segunda-feira, 2 de março de 2009

O gol iluminado - versão dois

Fotos:site do Internacional
Terminado o Gre-Nal, caneco no armário do Beira-Rio e comemoração estado afora. Pronto, atenções voltadas para a Copa do Brasil, certo? Errado. O técnico Tite até propôs esta postura. No entanto, a torcida vermelha não se cansa de revirar fotos, audios, videos e textos. Quer consumir o máximo de notícias a respeito da primeira taça do centenário. Muitos destes torcedores chegaram a enxergar semelhanças entre o gol de Magrão e o da final do Brasileirão de 1975. O último entrou para a história do clube como o "gol iluminado", referindo-se a um facho de luz que aparece sobre a cabeça do capitão Figueroa, instantes antes de ele marcar e sentenciar o primeiro título nacional do Inter.

Realmente, visualizando os dois vídeos, as jogadas são parecidas. Em ambas, o cruzamento se faz através de uma falta, cobrada pelo lado direito do ataque - na mesma faixa do campo. Andrezinho e Valdomiro, os cruzadores, lançam a bola quase à mesma altura. Os cabeceadores, Magrão e Figueroa, escapam da marcação e saltam para o arremate. A bola cai exatamente no mesmo canto nas duas jogadas. Perfeito! A torcida urra igualmente.

Porém, as coincidências se calam por aí. Magrão não possui a braçadeira de capitão, assim como o chileno em 75 que ergueu a "taça das bolinhas". O adversário da primeira feita foi o Cruzeiro de Minas Gerais, desta vez foi o arquirrival Grêmio. Na década de 70, Raul Plasmann, goleiro do clube mineiro, sequer pula na bola. Já Victor se joga tentando evitar o gol. O zagueiro chileno marcou aos 11 minutos do segundo tempo, o volante brasileiro aos 32. Desta vez não houve raio solar. E, talvez, a maior diferença de todas - e justamente a que abre um grande abismo nas pretenções coloradas para esse ano -, o gol de domingo foi válido pelo primeiro turno do Gauchão e não pela final do Brasileirão. Sequer deu um título completo ao Internacional. Claro, vale comemorações, já que derruba o inimigo clássico, mas há de se manter o foco, pois o ano é longo e glórias maiores estarão em jogo futuramente.

Mesmo assim, para os amantes das coincidências é bom rever os lances, expostos pelo jornal Zero Hora no link abaixo:

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bem observado pelo autor do blog, existe muita semelhança plástica entre O "gol iluminado" e o gol do título da Taça Fernando Carvalho. Além disso, a luz solar assemelhava-se a daquela tarde de 14 de dezembro de 1975, com o sol alternando-se entre as núvens. E para completar, o apito final das partidas foi a senha para os carnavais colorados que se seguiram, com direito a volta olímpica e taça no armário. Dadas as devidas proporções, o carnaval de 75 é incomparável no âmbito histórico, mas ganhar "deles" sempre tem um sabor especial. Parabéns Filipe, o seu blog é como o Inter, de PRIMEIRA.
Ricardo Simões - Dom Pedrito, RS