quarta-feira, 23 de maio de 2012

A última vez de Falcão no Olímpico

Dia 15 de maio de 2011. Esta foi a última vez que duas entidades rio-grandenses se encontraram: Estádio Olímpico e Paulo Roberto Falcão. Era a decisão do Campeonato Gaúcho e o ídolo e então treinador colorado chegava ao território gremista em desvantagem, depois de ter perdido o primeiro jogo da decisão em casa. Bastou pisar no gramado para que fosse hostilizado pelo torcedor anfitrião, que jogava bolinhas de tênis da arquibancada e entoava um cântico que dizia: “Em Roma ele era rainha, não era rei”. Falcão parou em frente aos rivais e os encarou. Nesta quinta-feira o cenário deverá se repetir, talvez com um final diferente.

Naquela oportunidade, depois de ter sido recebido abaixo de apupos, o técnico abandonou o campo consolando jogadores do Grêmio e foi às lágrimas até descer ao vestiário. Saiu por cima. Agora, nas quartas de final da Copa do Brasil, Falcão chega ao Olímpico novamente em desvantagem e como completo azarão. A maior diferença de todas, no entanto, é o clube que comanda – o Bahia, e não o Inter. Não terá D’Alessandro, Andrezinho e Leandro Damião à disposição. Daqueles atletas campeões, apenas Zé Roberto, que é reserva em Salvador. Muito pouco!

Não há como imaginar Falcão deixando o gramado com aquele mesmo sentimento de vencedor. Apesar de Vanderlei Luxemburgo tentar inflamar o torcedor gremista para o duelo desta noite, todos sabem que os baianos são praticamente mortos-vivos. É apenas questão de tempo para que a eliminação do Bahia seja sacramentada. Mas isso é papo para nós, analistas do futebol. Luxa está na sua posição, tem que criar o clima de guerra. Até porque não pode cair no mesmo erro de Renato Portaluppi e achar que Falcão está morto.

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