No Beira-Rio, depois que o contestadíssimo e desacreditado Adriano Gabirú encaçapou o Barcelona e encomendou as faixas de campeão mundial, o número 16 virou amuleto. Ele até pediu para o técnico Abel Braga o inscrever na Libertadores seguinte com a mesma numeração, tamanha sorte dada. Nada ocorreu. Afundou junto com o Inter no ano de 2007 e foi até dispensado pela diretoria. Voltou ao inferno (e sem a camisa mágica).
Do outro lado do Rio Grande, um outro nordestino já havia marcado território dez anos atrás utilizando o mesmo 16 às costas. Mário Jardel Almeida Ribeiro veio como refugo do Vasco e dispontou no Grêmio. Só não fez chover naquela Libertadores de 95 porque seu negócio não era meteorologia. Era gol mesmo. Saiu idolatrado do Olímpico, campeão da América - sendo até mesmo o artilheiro da competição com 12 gols -, além de campeão gaúcho e da Recopa no ano seguinte. Torcedores choravam quando o "testa de ouro" embarcou rumo a Portugal. Tentaram até um "Fica, Jardel". Nada o parou. Jardel e Beatles chegam a ter a mesma fama, inclusive. Tanto é que todo verdadeiro fã sonha com o dia em que ele irá voltar.
Eis que surge Máxi Lopez - "La Barbie". O novo camisa 16 do Grêmio. A esperança de gols dos gremistas para esta Libertadores. O motivo de toda jogada aerea que acontece no Olímpico. O que, no entanto, mais espanta é que, apesar da pouca idade (25 anos), Máxi já rodou por vários clubes, incluindo o poderoso Barcelona, da Espanha. Mais espantoso ainda são seus números. Tido como o principal centroavante tricolor para este ano, Lopez ostenta míseros 28 gols em toda carreira - computando já os dois anotados com o manto Imortal. Ora, Alex Mineiro, atleta do mesmo Grêmio e concorrente direto do argentino, fez 37 apenas no ano passado! Máxi Lopez não tem credenciais, mas, para uma torcida ainda órfã de Jardel, ele é a ficha da vez. E, torce a Geral, muitas chupadas de dedo (comemoração do jogdador) ainda virão. O que não faz uma camisa 16!
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