A sucessão de erros de finalização nesta Libertadores tem feito a torcida gremista suar de nervosa. O futuro passa a ser temeroso a cada lance de bola na trave, chute pra fora ou defesa do goleiro. Cadê os gols? Em estatística apresentada ontem à noite, pelo jornalista Nando Gross, da Rádio Gaúcha, a equipe gremista já perdeu mais de 30 gols pelas três partidas do torneio continental. Ou seja, mais de 10 gols por jogo! Onde está o centroavante que não enfia a pelota pras redes? Máxi Lopez, Herrera e Alex Mineiro brigam pela vaga. Por enquanto, nenhum convenceu.
Há gremistas que suspiram com a lembrança de Jardel - queriam até a sua volta ao Olímpico no ano passado. Qualquer tricolor que se preze, ao remeter à imagem de um centroavante matador, logo lembra dele: o camisa 16 de 95. Já eu, não sou tão piegas assim. Fujo do lugar comum. Sou mais humilde. Um Ivanildo Duarte Pereira me servia hoje no time do Grêmio. Ou, simplesmente, o "Nildo Bigode". Sim, o autor do gol que deu o título da Copa do Brasil, em 94, contra o Ceará. Por isso, atrevo-me a afrimar: sem ele, não haveria Jardel. Claro, se não fosse o "Mr. Moustache", não existiria Libertadores em 1995 para o Grêmio. Grande Bigode! Aquele era o camisa 9 que o torcedor gostava - brigador, matador e raçudo. E tudo isso sem ter sequer cara de jogador de futebol. Parecia um padeiro, um Mario Bros, um pescador. Mas era o homem-gol. Era o cara.
Sinto no ar que Alex Mineiro, o atual titular, não cheira a gol. No Palmeiras foi artilheiro, é verdade. Mas quem diz que "o cara" lá não era o Kléber? Talvez. Máxi Lopez também não fede a redes. Em toda sua carreira, ostenta míseros 30 gols. Ora, trinta gols fez o Keirrison só no ano passado! No fim, resta-nos Herrera. Este parece ser a bola da vez. Não aparenta ser a salvação - mesmo que todos clamem por ele em campo -, mas aposto que vai se sair bem. É brigador, raçudo e marca os seus quando tem a chance. Não tem o carisma do Nildo Bigode, mas aí, nem tudo é perfeito.
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