“Não se gasta bala em chimango” é uma frase histórica do Rio Grande do Sul. Criada pelos maragatos, que degolavam seus rivais políticos no início do século XX, ela se traduz para o cotidiano atual da seguinte maneira: “não vale a pena perder tempo com coisa pequena.” Pois, dá para dizer que o Grêmio, nos últimos tempos, vem perdendo balas em vão. Não é de agora que tenho a percepção de que o foco da diretoria tricolor está errado.
Não precisa ser um 'expert' em futebol para ver que a equipe gremista anda capenga. Há uma necessidade enorme de reforços de peso. Zé Roberto ainda está por vir, mas por enquanto o torcedor vai tendo de engolir nomes desconhecidos como Douglas Grolli, Pablo, Felipe Nunes, Tony, Rondinelly. Nada contra estes garotos, mas sabemos que (salvo raras exceções) é preciso ter atletas mais experientes no elenco. Agora, quando se espera a vinda de um bom zagueiro, aparece Renato Camilo, do Santa Cruz (PE), de 18 anos. Pode vir a ser um grande defensor no futuro, mas não empolga nem um pouco por ora.
Parece maldade, mas vejo no Grêmio um time sendo montado para a próxima temporada - ano em que a Arena estará enfim construída. Aliás, a gestão Paulo Odone tem se resumido no discurso sobre o novo estádio. Até mesmo a conquista da Copa do Brasil é vista como a chance de colocar o clube em uma Libertadores já no primeiro ano de Arena. E, quando os resultados começam a animar, o técnico Vanderlei Luxemburgo convoca uma coletiva de imprensa para criticar a arbitragem e ensinar os jornalistas a reportar. É muita bala gasta em chimango!
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