quinta-feira, 23 de abril de 2009

Bailando no Beira-Rio

O Inter chama os adversários pra dançar - Foto: Valdir Friolin
Não tem como parar o Rolo Compressor. Quando Sandro domina a bola, o Inter se arma pelo campo. Ergue-se tal qual uma naja que prepara o bote. E aí, correm Taison e D'Alessandro pelas pontas, há infiltrações a todo momento e gols... Muito gols! Não há do que reclamar mais. E por que só agora o time azeitou? Por que ele foi derrotado pelo União Rondonópolis? Olha, a única explicação cabível é que apenas agora o Inter começa a pegar ritmo. Um pouco de samba, com os pés ágeis e envolventes de Taison; de tango, com as passadas largas e bailantes de D'Alessandro; ou, quem sabe ainda, um vanerão xucro pra Índio algum botar defeito.

Quando abriu-se o placar, a torcida já pedia por mais uma goleada. Alecsandro escorou de cabeça para as redes e os abraços começaram a ficar mais apertados no Beira-Rio. E foi só Taison fazer o terceiro para que as gargalhadas estourassem. Todos logo lembraram do Caxias. E ainda viriam outros dois - outro de Alecsandro e um de Bolívar (sim, até ele fez!). Enfim, 5 a 0 no Guarani de Campinas.

Agora, diga-se a verdade: o Guarani é quase um Aurora. Sim, pois um rebaixado do Paulistão não serve nem para espalitar os dentes. Presa fácil, muito fácil. No entanto, nada tira os méritos do "Rolo", que se aproveita justamente da fragilidade do inimigo para massacrá-lo e tirá-lo para dançar. Resta saber se alguém no Brasil será capaz de emparelhar na dança do Internacional.

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