Primeiro gol: D'Ale cobra uma falta, a bola bate na trave e volta para Índio empurrar para o fundo das redes. Segundo gol: Nilmar tenta encobrir o goleiro do União, a bola pica no travessão e sobra para Alecsandro marcar. Inter 2 a 0 no União. Exatamente o que precisava para classificar. E ela, a trave - tantas vezes a vilã da história -, jogou a favor da equipe gaúcha. Entretanto, foi difícil e sofrido. É bem verdade que o adversário veio como um "ferrolho" à Porto Alegre: retrancado e explorando os contra-ataques. Nada que desculpe a má apresentação colorada. Porém, se trata do Inter. Um clube que carrega o histórico de complicações em jogos aparentemente fáceis. Cansa de vergar grandes equipes do futebol mundial, mas peca quando a presa é menor.
Contudo, a noite desta quarta-feira não foi somente lamentações. Índio, o zagueiro goleador, mostrou as garras novamente. Quando a partida rumava para uma desclassificação sulista, o jogador escorou o rebote e abriu o placar. A torcida foi ao delírio. E não é a primeira vez que isso acontece. Vale lembrar que Índio já havia marcado na decisão da Taça Fernando Carvalho, o que o faz cair nas graças da massa. Aliás, dois parenteses dão dimensão à importância que o atleta tem para o clube. 1) o defensor, atualmente, é o único campeão mundial (de 2006) no elenco colorado que vem atuando - o outro é Clemer. 2) Índio já marcou 23 vezes vestindo a camiseta do Inter. Com isso, fica a apenas um gol do maior zagueiro goleador que o Beira-Rio viu jogar: Don Elias Figueroa. Talvez isso explique a paixão que o lado vermelho nutre por ele.
Por fim, o jogo contra os matogrossenses deixa também velhos temores expostos. Bolívar prova cada vez mais que, em certos casos, não deve ser lateral. Andrezinho errou passes fáceis e saiu no intervalo. Magrão fez muitas ligações diretas. Taison e D'Alessandro pareciam ansiosos e erravam frequentemente. E Nilmar, este sim, vive uma fase horripilante. É o centroavante Gasparzinho (ele chegou realmente a entrar em campo?). Em resumo, o Inter deu pro gasto. Pouco para o que a torcida esperava, depois do que viu no Gre-Nal de domingo passado. Até quando durará a Copa do Brasil 2009?
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