Nesta quarta-feira, metade do Rio Grande do Sul assistiu à vitória do Grêmio sobre o Fortaleza, novamente por 2 a 0. Enfim, o time de Luxemburgo está nas quartas da Copa do Brasil. Agora, a outra metade do Estado espera alcançar a mesma fase da Libertadores. Porém, a missão é um “pouco” mais difícil. Poucos conseguem crer numa vitória colorada no Rio de Janeiro, em cima do Fluminense de Abel Braga. Parece algo impossível de acontecer, mas vale lembrar ao torcedor vermelho que certa vez o feito foi alcançado – e pelo placar de 2 a 0.
Era a semifinal do Campeonato Brasileiro de 1975. O Internacional mesclava a experiência de Manga e Figueroa à juventude de Falcão e Carpegiani. Chegou ao Maracanã para enfrentar aquela que era conhecida como a “Máquina Tricolor”. O goleiro Félix, Carlos Alberto Torres, Paulo César Caju e Rivelino eram alguns dos nomes que faziam a engrenagem funcionar com maestria. A equipe comandada por Didi vinha de goleadas e belas exibições e a torcida já pensava na final, que seria decidida contra Cruzeiro ou Santa Cruz. Mas o clima de oba-oba foi a principal arapuca dos cariocas, que acabaram sofrendo dois gols diante do seu torcedor e vendo a melhor campanha do certame escorrer pelos dedos. O Colorado seria o campeão daquele ano.
Desta vez, segundo depoimentos vindos de repórteres do Rio, o diretor executivo Rodrigo Caetano, assim como Abelão, não deixam a euforia tomar conta do vestiário. Nem mesmo os 4 a 1 sobre o Botafogo, na decisão do Campeonato Carioca, vai deixar o Flu em cima do salto alto, prometem eles. É melhor pensarem assim mesmo. Se, por um instante, os tricolores planejarem o confronto com o Boca Juniors, antes mesmo de matar o Internacional, 1975 pode se repetir – desta vez no Engenhão.
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