quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Transição preocupante

Foto: Alexandre Lops (Inter)

Transição é a palavra-chave. Ela ajuda a explicar o atual momento do Internacional, incluindo a derrota desta quinta-feira, de 2 a 1, para o Atlético-MG. "O Internacional está em fase de transição e temos de dar desconto para esta rapaziada", avaliou o técnico Clemer. Verdade. Literalmente, da defesa ao treinador (e parando até na direção), são profissionais que estão sendo testados para um futuro próximo. Mas, convenhamos, o torcedor colorado não merece isso. Um clube com tamanha folha salarial não permite isso.

A frase de D'Alessandro, ao deixar o gramado do estádio Independência, diz tudo: "A gente tinha qualidade para brigar lá em cima, mas nosso segundo semestre foi muito ruim. Esse ano tem que acabar logo." Fui e sou a favor do pensamento que, restando nada mais a fazer no Brasileirão, seria necessário observar melhor Cláudio Winck, Alan, Jackson, Valdívia e cia. Acontece que a qualidade é inferior a qual imaginava. É verdade, quando a barca está furada, qualquer marinheiro é um naufrago. Porém, está difícil salvar alguém. Agora só é possível ver defeitos, sem enxergar um futuro promissor - até mesmo na diretoria.

O discurso do diretor Luis César Souto de Moura, por exemplo (com todo o respeito que ele merece), já não cabe à grandiosidade do clube: "Aparecer na segunda página é inaceitável", avaliou ele, para logo em seguida emendar que só se pode pensar em 2014 a partir do término do campeonato. Ou seja, seguindo nesta toada, o Inter tem tudo para abrir mais uma temporada como retardatário. E aí, as primeiras posições da segunda página serão pouco para a mediocridade que vive o Colorado - futebolisticamente falando.

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