Em 1983, o meia-direita Carlos Caetano Bledorn Verri se destacava entre os juniores do Internacional. De imediato, subiu para os profissionais e conquistou o Campeonato Gaúcho daquele ano atuando como volante e atendendo pela alcunha de "Dunga". Desta forma, chegou à seleção olímpica, medalha de prata em Los Angeles. Logo, foi vendido ao Fiorentina, da Itália. Mas não foi embora, seguiu no Brasil por mais 3 anos, porém, atuando por outras equipes (e não pelo Inter): passou por Corinthians, Vasco da Gama e Santos. Saiu, rodou o mundo, ganhou fama e ergue taças. Seu trunfo-mór ocorreu quando sagrou-se campeão mundial em 1994, como capitão. Dezesseis anos separaram Inter e Dunga. Depois de rodar por Itália, Alemanha e Japão, o jogador voltou para o clube que o lançou, disposto a encerrar sua carreira. Fatídico 1999. Em plenos 90 anos de existência, os colorados assistiam ao time do coração beirar as últimas posições do Brasileirão. O rebaixamento já tinha até data marcada. A rodada final marcara um confronto, em casa, contra Palmeiras - então campeão da Libertadores. Eis que surgiu a imaculada imagem de Dunga. O volantão, muitas vezes xingado e axincalhado pela imprensa nacional, fez o gol responsável por livrar o Colorado do fiasco de disputar uma Segundona. Terminou com o martírio vermelho. E, mesmo assim, foi mandado embora no ano seguinte como um qualquer (tal qual se fez em 1984).
Dunga nutre uma paixão platônica pelo Inter. Sim, o clube gaúcho não corresponde o amor. Cospe, expulsa e surra o ego do "Capitão do Tetra". Dunga leva o nome do Sport Club Internacional às alturas, e a torcida vira o rosto pra ele. Como isso?! Os cariocas e paulistas esbravejam contra o atual técnico da Seleção, e os gaúchos (principalmente os vermelhos) acompanham este ato insano. Pois hoje, mais uma vez, Dunga deu provas de seu coloradismo. Ao convocar a lista de jogadores que irão enfrentar Equador e Peru, o treinador deu um presente aos colorados: chamou Kléber (mesmo que este não venha apresentando uma exuberância futebolística). Deu a chance para que os vermelhos tripudiem em cima dos azuis: "Sim, nós temos atletas na seleção, e vocês?". Já o tinha feito em duas outras oportunidades ainda em 2008, quando chamou Renan, Nilmar e Alex. E, mesmo assim, os colorados vão na onda do resto do país, gritam "burro" e cantam "Adeus, Dungaaaa"...
Mas Dunga não se abate. Para coroar ainda mais a homenagem, o duelo entre brasileiros e peruanos ocorrerá em Porto alegre, no estádio Beira-Rio. Apesar da data - 1º de Abril -, o confronto dará a chance ao torcedor colorado de, em pleno centenário do clube, vislumbrar seu lateral-esquerdo correr com a famosa "amarelinha". Grande oportunidade! E quem dirá que Dunga não poderá treinar o Inter daqui a alguns anos? Até lá, ele mata a vontade sentando, como técnico da Seleção, na casamata colorada.
Clique no link abaixo e assista ao presente dado nos 90 anos do Colorado:
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