O ditado é clássico: "os últimos serão os primeiros". Mas e o contrário, se repete? Bom, pelo menos, se tratando de Libertadores da América, é praticamente isso. Desde que o regulamento do torneio faz o cruzamento de oitavas-de-final privilegiando as melhores campanhas, o primeiro colocado na classificação geral jamais se sagrou campeão. Trago à tona este dado porque, terminado o jogo ontem, gremistas do país inteiro inflaram por estar em primeiro lugar entre todas as equipes do certame. Inclusive,a própria diretoria tricolor exaltou este feito. Mas, pelo que parece, esta liderança simbólica costuma iludir. Veja só.
Quando, em 2005, o melhor colocado passou a decidir contra o de menor pontuação - tendo, ainda, a vantagem do segundo jogo em casa -, a maldição se fez presente. Naquela oportunidade, o River Plate (que conquistou 16 pontos na primeira fase) caiu na semi-final para o São Paulo. Já o tricolor paulista, que viria a ser o campeão, ostentava a quinta melhor campanha com 12 pontos. Um ano depois, o Inter foi mais longe. Teve a segunda melhor pontuação (14 pontos) e mesmo assim levantou o caneco. Já o Vélez Sarsfield, primeiro, com 16 pontos, caiu nas quartas-de-final para o Chivas, que sequer foi finalista. A maldição também se fez presente nas duas últimas oportunidades, quando Boca e LDU (últimos campeões) classificaram-se em segundo lugar nos seus grupos, ambos com 10 pontos e em 11º no quadro geral. Em 2007, o Santos, que caiu na semi para o Grêmio, obteve a melhor pontuação. Em 2008, o Fluminense, de Renato Portaluppi, era o dono do "abacaxi", e perdeu na finalíssima, em um Maracanã lotado.
Mas, afinal de contas, é tão importante assim estar entre os primeiros? Bom, se o time souber fazer seu dever de casa, é um grande feito. No entanto, depende do tamanho desta tarefa. O próprio Grêmio, em 2007, teve a chance de decidir em casa uma Libertadores. No entanto, os 3 a 0 dificultaram um pouco a virada no Olímpico. Por isso, antes mesmo de comemorar uma boa colocação, reveja a tabela. Quem será seu próximo adversário? Às vezes, tamanho não é documento, e número de pontos não quer dizer nada. Que o diga o Grêmio de Jardel e Cia. Por isso, não nos deslumbremos com pouco, muito pouco.
2 comentários:
Fiiii ameeeei, agora estou torcendo que maldição seja real...hehehe Abraço!
e eu ainda me presto a ler isso...
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