Convenhamos, o jogo desta quarta-feira, diante do Fortaleza, não vale absolutamente nada para o Grêmio. Depois de ter vencido o jogo de ida, no Ceará, por 2 a 0, é praticamente impossível imaginar o clube da Série C levando a melhor no Olímpico. Por isso, entenderei quando Vanderlei Luxemburgo mandar a campo alguns jogadores desconhecidos pelo torcedor gremista. É jogo para Felipe Guedes, Felipe Nunes e, principalmente, para Dener.
O jovem lateral-esquerdo, que durante o Gauchão foi emprestado ao Veranópolis, terá sua segunda chance com a camisa gremista. Parece maldade colocar toda a carreira do menino em cheque por uma única partida. Enfim, o futebol é assim. E se o garoto tomar como inspiração seu homônimo, que passou pelo Grêmio em 1993, terá um grato sucesso. Naquele ano, o então presidente Fábio Koff conseguiu trazer da Portuguesa, por empréstimo de 3 meses, o atacante Dener, destaque da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com dribles desconcertantes e muita agilidade, o piá decretou o título gaúcho ao Tricolor. Mal comparando, seria como se nos dias atuais Odone conseguisse colocar Neymar no time gremista. Aliás, alguns dizem que Dener foi melhor que Neymar, mas um acidente de carro resolveu interromper a vida da jóia revelação.
Acontece que este Dener, do presente, não tem nada a ver com o outro, do passado. Enquanto aquele tinha como principal característica o drible, este está mais preparado para estancar o ímpeto adversário. Seu treinador do VEC, Gilmar Dal Pozzo, chegou a dizer que ele sequer tem como virtude o cruzamento para a área. Em Bagé, onde fui criado (assim como Dener), o guri chegou a ser improvisado como zagueiro. Na escola, Dener fazia parte da equipe do atletismo, e não do futebol. Enfim, a história é totalmente diferente, mas a chance é única – assim como aquele Dener vindo da Portuguesa.
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