quinta-feira, 16 de abril de 2009

Contra-ataque mortal

Grêmio tem agora a melhor campanha da Copa - Foto: Roberto Candia
Era a equipe que mais amedrontava. Se derrotado, o Grêmio perderia a liderança do grupo. E talvez este tenha sido o combustível gremista. Já, para o lado adversário, os dois gols "brasileiros" calaram as expectativas. Enfim, Grêmio 2 a 0 no Universidad de Chile e mais classificado do que nunca para a próxima fase da Taça Libertadores. Agora, ao que tudo indica, encaminhará uma das melhores, senão a melhor, campanha do certame continental. Resta bater no indefeso Boyacá Chicó, em casa.

Quando a bola rolou pela primeira vez em Santiago, os otimistas se calaram. Os pessimistas já pressentiam o pior. Os gaúchos eram espremidos em seu campo de defesa, e envolvidos pelos rápidos avantes chilenos. O único jeito de chegar à frente era em contra-ataques ou em bolas paradas. Pois foi exatamente assim que o Grêmio decidiu o jogo a favor de si. No fim da primeira etapa, Léo inaugurou o placar de cabeça - justamente quando o Universidad se fazia grande. Na volta ao segundo tempo, os andinos estavam loucos. Queriam empatar a todo custo. E quase o fizeram, não fosse mais uma boa atuação de Victor (o melhor goleiro, há horas, em atividade no Brasil). E, novamente, quando o torcedor gaúcho já temia o castigo, encaixou-se um contra-ataque mortal. Gol de Máxi Lopez, em um passe magnífico de Souza - o garçom da noite, já que fez a assistência para o outro arremate também.

Pela primeira rodada da Libertadores, Grêmio e Universidad se enfrentaram em Porto Alegre. A torcida que assistiu àquele jogo, viu o tricolor massacrar "La U" sem piedade, e mesmo assim não marcar sequer um gol. Hoje, os chilenos que foram ao estádio Nacional, viram exatamente o contrário. Era o Grêmio quem se defendia, enquanto o Universidad atacava inconsequentemente. Pois, para o espanto dos admiradores de futebol, não é que o "Imortal" venceu justamente a partida que jogou pior?! Alguns dizem que a culpa é de Roth, um pé frio convicto. Outros apostam que as vitórias têm vindo por causa de um melhor entrosamento da equipe. Mas, em um quesito os dois lados concordam: jogando bem ou mal, o importante é vencer sempre! Isso não cheira a Felipão?

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