O verdadeiro Minotauro está voltando

Foto: Reprodução (Twitter)

Leandro Damião já andou de lambreta e bicicleta, agora resolveu adentrar o octógono. Calma, torcedor colorado, o artilheiro não está virando lutador de MMA! O camisa 9 voltou detonando tudo. Nem parece que ficou um mês de molho, se recuperando de uma lesão muscular. O cara simplesmente surpreendeu o departamento médico do Inter, voltou antes do tempo previsto e marcou incríveis três gols no coletivo desta quarta-feira.

Sei, terá alguém lembrando que Adão, em um treino no Estádio Olímpico, balançou cinco vezes as redes, enchendo a torcida gremista de esperança. Acontece que Adão tratava-se de uma aposta, Damião já é um fenômeno estourado. Aliás, é nele que a diretoria aposta as fichas para arrancar a classificação à Copa Libertadores de 2012. Será que vai conseguir?

Que Minotauro (foto), que nada! A maior contratação do marketing colorado será a permanência de Leandro Damião no Beira-Rio. Neste pouco tempo em que teve de sobreviver sem seu goleador em campo, o torcedor vermelho viu que a situação pode ficar feia. Então, se o Inter quiser continuar "finalizando" seus adversários, que mantenha Damião em Porto Alegre.

Alex se saiu melhor que Ronaldinho

Foto: Edu Andrade (Gazeta Press)

O empate com o Corinthians, no último final de semana, por si só, serviu para detonar o ânimo dos colorados. Porém, a dor maior foi ver o gol paulista sair dos pés de um ídolo. Já nos últimos minutos de partida, Alex (foto), amado com a camisa do Inter, soltou um canhotaço daqueles que a torcida se acostumou a ver no Beira-Rio. Porém, em meio às lamúrias e lágrimas, um ato foi comemorado pela parte vermelha: o comportamento do atleta.

Era a primeira vez que Alex pisava no estádio colorado desde que havia saído para o Spartak Moscou, e já voltava balançando as redes do ex-clube. Apesar da importância daquele feito, o meia se compenetrou, levantou o dedo da mão e ficou em silêncio – como se pedisse desculpas ao torcedor colorado. Ele sabe que, se hoje é exaltado pelo Brasil, é graças às glórias que o clube gaúcho lhe proporcionou. Por isso o respeito.

E o que dizer de um outro cidadão, chamado Ronaldinho Gaúcho? Ok, as transações são puramente mercadológicas, os jogadores de futebol são movidos a dinheiro, mas o que fará Ronaldo se vier a marcar contra o Grêmio no próximo final de semana? Ele já o fez, no Engenhão, quando aproveitou a falha de Victor, para dar uma vitória ao Flamengo. Saiu correndo ensandecido, beijando o escudo rubro-negro. Os cariocas adoraram, mas a massa tricolor... Bem que ele podia ter passado em branco na comemoração, né? Fazer semelhante ao que fez Alex. Pois imagine só se a cena do Rio de Janeiro se repetir no Estádio Olímpico. Moeda vai ser pouco para o que pode voar no gramado.

Castigo dos 10 homens

Fotos: Mauro Vieira (ClicEsportes) e Luiz Costa (Futura Press)

É possível um time, com um jogador a menos, complicar a vida da dupla Gre-Nal? O final de semana mostrou que sim. Tanto vermelhos como azuis viram suas caminhadas complicarem de vez a partir da 31ª rodada. Sonho de título, pode jogar pela janela. Libertadores, quem sabe. Mas tudo ficou muito distante.

Para o Inter, novamente o cavalo passou encilhado. O adversário era o Corinthians, adversário direto, dentro do Beira-Rio. Pois até os 44 minutos do segundo tempo a equipe vencia, com gol de Nei. Até que Alex, cria da casa, acertou um petardo do meio da rua e igualou o marcador. Não adianta agora tentar achar o culpado, ou seja, dizer que Muriel colocou poucos homens na barreira. Os erros do Colorado provêm desde a primeira partida no Campeonato Brasileiro. E, convenhamos, os comandados de Dorival vão ter de se superar muito mais caso queiram estar entre os grandes da América em 2012.

Já o Grêmio, o que dizer? O time não jogava em casa, mas também não era contra o líder. O adversário era simplesmente o lanterninha América-MG! E, mesmo saindo atrás do placar, o Tricolor atuou com um jogador a mais desde meados do primeiro tempo. Teve minutos de sobra para empatar e virar a partida. Aliás, conseguiu, quando André Lima assumiu a faceta de artilheiro. Mas, aos poucos, a equipe se recuou, recuou e assistiu de camarote o zagueiro Anderson acertar uma cabeçada fulminante no gol de Victor, aos 42 da etapa final. Foi a rodada em que o “castigo dos 10 homens” funcionou como nunca.

Um Gre-Nal com dois derrotados

A notícia de que Porto Alegre está fora, agora de maneira oficial, da Copa das Confederações, cai como uma bomba em todos nós gaúchos. Ou, pelo menos, deveria cair, né? Mas não é o que parece! Participando da Rádio O Sul* nesta quinta-feira, recebi muitos torpedos e e-mails de alguns gremistas debochando pelo Beira-Rio não ter sido escolhido para sediar jogos da competição que acontecerá no Brasil em 2013. Ou pior, colorados que exaltam a participação apenas em jogos do próprio clube, sem seleções presentes. Pobres de espírito!

Se a capital do Rio Grande do Sul está alijada do torneio, todos nós, gaúchos, também estamos. Não é pura e simplesmente um duelo entre Inter e Grêmio. Vai muito além da rivalidade Gre-Nal. Pense em quantos turistas visitariam nossas cidades. Teríamos espanhóis por Bento Gonçalves, africanos cavalgando no pampa e uruguaias lindas a fim de brindar um copo de cerveja na Cidade Baixa. Enfim, perdemos todos, colorados, gremistas, juventudistas, xavantes, etc.

E se mesmo assim, você acredita que a disputa entre Colorado e Tricolor se acentua com a construção da Arena, assinas teu atestado de ingenuidade. Se o Beira-Rio não estiver pronto a tempo da Copa do Mundo, em 2014, não haverá nada em território rio-grandense!  Nenhuma seleção sequer trocará o meião sujo em um campo-base por aqui. A Copa das Confederações foi um mero aviso do que está por vir. Caso o estádio do Inter não esteja concluído daqui a dois anos, a vaca, definitivamente, vai para o brejo - não interessa a cor dela (foto)!

*rádio que pertence à Rede Pampa: 780 AM ou www.radioosul.com.br

Não tem tu, não vai tu

Foto: Alexandre Lops (Inter)

Quando volta Leandro Damião? Essa é a pergunta que todos os colorados se fazem neste momento. Desde que o artilheiro se lesionou, o Internacional entrou em jejum de gols de centroavante. Dellatorre e Jô não caíram nas graças da torcida e Dorival Júnior chegou a inaugurar até mesmo o sistema tático 4-6-0. É o pior de tudo é que deu certo até agora!

Jô (foto) foi o homem trazido para suprir Damião, até mesmo em uma possível venda para o Exterior. Porém, até agora, mostrou que não pode ser a referência do ataque. E, mesmo que receba a defesa de companheiros e treinador, todos eles sabem que a missão deve ser entregue a outro. Testar Siloé, Lucas Roggia, hmmm... Ainda parece muito pouco! E se o esquema sem atacante for instaurado desde o início do jogo? Olha, contra o Avaí até deu certo, mas era o Avaí. Já contra o São Paulo, não teve rede balançando. Ou seja, diante do Corinthians, no final de semana, pode ser que o time passe em branco mais uma vez.

É uma sinuca de bico! Existe até aquele ditado do: "Não tem tu, então vai tu mesmo". Mas, no caso colorado, o provérbio não tem sido o mais indicado. Se não existe Damião, Jô deve permanecer no banco. As vaias ouvidas no último jogo explicam o porquê. E, se mesmo assim, o comandante insistir com este substituto, teremos o nascimento de um novo Alecsandro no Beira-Rio.

O que é que o argentino tem?

Foto: Tadeu Vilani (ClicRBS)

Quando Renato Portaluppi, então treinador do Grêmio, reivindicou mais jogadores "cascudos" para seu plantel, a direção foi ao Chile para trazer o argentino Ezequiel Miralles (foto). Recebido com pompas no Aeroporto Salgado Filho, o atacante contratado do Colo-Colo era tratado como o sucessor de Jonas no Estádio Olímpico. Quatro meses depois, Celso Roth afastou o castelhano até do banco de reservas. Afinal de contas, o que é que o argentino tem?

Abertamente, Roth declarou que falta empenho ao atacante durante os treinamentos. Segundo o comandante, Miralles se nega a fazer os trabalhos físicos e não participa bem da parte tática. Chegou, inclusive, a falar que isso seria um desrespeito com os demais colegas. Sinceramente, com todo o respeito ao treinador gremista, mas treino não vale nada! Não sei se Ezequiel é "o cara" como se fez imaginar, mas merece uma chance. Não pode ser um comportamento no treino a barrar o atleta no Tricolor.

Vejo treinos da dupla Gre-Nal constantemente e repito esta frase como um mantra: "Nunca vi Leandro Damião demolir em um treino". Mas jogos, meu amigo, jamais havia visto um goleador tão funcional! Então, nada de treino é jogo e jogo é guerra. Deixa o hermano trabalhar, pô! E se Miralles se transformar em um novo Loco Abreu, bem longe do Olímpico? Aí, teremos visto os R$ 4,5 milhões mais mal gastos da história do Rio Grande do Sul.

Castelhanos bons de chegada

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Ricardo Saibun (Gazeta Press)

Nos atuais esquemas táticos de Inter e Grêmio, os centroavantes têm que ser excepcionais para brilhar. O 4-2-3-1 tem sido bom no papel, mas dentro de campo, está deixando vários pontos de interrogação. Ele violenta os camisas 9 e obriga os meias a chamarem os holofotes para si. Quando isso não acontece, o insucesso é o destino. Para a sorte da dupla, os meias estavam inspirados neste domingo. Aliás, não só meias, como argentinos.

No Beira-Rio, D'Alessandro (foto acima) assumiu toda a responsabilidade de carregar o Inter nas costas, desde a lesão de Leandro Damião. Contra o Avaí, o castelhano simplesmente destruiu! Além de marcar dois gols, na vitória de 4 a 2, por virada, deu o passe para o terceiro, anotado por Kleber. No final, ainda veio a cobrança de falta de Nei, dando números finais ao confronto. Enfim, o Colorado está mostrando ser um time de chegada. Resta saber se conseguirá chegar ao G-5 sem um centroavante.

O Grêmio, por exemplo, está dando os últimos suspiros. Contra o Santos, o gol único de Escudero (foto à direita), em rebote do goleiro, após cobrança de pênalti de Douglas, bastou para assegurar a vitória na Vila Belmiro. Aliás, vitória histórica! É a primeira vez que o Tricolor conquista três pontos no litoral paulista. Uma pena que parece ser tarde demais para chegar no G-5.

Quem tem um, não tem nenhum

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Mauro Vieira (ClicRBS)

Um sonho, um ponto, um atacante. Tudo isso acabou ficando no caminho de Inter e Grêmio nesta 29ª rodada do Brasileirão. É pouco demais para quem, no discurso, fala até em título nacional. Muito pouco! É aquela velha história: quem tem um, acaba tendo nenhum.

Pobre Dorival Júnior! De Leandro Damião, melhor centroavante do país, ficou nas mãos de Dellatorre nesta quarta-feira (foto acima). A inoperância do guri, que ainda está visivelmente imaturo, refletiu no 0 a 0 com o São Paulo. O Internacional teve diversas chances de gol, chegou a controlar a partida, mas não conseguiu empurrar a bola para dentro. Em certo momento, chegou a utilizar Ilsinho como o mais avante da equipe. É demais! Ou melhor, de menos!
 
Já o Grêmio viu a multiplicação dos seres acontecer. Depois de sair perdendo por dois gols de diferença, em pleno Estádio Olímpico, voltou do intervalo com Miralles ao lado de André Lima (foto à direita). Ainda ganhou Diego Clementino no final, encerrando o jogo com três atacantes. Mesmo assim, viu o placar final terminar em 3 a 1 a favor dos rivais. Por quê? Porque ingressou a tão clamada zona do conforto criada por Celso Roth. Assim, nem a temível zona do rebaixamento, ou tampouco a sonhada Libertadores serão o destino do Tricolor. Uma pena.

Era uma vez em 2008...

Foto: Vipcomm

Peguei a tabela de jogos desta quarta-feira e olhei os enfrentamentos da dupla. O Grêmio recebe o Figueirense, no Olímpico, enquanto o Internacional encara o São Paulo fora de casa. Logo recordei 2008. Como não lembrar? Você esqueceu?! Pois estes cruzamentos mudaram os rumos do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Era a 33ª rodada. O Tricolor, treinado por Celso Roth, era líder e, àquela altura, recebia o Figueira, que brigava para não cair à Série B. Amplos favoritos, os gremistas sofreram para buscar um empate em 1 a 1, com gol de Reinaldo. Por outro lado, os colorados, de sangue doce, entregavam de bandeja o primeiro lugar ao São Paulo (foto). No Morumbi, os são-paulinos aplicaram fáceis 3 a 0, com Dagoberto, Borges e Hugo. Resultado: a equipe de Muricy Ramalho assumiria a ponta e não a abandonaria mais.

Três anos se passaram desde então. As situações são totalmente diferentes. Dos quatro, apenas os paulistas ainda sonham com reais chances de título brasileiro - os demais só nutrem uma paixão platônica. Mas quem sabe esta rodada, à primeira vista despretensiosa como aquela, não mude os rumos de mais um campeonato?

O comentário não pode ser uma gangorra

Foto: Renato Bairros (ClicRBS)

Existe um fenômeno no Rio Grande do Sul chamado "Gangorra da Dupla Gre-Nal" (foto). O termo é utilizado toda vez que um time está por cima e o outro por baixo. E ela se explica facilmente: quando um determinado clube vence, o seu rival quer dar a resposta. Enquanto o vitorioso ri, e se desliga da real competição nacional, atrai o arquiinimigo, que se supera para sobrepujá-lo. É fato! O que não pode acontecer é a mídia esportiva ser influenciada extremamento por este fenômeno.

Veja a próxima rodada do Brasileirão como exemplo. O Inter, depois de ter vencido o ex-líder Vasco no Beira-Rio, vai à Barueri encarar o São Paulo. Não seria bom, mas é perfeitamente aceitável que o Colorado volte para a casa com uma derrota na bagagem. Já o Grêmio, que no final de semana perdeu para o Coritiba, tem totais chances de bater o Figueirense, no Olímpico, nesta quarta-feira. E aí, o que vai se dizer?

O comum é se ver argumentar, no dia seguinte, que quem perde está errado, e quem ganha é melhor. Mas não é assim! Existem defeitos até diante de um sucesso, e qualidades na infelicidade. Pode ser que lá em dezembro o Tricolor chegue na frente, mas não se pode jogar os colorados no lixo por causa disso. A competição se chama Brasileirão. Ou seja, vai muito além do pequeno parque de diversões gaudério.

Atrás vem gente

Foto: ClicRBS e Globoesporte

Inter e Grêmio mantém o mesmo sistema tático há algumas rodadas. O esquema é o 4-2-3-1, onde o centroavante não tem a missão de balançar as redes, mas apenas escorar a bola para quem vem de trás. Bom, algumas horas isso dá certo. Noutras, nem tanto. O fim de semana mostrou o lado positivo e o negativo desta ideologia.

No Beira-Rio, Jô mais uma vez passou em branco. O torcedor já tem crises de abstinência nas arquibancadas. Mas, como eu disse, o papel de goleador não está mais nas mãos do camisa 9. Neste domingo, diante do Vasco, coube aos companheiros que vinham de trás o balanço das redes. D'Alessandro (foto acima) abraçou a causa com gosto e abriu a vitória por 3 a 0. Depois foi a vez dos veteranos Índio e Tinga ganharem destaque. Aliás, na próxima rodada, Jô não estará em campo, pois recebeu o terceiro cartão amarelo. E agora, quem Dorival vai escolher para ser o centroavante coadjuvante?


Pois Celso Roth teve de fazer esta pergunta durante o jogo contra o Coritiba, no sábado. Com a lesão de Brandão (à direita), ainda no primeiro tempo, o técnico gremista se viu num mato sem cachorro. Primeiro decidiu caçar com Adílson, depois com Yuri Mamute. O resultado foi um placar adverso de 2 a 0. Isso porque, sem Douglas, suspenso, Marquinhos ou Escudero não conseguiram exercer a função de finalizadores. De tanto depender "dos de trás", o Tricolor ficou para trás na tabela.

Cabeça a cabeça

Grêmio e Inter entram nesta 28ª rodada do Brasileirão separados por apenas um ponto na tabela de classificação. Aliás, como joga primeiro, no sábado, o Tricolor pode largar na frente e superar o arquirrival em número de pontos, depois de muito tempo figurando atrás. Já o Colorado terá a chance de dar a volta por cima no domingo, jogando em casa. Enfim, fosse turfe, a dupla Gre-Nal estaria brigando cabeça a cabeça (foto). É o início da briga que terminará somente no dia 4 de dezembro, no duelo direto, no Beira-Rio.

Mas o primeiro capítulo inicia no Paraná. Para assumir a dianteira, o Grêmio necessita vencer o Coritiba - que em casa é praticamente imbatível. E mais, Celso Roth não terá Douglas, suspenso. Mais difícil ainda! O Inter, por sua vez, terá que passar pelo Vasco - nada mais, nada menos que o líder do campeonato. E segue agonizando sem Leandro Damião. Dá para dizer que vai ser o primeiro jogo do torneio particular entre gaúchos. Sim! Ou alguém ainda acredita em Libertadores ou título nacional?

Sinceramente, a cada dia, fica mais difícil de sonhar. São quatro e cinco pontos para o G-5, e 10 para o primeiro lugar. Restam apenas 10 rodadas, meus amigos. Por isso, pensemos inicialmente na decisão particular entre gremistas e colorados. Depois, se sobrar algum osso, a gente rói com muito gosto até o tutano!

Não é o time do Pelé

Foto: Luca Uebel (Gremio.net)

Para quem agonizava na beira do Z-4 há algumas rodadas, a vitória sobre o Santos, na noite desta quarta-feira, foi milagrosa. O Grêmio agora está a apenas cinco pontos da zona da Libertadores. É um fato e tanto! Até mesmo o placar foi enganoso. O 1 a 0 esconde a enorme superioridade do time gaúcho sobre os paulistas. Agora, as observações menores devem ser feitas. Às vezes elas mostram o ponto negativo, por menor que seja. E, como bem destaca o técnico Celso Roth, é preciso ter cautela sempre!

Quando Brandão marcou o único gol tricolor, logo no início da partida, comemorou como fazia Pelé (foto). Correu em direção à torcida e socou o ar. Mas Brandão não é Pelé nem de longe, e isso deve ser lembrado. O gol que o camisa 9 marcou, qualquer um marcaria. Ele apenas estava no lugar certo, na hora certa. Trata-se de um centroavante limitadíssimo. Prova disso foi o lance em que ele errou antes, quando ficou cara a cara com o goleiro Rafael e se atrapalhou com a bola. E as vaias no treino do dia anterior? O torcedor não pode esquecer isso!

E se Brandão não é Pelé, muito menos o Santos é aquele da década de 60. Nem o do primeiro semestre, diga-se de passagem. Há uma grande diferença em depender do brilhantismo de Neymar ou de Allan Kardec. E foi isso o que aconteceu no Olímpico. Da vitória, o que fica, é a boa atuação do Grêmio e os três pontos. Agora, os erros de finalização e, mais, o desfalque de Douglas para enfrentar o Coritiba, no final de semana, impedem uma alegria maior. Pelo menos de minha parte.

Pescador de ilusões

Foto: Gazeta Press

Tudo que o torcedor gremista mais quer é não acordar do sonho, e este sonho se chama Libertadores da América. No ano passado foi possível. Comandado pelo ídolo Renato Portaluppi, o Tricolor viveu o conto de fadas de deixar a zona de rebaixamento para alcançar a última vaga do G-4. Neste ano, o plano é exatamente o mesmo, mas para isso é necessário pescar um peixão.

Diante do Santos, atual campeão sul-americano, e que em dezembro disputará o Mundial no Japão, o Grêmio se apoia para renascer na classificação. Atualmente, nove pontos separam a equipe da tão desejada zona. Portanto, uma vitória nesta quarta-feira, por rodada atrasada ainda do primeiro turno, simboliza uma proximidade jamais vista nesta temporada. Basta pescar o peixe no Estádio Olímpico.

O problema é que, para sair das cinzas, a torcida ainda tem de quebrar a desconfiança em Brandão (foto). Pelo visto, é ele o camisa 9 escolhido por Celso Roth - nada de André Lima ou muito menos Miralles. Será que Evaeverson é capaz de ser "o cara"? Bom, se bater na trave contra os santistas, o Grêmio terá de recolher a isca e assumir o papel de pescador de ilusões.

Salão de festas passadas

Foto: Antônio Carlos Vargas (Zero Hora)

Este blog se atém a falar dos acontecimentos dentro das quatro linhas, da bola rolando. Porém, se o salão de festas não está pronto e limpo, não há como acontecer o espetáculo. Minha especialidade nem é a burocracia que envolve minutas de contratos, mas permito-me dar os pitacos, já que o Beira-Rio preocupa o país inteiro!

Há um par de dias o estádio não vê uma máquina funcionando. As arquibancadas seguem as mesmas. E tudo isso às vésperas do anúncio sobre quem sediará a Copa das Confederações. Porto Alegre, que era uma cidade tida como favorita para receber o torneio em 2013, larga atrás de outras, como Salvador e Belo Horizonte. E o que dizer da Copa do Mundo? Será o maior fiasco da face da Terra se o Beira-Rio não estiver pronto a tempo. Será que os colorados vão ter de se mobilizar, assim como da construção dele na década de 60. Falcão vai subir a rampa do estádio caregando um carrinho de mão cheio de tijolos (foto) novamente? Os tempos são outros, meu amigo!

E para os gremistas que ainda esboçam um sorriso ao ver a desgraça do rival, o que dizer da Arena? A precária situação com a qual os operários reclamam diariamente lembra a elevação das pirâmides do Egito. Não bastasse tudo isso, um deles ainda foi atropelado e morto ao tentar atravessar a BR neste domingo. Não é de mais para nossos olhos e ouvidos? Sinceramente, meu caro, eu comemorei muito a escolha do Brasil para sediar a Copa em 2014. Hoje, se fosse possível, pediria para cancelar a festa. Como anfitrião, não quero passar vergonha ao ver meus convidados olharem a precariedade de nossos salões, que noutros tempos tanto orgulharam.

Olha pra cima!

Fotos: Diego Vara (ClicRBS) e Robertson Luiz (Gazeta Press)

Está na hora da dupla Gre-Nal olhar para o alto! Chega de remoer a síndrome dos vira-latas, criada por Nelson Rodrigues. Nada de abaixar a cabeça pro eixo Rio-São Paulo! Gremistas e colorados não somente podem, como devem sonhar com a briga lá no alto. Basta ter competência e um pouco de sorte, que não faz mal a ninguém.

O Grêmio, por exemplo, nunca esteve tão sonhador neste Brasileirão. Depois de bater o Cruzeiro por 2 a 0 neste domingo, uma vitória no meio de semana, em rodada atrasada contra o Santos, pode atirar o Tricolor de vez na disputa por uma Libertadores. O time parece ter encaixado na hora certa, como em 2010. A única peça que poderia ser alterada é o centroavante. Nem André Lima ou Brandão desencantam. Será que ninguém pensou em colocar o zagueiro Rafael Marques com a 9 (foto acima)?


Enquanto isso, Dorival Júnior vive o seu pior momento no Beira-Rio. A 27ª rodada deixou o Internacional a quatro pontos do G-5 - o que é muito para quem já esteve almejando até título dias atrás. O problema é que, enquanto os outros olham para cima pensando em galgar postos na classificação, o Colorado deve se antenar no perigo que vem das alturas. Contra o Atlético-PR, os dois gols foram anotados de cabeça por Nieto (foto à direita). Coincidência ou não, foi justamente quando Bolívar retornou à zaga. Será que não está na hora de Jô vestir a 4?

Vai estrear?

Já falamos nisso por aqui: o Grêmio não vem dando moleza aos técnicos estreantes. Surrou Antônio Lopes, logo em sua primeira partida contra o Atlético-PR, por 4 a 0. O mesmo aconteceu com Joel Santana, apesar de jogar em casa com o Bahia. Acabou perdendo por 2 a 1. Agora, Vágner Mancini tentará a sorte, dando o passo inicial no Cruzeiro. O retrospecto gremista com novos treinadores não recomenda uma estreia neste domingo, mas trata-se de uma pedra no sapato tricolor.

Para quem não lembra, Mancini comandou o Grêmio no início de 2008 (foto). Foram apenas seis partidas, por Gauchão e Copa do Brasil, sem nenhuma derrota, e mesmo assim foi demitido. A direção, que era exatamente a atual - com Odone e Pelaipe -, destacou que o técnico não tinha o perfil exigido no Olímpico. Chegou, inclusive, a se dizer que as vitórias eram brindadas com chá! Para sua vaga foi escolhido Celso Roth - o mesmo comandante de hoje. Portanto, é uma chance enorme para Vágner Mancini se vingar.

E ele já provou em outras oportunidades na carreira que está disposto a atrapalhar o caminho gremista. Ainda em 2008, por exemplo, na reta final do Brasileirão com o Vitória, o técnico comemorou uma goleada de 4 a 2 sobre o Tricolor gaúcho, o alijando das condições de título. Neste ano, com o Ceará, aplicou impiedosos 3 a 0. Enfim, apesar de estreante, Mancini se mostra disposto a estragar a recuperação gremista no campeonato.

Fome fenomenal

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

Da fraca Seleção Argentina que perdeu o Superclássico das Américas para o Brasil, na noite desta quarta-feira, uma das poucas figuras em destaque foi Guiñazu (foto). O volante, que não era convocado desde 2003, correu atrás da bola feito um louco - como é de costume. Pois terminada a partida, menos de 24 horas depois, Cholo já estava no Beira-Rio treinando. Com ele também estavam Bolatti e Kleber, outros dois colorados que disputaram o duelo em Belém. Mas só Guina atuou durante os 90 minutos. É um fenômeno!

O problema é que de bonito, a fome fenomenal do castelhano pode se transformar em um desgaste monumental. Para quem não lembra, foi assim, revezando partidas pelo Inter e Seleção, com viagens extensas, que Leandro Damião estourou os músculos da coxa. E Oscar que não recebeu férias ainda? E o "overtraining" de Bolatti?! É melhor o departamento de preparação física do Beira-Rio abrir o olho, ou mais gente vai ficar de molho.

Guiñazu, não dê carrinhos!

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

No momento em que os colorados fazem as contas para ingressar no G-5, e até mesmo pelo título do Brasileirão, um novo item os deixa ainda mais orgulhosos. No confronto chamado de Superclássico das Américas, que coloca frente a frente Brasil e Argentina, o Beira-Rio doará quatro jogadores - dois para cada país. Ainda poderia ter a presença de Leandro Damião e D'Alessandro, não fossem as lesões de ambos. A situação fez com que o próprio clube criasse o apelido de "Sele-Inter" para si. Porém, um cidadão não está tão satisfeito assim.

Dorival Júnior, técnico colorado, já tinha problemas de sobra para escalar a equipe que entrará em campo no próximo fim de semana. Ele já não teria as presenças de Rodrigo Moledo, Kleber e Andrezinho, suspensos. Ainda pode perder D'Ale e reza para que nada de mal aconteça nesta noite de quarta-feira. Imagine como não ficaria a cabeça do comandante se perdesse um de seus homens na longínqua Belém do Pará? Por isso, vale uma ligação antes do jogo - principalmente para Cholo!

Guiñazu (foto), que não era convocado para a Seleção Argentina desde 2003, quer mostrar trabalho a Alejandro Sabella. Certamente, correrá pelos quatro cantos do campo, dará carrinho até na sombra. E aí, pode sobrar para os brasileiros Oscar e Kleber. Portanto, vale uma ligação, nem que seja para Bolatti acalmar o companheiro. O resultado, na verdade, pouco importa - a não ser para Mano Menezes.

Grêmio nega três vezes a Seleção Brasileira

Foto: Cesar Itiberê (Folha)

O apóstolo Pedro Simão carregou a fama de ter negado Jesus Cristo três vezes. Pois, com o corte de Mário Fernandes nesta segunda-feira, o Grêmio transformou-se no Pedro do futebol nacional. Poucos atletas no mundo deixariam de vestir a camisa do Brasil, se convidados. E três gremistas trataram de fazê-lo.

O primeiro foi Renato Portaluppi. O maior ídolo do Tricolor gaúcho foi dispensado às vésperas da Copa do Mundo de 1986, depois de sair da concentração em Belo Horizonte e permanecer do lado de fora quando o companheiro Leandro não conseguiu pular o muro da Toca da Raposa. O acontecido manchou a carreira do eterno camisa 7 do Olímpico. Quem sabe a Copa no México não seria outra com a presença de Renato?

Porém, o caso mais famoso de todos foi de Arílson (foto). Meio-campsita do time multicampeão formado por Felipão, Arílson se transferiu para o Kaiserslautern, da Alemanha, em 1995. Um ano depois teve a chance de brilhar com a camisa amarelinha. E o que fez? Foi embora da concentração, arranjando uma rixa eterna com o técnico Zagallo e nunca mais sendo convocado. Com Mário este ciclo se completa. Quem sabe a atitude não tenha deteriorado totalmente a passagem do lateral pela Granja Comary. Agora, ninguém mais vai esquecer que o Grêmio foi capaz de negar a Seleção Brasileira três vezes.

Três pontos e nada mais

Fotos: Júlio Cavalheiro (ClicRBS) e Alexandre Lops (Inter)

Se alguma boa coisa ficou desta 26ª rodada do Brasileirão, foram os três pontos. Ou melhor, os seis pontos. Tanto Grêmio como Inter não jogaram o fino da bola. Chegaram a atuar melhor outras vezes, quando não saíram com o resultado positivo de campo. Mas neste domingo o mais importante era vencer e foi isso que aconteceu. Com o mesmo placar, 2 a 1, diga-se de passagem.

O Grêmio, por exemplo, brecou a sequência de derrotas em plena Ressacada. Pouco importa se o Avaí é o penúltimo do campeonato. Ou quem sabe, melhor ainda se o Avaí está tão mal, assim o Tricolor se afastou mais da zona de rebaixamento. Aliás, para não ser injusto, o gol de Mário Fernandes (foto acima) é outro item que merece destaque na partida em Florianópolis.

Agora no Beira-Rio, o torcedor que se acostumou a ir ao estádio para ver o centroavante brilhar, assistiu a gols improváveis. O primeiro através de Bolatti (foto à direita), depois com Fabrício. Neste entremeio ainda houve um susto do Atlético-MG e algumas oportunidades perdidas por Jô. Mas enfim, o papo é o mesmo: o Inter tinha que vencer de qualquer maneira, se quisesse continuar sonhando com Libertadores. Foi o que fez. Esperemos pelos próximos capítulos agora.

Deu a louca como sempre

Foto: Mauro Vieira (ClicRBS)

Enquanto o Estádio Olímpico explodia em euforia, eu me mantive em silêncio. É melhor calar - que ao contrário do que muitos dizem, não é consentir. Pois a prova veio nesta quinta-feira. A derrota em casa para o Botafogo mostra que o time do Grêmio não é tão bom como se imaginava (mas nem tão podre como se disse lá no início). É exatamente intermediário, como a posição na tabela do Brasileirão. E dizer que tudo acabou pelos pés de um tal Loco Abreu (foto).

Mas não é Abreu o verdadeiro louco da história. Maluco mesmo são os trabalhos de Celso Roth. É realmente caso de estudo científico! Não levo nada para o lado pessoal, como ele mesmo poderá argumentar. É impressionante como os times do treinador conseguem se implodir automaticamente. No começo parecem obras imponentes, prestes a conquistar o mundo. Depois, desabam ao chão como duas torres gêmeas. O problema é que ninguém enxerga o avião dos terroristas!

Contra o Avaí, neste final de semana, o Tricolor deve iniciar o planejamento para 2012. O primeiro passo, claramente, é manter a distância da zona do rebaixamento. Depois, o segundo passo, contratar um técnico sem problemas psicológicos.

Várias torcidas choram a lesão de Damião

Foto: Alexandre Lops (Inter)

O placar de 1 a 1 contra o Figueirense, na noite desta quarta-feira, pouco importou para o Internacional. Não interessa se a distância para a zona da Libertadores subiu para três pontos. O real fato a se lamentar é a lesão de Leandro Damião (foto). Quando o centroavante puxou a perna e caiu no gramado, por volta dos 20 minutos do primeiro tempo, a torcida colorada silenciou. Mas não era apenas o Beira-Rio que se preocupava. Naquele momento, o torcedor brasileiro temeu pelo futuro da seleção.

Com a fisgada na coxa direita, Damião ficou de fora não só da partida em Florianópolis, mas também da convocação desta quinta, feita pelo técnico Mano Menezes. Depois do gol contra Gana e a lambreta na Argentina, ele seria presença garantida nas duas listas da Seleção Brasileira - para o Superclássico das Américas e amistosos contra Costa Rica e México. Mano terá que encontrar um novo camisa 9 temporariamente.

O mesmo acontecerá com Dorival Júnior. À primeira vista, Jô receberá a oportunidade inicial. Diante do Figueirense, o jogador marcou o gol de empate. Mas o medo dos colorados reside no fato de que Jô não é nem de perto um Leandro Damião. O Internacional terá que se reinventar. Enfim, Damião conseguiu deixar vários viúvos pelo país.

Esmolando resultado paralelo

Foto: Lucas Uebel (Inter)

O Inter entra em campo nesta quarta-feira, mais uma vez nutrindo o desejo de ingressar na zona da Libertadores. Esteve bem perto disso na última rodada. Contou com a ajuda dos adversários diretos, que tropeçaram nas próprias pernas. Mas, quem diria, também não conseguiu. Pois agora a missão é um pouco mais difícil do que aquele Coritiba no Beira-Rio. O inimigo da vez é o organizado Figueirense, em Florianópolis.

Entretanto, como na rodada passada, o Colorado não depende somente de si para adentrar o G-5. Ainda precisa secar o Fluminense, que recebe o Avaí em casa, e o Flamengo, que visita o Atlético-MG, em Sete Lagoas. De quebra, se dará ao luxo de torcer pelo arquirrival Grêmio, que encara o Botafogo, no Olímpico, na quinta-feira. Se tudo der certo desta vez, o Internacional não só entra na classificação como se aproxima dos quatro primeiros. Mas, para tudo isso, precisa vencer o seu próprio jogo.

Houve quem argumentasse que o empate contra o Coritiba, no final de semana, foi ocasionado pela falta que D'Alessandro (à esquerda na foto) faz ao time. Pois bem, o argentino está de volta depois de cumprir suspensão. Além disso, o esquema tático é o famoso 4-2-3-1. Será que agora deslancha? Na minha opinião, tudo depende do próprio Inter. Não adianta esmolar resultados paralelos se no seu campo de jogo quem manda são os outros.

Passou lotado

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Alexandre Loureiro (ClicRBS)

Na Semana Farroupilha, a dupla Gre-Nal não soube honrar as tradições gaúchas. Parece ter se assutado e deixou o cavalo passar encilhado - ou caiu do cavalo, dependendo do ponto de vista. Ninguém esperava os resultados deste final de semana. Todos contavam com o sucesso antes mesmo da bola rolar. E talvez aí more a explicação para o tropeço desta rodada.

O Inter, por exemplo, deve ter se surpreendido com as facilidades a seu favor. Nem Flamengo ou Fluminense conseguiram vencer seus compromissos. Assim, bastava vencer o Coritiba, no Beira-Rio, para ingressar no G-5. E quem disse que isso foi possível? Os colorados chegaram a abrir o placar no primeiro minuto de jogo, com gol de Oscar. Mas depois erraram demais. Damião acertou bola na trave, perdeu gol que jamais perde e Kleber (foto acima) deserdiçou uma penalidade. Assim, ficou no 1 a 1 e viu o bonde passar em frente à sua estação.


Agora, se o Inter perdeu a carona, o Grêmio foi simplesmente atropelado. O "Trem Bala da Colina" voltou a funcionar em São Januário. Ainda no sábado, o Vasco aplicou impiedosos 4 a 0 sobre o gol de Victor (foto à direita). E poderia ter sido ainda mais, tamanha a atuação apagada da equipe gaúcha. Enfim, deu para ver que nossos times nem são tão bons quanto imaginávamos. Chega de falar em Libertadores ou título. Este ano o troféu Rio-São Paulo voltou com toda a força.

Um patamar acima

A dupla Gre-Nal vem provando para si mesmo que pode sonhar com algo a mais no Brasileirão, a não ser mera coadjuvância. O Grêmio ainda sonha com que a arrancada de 2010 se repita neste ano. Já o Inter, se não nesta rodada, na próxima, projeta a entrada na zona da Libertadores. São tarefas difíceis de acontecer, mas não impossíveis. O problema é que eles não dependem apenas de si próprios.

O Grêmio, por exemplo, precisa bater o Vasco da Gama, em São Januário, no sábado. Seria a quarta vitória consecutiva do Tricolor gaúcho, um feito e tanto para o técnico Celso Roth. Agora, vale lembrar que o time carioca, não somente é o vice-líder do campeonato, como atual campeão da Copa do Brasil. É por este inimigo que os gremistas precisam passar para, no mínimo, ficar mais próximos do G-5.

Pois se o Vasco foi campeão da Copa do Brasil, o Coritiba foi o vice. E é contra este adversário que o Internacional duela, no domingo. E o objetivo é o mesmo: ingressar na zona da Libertadores. Entretanto, para isso, além de vencer o Coxa, os colorados precisam secar Flamengo e Fluminense. Só assim o G-5 abrirá suas portas à nação vermelha. Não é tarefa fácil, mas tampouco impossível. Ainda mais para quem tem Leandro Damião à frente.

Mano não aprendeu nada com a Batalha dos Aflitos

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

O Superclássico das Américas, disputado nesta quarta-feira em Córdoba, não teve nada de Superclássico. A rivalidade Brasil e Argentina passou longe do Estádio Mario Kempes. O brilhantismo de duas das seleções mais vitoriosas do planeta teve pouco do que estamos acostumados a ver. O placar de 0 a 0 serve para ilustrar tudo isso. Alguém pode argumentar que as convocações, apenas com atletas de clubes nacionais, contribuiu para a falta de jogadas. No meu ponto de vista, a Seleção Brasileira pecou muito mais do que os adversários e a culpa, em grande parte, passou pelo seu comandante.

Mano Menezes (foto) parece que nem viveu aquele sofrimento todo da Batalha dos Aflitos. Justo nesta quinta, quando o Grêmio comemora seus grandes feitos nestes 108 anos, o técnico que tirou o Tricolor do inferno, se esqueceu das lições. Deixar Casemiro, Mário Fernandes, Lucas e Oscar no banco de reservas soa quase como piada aos ouvidos e olhos da torcida brasileira.

Pois basta rememorar aquele duelo em Recife, lá em 2005. Para entrar em campo contra o Náutico, Mano deu preferência a Lipatin e Nunes, mantendo Anderson e Lucas Leiva ao seu lado, na casamata. Depois, quando viu a situação escurecer para o seu lado, chamou as jóias raras do Olímpico para resolverem a parada. Pois veja: onde está Lipatin e onde estão Lucas Leiva e Anderson? E na seleção, daqui a quatro anos, onde estarão Ralf, Paulinho e Renato Abreu? E Oscar, Lucas e Mário?

Super Mário das Américas

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

No Superclássico das Américas, que terá seu primeiro amistoso disputado nesta quarta-feira, em Córdoba, talvez nenhum outro jogador deva ser melhor observado como Mário Fernandes (foto). Digo isso levando em consideração os atletas da dupla Gre-Nal convocados por Mano Menezes. E o raciocínio é lógico.

Obviamente, Leandro Damião está à frente de todos como expoente dos "gaúchos". Depois de marcar o primeiro gol com a camisa amarelinha, o centroavante colorado promete deslanchar, seja contra os argentinos ou nos próximos amistosos. Outro que deve iniciar como titular neste jogo é Kleber. Mas convenhamos, o lateral-esquerdo do Inter, com 30 anos, não vai apresentar muito mais inovação do que Marcelo, do Real Madrid, e Adriano, do Barcelona, podem oferecer. Victor também já foi observado e sabemos do que ele é capaz.

Oscar sim é outro que merece uma chance no grupo principal, ainda mais depois do que mostrou no Mundial Sub-20. O problema é que a concorrência contra ele é pesada. Agora, Mário tem um caminho aberto para o sucesso. Maicon e Daniel Alves parecem intocáveis, mas não são. A Copa América provou isso! E Mário é polivalente, joga tanto na lateral como na zaga. Um grande trunfo! Quem sabe não está aí o Super Mário. Não o encanador italiano dos video games, mas o novo dono da camisa 2 nas Olimpíadas e Copa do Mundo 2014.

Acertaram no quepe

Fotos: Pedro Revillion (Correio do Povo)

Depois de vagar por aí atrás de comandantes com suas caras, Grêmio e Inter parecem ter acertado em cheio finalmente. Celso Roth e Dorival Júnior (foto) deram o ânimo necessário para as equipes crescerem no momento certo do Brasileirão. Agora, se conseguirão manter a evolução, só o tempo dirá. Entretanto, se pode dizer que já fizeram mais que seus antecessores.

Veja o caso do técnico gremista. Antes, seja com Renato Portaluppi ou com Julinho Camargo, o Tricolor apenas brigava para não entrar na zona do rebaixamento. Enfim, não foi muito além disso, pois são apenas 6 pontos distante da degola, mas é o bastante para que o torcedor volte a sonhar com G-5. E o que dizer no Beira-Rio? A torcida colorada nunca foi tão feliz com um futebol ofensivo e sem medos como este! Com Falcão e Osmar Loss, Damião era goleador. Agora, transformou-se em xodó do país. Quase no mesmo status que Neymar, no ano passado.

Porém, sem dúvidas, os grandes acertos de Roth e Dorival estão concentrados nas categorias de base. Mário e Fernando nunca foram tão valorizados como neste momento. O mesmo ocorre com Moledo e Elton. Tudo isso é promessa de uma briga boa para a reta final do campeonato. E dizer que lá, na última rodada, eles poderão estar decidindo vaga para a Libertadores. Tomara que desta vez o gás perdure.

Tri legal!

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Lucas Uebel (Grêmio)

Não há recanto no Continente de São Pedro que esteja cabisbaixo por causa do futebol. O final de semana brindou chimangos e maragatos. Seja no pampa gaúcho ou longe do pago, os soldados rio-grandenses organizaram uma nova revolução farroupilha para cima do império paulista. Foi uma rodada tri legal neste Brasileirão!

No Pacaembu, o Palmeiras começou em cima do Internacional. Mas, quando exigido, Muriel salvou a meta colorada. E aí, quem tem Leandro Damião no ataque, já tem um gol no placar (foto acima). Ainda mais neste domingo, onde o camisa 9 estava endiabrado. Foi ele o autor dos gols vermelhos na vitória de 3 a 0. A cada dia que passa, ele espanta o Brasil e o mundo, seja pela artilharia ou pela humildade. Com isso, os colorados estão cada vez mais próximos da zona de Libertadores.


Mas o Grêmio não deixou por menos. Se não vieram três gols em uma mesma partida, o jogo contra o São Paulo decretou a terceira vitória consecutiva no certame. Portanto, uma trinca de respeito! Douglas (foto à direita) decretou a vitória magra, mas eficiente, de 1 a 0. Pelo jeito, está se proibindo de falar em rebaixamento no Estádio Olímpico. Parece que, finalmente, os times de Porto Alegre encilharam seus cavalos e entraram no páreo.

Terror dos técnicos

Foto: Eduardo Martins (Futura Press)

O negócio é o seguinte: se você é um técnico de futebol e está iniciando o trabalho em um clube, não enfrente o Grêmio. É sério! Nesta quinta-feira, o Tricolor gaúcho estragou a estreia de Joel Santana pelo Bahia. Já havia o feito com Antônio Lopes, pelo Atlético-PR, no final de semana. Agora, mesmo em Salvador (BA), a vítima foram os baianos, derrotados por 2 a 1.

Mas se os estreantes caem em desgraça, o oposto acontece com Celso Roth. O técnico gremista parece ter encontrado o esquema perfeito! É uma reabilitação e tanto para quem brigava para não cair há bem pouco tempo. Seis pontos separam o time do Z-4 e já tem gente sonhando com Libertadores, como no ano passado. Mas, antes de tudo, Roth terá de enfrentar seu próprio dilema: organizar o time com a carroça andando. Esta é a principal dificuldade do comandante. Por exemplo, quem será titular: André Lima ou Brandão (foto)? Não me espantaria se, daqui um pouco, ele escalasse os dois. Tudo é possível com Juarez!

Por enquanto, a barca segue navegando numa boa. O próximo compromisso é já neste domingo, diante do São Paulo. E, para a sorte dos paulistas, Adílson Batista não estará iniciando um trabalho. Mas ele que se cuide, pois o terros dos técnicos está aí!

Ataque de campeão, defesa de rebaixado

Foto: Jefferson Bernardes (Vipcomm)

O jogo contra o América-MG, nesta quarta-feira, no Beira-Rio, descreve exatamente o que é o time do Internacional. O placar de 4 a 2 destaca a eficiência do ataque colorado, que já figura como o melhor do Brasileirão - ao lado de Botafogo e Flamengo, com 36 gols anotados. Por outro lado, a defesa segue sendo preocupação. E não adianta reclamar, pois nem Bolívar ou Índio estavam em campo.

Aliás, partiu do substituto do capitão na defesa, Rodrigo Moledo (foto), o tento que abriu a goleada. Entretanto, quando tinha que cabecear na própria área, o defensor não era tão eficiente assim. Assim, nos números, o ataque é o líder do certame, mas a defesa estaria brigando para não cair. Sim, a zaga vermelha é a 7ª mais vazada entre as 20, com 30 gols sofridos. O Grêmio, por exemplo, que realmente está na parte de baixo da tabela, levou quatro a menos que o rival.

E então, qual será a saída: chamar Bolívar de volta? Proteger melhor a entrada da área? Trocar o goleiro? Olha, 2011 está chegando ao fim. Os jogadores que se tem à disposição são estes. Que se encerre o ano com o que há no vestiário e, para 2012, traga-se um reforço. Ou, se a questão for respeitar a história dos zagueiros do Inter, tragam Figueroa de volta!

Independência ou morte!

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

No dia em que os brasileiros relembram - ou deveriam relembrar - a célebre frase de D. Pedro I, "Independência ou morte", gremistas e colorados se preparam para suas próprias batalhas de sobrevivência no campeonato nacional. É caso de vida ou morte para ambos, seja na briga por cima ou por baixo da tabela.

Exatamente no dia 7, o Internacional recebe o América-MG, mero lanterna do Brasileirão. É contra estes adversários que o time de Dorival não pode marcar passo, se ainda sonha com vaga na Libertadores. E o que não faltará nesta tarde será civismo no Beira-Rio. Damião (foto), depois de marcar seu primeiro gol pela seleção, chega ainda mais motivado, apesar do cansaço. Mas as convocações de Oscar e Kleber não deixam a equipe esmorecer, caso o camisa 9 não dê conta do recado.

Já o compromisso do Grêmio é um dia depois, mas nem por isso deixa de ter um espírito patriota inserido. Com o chamado de Mário por Mano Menezes, o Tricolor percebeu que não precisa estar na ponta da tabela para ter atletas convocados. Mesmo assim, é necessário sair da rabeira o mais cedo possível. Pois o confronto com o Bahia, apesar de ser em Salvador, é ideal. É um inimigo direto na briga contra o rebaixamento e a vitória fora de casa é um salto e tanto. Portanto, caso de independência ou morte para os gaúchos também!

Merecida Seleção!

Foto: Jefferson Bernardes (Vipcomm)

A convocação de Mano Menezes para o amistoso contra a Argentina tem um teor de justiça talvez nunca visto antes no Rio Grande do Sul. Dos quatro jogadores chamados, da dupla Gre-Nal, somente o lateral Kleber pode ser questionado, já que não possui idade olímpica e não vem apresentando o futebol de outros tempos. Agora, Leandro Damião, Oscar e Mário Fernandes (foto) é de uma felicidade sem tamanho.

Damião, claro, nem deveria ficar de fora. O maior artilheiro da temporada nacional apenas deslocou para a Seleção Brasileira a enxurrada de gols que vem marcando pelo Internacional. Tanto que nesta segunda foi dele o gol que decretou a vitória de 1 a 0 sobre Gana, em amistoso disputado em Londres. Agora, com relação aos outros dois jovens, não há como deixar de destacar.

Oscar chega à seleção principal com o status de campeão sul-americano e mundial sub-20 - feitos conquistados meses atrás. Já Mário foi a mais grata surpresa. Seja como zagueiro ou lateral, ele é um dos grandes nomes do Estádio Olímpico. E dizer que há bem pouco tempo se questionava se ele deveria ser ou não reserva de Gabriel. Pura balela! Mano está renovando a Seleção Brasileira e, como de costume, inicia este processo com os olhos virados para o Rio Grande do Sul.

Para matar a saudade do camisa 9

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio) e Alexandre Lops (Inter)
 
Quando o assunto era a camisa 9, os torcedores de Grêmio e Inter andavam meio saudosistas. Muito mais os gremistas, que viam em Borges o artilheiro do campeonato e, até bem pouco, o jogador que mais marcou gols na temporada tricolor. Os colorados não deixavam por menos. Viram Leandro Damião viajar para a Inglaterra, onde defenderá a Seleção Brasileira, com lágrimas nos olhos. E, para piorar, no sábado, Rafael Sobis, agora com a camisa do Fluminense, anotou dois gols, deixando a torcida vermelha com muita angústia pelo presente.

Mas comecemos pelo Olímpico. André Lima (foto acima) fez questão de mostrar que o Grêmio tem um artilheiro no vestiário. Ele não é simplesmente um camisa 9, mas um 99. Autoproclamado "Guerreiro Imortal", ele comandou a goleada de 4 a 0 sobre o Atlético-PR, marcando três gols na tarde deste domingo. O centroavante parece, realmente, estar se recuperando da lesão que o tirou o ritmo de jogo e irritou os torcedores nesta temporada. André Lima pode estar voltando - e com todo o gás.

No Beira-Rio - ou melhor, bem longe dali, lá em Fortaleza -, o Internacional conhecia seu novo camisa 9. Jogando finalmente na sua posição, como homem de referência, Jô (foto à direita) pode brilhar. Para quem está acostumado com Damião, obviamente não foi o espetáculo esperado. Mas foi Jô o autor do gol colorado que empatou em 1 a 1 o placar da partida contra o Ceará. O resultado não está entre os melhores e a atuação da equipe não foi tão destacada assim, mas já se pode dizer que, ao menos um reserva do camisa 9, existe no Internacional.

Sem saias justas

Mas que bela escapada deu o Grêmio! Não havia melhor hora para Renato pedir demissão do Atlético-PR (foto à esquerda). Às vésperas de vistiar o Estádio Olímpico, o treinador pegou chapéu e abandonou a Arena da Baixada. Certamente está de olho em Vasco ou Fluminense. As praias do Rio o apetecem muito mais do que a chuva fina de Curitiba. Mas, para os gremistas, o que interessa é que não será necessário enfrentar o ídolo.

Imagine como não estaria a cabeça do torcedor. É claro que as orações pediriam que o Tricolor fosse abençoado com a vitória, até para escapar do rebaixamento. Mas é um alívio. Até para Celso Roth! Seria uma saia justa para o técnico saber que, ao invés dele, a torcida no Olímpico preferia estar com o comandante adversário. Duelar contra um ídolo nunca é muito bom.

Situação parecida viveu o Internacional, contra este mesmo Ceará que enfrenta no domingo. Porém, foi na rodada pelo primeiro turno. O Colorado, então treinado por Falcão, recebeu no Beira-Rio os cearenses. Do outro lado do campo estava Iarley, que foi recebido com pompas e homenagens. Pois o baixinho marcou o único gol da partida, decretando a derrota vermelha (foto à direita). Uma saia justíssima! Agora ele não está mais na equipe inimiga. Foi para o Goiás. Melhor assim! Sem constrangimentos, Grêmio e Inter poderão enfrentar seus adversários tranquilamente no final de semana.

Reclamar da arbitragem é muito pouco

 Fotos: Léo Pinheiro (Terra) e Jefferson Bernardes (Vipcomm)

É unânime: nem o Grêmio queria perder para o Corinthians, nem o Inter empatar em casa contra o Santos. Porém, não alcançar o objetivo e atirar a culpa na arbitragem é muito pouco. É muito pobre! O juiz errou? Claro que errou! Mas os times deixaram muito mais a desejar do que os homens que carregam o apito na boca.

Quando o árbitro André Luiz de Freitas Castro assinalou um pênalti inexistente para os corintianos, eu também reclamei (foto acima). Agora, quando ele expulsou dois atletas paulistas, nenhum tricolor levantou a voz. E não há como negar que o Grêmio se aproveitou por estar com dois jogadores a mais. A partir do segundo vermelho, foi o senhor do jogo, pressionou, mas não passou do 3 a 2. Como reclamar quando seus próprios jogadores não fazem por onde?

Pois a reclamação colorada é ainda mais sem fundamento. Mesmo que Arílson Bispo da Anunciação tenha anulado o gol de Elton e deixado passar o pênalti sobre Dellatorre com a única e exclusiva intenção de prejudicar o Inter - que não foi o caso -, não se pode deixar um placar de 3 a 0 ser igualado. Não há como inocentar a defesa vermelha! Bolívar, apesar do gol que abriu o marcador (foto à direita), não é pago para cabecear na área adversária. E, quem não faz seu trabalho com sucesso, deve ser substituído. Ou vai dizer que o juiz é culpado pelas contínuas falhas do capitão colorado?

Demissões passadas

Todos nós temos alguma mágoa na vida. É natural! Ser demitido de um cargo profissional, geralmente, ocupa esta posição. Imagine os técnicos de futebol, que dançam de um estádio para outro em questão de anos. Mas, até mesmo eles, classificam algumas demissões como mais marcantes. Mesmo que não abram claramente o jogo, as entrelinhas acusam. Pois nesta quarta-feira, Celso Roth e Dorival Júnior estarão frente a frente com pessoas que lhe causaram demissões passadas.

Veja Roth, este mesmo treinador que hoje festeja a vitória no Gre-Nal do último domingo, nem sempre pode comemorar. Aliás, há 11 anos não vencia um clássico. Em 2009, chegou a ser demitido do Grêmio depois de perder três, na sequência, pelo Gauchão. Basta conversar com ele para ver o tamanho de sua mágoa. Várias vezes chegou a ser comparado com o treinador adversário, que ostentava um número maior de vitórias que ele nesta rivalidade gaúcha. E quem era este cidadão? Tite (foto acima), justamente ele, que está agora à frente do Corinthians! Ambos, caxienses de nascença, duelarão nesta rodada no Pacaembu.

Pois o caso de Dorival não é menos estressante. Para o comandante colorado, o enfrentamento contra o Santos é uma injustiça pura. No ano passado, era ele o regente dos meninos da Vila que encantaram o Brasil. Mas, desavenças com Ganso e, principalmente, Neymar (foto à direita), causaram seu emprego. Agora, com o uniforme do Inter, Júnior terá de reencontrar o jovem atacante santista. E, mesmo que ele negue qualquer mágoa passada, não há como negar: a demissão pesou. Boa sorte aos treinadores contra seus fantasmas.