quinta-feira, 31 de maio de 2012

Reforço, sim senhor!

Nesta manhã de quinta-feira, toda a imprensa esportiva gaúcha foi chamada ao Estádio Olímpico. A expectativa era gigantesca, tendo em vista que a convocação vinha do presidente gremista. Cada repórter que ficava sabendo, tuitava ou espalhava um novo boato. Alguns apostavam que o Grêmio anunciaria alguma novidade sobre a Arena, outros esperam um novo reforço. Eis que surgiu diante de todos o atacante Kleber ‘Gladiador’. A indignação tomou conta dos profissionais, e até de alguns torcedores que queriam algo a mais. Então, eu pergunto: Kleber não é reforço?!

O atacante é a maior contratação do Tricolor para a Copa do Brasil! Quando ele fraturou a perna, em março, chegou a se dizer que voltaria somente em agosto. Pois estará em campo nas semifinais, diante do Palmeiras, em junho. É uma novidade, não é? Convidado na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), certa vez, o gerente de marketing Paulo César Verardi disse que não conseguia quantificar a perda que significava aos cofres gremistas a lesão do seu melhor jogador. Portanto, entendam: a coletiva foi uma ação de marketing.

O problema é que nos acostumamos a criticar as aparições e convocações de Paulo Odone. A última vez que ele chamou todos os repórteres ao Olímpico foi justamente para ameaçar que o clube poderia abandonar o Gauchão, após Kleber fraturar a tíbia. Mas não se pode, sempre, esperar algum ato circense do mandatário tricolor. Desta vez ele fez certo, o departamento de marketing mais correto ainda. A torcida deve (e muito) comemorar o retorno do Gladiador que, aliás, já projeta encerrar a carreira no Grêmio. Isso é notícia, amigos!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Camisa 10 da Seleção

Não é necessário ver boa vontade (ou parcialidade) na ação do repórter ou comentarista que elogia o Internacional por ter comprado Oscar junto ao São Paulo. Parece coisa pequena, mas o clube do Beira-Rio pode se gabar, por exemplo, de ser o dono do passe do camisa 10 da Seleção Brasileira. Pelo menos foi assim contra a Dinamarca. Não sei se ele chegará com este status nas Olimpíadas de Londres, tampouco na Copa do Mundo de 2014, mas hoje é o principal armador do país. E ele pertence ao Inter!

Nesta quarta-feira, na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), em contato com o repórter paranaense Osiris Nadal, que cobre os amistosos da Seleção nos Estados Unidos, ouvi a seguinte declaração: “Oscar resolveu o problema do Mano Menezes”, fazendo referência à ausência de Paulo Henrique Ganso, Kaká ou Ronaldinho no escrete nacional. Eis o nível da contratação feita pelo presidente Giovanni Luigi. Até porque, quando for vendido, o garotinho renderá bem mais do que os R$ 15 milhões depositados na conta bancária são-paulina.

Sempre fui adepto da ideia de que Oscar devia permanecer em Porto Alegre. Se o desejo do atleta era ficar e se o clube o aceitava, nada mais natural do que ele atuar por aqui. Sempre defendi também a obrigatoriedade do São Paulo ser pago. A quantia e a forma de pagamento, nunca entrei nestes méritos. Bom que esta novela chegou ao fim. Agora quero esperar que o Inter não se desfaça rapidamente do jogador, passando por alguns trocados à Europa. Será legal manter o camisa 10 da Seleção Brasileira por perto pelo menos por um tempo.

domingo, 27 de maio de 2012

O futuro promete

No dia 14 de junho, os palmeirenses voltarão ao Estádio Olímpico e, se o Grêmio conseguir repetir a vitória conquistada neste domingo, por 1 a 0, estará muito próximo de chegar à final da Copa do Brasil. O gol de André Lima, anotado pela segunda rodada do Brasileirão, representa o alento de que algo grandioso pode vir ainda neste primeiro semestre do ano.

Por favor, se o Palmeiras de Felipão é somente isso, Vanderlei Luxemburgo tem totais condições de passar adiante. Barcos e Valdívia são ilhas isoladas no meio de uma imensidão de Betinhos e Luans. O Grêmio é amplamente melhor que o time paulista. A vitória só não veio de forma mais tranquila porque Léo Gago teve o azar de colocar uma bola na trave. Deu para sentir que o bicho não é tão assustador assim. Muito pelo contrário, o Grêmio ainda terá o acréscimo de Kleber Gladiador para os duelos eliminatórios. Ah, e olho neste Rondinelly!

Já os colorados, que parecem assustados com a chegada do rival na Copa do Brasil, ficam com o Campeonato Brasileiro como prioridade. O empate em 3 a 3 diante do Flamengo, conquistado com muito suor no Rio de Janeiro (depois de estar perdendo por 3 a 1), teve um sabor de vitória e, se o grupo souber absorver o que teve de melhor, pode colher os frutos disso em dezembro. São necessárias contratações e um certo poder de indignação – como o que teve Fabrício – para que o Colorado alcance algo maior este ano. Enfim, 2012 promete para ambos os lados!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Agora sim é o Felipão!

Desde que a Copa do Brasil foi desenhada, os cronistas esportivos de todo o país projetavam o confronto entre Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari. Agora, finalmente, dá para se bater o martelo. A briga já foi com o gandula do Inter, com Paulo Roberto Falcão, mas o verdadeiro rival vem agora. Com a eliminação do Bahia, os gremistas esquecem o rival colorado para se preocupar com aquele que lhes deu tantas alegrias.

Luxemburgo habla español, Felipão speak english – ou pelo menos tentam. Os dois são completamente diferentes! O primeiro, muito identificado com o futebol vistoso e plástico, chegou a ser chamado de Mr. Brasileirão ao vencer 5 troféus nacionais. O segundo, mais conhecido pela raça das suas equipes, tem um estilo mais ‘copeiro’. Ambos foram rivais na década de 90, quando Luxa comandava o Palmeiras e Felipão era rei no Grêmio. Agora os papéis se inverteram. Viva o futebol!

Neste domingo, o torcedor gremista terá o aperitivo, quando os paulistas vêm ao estádio Olímpico para duelo válido pelo Brasileirão. O gol fora não vale nada de mais, os 90 minutos não definirão o finalista do torneio. Enfim, o envolvimento é completamente diferente. E, além do mais, Kleber Gladiador não estará em campo. Aliás, este é o personagem mais esquecido. O reencontro mais explosivo pode ser o do atacante com o treinador palmeirense, antigo desafeto no Palestra Itália. Que confronto, amigos!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A última vez de Falcão no Olímpico

Dia 15 de maio de 2011. Esta foi a última vez que duas entidades rio-grandenses se encontraram: Estádio Olímpico e Paulo Roberto Falcão. Era a decisão do Campeonato Gaúcho e o ídolo e então treinador colorado chegava ao território gremista em desvantagem, depois de ter perdido o primeiro jogo da decisão em casa. Bastou pisar no gramado para que fosse hostilizado pelo torcedor anfitrião, que jogava bolinhas de tênis da arquibancada e entoava um cântico que dizia: “Em Roma ele era rainha, não era rei”. Falcão parou em frente aos rivais e os encarou. Nesta quinta-feira o cenário deverá se repetir, talvez com um final diferente.

Naquela oportunidade, depois de ter sido recebido abaixo de apupos, o técnico abandonou o campo consolando jogadores do Grêmio e foi às lágrimas até descer ao vestiário. Saiu por cima. Agora, nas quartas de final da Copa do Brasil, Falcão chega ao Olímpico novamente em desvantagem e como completo azarão. A maior diferença de todas, no entanto, é o clube que comanda – o Bahia, e não o Inter. Não terá D’Alessandro, Andrezinho e Leandro Damião à disposição. Daqueles atletas campeões, apenas Zé Roberto, que é reserva em Salvador. Muito pouco!

Não há como imaginar Falcão deixando o gramado com aquele mesmo sentimento de vencedor. Apesar de Vanderlei Luxemburgo tentar inflamar o torcedor gremista para o duelo desta noite, todos sabem que os baianos são praticamente mortos-vivos. É apenas questão de tempo para que a eliminação do Bahia seja sacramentada. Mas isso é papo para nós, analistas do futebol. Luxa está na sua posição, tem que criar o clima de guerra. Até porque não pode cair no mesmo erro de Renato Portaluppi e achar que Falcão está morto.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Tipo exportação

Quem acompanha o Internacional nos últimos anos, tem visto que o clube se transformou num grande exportador de jogadores para a Europa: pelo menos um atleta é vendido por temporada. Este foi o sistema implementado por Fernando Carvalho em 2003, e que desde então tem sido seguido à risca pelos presidentes que o sucederam – no caso, Vitório Piffero e Giovanni Luigi. Mas e se neste ano a direção quisesse ir contra a maré e, ao invés de vender, comprasse um craque ‘europeu’?

O novo vice de futebol Luciano Davi não esconde de ninguém que tem como sonho as repatriações de Lúcio, Nilmar, entre outros. Nesta terça-feira, o diretor técnico Fernandão ainda lançou dois nomes na pauta: Alexandre Pato e Luiz Adriano. O primeiro, segundo o ex-camisa 9, foi alvo de ligações até mesmo do presidente colorado, mas o Milan barrou qualquer liberação para que pudesse se recuperar das inúmeras lesões em Porto Alegre. Já o segundo ainda é alvo de estudos, porém o clube teme negociar com os ucranianos, que sempre são faca na bota nestas horas.

Fernandão é franco com qualquer um que lhe pergunta: o Inter não pode disputar com o mercado europeu. Na visão do dirigente, apesar do bom momento econômico do Brasil, não há como pagar salários astronômicos que estes e outros jogadores (como o zagueiro Felipe Santana, do Borussia Dortmund) exigem. Para vir um deste naipe, somente com a venda de outro - Leandro Damião, Oscar e Rodrigo Moledo, por exemplo. Portanto, um recado ao torcedor vermelho: não sonhe com um time de galácticos no Beira-Rio. O Inter ainda é um clube ‘tipo exportação’.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bala em chimango

Não se gasta bala em chimango” é uma frase histórica do Rio Grande do Sul. Criada pelos maragatos, que degolavam seus rivais políticos no início do século XX, ela se traduz para o cotidiano atual da seguinte maneira: “não vale a pena perder tempo com coisa pequena.” Pois, dá para dizer que o Grêmio, nos últimos tempos, vem perdendo balas em vão. Não é de agora que tenho a percepção de que o foco da diretoria tricolor está errado.

Não precisa ser um 'expert' em futebol para ver que a equipe gremista anda capenga. Há uma necessidade enorme de reforços de peso. Zé Roberto ainda está por vir, mas por enquanto o torcedor vai tendo de engolir nomes desconhecidos como Douglas Grolli, Pablo, Felipe Nunes, Tony, Rondinelly. Nada contra estes garotos, mas sabemos que (salvo raras exceções) é preciso ter atletas mais experientes no elenco. Agora, quando se espera a vinda de um bom zagueiro, aparece Renato Camilo, do Santa Cruz (PE), de 18 anos. Pode vir a ser um grande defensor no futuro, mas não empolga nem um pouco por ora.

Parece maldade, mas vejo no Grêmio um time sendo montado para a próxima temporada - ano em que a Arena estará enfim construída. Aliás, a gestão Paulo Odone tem se resumido no discurso sobre o novo estádio. Até mesmo a conquista da Copa do Brasil é vista como a chance de colocar o clube em uma Libertadores já no primeiro ano de Arena. E, quando os resultados começam a animar, o técnico Vanderlei Luxemburgo convoca uma coletiva de imprensa para criticar a arbitragem e ensinar os jornalistas a reportar. É muita bala gasta em chimango!

Um velho atacante, uma nova dupla de ataque

Nilmar pode ter a sua terceira passagem pelo estádio Beira-Rio oficializada em breve. O atacante ainda teria seis clubes europeus interessados em seu futebol. Italianos, franceses, espanhóis e ingleses estão de olho no atleta, mas o Internacional não deixa de monitorar sua situação. Desde que o Villarreal foi rebaixado no Campeonato Espanhol, a direção do clube não esconde de ninguém que ele poderá ser vendido. Resta saber quem terá bala na agulha para comprar.

Há poucos dias, o jornal Mundo Deportivo noticiou o interesse do Barcelona em Nilmar. E convenhamos, se isso acontecer, poucos poderão concorrer contra a grife dos catalães. Porém, o sogro do jogador, Eduardo Guimarães, em contato com a produtora Sarihana Victorino, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), revelou que apenas uma proposta chegou à mesa: da Lazio. E, mais importante que isso, Nilmar estaria vindo ao Brasil já nesta quarta-feira para passar férias. Porto Alegre será o destino deste descanso e os cartolas colorados prometem avançar sobre o alvo.

O grande problema é como bancar esta contratação milionária. Especula-se que o Villarreal estaria pedindo inicialmente 8 milhões de euros (comprou-o em 2009 por € 13 milhões). E como o Inter teria esta quantia toda? Somente com uma venda de Leandro Damião, certo? Pois é, acontece que Luciano Davi, o novo vice de futebol colorado, disse neste domingo que a vinda de Nilmar não exclui a permanência de Damião. Imagine um ataque com os dois, então. Uma coisa é certa: as saídas de Tinga e Jô poderão pagar o salário do velho novo atacante.

domingo, 20 de maio de 2012

Sem atacantes não há alegria


Estrear com derrota no Brasileirão não quer dizer que o Grêmio será rebaixado, nem uma vitória de largada dirá que o título ficará com o Internacional. É cedo demais para qualquer análise neste nível. Porém, dá para averiguar algumas situações na dupla Gre-Nal. Vamos a elas!

Para quem viu o jogo de São Januário sem olhos apaixonados, é impossível colocar a culpa da derrota para o Vasco da Gama na conta da arbitragem. Até porque o Tricolor foi melhor, teve mais posse de bola e construiu mais chances de gol. Mas, no momento em que os atacantes brincam de perder oportunidades – até pênaltis -, não consigo apenas criticar um possível erro do juiz. Leandro, André Lima e (principalmente) Miralles não estão no nível do que os gremistas exigem. O que tranquiliza o torcedor é que logo estarão em campo Kleber e Zé Roberto, e aí as coisas poderão melhorar para o lado do Olímpico.

No Beira-Rio, a festa foi toda vermelha. Os 2 a 0 sobre o Coritiba foram construídos com tranquilidade. Poderia ter sido até mais se o freio de mão não tivesse sido puxado. Leandro Damião e Dagoberto enfim se afinaram como dupla de ataque, e Oscar mais uma vez foi fundamental vindo de trás. Entretanto, vale lembrar o torcedor colorado que, para as próximas três rodadas, Damião e Oscar estarão com a Seleção Brasileira. E aí, quem substituirá o camisa 9? Jô foi para o Atlético-MG e Gilberto mostrou não estar preparado. Então, o quadro pode se inverter no final de semana que vem. Muita calma na hora do confete - ou do velório.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O falcão e a raposa

Bem que poderia ser uma fábula de Esopo, tais como as famosas “A tartaruga e a lebre”, “A cigarra e a formiga”. Mas, se pudéssemos colocar um título nesta quinta-feira que passou seria “O falcão e a raposa”. Sim, pois o Grêmio chegou a Salvador para encarar um badalado Bahia, comandado por Paulo Roberto Falcão. Entoado em cânticos pelo seu torcedor, o Tricolor baiano era tido como o novo invicto do futebol brasileiro e, ainda por cima, saiu na frente do placar. Entretanto, do outro lado do campo, a favor dos gaúchos, estava uma velha raposa do futebol, como certa vez classificou o presidente Paulo Odone: Vanderlei Luxemburgo.

Com a experiência de quem já venceu cinco Brasileirões e uma Copa do Brasil, Luxa vem armando seu Grêmio “bem feinho”, porém para lá de pragmático e objetivo. Com gols de Fernando e Naldo conseguiu reverter o marcador para 2 a 1 e, convenhamos, carimbou a passagem às semifinais. Que venha o Palmeiras, de Luiz Felipe Scolari. Mesmo que tenha o jogo de volta contra o Bahia, é mero cumprimento de tabela.

Agora, falar em raposa perto dos colorado não é muito legal. Não foram todos os que simpatizaram com a saída de Paulo César Tinga do Beira-Rio. O homem dos dreadlocks vai vestir a camisa do Cruzeiro a partir desta temporada e a despedida do Inter foi exatamente nesta quinta. Pode ser o encerramento de uma Era, como também pode ser a abertura de portas para que novos Tingas, novas raposas ou novos Falcões apareçam das categorias de base vermelha.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Dom Quixote e Sancho Pança

No século XVII, Cervantes criou dois personagens que entraram no imaginário popular. Toda a vez que se pensa em definir uma dupla perfeita se traz à tona a imagem de Dom Quixote e Sancho Pança. Talvez, no mundo do futebol, nenhuma outra parceria chegue a tal semelhança como Paulo Roberto Falcão e Julinho Camargo – os comandantes do Bahia, que encara o Grêmio nesta quinta-feira.

Juntos, Falcão e Julinho alcançaram dois títulos estaduais, em dois anos de parceria. É bem verdade que, durante este período, a parceria foi quebrada e aí se viu que um sem o outro não é nada. Quando estavam no Beira-Rio, e Julinho decidiu migrar para o Olímpico, no ano passado, Falcão durou apenas 4 jogos sem seu auxiliar técnico (perdeu três deles). Já o fiel escudeiro, sem o comandante à frente, afundou no vestiário tricolor em 6 rodadas do Brasileirão (1 vitória, 3 empates e 2 derrotas).

Agora em Salvador, ambos uniram-se novamente e os bons resultados voltaram a acontecer. Em 26 jogos pelo certame regional, foram 17 triunfos, 6 empates e apenas 3 derrotas - tendo 61 gols marcados e apenas 28 sofridos. Na Copa do Brasil - onde o duelo com o Tricolor gaúcho acontece pelas quartas de final -, os baianos tiveram 5 jogos, com 3 vitórias, 1 empate e 1 derrota. Foram 10 gols anotados, contra 2 sofridos (sendo que nenhum deles dentro do Pituaçu). É impressionante, mas Falcão e Julinho, juntos, têm resultados totalmente opostos de quando estão sozinhos. São a personificação real do que foram Dom Quixote e Sancho Pança. Resta saber como eles irão se comportar à frente deste moinho de vento chamado Grêmio.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Lesões de despedida

Clubes de futebol costumam ser verdadeiros quartéis. Alguns, pelo menos, são assim. E isso é bom! Jô criou duas confusões e a diretoria colorada não está muito disposta a perdoar, apenas repassou o caso para o setor jurídico para que estude a melhor maneira de repassá-lo adiante. Uma simples rescisão poderia render R$ 7 milhões a menos nos cofres vermelhos – o que seria bem ruim. Enfim, a verdade é que Jô não vestirá mais a camisa do Internacional.

Agora uma nova confusão envolvendo atletas do Beira-Rio chega aos holofotes. Diferentes versões da história foram contadas. Em todas, os nomes de Gilberto, Rodrigo Moledo e Sandro Silva estão postados. O trio teria saído para comemorar o título gaúcho no domingo à noite, mas encontrou problemas durante a madrugada – o volante, mais precisamente. Sandro teve seu joelho cortado, levando 4 pontos. A sutura o tira da estreia do Brasileirão, diante do Coritiba, no próximo domingo. Justamente agora, quando vem sendo alvo de propostas milionárias de dentro e fora do país. O Al-Wahda (EAU) seria o clube mais disposto a pagar pelo seu futebol. Será que Sandro Silva voltará a atuar com a camisa colorada?

A mesma pergunta se faz ao torcedor gremista, mas diz respeito ao meia-atacante Facundo Bertoglio. O argentino sofreu mais uma lesão – agora mais séria. Segundo o Departamento Médico do Grêmio, o jogador ficará de molho por um mês. Ou seja, voltará a ficar à disposição justamente quando seu contrato por empréstimo chega ao fim. O Dínamo de Kiev (UCR) pede 4 milhões de euros para vendê-lo, mas, certamente, a direção tricolor não pagará por um atleta que vem de um mês parado. A proposta será pela renovação de empréstimo, mais seis meses, algo do gênero. Se não tiver êxito, dá para dizer que Bertoglio encerrou sua passagem pelo Olímpico. Pelo menos, no caso gremista, não foi um bar que apressou a saída do jogador.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Europa não!

Diego Souza e Nilmar. Quem time brasileiro não gostaria de contar com esta dupla em seu plantel? Com passagens de sucessos por aqui, os atletas, no entanto, não conseguiram repetir o mesmo na Europa. Mas são dois nomes de respeito e as torcidas de Grêmio e Inter tiveram as felicidades de vê-los por perto – e sonham em repetir logo mais.

O boato da volta de Diego Souza ao estádio Olímpico está muito forte em Porto Alegre. Entretanto, só em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, a notícia é tratado até com certo desdém, já que o meia disputa a Libertadores com o Vasco da Gama. Nesta segunda-feira, tive a oportunidade de conversar com seu empresário, Carlos Leite, que negou veementemente um possível retorno do atleta ao Tricolor. Diego está muito mais valorizado do que estava em 2007, quando foi trazido pelo Grêmio. Naquela época estava esquecido no Benfica (POR) e já havia sido excomungado pelos cariocas Flamengo e Fluminense.

Mas não é qualquer um que faz sucesso no Velho Continente - veja o caso de Nilmar. No Brasil, o atacante foi destaque no Corinthians e Internacional, mas no Lyon (FRA) e agora no Villarreal (ESP) as atuações foram apagadas pelo papel coadjuvante de suas equipes. Merecia um melhor futuro e, segundo seu sogro Eduardo Guimarães, o desejo é retornar à terrinha. Voltando para cá, a prioridade é a camisa colorada. Para tê-lo, o Inter deve se desfazer de Leandro Damião. Acho que o torcedor abraça a causa, não? Então, vamos lá, se a Europa não os quer, a dupla Gre-Nal não fará o mesmo.

domingo, 13 de maio de 2012

Seleção do Gauchão 2012

Goleiro: Paulo Sérgio (Caxias) Destacou-se na conquista do primeiro turno com grandes defesas e até pegando pênaltis quando a disputa era decidida na marca da cal. Na final contra o Inter, também pegou muito.

Lateral-direito: Nei (Inter) Talvez tenha sido o campeonato de afirmação do camisa 4 colorado, tendo em vista que toda vez em que se ausentou da equipe foi sentido por não ter um substituto. Descobriu-se nesta temporada sua nova virtude: a cobrança de faltas.

Zagueiro: Lacerda (Caxias) Capitão grená, mesmo negociado com o Goiás, não tirou o pé e soube ser a voz de comando na defesa.

Zagueiro: Werley (Grêmio) Depois de chegar com desconfiança a Porto Alegre, o defensor soube superar os olhares e até chegou à frente com qualidade, anotando seus gols.

Lateral-esquerdo: Fabinho (Caxias) Foi uma das gratas surpresas do certame, sendo uma das principais armas do time caxiense.

Volante: Fernando (Grêmio) Excelente marcador e com chegada forte à frente, o meia gremista apresentou a cobrança de faltas como novidade neste ano. É o jogador mais valorizado do campeonato!

Volante: Sandro Silva (Inter) De reserva da lateral-direita, o carioca conseguiu não só garantir a titularidade na sua posição, no meio-campo, como transformou em preocupação a sua renovação de contrato no Beira-Rio.

Meia: Wangler (Caxias) Mais uma jóia revelada no Centenário. Não se apequenou nas decisões enfrentadas pela equipe e, inclusive, foi a referência técnica em certos momentos dos jogos.

Meia: Oscar (Inter) Pouco atuou no torneio, devido ao imbróglio jurídico em que se envolveu com o São Paulo. Mesmo assim, quando esteve em campo, desequilibrou para os colorados.

Atacante: Kleber (Grêmio) Enquanto esteve disputando partidas, o Gladiador foi sempre a referência técnica do Tricolor – chegando a decidir um clássico a favor do seu time. Porém, sofreu uma fratura na perna logo na fase de grupos da Taça Farroupilha e acabou perdendo o restante da competição.

Atacante: Leandro Damião (Inter) Se não repetiu todos os gols da última temporada, o centroavante conquistou a artilharia do campeonato e, decisivo como sempre, anotou o gol do título.


Técnico: Rogério Zimmermann (Canoas) Fez um verdadeiro milagre à frente do seu time. De grande candidato ao rebaixamento, colocou seus comandados na semifinal do segundo turno, sendo eliminado somente pelo Grêmio.

Gauchão não pode ser ouro de tolo

Torcedor colorado, vá às ruas de sua cidade, comemore, festeje, toque flauta por aí. O Internacional é o campeão gaúcho de 2012 com todos os méritos! Não à toa tinha a maior pontuação entre todos os participantes do certame. Até mesmo a atuação do Caxias, na final deste domingo, valoriza o título conquistado no Beira-Rio. A vitória suada e de virada, por 2 a 1, valem bastante. Mas, não deixe se iludir: a vida continua.

Tão logo guarda a taça no armário, o Inter tem de colocar a mão na consciência. Alguns pontos devem ser tratados com urgência. É saudável comemorar a vitória, porém mais salutar ainda é lembrar e saber reconhecer os detalhes da derrota. Não foi à toa que o Fluminense seguiu adiante na Libertadores da América, ou que o Caxias venceu o primeiro tempo do jogo. O esquema tático, com 3 meias, está para lá de falido. Dorival Júnior deve repensar muito bem o sistema que utilizará para tentar interromper um jejum que já dura 33 anos. A torcida anseia pelo Campeonato Brasileiro!

Entretanto, se sonha com o título nacional, é necessário que a direção haja rápido. Quem é o reserva de Nei? Rodrigo Moledo está pronto para ser titular incontestável do Inter? Leandro Damião será vendido ou não? E se Jajá e Jô forem dispensados, por fazerem festa no Rio de Janeiro? Sandro Silva vai jogar no São Paulo ou não? São tantos os questionamentos que fica difícil da diretoria vermelha colher os louros da vitória estadual. Domingo que vem, o Coritiba está aí e o Brasileirão se inicia. O Campeonato Gaúcho não pode ser ouro de tolo!

sexta-feira, 11 de maio de 2012

As lições de um campeão gaúcho

Depois de ter caído fora da Libertadores nos duelos com o Fluminense, o Internacional foca de vez na final do Gauchão. O certame regional, que sempre é renegado ao segundo plano, mais uma vez passa a integrar a obrigatoriedade. É claro que o clube vermelho ainda terá pela frente o Brasileirão, mas, dependendo do andar da carruagem, o Estadual pode ser a salvação de uma temporada. Porém, antes de tudo, não leve o Caxias de compadre!

Alguém lembra como foi a última decisão de Campeonato Gaúcho? Em 2011, depois de ter perdido em casa o primeiro Gre-Nal, o Inter (então comandado por Paulo Roberto Falcão) foi conquistar o troféu na casa inimiga, nos pênaltis. Os colorados entraram em campo totalmente desacreditados e saíram glorificados e devidamente medalhados. Então, por que desta vez os caxienses não podem fazer o mesmo? Como dizia o filósofo, o jogo só termina quando acaba.

E, aproveitando a lembrança de Falcão, vale recordar os colorados que, para encerrar o semestre como o único clube gaúcho campeão, será necessário seguir a torcida pelo ex-camisa 5 do Beira-Rio. Eu explico: O Bahia, treinado por ele, é o próximo adversário do Grêmio na Copa do Brasil. O primeiro confronto já acontece na quinta-feira que vem, em Salvador – tendo o segundo duelo, uma semana depois, no Olímpico. Será que Falcão conseguirá repetir a façanha do ano passado e suplantar o Tricolor novamente? Os colorados torcem ardorosamente por isso.

Tudo pelos ares

Acabou a Libertadores para o Internacional. O conto de fadas chegou ao fim. Realmente era muito difícil conquistar uma vaga no Rio de Janeiro depois de ter passado em branco no jogo em casa. Até que o Colorado não foi mal diante do Fluminense, no Engenhão. Teve as melhores oportunidades de gol, mais posse de bola e proposta de jogo. As jogadas cariocas se resumiram praticamente nos dois gols. Mas enfim, futebol é isso. É bola na rede. Resultado: 2 a 1 para o Fluzão.

Sim, o plano de reconquistar a América foi pelos ares. Mas foi pelos ares também que o Fluminense implodiu o Inter. Dois cruzamentos praticamente iguais, onde a defesa gaúcha ficou estancada no gramado, enquanto Leandro Euzébio e Fred corriam para o abraço. Ao final do jogo, o presidente Giovanni Luigi prometeu brigar pelo Brasileirão. Em contraponto, não vê a necessidade de reforços para o time. Destaco desde já: ao menos um zagueiro, com bola aérea como ponto forte, é mais do que necessário para Dorival Júnior ser cobrado como merece.

Continuando com os zagueiros que tem à disposição, o comandante colorado não pode ser considerado culpado por nada. Assim como o Fluminense encontrou o caminho das redes através da bola aérea, outras equipes encontrarão durante o certame nacional. Desta vez, foram os cariocas que subiram aos ares, daqui por diante outros subirão. ‘Buenos aires’, só o Fluminense conhecerá neste ano. O cartaz estava certo.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

A máquina já emperrou

Nesta quarta-feira, metade do Rio Grande do Sul assistiu à vitória do Grêmio sobre o Fortaleza, novamente por 2 a 0. Enfim, o time de Luxemburgo está nas quartas da Copa do Brasil. Agora, a outra metade do Estado espera alcançar a mesma fase da Libertadores. Porém, a missão é um “pouco” mais difícil. Poucos conseguem crer numa vitória colorada no Rio de Janeiro, em cima do Fluminense de Abel Braga. Parece algo impossível de acontecer, mas vale lembrar ao torcedor vermelho que certa vez o feito foi alcançado – e pelo placar de 2 a 0.

Era a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1975. O Internacional mesclava a experiência de Manga e Figueroa à juventude de Falcão e Carpegiani. Chegou ao Maracanã para enfrentar aquela que era conhecida como a “Máquina Tricolor”. O goleiro Félix, Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju e Rivelino eram alguns dos nomes que faziam a engrenagem funcionar com maestria. A equipe comandada por Didi vinha de goleadas e belas exibições e a torcida já pensava na final, que seria decidida contra Cruzeiro ou Santa Cruz. Mas o clima de oba-oba foi a principal arapuca dos cariocas, que acabaram sofrendo dois gols diante do seu torcedor e vendo a melhor campanha do certame escorrer pelos dedos. O Colorado seria o campeão daquele ano.

Desta vez, segundo depoimentos vindos de repórteres do Rio, o diretor executivo Rodrigo Caetano, assim como Abelão, não deixam a euforia tomar conta do vestiário. Nem mesmo os 4 a 1 sobre o Botafogo, na decisão do Campeonato Carioca, vai deixar o Flu em cima do salto alto, prometem eles. É melhor pensarem assim mesmo. Se, por um instante, os tricolores planejarem o confronto com o Boca Juniors, antes mesmo de matar o Internacional, 1975 pode se repetir – desta vez no Engenhão.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Uma nova chance, um novo Dener

Convenhamos, o jogo desta quarta-feira, diante do Fortaleza, não vale absolutamente nada para o Grêmio. Depois de ter vencido o jogo de ida, no Ceará, por 2 a 0, é praticamente impossível imaginar o clube da Série C levando a melhor no Olímpico. Por isso, entenderei quando Vanderlei Luxemburgo mandar a campo alguns jogadores desconhecidos pelo torcedor gremista. É jogo para Felipe Guedes, Felipe Nunes e, principalmente, para Dener.

O jovem lateral-esquerdo, que durante o Gauchão foi emprestado ao Veranópolis, terá sua segunda chance com a camisa gremista. Parece maldade colocar toda a carreira do menino em cheque por uma única partida. Enfim, o futebol é assim. E se o garoto tomar como inspiração seu homônimo, que passou pelo Grêmio em 1993, terá um grato sucesso. Naquele ano, o então presidente Fábio Koff conseguiu trazer da Portuguesa, por empréstimo de 3 meses, o atacante Dener, destaque da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com dribles desconcertantes e muita agilidade, o piá decretou o título gaúcho ao Tricolor. Mal comparando, seria como se nos dias atuais Odone conseguisse colocar Neymar no time gremista. Aliás, alguns dizem que Dener foi melhor que Neymar, mas um acidente de carro resolveu interromper a vida da jóia revelação.

Acontece que este Dener, do presente, não tem nada a ver com o outro, do passado. Enquanto aquele tinha como principal característica o drible, este está mais preparado para estancar o ímpeto adversário. Seu treinador do VEC, Gilmar Dal Pozzo, chegou a dizer que ele sequer tem como virtude o cruzamento para a área. Em Bagé, onde fui criado (assim como Dener), o guri chegou a ser improvisado como zagueiro. Na escola, Dener fazia parte da equipe do atletismo, e não do futebol. Enfim, a história é totalmente diferente, mas a chance é única – assim como aquele Dener vindo da Portuguesa.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Ao menos no banco

D’Alessandro é um puma enjaulado. Chega a dar pena olhar o argentino correr em volta do gramado, enquanto os companheiros se preparam para a batalha contra o Fluminense, no Rio de Janeiro. Na programação da Rádio GRENAL (AM 780 / 101.9 FM), tive a oportunidade de conversar com Élio Carravetta, coordenador da preparação física colorada, sobre o possível retorno do camisa 10. Ele me assegurou que Dátolo e Dagoberto têm uma situação mais tranquila, mas quanto a D’Ale é muito difícil de tê-lo para o jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, já nesta quinta-feira.

Sei não mas, fosse eu Dorival Júnior, levaria o ‘Cabezón’ para o Engenhão nem que fosse com o pé engessado. A presença do castelhano, ao menos no banco de reservas, serviria como motivação ao restante do grupo. Afinal de contas, ele é uma das lideranças do elenco. E, ainda por cima, imagine você, sendo um jogador do Flu. Com todo o respeito, mas ao olhar para o reservado adversário e ver D’Ale espumando para entrar, não se sentiria ameaçado? É muito melhor do que vislumbrar o jovem João Paulo por ali.

E tem mais! Alguém disse (não lembro quem) quando do erro da penalidade contra este mesmo Fluminense, ainda aqui em Porto Alegre, que - literalmente – dez anos separaram a cobrança de Célio Silva, da Copa do Brasil de 1992, do pênalti batido por Dátolo e defendido por Cavalieri. Concordo plenamente, o Inter não tem cobrador! Digamos que um novo 0 a 0 ocorra no Rio de Janeiro. Teríamos uma disputa de penalidades para decidir o brasileiro que passará às quartas de final. Não é melhor ter D’Alessandro ao seu lado? Eu pensaria duas vezes na hora de barrar o gringo, Dorival.

domingo, 6 de maio de 2012

Gol chorado

Neste domingo pude ver na prática o que significa a expressão “gol chorado”. Não foi uma bola chutada na trave, antes de escorrer para o fundo das redes. Tampouco foi um bate-rebate na área até que a bola morresse no fundo da meta caxiense. Aliás, foi um belo gol. Um contra-ataque fulminante, lançado por Jajá, Oscar driblou o marcador e estufou a rede de Paulo Sérgio. Não foi o gol do título gaúcho, mas o meia do Internacional caiu nas lágrimas no exato momento em que notou a importância daquele feito.

O camisa 16 não teve uma atuação de luxo, como em outras jornadas. Mesmo assim, na transmissão da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) vi-me obrigado a votar em Oscar como o ‘dono da bola’. Por todo o simbolismo, pelas lágrimas e por todo o tempo que Oscar ficou sem o Inter – e o Inter sem Oscar. O gol no estádio Centenário, empatando o confronto com o Caxias em 1 a 1, além de colocar o time de Dorival Júnior numa situação confortável, podendo até mesmo empatar em 0 a 0 o segundo jogo da decisão, dá ânimo aos colorados que na próxima quinta-feira têm uma missão dificílima no Rio de Janeiro, diante do Fluminense. Resta saber se Oscar estará em campo no Engenhão.

Nesta terça, será julgado o mérito do ‘habeas corpus’ do meio-campista. O presidente Giovanni Luigi está confiante, mas e se a decisão judicial for favorável ao São Paulo? Teremos mais uma vez Oscar indo às lágrimas e, desta vez, não será pelo gol marcado.

sábado, 5 de maio de 2012

Uma decisão atrapalha a outra

O BID (Boletim Informativo Diário) da CBF decretou: Oscar tem seu contrato rescindido com o São Paulo e pertence ao Internacional. É uma notícia e tanto para os colorados, que poderão vê-lo em campo já neste domingo, diante do Caxias, pelo jogo de ida da final do Gauchão. Porém, os paulistas não vão engolir facilmente esta derrota nos tribunais. Além de recorrer da decisão, ainda prometem complicar ainda mais o convívio com o clube gaúcho.

No início da tarde deste sábado, caiu como uma bomba a informação de que o Tricolor do Morumbi teria feito uma proposta direta ao volante Sandro Silva. O atleta, que hoje veste vermelho, tem seu contrato de empréstimo encerrado com o Inter no dia 30 de junho. Mas, como ele se transformou em titularíssimo do meio-campo colorado, a direção já agiliza a renovação de contrato com o Málaga (ESP). Porém, enquanto não vem a resposta dos espanhóis, o São Paulo atravessa o caminho e tenta tirá-lo do Morumbi: “Essa notícia me pega de surpresa. Não estou sabendo de nada”, declarou à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) Vinícius Prates, empresário responsável pelas conversas de renovação.

Os dirigentes são-paulinos, não resta dúvida, querem guerra. O interesse em Sandro Silva é pura e simplesmente retaliação ao ganho de causa de Oscar, por parte do Inter. Agora me pergunto com que cara o clube do Centro do país vai acusar os gaúchos de terem aliciado o jovem meia. Se aliciamento não for ligar diretamente para um atleta empregado e com contrato em vigor, eu não sei mais o que significa esta palavra. Enfim, a decisão com o Caxias está aí, mas e a decisão com o São Paulo, quando chegará ao fim?

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Reforços de parar o trânsito

Nem bem digeriu a eliminação no Campeonato Gaúcho, a direção do Grêmio avançou no mercado para reforçar seu elenco, de olho no segundo semestre do ano. Faz mais do que certo! Já nesta sexta-feira, o presidente Paulo Odone oficializou a contratação do meia Zé Roberto (ex-Santos, Portuguesa e Seleção Brasileira), que está no Al-Gharafa, do Catar. Ele chegará no dia 22 de maio, iniciando os treinamentos em 4 de junho. Mas não vai parar por aí.

O repórter Henrique Pereira, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) trouxe ao ar a informação de que Paulo Pelaipe, diretor executivo do Tricolor, prometeu “mais dois reforços de parar o trânsito” – justamente nestas palavras. Imediatamente, nos perguntamos: quais são seus nomes? É evidente que o time necessita de um zagueiro de experiência, portanto imagina-se que uma destas contratações será para a defesa. O outro, quem sabe, pode ser um companheiro de meio-campo para Zé Roberto, ou até um novo atacante. Imaginação é o que não falta em uma hora dessas. Informação, que é bom, ainda é pouco.

Entretanto, a afirmação de que os reforços irão parar o trânsito de Porto Alegre não foi perdoada pelos colorados ouvintes da rádio, que pelos canais de interatividade brincaram com a possibilidade do Grêmio anunciar dois agentes de trânsito – os famosos ‘azuizinhos’. A ‘corneta’, de imediato, me fez lembrar do episódio em que o meia Leó Lima, durante a pré-temporada de 2007, decidiu descer de seu apartamento da concentração e, embriagado, coordenar os carros que circulavam em frente ao hotel em Bento Gonçalves. Depois de ser dispensado por indisciplina, será que ele voltará ao Olímpico? Brincadeiras à parte, parabéns à direção tricolor que vem sabendo agir rapidamente no mercado da bola.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Volta, Teixeira!

Nunca pensei que diria isso, mas a saída de Ricardo Teixeira da CBF está prejudicando em demasia o povo fora do eixo Rio-São Paulo. Até agora, o único clube que sentiu as agulhadas da entidade foi o Internacional. Porém, as medidas tomadas pelo novo mandatário, José Maria Marin, mostram que qualquer um que atravessar o caminho de seus amigos será retaliado.

O ‘caso Oscar’ ultrapassou os limites da intransigência. Ainda não consegui entender porque o meio-campista não reapareceu no BID (Boletim Informativo Diário) pelo Colorado. Quando o São Paulo ganhou a briga judicial no TST-SP, não passaram duas horas para que o atleta perdesse as condições legais para entrar em campo com a camisa vermelha. Agora, quando o TRT, a nível nacional, dá um parecer de ‘habeas corpus’, permitindo que Oscar possa exercer sua profissão no clube em que quiser - ou seja, no Inter -, o tratamento é o oposto: “Faltam argumentos”, diz a CBF. Poupe-me, né?!

O São Paulo, claramente, está utilizando toda a força política que tem, com Marin e Marco Polo del Nero nas poltronas da CBF. O Inter poderia fazer o mesmo. Esqueça a justiça! – já se viu que ela não penetra nas paredes da entidade máxima. Chame Dilma Rousseff, Tarso Genro e todos os colorados/políticos que puder! Já se fala que até a senadora Ana Amélia Lemos pode interceder junto a Marin (ex-vice de Paulo Maluf, companheiro de PP da gaúcha). Toda a força ainda é pouco. Lembro da torcida no Beira-Rio empunhando cartazes a favor da saída de Ricardo Teixeira do comando do futebol brasileiro. No fim, já imagino os mesmos torcedores erguendo os dizeres com: “Volta, Teixeira”.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Uma vitória de camisa 10

Encerrada a partida entre Grêmio e Fortaleza, com resultado favorável ao time gaúcho por 2 a 0, liguei para o presidente Paulo Odone: “O senhor pode dar uma palavrinha aqui na Rádio GRENAL sobre a vitória tricolor no Ceará?”. Ele, de pronto, me respondeu: “Tu quer é falar sobre o Zé Roberto. Fala a verdade!”. As palavras do mandatário tricolor denunciam. É claro que o placar dá uma margem boa para o clube aparecer na fase seguinte da Copa do Brasil, mas a principal notícia desta quarta-feira é a possível contratação de um camisa 10.

Zé Roberto! Eis o tão sonhado meio-campista que a direção prometeu aos torcedores. Um jogador digno de Seleção Brasileira. Foi adversário do Tricolor em duas oportunidades – quando fardava a camisa da Portuguesa, no Brasileirão de 1996, e pela Libertadores de 2007, com o distintivo do Santos. Aliás, foi neste ano que barbarizou com a histórica camisa 10 da Vila Belmiro. Em um time montado por Vanderlei Luxemburgo, o armador comandava um meio-campo que tinha três volantes às suas costas: Maldonado, Rodrigo Souto e Cléber Santana. Exatamente como o Grêmio de agora!

É verdade que o Zé Roberto que possivelmente desembarcará no Olímpico, depois do dia 30 de maio (quando termina o contrato no Catar), tem seus 37 anos. A idade pode pesar, mas ainda assim segue sendo um dos melhores disponíveis no mercado. Se, pelo azar do destino, não vier, Odone ainda promete Alex ‘Cabeção’, do Fenerbahçe (TUR). Promessas de peso! Por essas e outras o torcedor gremista pouco lembrará desta quarta-feira como o dia em que o Grêmio venceu o Fortaleza, no Presidente Vargas. A notícia da noite veio de Odone.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Uma fortaleza fragilizada

Desde 2010 na Série C do Campeonato Brasileiro, o Fortaleza está longe de ameaçar o sonho do Grêmio em conquistar a Copa do Brasil neste ano. Pelo menos tudo isso no campo da teoria. Dentro do gramado do Presidente Vargas, o Tricolor de Aço promete complicar a vida gremista. Mas, isso tudo na área do marketing. No discurso, pelo menos para a imprensa gaúcha, os cearenses são muito menores do que se pensa.

Em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o diretor de futebol Jorge Mota, surpreendentemente, diminuiu o grande feito desta temporada: os 4 a 0 sobre o Náutico. Segundo o dirigente, aquela foi uma circunstância desenhada pela queda do então treinador do Timbu, Waldemar Lemos. E, para piorar o quadro, também foi ouvido o repórter Júnior Marquesini, da rádio Verdes Mares. Perguntando sobre o grande destaque da equipe, obtive como resposta: 'o técnico Nedo Xavier, que conseguiu classificar o time para a final do Campeonato Cearense'. Pouco!

Ora, esperava algo a mais! O Fortaleza tem o meia Geraldo, com seus 38 anos de idade, mas um símbolo para o povo daquele Estado. Aonde está aquele clube que gritava há bem pouco tempo o nome do centroavante Clodoaldo: “Quando pega o Ceará, deixa a zaga no chão!”? Não vejo grandes dificuldades para o Grêmio nesta quarta-feira. Pelo jeito, esta fortaleza está para lá de desguarnecida, prestes a ser ocupada pelo Tricolor gaúcho.