo Moledo assinar com o Metalist-UCR, Fred ceder ao assédio do Shakhtar Donetsk-UCR e Fabrício balançar diante do Beskitas-TUR. Os cofres, certamente, estão cheios (cerca de R$ 40 milhões foram depositados nesta janela de transferências). Agora é saber aonde investir, sem mais preocupações com tendão de Aquiles e contrato de risco.