terça-feira, 28 de abril de 2009

No topo da América

Aos poucos o Grêmio escala o continente - Foto: Jefferson Bottega
Não exisitiu adversário para o Grêmio nesta noite. O cronômetro marcava 30 minutos do primeiro tempo e o placar já pipocava 3 a 0 no Boyacá Chicó. Souza, duas vezes, e Léo marcaram os gols. O Grêmio foi superior sempre. Na única chance dos "ajedrezados", Victor pegou um pênalti. Agora resta aos colombianos se contentar por ter, ao menos, perdido para o melhor time da primeira fase continental.

No entanto, a pergunta que não quer calar: por que o time de Marcelo Rospide vence e convence (ao contrário do que Roth produziu)? Ora, a meu ver, o ponto cardeal passa por Tcheco e Souza. O técnico interino definiu o que o Celso ainda não tinha definido, o meio-campo. Quem ataca e quem defende? Hoje, Tcheco foi recuado à posição de volante, o que qualifica o primeiro passe e, diga-se a verdade, com a lentidão que ele vinha apresentando, a armação das jogadas já não lhe cabia mais. Eis que surge Souza - o grande diferencial do Grêmio de 2008 para o deste ano. Ele pode até ser vaiado, xingado, odiado, praguejado, mas atualmente, quem cadencia a bola azul é o nordestino da camisa 8. Não por acaso ele marcou os primeiros gols. Quando ele joga bem, a equipe joga bem.

O Imortal, enfim, cumpriu todas suas tarefas. Diziam, no início da Libertadores, que com este grupo sofrível, o tricolor devia ser o primeiro. Foi. Quando Roth ainda balançava no cargo e qualquer derrota o faria cair, ele venceu. Com Rospide o aproveitamento foi melhor ainda - 3 jogos, 3 vitórias. Foi só o Boca Juniors pereder e se comentou: agora os gaúchos têm que consolidar o primeiro lugar no quadro geral. E hoje veio: Grêmio com a melhor colocação, melhor ataque e melhor defesa. E agora, quem ousa ainda desafiar o tricolor? Boyacás e Auroras da vida é que não serão.

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