Olhando o momento atual, a vida do Grêmio na Libertadores é preocupante. A lateral-direita está órfã de Ruy. No meio-campo, apenas Adílson defende, depois que William Magrão se contudiu. Já os avantes nada mais são do que incógnitas. E, a comandar todo esse batalhão de improvisos, há um treinador interino. Ou seja, somente o goleiro Victor é unanimidade. Mesmo assim, o tricolor não deve temer por uma desclassificação precoce. O Grêmio irá passar para a próxima fase assim como uma ala de carnaval que avança lentamente pela Sapucaí - com direito à marchinha (ôôô, Aurora!).
A diretoria também sabe disso. Sabe que este grupo 7 é mais fácil que Gauchão sem arquirrival. Porém, conhece o fato de que a partir das oitavas-de-final o caldo engrossa. A partir dali, Boca Juniors, Nacional, São Paulo e Libertad começam a aparecer no caminho. E aí, meu amigo, não há Jonas que se torne esperança de gols. Por isso o desespero por reforços. Por isso se fala tanto na contratação de técnico renomado e experiente. Acontece que, para tanto, os gremistas deverão ler muito "Ali Babá e os Quarenta Ladrões". Saber de cor o que aconteceu nas "Mil e uma noites". Por que de lá, das bandas orientais, virão os novos nomes, os reforços, os alentos. O primeiro, e mais importante deles, se chama Paulo Autuori. O técnico bicampeão da Libertadores e campeão mundial pelo São Paulo quer vir para Porto Alegre. Cansou do Catar, das dunas, do Alladin. No entanto, para que abandone de vez as arábias, tem mais um campeonato pela frente (seu time, o Al-Rayyan, disputa o título com o Al-Gharafa, de Fernandão).
Outro nome que há tempos eriça o lado azul atende pelo nome de Renato. Não, não é o Portaluppi, é o meia, ex-Flamengo. O atleta, que atualmente defende as cores do Al-Shabab, dos Emirados Árabes, encheu o saco do Alcorão. Não vê a hora de pisar em solo verde, em pátria mãe. Quer voltar ao Brasil. No entanto, sua situação é parecida com a de Autuori, dependendo apenas da boa vontade do xeique que manda no clube. O diretor executivo tricolor, Mauro Galvão, já cogitou sua ida ao Oriente, a fim de ajudar na repatriação do atleta. Entretanto, recomendo à massa azul que esqueça, nem que seja por enquanto, da Alma Castelhana. Faz de conta que somos vizinhos dos árabes, e não dos portenhos. Vamos ajoelhar nas Mesquitas e orar por Alah. Tudo é valido, desde que a segunda fase da Libertadores seja menos assustadora do que nos parece agora.
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