A demissão de Vanderlei Luxemburgo do Grêmio era para lá de pedra cantada. Bastava circular nos corredores do estádio Olímpico para chegar a esta conclusão. Porém, a oficialização do ato neste sábado, enquanto o Tricolor realizava jogo-treino com o Caxias, pegou o Brasil inteiro de surpresa. Acontece que não há explicação pública (ainda) do motivo que levou à assinatura da rescisão do contrato entre clube e treinador. Convenhamos, a queda na Libertadores ou as más exibições no Gauchão e Brasileiro não são explicação plausível. Fosse isso, a dispensa não teria acontecido neste fim de semana, e sim um mês atrás. A grande questão é saber o que levou Fábio Koff à pedir o boné de Luxa de volta.
Pois às 14h50min, Luiz Carlos Reche entrou ao vivo na Rádio GUAÍBA para apresentar aquela que, aparentemente, teria sido a última gota que fez o copo de Luxemburgo transbordar. Conforme Reche, o mandatário tricolor pediu ao departamento de futebol que avisasse ao treinador de que o atacante Welliton não fosse escalado diante do Caxias, já que está sendo negociado com um clube árabe. Procurado por um dos homens do vestiário, Luxa teria respondido de maneira ríspida que não aceitaria recados, ou tampouco influência na escalação de seu time. A resposta foi repassada ao presidente, que, irritado, teria dado ordem para descer a guilhotina. A história não foi confirmada por Koff, que inclusive afirma ter uma boa relação com o treinador: “Colaboraram diversos fatores. Alguns fatores, eu não vou divulgar. Mas a decisão está tomada no momento certo e adequado, sem nenhum desrespeito ao profissional Luxemburgo”, disse o mandatário.
Em contato com Eduardo Uram, empresário de Welliton, o repórter Gutieri Sanchez ouviu a seguinte resposta: "Ele (atacante) já esteve mais próximo de sair. Mas tudo pode acontecer com a janela aberta." Sobre o desentendimento envolvendo o atleta, Uram não quis dar mais detalhes. A verdade é que, independente da veracidade deste caso, é importante o Grêmio ter bem claro o real motivo que levou Luxemburgo à demissão - sendo caso de insubordinação ou não. Isso é muito importante, antes mesmo de pensar em Cristóvão Borges, Renato Portaluppi, Adílson Batista ou qualquer outro treinador que possa ser contratado para assumir a equipe a partir de agora.
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