segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Não ficará pior por falta de tempo

Foto: Alexandre Lops (Inter)

D'Alessandro tinha razão quando, há algumas rodadas disparou: "O ano tem que acabar". É verdade! A cada rodada que passa, as coisas para o Internacional ficam ainda piores. E não falo somente de posição na tabela de classificação. O vestiário fechado da época de Dunga, rachou de vez - ou melhor, mostrou as rachaduras que sempre existiram. Depois da forte discussão de Goiânia, foi a vez de Willians escancarar os problemas de relacionamento. Na saída de campo, após o empate em 0 a 0 com o Coritiba, o volante desabafou: "Temos três substituições e ele só usa uma com um monte de jogador no banco", em clara referência às escolhas do técnico Clemer. Enfim, o mundo colorado está caindo. Mesmo assim, não quer dizer que o Inter cairá para a Série B. E isso somente porque o Campeonato Brasileiro acabará antes. Tivessemos mais uma ou duas rodadas, o Inter corria sérios riscos de terminar o ano entre os quatro piores do certame.

A crise existe! Não fosse assim, torcedores não se pendurariam sobre o alambrado para cuspir nos jogadores que rumavam para o vestiário. Não fosse isso, dirigentes e conselheiros jamais ficariam monitorando o que dizem os repórteres após a partida e, a cada frase 'mal colocada', cobrariam melhores manifestações. Externamente, o vice-presidente Marcelo Medeiros tentou apagar o fogo: "Jogador que não gosta de perder, serve para o Internacional", classificou ele sobre a frase 'infeliz' de Willians. "Isso aí foi de cabeça quente, todo mundo quer ganhar. Não vejo o vestiário ruim", acalmou o treinador Clemer.

Medeiros, que foi fortemente cobrado por repórteres e torcedores na saída do gramado no Centenário, manteve a compostura, e preferiu comemorar o ponto conquistado diante dos paranaenses: "Conquistamos um ponto importante. Os jogadores transpiraram, lutaram até o final. O importante é que os jogadores tiveram empenho muito grande. (...) A nuvem negra do rebaixamento está se dissipando", concluiu. Ou seja, no Beira-Rio, todos contam os dias para que 2013 chegue ao fim. Mas quem garante que em 2014 os problemas não continuarão? Poderá ser um longo ano.

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