Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Porthus Júnior (Clicesportes)
Nem sempre jovialidade é sinônimo de inexperiência, incapacidade. É necessário saber separar um do outro. A prova disso foram as atuações dos meninos da dupla Gre-Nal. O garoto Oscar (foto à esquerda), do Internacional, simplesmente comandou a vitória de 3 a 0 sobre o Jorge Wilstermann, nesta quarta-feira, no Estádio Beira-Rio. Enquanto isso, em Caxias do Sul, o jovem Leandro foi o mais lúcido entre os jogadores que entraram em campo com a camisa do Grêmio. Entretanto, quem se deu bem foi o Juventude, vencendo de virada por 3 a 2.
A partida desta noite, em Porto Alegre, marcou a estreia da dupla formada por D'Alessandro e Oscar no meio-campo colorado. Se o castelhano já preocupava o adversário, imagine com um guri esbanjando técnica e vitalidade. Não faltarão adjetivos positivos para qualificar a atuação do camisa 16 do Inter. Ele abriu o placar no primeiro tempo e ainda deu o passe para o segundo gol. Quando Zé Roberto fechou a conta, o torcedor já estava completamente envolvido pela magia de Oscar. Pouco ainda lembravam que perto dali, no Gigantinho, havia show de Ozzy Osbourne. O verdadeiro espetáculo foi protagonizado pelo meia. Agora, não há como esconder a enorme incapacidade que gira em torno do time boliviano. Simplesmente é deprimente.
Assim como foi entristecedor o gol que o Grêmio doou ao Juventude em Caxias do Sul. A cabeçada de Gilson, contra a própria meta, não só empatou o placar naquele momento para os donos da casa como sentenciou que ele não pode ser o titular da lateral-esquerda gremista. O pior de tudo é que a derrota vergonhosa, com um atleta a mais em campo, ofusca a presença do atacante Leandro, que balançou as redes mais uma vez. Pois ele é a prova viva de que juventude não é sinônimo de incapacidade. Aliás, neste caso, quem saiu vencedor foi outro tipo de Juventude (foto à direita).
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
Adversários com passados de glórias
Os torcedores colorados e gremistas que olham os adversários desta quarta-feira devem pensar à primeira vista: esse jogo é como bater em bêbado! Às 20h, em Caxias do Sul, o Grêmio encara pela Taça Farroupilha o cambaleante Juventude, que por pouco escapou do rebaixamento gaúcho no ano passado e figura na Série D do Brasileirão. Às 21h50min, em Porto Alegre, pela Libertadores da América, o Internacional recebe o Jorge Wilstermann, atualmente na 2ª Divisão do Campeonato Boliviano.
Comecemos pela partida tricolor. O técnico Renato Portaluppi tem muito mais temor pelas ausências de Rodolfo, Rochemback, Adílson e Escudero, do que pelo próprio adversário. Mas esquece que um dia o clube caxiense foi grande. Se hoje está na quarta divisão do futebol brasileiro, devemos lembrar que em 1999 o Ju foi campeão da Copa do Brasil (foto acima), sendo o único time do interior gaúcho a disputar uma Libertadores. Foi o ápice de sua história. No entanto, o desempenho no certame continental não foi dos melhores. A equipe alviverde caiu na primeira fase, em um grupo que continha Palmeiras, El Nacional, do Equador, e The Strongest, da Bolívia.
Falando em bolivianos, o tal de Jorge Wilstermann foi o primeiro clube daquele país a integrar uma Libertadores, em 1960. Entretanto, o auge foi alcançado em 1981, quando os “aviadores” se classificaram para a fase seguinte do torneio. Reforçados por Jairzinho (foto à direita), campeão mundial com a Seleção Brasileira onze anos atrás, os bolivianos caíram nas semifinais, quando se depararam com o Flamengo de Zico – que se sagraria campeão. Enfim, há história tanto em Juventude como em Jorge Wilstermann. Mas convenhamos, para sorte da dupla Gre-Nal, as glórias estacionaram no passado.
Comecemos pela partida tricolor. O técnico Renato Portaluppi tem muito mais temor pelas ausências de Rodolfo, Rochemback, Adílson e Escudero, do que pelo próprio adversário. Mas esquece que um dia o clube caxiense foi grande. Se hoje está na quarta divisão do futebol brasileiro, devemos lembrar que em 1999 o Ju foi campeão da Copa do Brasil (foto acima), sendo o único time do interior gaúcho a disputar uma Libertadores. Foi o ápice de sua história. No entanto, o desempenho no certame continental não foi dos melhores. A equipe alviverde caiu na primeira fase, em um grupo que continha Palmeiras, El Nacional, do Equador, e The Strongest, da Bolívia.
Falando em bolivianos, o tal de Jorge Wilstermann foi o primeiro clube daquele país a integrar uma Libertadores, em 1960. Entretanto, o auge foi alcançado em 1981, quando os “aviadores” se classificaram para a fase seguinte do torneio. Reforçados por Jairzinho (foto à direita), campeão mundial com a Seleção Brasileira onze anos atrás, os bolivianos caíram nas semifinais, quando se depararam com o Flamengo de Zico – que se sagraria campeão. Enfim, há história tanto em Juventude como em Jorge Wilstermann. Mas convenhamos, para sorte da dupla Gre-Nal, as glórias estacionaram no passado.
terça-feira, 29 de março de 2011
A volta de um troféu ao Olímpico
Falar em futebol no Rio Grande do Sul e não citar as figuras de Fernando Carvalho e Fábio Koff é praticamente impossível. O grau de importância de ambos é tamanho que já emprestaram os próprios nomes para troféus do Campeonato Gaúcho. Pois agora, um deles avisou que está voltando para concorrer à presidência do clube do coração. Será que o outro fará o mesmo?
Presidente do Clube dos 13 há quinze anos, Fábio Koff se sentiu desautorizado pelas agremiações brasileiras. Até mesmo o Grêmio, que provou duas vezes a glória de ser campeão da América por suas mãos, resolveu romper relações. O racha na entidade o irritou profundamente. Por isso, o próximo passo do dirigente poderá ser o lançamento de sua candidatura à presidência gremista em 2012. Nas urnas, Koff iria rivalizar diretamente com Paulo Odone, que busca uma reeleição para inaugurar a Arena como mandatário. E, convenhamos, pela história, Koff sairia vencedor.
Entretanto, se abandonar o Clube dos 13, quem assume? Não é novidade para ninguém que Fernando Carvalho foi um apoiador de Fábio Koff e, muitas vezes, apontado como sucessor deste na entidade. Não estaria aí a explicação para a contínua ausência de Carvalho no Internacional? Pode até ser, mas o mais bonito seria ver Inter e Grêmio rivalizando com seus maiores presidentes no cargo mais importante. Ou seja, ao voltar para o Olímpico, Koff obrigaria Carvalho a retornar ao Beira-Rio. Seria o ápice da rivalidade Gre-Nal.
Presidente do Clube dos 13 há quinze anos, Fábio Koff se sentiu desautorizado pelas agremiações brasileiras. Até mesmo o Grêmio, que provou duas vezes a glória de ser campeão da América por suas mãos, resolveu romper relações. O racha na entidade o irritou profundamente. Por isso, o próximo passo do dirigente poderá ser o lançamento de sua candidatura à presidência gremista em 2012. Nas urnas, Koff iria rivalizar diretamente com Paulo Odone, que busca uma reeleição para inaugurar a Arena como mandatário. E, convenhamos, pela história, Koff sairia vencedor.
Entretanto, se abandonar o Clube dos 13, quem assume? Não é novidade para ninguém que Fernando Carvalho foi um apoiador de Fábio Koff e, muitas vezes, apontado como sucessor deste na entidade. Não estaria aí a explicação para a contínua ausência de Carvalho no Internacional? Pode até ser, mas o mais bonito seria ver Inter e Grêmio rivalizando com seus maiores presidentes no cargo mais importante. Ou seja, ao voltar para o Olímpico, Koff obrigaria Carvalho a retornar ao Beira-Rio. Seria o ápice da rivalidade Gre-Nal.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Sem enfiar os pés pelas mãos
Depois de pedir para ficar de fora do Gre-Nal e de não viajar com a delegação para o interior do Estado, Renato Portaluppi teve mais um pedido atendido pela diretoria gremista. O treinador foi liberado para participar de um torneio de futevôlei na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, no final desta semana. Segundo direção e treinador, a folga não irá prejudicar o planejamento do clube. Que bom! Agora, pergunte ao torcedor qual é a preferência: treinar o time do Grêmio ou atuar pelo Mundial 4x4 de Futevôlei?
Não interessa se nas areias cariocas estarão seleções da França, Espanha ou escambau. Renato tem de estar no Estádio Olímpico, seja para comandar um jogo de futebol ou acompanhar os atletas puxarem saco de areia pelas costas. A liberação concedida abre precedentes para que Carlos Alberto, um dia, peça uma folguinha para tomar sol em Copacabana no mês que vem! Entenda, aqui neste blog ninguém é contra o futevôlei como modalidade esportiva. Só que há um momento certo para isso. Renato é profissional dos campos, portanto, deve atuar nas areias somente nas férias.
Aliás, não é de agora que o futevôlei causa constrangimento em ex-atletas. Para se ter uma ideia, um dos adversários de Portaluppi neste torneio será Romário, que já deu o que falar recentemente. No dia da primeira sessão legislativa da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado eleito Romário foi flagrado nas areias fluminenses batendo uma bolinha enquanto deveria estar no plenário. Ora, trabalho é trabalho, folga é folga! Enfim, tomara que o tal torneio não estrague a relação de Renato com o Grêmio. Senão, estará promovendo um lance imperdoável tanto para o futevôlei quanto para o futebol: estará enfiando os pés pelas mãos!
Não interessa se nas areias cariocas estarão seleções da França, Espanha ou escambau. Renato tem de estar no Estádio Olímpico, seja para comandar um jogo de futebol ou acompanhar os atletas puxarem saco de areia pelas costas. A liberação concedida abre precedentes para que Carlos Alberto, um dia, peça uma folguinha para tomar sol em Copacabana no mês que vem! Entenda, aqui neste blog ninguém é contra o futevôlei como modalidade esportiva. Só que há um momento certo para isso. Renato é profissional dos campos, portanto, deve atuar nas areias somente nas férias.
Aliás, não é de agora que o futevôlei causa constrangimento em ex-atletas. Para se ter uma ideia, um dos adversários de Portaluppi neste torneio será Romário, que já deu o que falar recentemente. No dia da primeira sessão legislativa da Câmara dos Deputados, em Brasília, o deputado eleito Romário foi flagrado nas areias fluminenses batendo uma bolinha enquanto deveria estar no plenário. Ora, trabalho é trabalho, folga é folga! Enfim, tomara que o tal torneio não estrague a relação de Renato com o Grêmio. Senão, estará promovendo um lance imperdoável tanto para o futevôlei quanto para o futebol: estará enfiando os pés pelas mãos!
domingo, 27 de março de 2011
De trás para a frente
Fotos: Wesley Santos (Press Digital) e Ricardo Duarte (Clicesportes)
O senso comum apresenta que Celso Roth é retranqueiro e Renato Portaluppi ofensivista. Pois neste final de semana eles resolveram trocar de casaca. Os papéis foram invertidos, de trás para a frente literalmente. No sábado, o Internacional empilhou atacantes e mesmo assim não conseguiu sair do zero no placar com o São Luiz. Já o Grêmio contra o Pelotas, neste domingo, fez três gols através de jogadores reconhecidamente defensivos. Um deles, o zagueiro Rafael Marques (foto à esquerda), que é o artilheiro gremista no Campeonato Gaúcho, com quatro tentos.
Primeiro, foi a vez de Roth mostrar ao Beira-Rio que pode sim jogar para a frente. Mandou a campo um time formado por dois meias – Andrezinho e Oscar – e dois atacantes – Zé Roberto e Cavenaghi. Depois, em uma característica que não lhe é comum, voltou do intervalo com duas alterações: D'Alessandro e Sobis adentraram o gramado. Em um determinado momento, chegou a atuar com três avantes, quando Alex entrou no lugar de Matias. Era para ser o dia iluminado do comandante colorado, mas Cavenaghi (foto abaixo) decidiu que o 0 a 0 iria predominar. O camisa 9 brincou de perder oportunidades e fez o torcedor morrer de saudades de Leandro Damião, na Seleção Brasileira, e até mesmo de Alecsandro. Tudo isso com um jogador a mais desde o primeiro tempo.
Agora, quem não pode reclamar são os gremistas. Apesar do técnico Renato assumir uma postura “defensiva”, saindo para o jogo com Borges como único atacante, não faltaram gols. Aliás, não foi o centroavante quem balançou as redes. Coube ao volante Willian Magrão e aos zagueiros Rodolfo e Rafael Marques a missão de decretar os 3 a 1 na Boca do Lobo. A certa altura da partida, Renato ainda sacou seu único atacante para colocar Fernando e segurar a vitória fora de casa. Uma cena rara de se ver, mas que valeu à pena já que o Grêmio reassume a liderança geral do Gauchão.
O senso comum apresenta que Celso Roth é retranqueiro e Renato Portaluppi ofensivista. Pois neste final de semana eles resolveram trocar de casaca. Os papéis foram invertidos, de trás para a frente literalmente. No sábado, o Internacional empilhou atacantes e mesmo assim não conseguiu sair do zero no placar com o São Luiz. Já o Grêmio contra o Pelotas, neste domingo, fez três gols através de jogadores reconhecidamente defensivos. Um deles, o zagueiro Rafael Marques (foto à esquerda), que é o artilheiro gremista no Campeonato Gaúcho, com quatro tentos.
Primeiro, foi a vez de Roth mostrar ao Beira-Rio que pode sim jogar para a frente. Mandou a campo um time formado por dois meias – Andrezinho e Oscar – e dois atacantes – Zé Roberto e Cavenaghi. Depois, em uma característica que não lhe é comum, voltou do intervalo com duas alterações: D'Alessandro e Sobis adentraram o gramado. Em um determinado momento, chegou a atuar com três avantes, quando Alex entrou no lugar de Matias. Era para ser o dia iluminado do comandante colorado, mas Cavenaghi (foto abaixo) decidiu que o 0 a 0 iria predominar. O camisa 9 brincou de perder oportunidades e fez o torcedor morrer de saudades de Leandro Damião, na Seleção Brasileira, e até mesmo de Alecsandro. Tudo isso com um jogador a mais desde o primeiro tempo.
Agora, quem não pode reclamar são os gremistas. Apesar do técnico Renato assumir uma postura “defensiva”, saindo para o jogo com Borges como único atacante, não faltaram gols. Aliás, não foi o centroavante quem balançou as redes. Coube ao volante Willian Magrão e aos zagueiros Rodolfo e Rafael Marques a missão de decretar os 3 a 1 na Boca do Lobo. A certa altura da partida, Renato ainda sacou seu único atacante para colocar Fernando e segurar a vitória fora de casa. Uma cena rara de se ver, mas que valeu à pena já que o Grêmio reassume a liderança geral do Gauchão.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Deixa o guri jogar!
Foto: Jefferson Bottega (Clicesportes)
Quem disse que é só na Vila Belmiro que a molecada joga bola?! Após algum tempo sem revelar um jogador que rendesse bons frutos (os últimos foram Carlos Eduardo e Alexandre Pato), a dupla Gre-Nal está apresentando novamente as armas. As revelações não vem necessariamente das categorias de base dos clubes, mas acabam ganhando o primeiro destaque ao defender os escudos gaúchos. Portanto, dá para dizer que são daqui: Leandro e Oscar. Só falta os treinadores deixarem isso acontecer.
Na goleada sobre o Inter-SM, nesta quinta-feira, o Grêmio teve em Leandro (foto) seu grande destaque. Autor de dois gols, dos seis marcados, o jovem que é chamado por Neymar pelos companheiros é titular. Só não vê quem não quer. Ou ainda existe quem defenda as escalações de Diego Clementino, Júnior Viçosa, Lins, Carlos Alberto e companhia? Até mesmo Escudero, que passou em branco sobre o Coloradinho, acabou ofuscado pela estrela do guri. Não é mais necessário buscar no mercado um substituto para Jonas. Contra o Pelotas, no domingo, por exemplo, Leandro já pode iniciar jogando sem problemas. É uma pena, realmente, que não esteja inscrito na fase de grupos da Libertadores.
Pois quem está é o menino Oscar. Aliás, até gol já marcou diante do Jaguares. De lá para cá, assumiu a camisa 10 no Beira-Rio e não mais tirou. Pelo que se diz, só vai tirar quando D'Alessandro voltar do departamento médico, neste sábado, diante do São Luiz. Mesmo assim, não deve sentar no banco de reservas. Se o fizer, estará sendo vítima de uma das maiores injustiças que o Estado já viu. Junto com Leandro Damião, o ex são-paulino é a grande mudança do Inter que caiu diante do Mazembe para o time deste ano. Além do mais, tente imaginar um meio-campo formado por D'Ale e Oscar. É pedir demais, Celso Roth?
Quem disse que é só na Vila Belmiro que a molecada joga bola?! Após algum tempo sem revelar um jogador que rendesse bons frutos (os últimos foram Carlos Eduardo e Alexandre Pato), a dupla Gre-Nal está apresentando novamente as armas. As revelações não vem necessariamente das categorias de base dos clubes, mas acabam ganhando o primeiro destaque ao defender os escudos gaúchos. Portanto, dá para dizer que são daqui: Leandro e Oscar. Só falta os treinadores deixarem isso acontecer.
Na goleada sobre o Inter-SM, nesta quinta-feira, o Grêmio teve em Leandro (foto) seu grande destaque. Autor de dois gols, dos seis marcados, o jovem que é chamado por Neymar pelos companheiros é titular. Só não vê quem não quer. Ou ainda existe quem defenda as escalações de Diego Clementino, Júnior Viçosa, Lins, Carlos Alberto e companhia? Até mesmo Escudero, que passou em branco sobre o Coloradinho, acabou ofuscado pela estrela do guri. Não é mais necessário buscar no mercado um substituto para Jonas. Contra o Pelotas, no domingo, por exemplo, Leandro já pode iniciar jogando sem problemas. É uma pena, realmente, que não esteja inscrito na fase de grupos da Libertadores.
Pois quem está é o menino Oscar. Aliás, até gol já marcou diante do Jaguares. De lá para cá, assumiu a camisa 10 no Beira-Rio e não mais tirou. Pelo que se diz, só vai tirar quando D'Alessandro voltar do departamento médico, neste sábado, diante do São Luiz. Mesmo assim, não deve sentar no banco de reservas. Se o fizer, estará sendo vítima de uma das maiores injustiças que o Estado já viu. Junto com Leandro Damião, o ex são-paulino é a grande mudança do Inter que caiu diante do Mazembe para o time deste ano. Além do mais, tente imaginar um meio-campo formado por D'Ale e Oscar. É pedir demais, Celso Roth?
quinta-feira, 24 de março de 2011
Noite dos opostos
Foto: Lucas Uebel (Gremio.net)
Que, no Rio Grande do Sul, Grêmio e Inter são opostos, todo mundo sabe. Agora, no duelo dos gremistas contra os colorados de Santa Maria, nesta quinta-feira, se evidenciou o fato. O Tricolor simplesmente patrolou o adversário no Estádio Olímpico. Os comandados de Renato impuseram um placar de 6 a 0 e, naturalmente, empurram o time da capital para o topo do Grupo 2 da Taça Farroupilha. Em contrapartida, o clube do interior despenca de vez na tabela.
Logo no início do jogo, Gilson foi derrubado na área e o pênalti foi assinalado. O camisa 10 gremista bateu e o goleiro nada pode fazer. Depois disso, o Inter-SM chegaria à frente com boas oportunidades, mas não soube aproveitar. Até que o árbitro decidiu compensar, assinalando uma penalidade também para os vermelhos. Mas o Grêmio estava disposta a contrariar o inimigo. Se o arqueiro não pode fazer nada no gol de Douglas, agora a estrela de Marcelo Grohe brilhou, defendendo a cobrança de Dinei. A partir daí, logo em seguida, Mário aproveitaria sua chance, aumentando a vantagem. E se a noite estava sendo desastrada para os santamarienses até então, ficaria pior no segundo tempo, com dois atletas a menos. Júnior Viçosa, Rafael Marques e Leandro (duas vezes) completaram a goleada.
Foi a noite em que tudo deu certo para um, e tudo errado para outro. A noite azul estava tão iluminada que até sem entrar em campo o Grêmio venceu pela Libertadores. O Oriente Petrolero, que não ganhava de ninguém, resolveu fazer o crime sobre o León de Huánuco, decretando matematicamente a classificação gaúcha. Já o Interzinho volta para Santa Maria mais rebaixado do que nunca.
Que, no Rio Grande do Sul, Grêmio e Inter são opostos, todo mundo sabe. Agora, no duelo dos gremistas contra os colorados de Santa Maria, nesta quinta-feira, se evidenciou o fato. O Tricolor simplesmente patrolou o adversário no Estádio Olímpico. Os comandados de Renato impuseram um placar de 6 a 0 e, naturalmente, empurram o time da capital para o topo do Grupo 2 da Taça Farroupilha. Em contrapartida, o clube do interior despenca de vez na tabela.
Logo no início do jogo, Gilson foi derrubado na área e o pênalti foi assinalado. O camisa 10 gremista bateu e o goleiro nada pode fazer. Depois disso, o Inter-SM chegaria à frente com boas oportunidades, mas não soube aproveitar. Até que o árbitro decidiu compensar, assinalando uma penalidade também para os vermelhos. Mas o Grêmio estava disposta a contrariar o inimigo. Se o arqueiro não pode fazer nada no gol de Douglas, agora a estrela de Marcelo Grohe brilhou, defendendo a cobrança de Dinei. A partir daí, logo em seguida, Mário aproveitaria sua chance, aumentando a vantagem. E se a noite estava sendo desastrada para os santamarienses até então, ficaria pior no segundo tempo, com dois atletas a menos. Júnior Viçosa, Rafael Marques e Leandro (duas vezes) completaram a goleada.
Foi a noite em que tudo deu certo para um, e tudo errado para outro. A noite azul estava tão iluminada que até sem entrar em campo o Grêmio venceu pela Libertadores. O Oriente Petrolero, que não ganhava de ninguém, resolveu fazer o crime sobre o León de Huánuco, decretando matematicamente a classificação gaúcha. Já o Interzinho volta para Santa Maria mais rebaixado do que nunca.
Deu pro gasto
Foto: Alexandre Lops (Inter)
Os vários desfalques e a tal da grama sintética assustaram o Internacional. Por isso, o magro 1 a 0 diante do São José, na noite de quarta-feira, virou uma goleada no vestiário colorado. O gol único de Andrezinho (foto) poderia ter sofrido a multiplicação de tentos – principalmente pelos pés de Cavenaghi. Mas ficou por aí. Ok, a liderança do Grupo 1 está no Beira-Rio.
A atuação não foi tão brilhante como quis crer Celso Roth na entrevista coletiva após o jogo. Simplesmente deu pro gasto. É bem verdade que o placar poderia ter sido mais elástico. Um 2 ou 3 a 0 não seria surpresa nenhuma, mas o centroavante castelhano não estava de pé calibrado. Aliás, será que ele tem o pé calibrado? Para quem se acostumou a criticar Alecsandro, deve ter sido horripilante assistir a Cavenaghi. Claro, há de se destacar também o goleiro Rafael, do Zequinha, que salvou em diversas oportunidades. Em algumas delas, por exemplo, barrou arremates do jovem Oscar.
Mas enfim, entre mortos e feridos, pior para o uruguaio Sorondo. O portenho trombou com um adversário e sofreu duas lesões em uma mesma pancada. Além de uma entorse no joelho, o zagueiro sofreu uma fratura na clavícula e ficará longe dos gramados por dois meses. Justamente ele que foi titular da defesa em toda a temporada. Menos mal que o capitão Bolívar vem logo aí. Menos mal que o Colorado, e seu plantel numeroso, garantiram os três pontos em meio ao verdadeiro “areal” do Passo D'Areia.
Os vários desfalques e a tal da grama sintética assustaram o Internacional. Por isso, o magro 1 a 0 diante do São José, na noite de quarta-feira, virou uma goleada no vestiário colorado. O gol único de Andrezinho (foto) poderia ter sofrido a multiplicação de tentos – principalmente pelos pés de Cavenaghi. Mas ficou por aí. Ok, a liderança do Grupo 1 está no Beira-Rio.
A atuação não foi tão brilhante como quis crer Celso Roth na entrevista coletiva após o jogo. Simplesmente deu pro gasto. É bem verdade que o placar poderia ter sido mais elástico. Um 2 ou 3 a 0 não seria surpresa nenhuma, mas o centroavante castelhano não estava de pé calibrado. Aliás, será que ele tem o pé calibrado? Para quem se acostumou a criticar Alecsandro, deve ter sido horripilante assistir a Cavenaghi. Claro, há de se destacar também o goleiro Rafael, do Zequinha, que salvou em diversas oportunidades. Em algumas delas, por exemplo, barrou arremates do jovem Oscar.
Mas enfim, entre mortos e feridos, pior para o uruguaio Sorondo. O portenho trombou com um adversário e sofreu duas lesões em uma mesma pancada. Além de uma entorse no joelho, o zagueiro sofreu uma fratura na clavícula e ficará longe dos gramados por dois meses. Justamente ele que foi titular da defesa em toda a temporada. Menos mal que o capitão Bolívar vem logo aí. Menos mal que o Colorado, e seu plantel numeroso, garantiram os três pontos em meio ao verdadeiro “areal” do Passo D'Areia.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Guerra dos Farrapos
Foto: Alexandre Lops (Inter)
O torneio que está em disputa neste momento no Rio Grande do Sul (Taça Farroupilha) é uma clara homenagem à Guerra dos Farrapos, onde os gaúchos mostraram bravura ao lutarem por seus direitos. Agora, não precisa Inter e Grêmio levarem ao pé da letra esta condição e entrarem em campo nesta semana tão esfarrapados. Mas é assim que virão. Contusões, problemas estomacais, suspensão, convocações e até mesmo a grama sintética do Passo D'Areia (foto) obrigam os clubes a colocar equipes totalmente desfiguradas em campo.
Nesta quarta-feira, o Internacional enfrenta o São José com apenas dois jogadores considerados titulares: Lauro e Guiñazu. O piso emborrachado já vetou a participação dos laterais Nei e Kléber, além de ter torcido o tornozelo de Zé Roberto no último treinamento. Além disso, quem considera a zaga titular Bolívar e Rodrigo, terá de esperar mais um pouco, pois o primeiro ainda se recupera de lesão, enquanto o segundo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Bolatti e Damião foram chamados por suas seleções nacionais e não participam das duas próximas rodadas. E, por fim, o argentino D'Alessandro segue entregue ao departamento médico. Portanto, novamente um misto quente defenderá o Colorado.
Mas antes mesmo que os gremistas pensem em tirar sarro, podem colocar o pé no freio, pois o time vai desfalcado para encarar o Inter-SM na quinta. O mesmo gramado artificial que preocupa vermelhos, já atrapalhou azuis. Willian Magrão, titular diante do Porto Alegre no domingo, sentiu os reflexos do piso de borracha e pode ser barrado. Gabriel, Carlos Alberto e Borges, por sua vez, trazem problemas do Peru. No primeiro, foi diagnosticada uma gastroenterite, enquanto nos outros dois a questão é muscular. André Lima já é uma questão antiga e conhecida. E, finalmente, o goleiro Victor se apresenta à Seleção Brasileira. Portanto, seis ausências. Realmente, parece que a dupla Gre-Nal está travando a verdadeira Guerra dos Farrapos – desta vez para avaliar que entra mais esfarrapado no Gauchão.
O torneio que está em disputa neste momento no Rio Grande do Sul (Taça Farroupilha) é uma clara homenagem à Guerra dos Farrapos, onde os gaúchos mostraram bravura ao lutarem por seus direitos. Agora, não precisa Inter e Grêmio levarem ao pé da letra esta condição e entrarem em campo nesta semana tão esfarrapados. Mas é assim que virão. Contusões, problemas estomacais, suspensão, convocações e até mesmo a grama sintética do Passo D'Areia (foto) obrigam os clubes a colocar equipes totalmente desfiguradas em campo.
Nesta quarta-feira, o Internacional enfrenta o São José com apenas dois jogadores considerados titulares: Lauro e Guiñazu. O piso emborrachado já vetou a participação dos laterais Nei e Kléber, além de ter torcido o tornozelo de Zé Roberto no último treinamento. Além disso, quem considera a zaga titular Bolívar e Rodrigo, terá de esperar mais um pouco, pois o primeiro ainda se recupera de lesão, enquanto o segundo está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Bolatti e Damião foram chamados por suas seleções nacionais e não participam das duas próximas rodadas. E, por fim, o argentino D'Alessandro segue entregue ao departamento médico. Portanto, novamente um misto quente defenderá o Colorado.
Mas antes mesmo que os gremistas pensem em tirar sarro, podem colocar o pé no freio, pois o time vai desfalcado para encarar o Inter-SM na quinta. O mesmo gramado artificial que preocupa vermelhos, já atrapalhou azuis. Willian Magrão, titular diante do Porto Alegre no domingo, sentiu os reflexos do piso de borracha e pode ser barrado. Gabriel, Carlos Alberto e Borges, por sua vez, trazem problemas do Peru. No primeiro, foi diagnosticada uma gastroenterite, enquanto nos outros dois a questão é muscular. André Lima já é uma questão antiga e conhecida. E, finalmente, o goleiro Victor se apresenta à Seleção Brasileira. Portanto, seis ausências. Realmente, parece que a dupla Gre-Nal está travando a verdadeira Guerra dos Farrapos – desta vez para avaliar que entra mais esfarrapado no Gauchão.
terça-feira, 22 de março de 2011
Herdeiro do trono colorado
Foto: Alexandre Lops (Inter)
A convocação de Leandro Damião chegou (foto). Os 13 gols, que alçaram o centroavante colorado à condição de artilheiro do Brasil nesta temporada, chamara a atenção de Mano Menezes. E assim, o camisa 9 do Beira-Rio estará em Londres, no amistoso da seleção contra a Escócia, no próximo domingo. A participação dele implicará em ausências de dois compromissos do Inter (contra São José e São Luiz). Mas não há do que reclamar, o torcedor colorado está radiante.
Isso porque Damião só foi lembrado depois das lesões de Alexandre Pato e Nilmar, convocados anteriormente. Curioso é que os antecessores, além de terem aberto os caminhos com a camisa amarelinha, também saíram das categorias de base do Internacional. Do famoso Celeiro de Ases exaltado no hino do clube. Portanto, o que faz Damião é apenas herdar um trono construído desde a chegada de Mano à Seleção Brasileira.
Outra coincidência é o local de nascimento do trio vermelho. Alexandre, como o próprio nome sugere, nasceu em Pato Branco. Nilmar, por sua vez, em Bandeirantes. E, Leandro, em Jardim Alegre. Todas cidades paranaenses. Enfim, no Beira-Rio, já se comprovou que esta fórmula faz sucesso. Resta colocar em prática na Granja Comary.
A convocação de Leandro Damião chegou (foto). Os 13 gols, que alçaram o centroavante colorado à condição de artilheiro do Brasil nesta temporada, chamara a atenção de Mano Menezes. E assim, o camisa 9 do Beira-Rio estará em Londres, no amistoso da seleção contra a Escócia, no próximo domingo. A participação dele implicará em ausências de dois compromissos do Inter (contra São José e São Luiz). Mas não há do que reclamar, o torcedor colorado está radiante.
Isso porque Damião só foi lembrado depois das lesões de Alexandre Pato e Nilmar, convocados anteriormente. Curioso é que os antecessores, além de terem aberto os caminhos com a camisa amarelinha, também saíram das categorias de base do Internacional. Do famoso Celeiro de Ases exaltado no hino do clube. Portanto, o que faz Damião é apenas herdar um trono construído desde a chegada de Mano à Seleção Brasileira.
Outra coincidência é o local de nascimento do trio vermelho. Alexandre, como o próprio nome sugere, nasceu em Pato Branco. Nilmar, por sua vez, em Bandeirantes. E, Leandro, em Jardim Alegre. Todas cidades paranaenses. Enfim, no Beira-Rio, já se comprovou que esta fórmula faz sucesso. Resta colocar em prática na Granja Comary.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Chance: Ter e aproveitar
Fotos: Jefferson Bottega (ZH) e Alexandre Lops (Inter)
O blog já anunciava antes: o final de semana seria decisivo para os postulantes à titularidade na dupla Gre-Nal. Tanto vermelhos quanto azuis escalaram reservas pela rodada do Gauchão. Era a chance de mostrar serviço ao comandante. Alguns aproveitaram, outros não.
Escudero, por exemplo, iniciou a partida contra o Porto Alegre sedento por futebol. Com 4 minutos de bola rolando, o castelhano, escalado como atacante, abriu o placar no Passo D'Areia (foto acima). Sim, o adversário não era dos mais fortes, mas o argentino começou a provar que quem estava errado era Renato Portaluppi. E não foi somente ele que apresentou as armas. Vinícius Pacheco, Leandro, Mithyuê e Pessali foram algumas das surpresas agradáveis do domingo. Agora, a mais explícita foi Bruno Collaço. Como Gilson ainda é titular?
Mas se os tricolores aproveitaram a oportunidade, o mesmo não aconteceu no Beira-Rio. No sábado, o Inter encarou o Novo Hamburgo com time misto, tendo um ataque formado por Rafael Sobis e Cavenaghi. E para aqueles que defendiam a saída de Zé Roberto da equipe, acabaram dando com os burros n'água. Não se viu nada além de vontade. A qualidade passou longe. Sobis, aliás, parece correr contra o tempo, já que em julho terá seu contrato encerrado com o Colorado e terá de voltar aos Emirados Árabes (foto à direita). E desta vez, que me perdoem os torcedores, mas o técnico Celso Roth não poderia ser vaiado. Ele fez de tudo, todos os testes possíveis. Mas parece que nenhum reserva quer virar titular.
O blog já anunciava antes: o final de semana seria decisivo para os postulantes à titularidade na dupla Gre-Nal. Tanto vermelhos quanto azuis escalaram reservas pela rodada do Gauchão. Era a chance de mostrar serviço ao comandante. Alguns aproveitaram, outros não.
Escudero, por exemplo, iniciou a partida contra o Porto Alegre sedento por futebol. Com 4 minutos de bola rolando, o castelhano, escalado como atacante, abriu o placar no Passo D'Areia (foto acima). Sim, o adversário não era dos mais fortes, mas o argentino começou a provar que quem estava errado era Renato Portaluppi. E não foi somente ele que apresentou as armas. Vinícius Pacheco, Leandro, Mithyuê e Pessali foram algumas das surpresas agradáveis do domingo. Agora, a mais explícita foi Bruno Collaço. Como Gilson ainda é titular?
Mas se os tricolores aproveitaram a oportunidade, o mesmo não aconteceu no Beira-Rio. No sábado, o Inter encarou o Novo Hamburgo com time misto, tendo um ataque formado por Rafael Sobis e Cavenaghi. E para aqueles que defendiam a saída de Zé Roberto da equipe, acabaram dando com os burros n'água. Não se viu nada além de vontade. A qualidade passou longe. Sobis, aliás, parece correr contra o tempo, já que em julho terá seu contrato encerrado com o Colorado e terá de voltar aos Emirados Árabes (foto à direita). E desta vez, que me perdoem os torcedores, mas o técnico Celso Roth não poderia ser vaiado. Ele fez de tudo, todos os testes possíveis. Mas parece que nenhum reserva quer virar titular.
sábado, 19 de março de 2011
Quem está fora é sempre melhor
Foto: Marinho Saldanha (UOL)
É natural que os treinadores tenham seus jogadores de confiança no elenco. Assim como é comum que estes atletas sejam alvo de críticas dos torcedores quando não rendem o esperado. Pois tanto Celso Roth como Renato Portaluppi vem sendo alvejados por não conseguir rendimento com seus preferidos. No Grêmio, Carlos Alberto e Gilson são os escolhidos para as pedradas. No Inter, é a hora e vez de Zé Roberto. Os torcedores não entendem suas escalações e defendem, piamente, a substituição imediata destes elementos. A verdade é que o melhor é sempre aquele que não está jogando, pois não precisa provar nada a ninguém. Pois neste final de semana a história irá mudar. Gremistas e colorados irão vislumbrar os reservas pelo Gauchão. Chegou o momento de alguns jogadores mostrarem serviço.
Os tricolores, por exemplo, não entendem porque Escudero (foto acima) sequer foi relacionado para a partida contra o León, pela Libertadores. Enfim, ele enfrentará o Porto Alegre na condição de titular. Será a prova final para que mostre se pode desbancar Carlos Alberto e que tudo não passou de implicância do treinador. Da mesma maneira, Bruno Collaço - ou até mesmo Neuton - deve convencer Renato de que Gilson não é a melhor alternativa para a lateral-esquerda. Para isso, terão de arrebentar contra o clube da Família Assis, no domingo.
Já os vermelhos, por sua vez, terão finalmente a dupla de ataque dos sonhos neste sábado: Sobis e Cavenaghi. Ambos foram contratados para expelir o contestado Alecsandro do plantel (que se foi para o Vasco da Gama). Porém, ninguém contava com a estrela de Leandro Damião. Mesmo assim, ainda resta uma vaga em aberto. Zé Roberto só caiu nas graças do técnico, que insiste em atuar com o sistema 4-2-3-1. Então, é o momento ideal para os atacantes suplentes duelarem entre si, e contra o Novo Hamburgo, para comprovar que sim, podem assumir a titularidade. Agora, se todos eles, atletas colorados e gremistas, sucumbirem, apenas mostrarão porque as contestações ainda são escaladas pelos treinadores.
É natural que os treinadores tenham seus jogadores de confiança no elenco. Assim como é comum que estes atletas sejam alvo de críticas dos torcedores quando não rendem o esperado. Pois tanto Celso Roth como Renato Portaluppi vem sendo alvejados por não conseguir rendimento com seus preferidos. No Grêmio, Carlos Alberto e Gilson são os escolhidos para as pedradas. No Inter, é a hora e vez de Zé Roberto. Os torcedores não entendem suas escalações e defendem, piamente, a substituição imediata destes elementos. A verdade é que o melhor é sempre aquele que não está jogando, pois não precisa provar nada a ninguém. Pois neste final de semana a história irá mudar. Gremistas e colorados irão vislumbrar os reservas pelo Gauchão. Chegou o momento de alguns jogadores mostrarem serviço.
Os tricolores, por exemplo, não entendem porque Escudero (foto acima) sequer foi relacionado para a partida contra o León, pela Libertadores. Enfim, ele enfrentará o Porto Alegre na condição de titular. Será a prova final para que mostre se pode desbancar Carlos Alberto e que tudo não passou de implicância do treinador. Da mesma maneira, Bruno Collaço - ou até mesmo Neuton - deve convencer Renato de que Gilson não é a melhor alternativa para a lateral-esquerda. Para isso, terão de arrebentar contra o clube da Família Assis, no domingo.
Já os vermelhos, por sua vez, terão finalmente a dupla de ataque dos sonhos neste sábado: Sobis e Cavenaghi. Ambos foram contratados para expelir o contestado Alecsandro do plantel (que se foi para o Vasco da Gama). Porém, ninguém contava com a estrela de Leandro Damião. Mesmo assim, ainda resta uma vaga em aberto. Zé Roberto só caiu nas graças do técnico, que insiste em atuar com o sistema 4-2-3-1. Então, é o momento ideal para os atacantes suplentes duelarem entre si, e contra o Novo Hamburgo, para comprovar que sim, podem assumir a titularidade. Agora, se todos eles, atletas colorados e gremistas, sucumbirem, apenas mostrarão porque as contestações ainda são escaladas pelos treinadores.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Dançou, mas não convenceu
Foto: Felix Medina (AFP)
O gremista que assistiu à partida entre Grêmio e León, na tarde desta quinta-feira, pôde rir apenas uma vez durante os 90 minutos. Simplesmente quando Carlos Alberto, logo após marcar o gol de empate, comemorou tal qual o goleiro Kidiaba, do Mazembe (foto). Porém, o Grêmio não tem motivos para sorrir. O resultado (1 a 1) contra o inexpressivo clube de Huánuco, no Peru, mantém o Tricolor na segunda posição do Grupo 2 da Libertadores da América, enquanto o Júnior de Barranquilla lidera de maneira isolada.
A atuação começou torta já desde o apito do árbitro. Tanto é que, na metade da primeira etapa, Renato Portaluppi se viu obrigado a mexer na equipe, sacando o garoto Fernando e lançando Júnior Viçosa. Aliás, tem sido uma atitude repetida nas últimas apresentações, o que comprova que o treinador não vem sabendo escalar o time certo. Não que ele tenha acertado após a substituição, mas pelo menos acomodou melhor o meio-campo com o “Kidiaba dos pampas” situado na meia cancha. Agora, o pior de tudo foi terminar a partida com três laterais-esquerdos: Gilson, Collaço e Lúcio. Sim, Renato conseguiu tal façanha!
Tudo bem que, como atleta, Portaluppi foi o maior ídolo da história gremista. No entanto, como técnico, ele não está agradando tanto assim. Não pode passar batido pelos torcedores. Está mais do que comprovado que a grande virtude dele é vencer no grito e na raça, e não na tática. E, para quem não sabe, o argentino Escudero, contratado com pompas para a disputa do torneio, sequer ficou no banco de reservas. Será que o Fluminense está chamando?
quarta-feira, 16 de março de 2011
Colorado nas alturas
Foto: Aizar Raldes (AFP)
O nome do adversário colorado foi dado em homenagem ao primeiro piloto de avião comercial da Bolívia: Jorge Wilstermann. No entanto, o Internacional voou mais alto que os donos da casa na noite desta quarta-feira. Ignorou a altitude (a não ser quando sofreu o gol no início do jogo) e alcançou o topo do Grupo 6 da Libertadores com uma goleada de 4 a 1 em Cochabamba.
E quem comandou a vitória gaúcha foi Leandro Damião (foto). O centroavante correu, deu carrinho, cabeceou, deu passe e até sentiu tonturas por falta de ar. Até mesmo quando não esteve presente na área, preocupou a defesa boliviana. E foi exatamente assim que o defensor Brown se precipitou e testou para as próprias redes, igualando a marcador. A partir daí, pôde conquistar os três pontos tranquilamente. Primeiro, como um acrobata, o camisa 9 decretou o vira-vira. Depois, em ponto de bala, roubou a bola da defesa e deixou Zé Roberto de frente para as redes bolivianas, pronto para aumentar a vantagem. Por fim, quando Damião já nem estava mais em campo e o Inter apenas segurava a partida, o lateral Kléber entrou zunindo pela esquerda e fez o quarto gol.
Apesar do resultado, o torcedor colorado não pode inflar os pulmões de mais. O tal de Jorge Wilstermann não é parâmetro para o atual campeão da América. Quem quer alçar voos maiores, deve pensar mais alto. Os bolivianos foram um treino de luxo para o Inter. E o melhor: o próximo compromisso é justamente contra eles, agora no Beira-Rio. É a chance de decretar a classificação para a fase seguinte e, quem sabe, sonhar com a melhor campanha entre todos os clubes sul-americanos.
O nome do adversário colorado foi dado em homenagem ao primeiro piloto de avião comercial da Bolívia: Jorge Wilstermann. No entanto, o Internacional voou mais alto que os donos da casa na noite desta quarta-feira. Ignorou a altitude (a não ser quando sofreu o gol no início do jogo) e alcançou o topo do Grupo 6 da Libertadores com uma goleada de 4 a 1 em Cochabamba.
E quem comandou a vitória gaúcha foi Leandro Damião (foto). O centroavante correu, deu carrinho, cabeceou, deu passe e até sentiu tonturas por falta de ar. Até mesmo quando não esteve presente na área, preocupou a defesa boliviana. E foi exatamente assim que o defensor Brown se precipitou e testou para as próprias redes, igualando a marcador. A partir daí, pôde conquistar os três pontos tranquilamente. Primeiro, como um acrobata, o camisa 9 decretou o vira-vira. Depois, em ponto de bala, roubou a bola da defesa e deixou Zé Roberto de frente para as redes bolivianas, pronto para aumentar a vantagem. Por fim, quando Damião já nem estava mais em campo e o Inter apenas segurava a partida, o lateral Kléber entrou zunindo pela esquerda e fez o quarto gol.
Apesar do resultado, o torcedor colorado não pode inflar os pulmões de mais. O tal de Jorge Wilstermann não é parâmetro para o atual campeão da América. Quem quer alçar voos maiores, deve pensar mais alto. Os bolivianos foram um treino de luxo para o Inter. E o melhor: o próximo compromisso é justamente contra eles, agora no Beira-Rio. É a chance de decretar a classificação para a fase seguinte e, quem sabe, sonhar com a melhor campanha entre todos os clubes sul-americanos.
A altitude e os treinadores
Basta a Libertadores iniciar para que os clubes brasileiros citem a altitude como um dos principais adversários. Pois nesta quarta e quinta-feira é a vez da dupla Gre-Nal enfrentar este vilão. Primeiro, o Colorado encara o frágil Jorge Wilstermann - que amedronta muito mais pelos 2.500m acima do nível do mar de Cochabamba, do que pelo futebol. Um dia depois, o Tricolor enfrenta o desconhecido León, na altitude de 2.000m de Huánuco. Mas, convenhamos, nem bolivianos ou peruanos têm cacife para pôr medo nos gaúchos. Até porque, apesar de todo este papo de altitude, foram poucos os clubes brasileiros que sucumbiram à falta de oxigênio. Talvez o exemplo mais clássico seja o do Fluminense, em 2008, que depois de eliminar São Paulo e Boca Juniors, foi surrado pela LDU, nos 2.800m de Quito, no Equador. Aliás, para quem não lembra, Renato Portaluppi, hoje treinador gremista, comandava o Tricolor carioca na ocasião (foto).
A coincidência é que justamente por esta campanha inédita à frente do Flu, Renato é lembrado para tomar o lugar de Muricy Ramalho. O vazamento de uma entrevista “em off” a Jorge Kajuru incendiou a delegação do Grêmio. O técnico estaria mesmo disposto a trocar o Olímpico pelas Laranjeiras? Não adianta, Portaluppi vive de desafios. Querendo ou não, no Tricolor do sul, ele já conquistou tudo que queria – nos tempos de jogador, é verdade. Agora, no Fluminense, Renato se sente em dívida eterna. Além de não conquistar aquela Libertadores, ainda foi responsável pelo rebaixamento do clube à Série B nos anos 90. Por aí pode se explicar a dor de cabeça do técnico gremista. Não é culpa da altitude, não.
Até porque, a altura onde Celso Roth se encontra é muito mais desgastante. Mesmo assim, mesmo que escale o garoto Oscar, goleie o tal Jorge da Bolívia, o comandante do Internacional voltará a Porto Alegre questionado. A torcida não nutre empatia pelo profissional. Inclusive, a saída de Muricy do Fluminense (que tanto amedronta os torcedores azuis), anima os colorados. Há quem queira a contratação do multicampeão brasileiro para a casamata do Beira-Rio. Mas que fique bem claro, não são os efeitos da altitude.
A coincidência é que justamente por esta campanha inédita à frente do Flu, Renato é lembrado para tomar o lugar de Muricy Ramalho. O vazamento de uma entrevista “em off” a Jorge Kajuru incendiou a delegação do Grêmio. O técnico estaria mesmo disposto a trocar o Olímpico pelas Laranjeiras? Não adianta, Portaluppi vive de desafios. Querendo ou não, no Tricolor do sul, ele já conquistou tudo que queria – nos tempos de jogador, é verdade. Agora, no Fluminense, Renato se sente em dívida eterna. Além de não conquistar aquela Libertadores, ainda foi responsável pelo rebaixamento do clube à Série B nos anos 90. Por aí pode se explicar a dor de cabeça do técnico gremista. Não é culpa da altitude, não.
Até porque, a altura onde Celso Roth se encontra é muito mais desgastante. Mesmo assim, mesmo que escale o garoto Oscar, goleie o tal Jorge da Bolívia, o comandante do Internacional voltará a Porto Alegre questionado. A torcida não nutre empatia pelo profissional. Inclusive, a saída de Muricy do Fluminense (que tanto amedronta os torcedores azuis), anima os colorados. Há quem queira a contratação do multicampeão brasileiro para a casamata do Beira-Rio. Mas que fique bem claro, não são os efeitos da altitude.
terça-feira, 15 de março de 2011
Com a coxa bamba de novo?
Foto: Diogo Olivier (ZH)
Há quem se espante com a retranca que Celso Roth pode estar armando para enfrentar o Jorge Wilstermann, nesta quarta-feira, pela Libertadores. Cogita-se a possibilidade de que o comandante colorado retire o jovem Oscar do meio, armando o time com Bolatti, Wilson Matias, Guiñazu e Tinga. Ou seja, quatro volantes. Mas, senhores, se a fama de Roth é ser adepto de uma retranca forte, imagine o fato de ele jogar na altitude, a 2.800 metros acima do nível do mar! É como se ele tomasse para si o nome da cidade boliviana (Cochabamba) e deixasse tremer as suas próprias pernas.
Aliás, para quem não lembra, há dois anos o Grêmio visitou esta mesma cidade. O rival colorado enfrentou o Aurora. Na ocasião, Celso Roth era o comandante do Tricolor (foto) e, para enfrentar os bolivianos, o treinador armou o time no 3-5-2. No início da partida, sofreu até mesmo pressão da fraca equipe. Até que Jonas, então um embrião de goleador, abriu o placar no final do primeiro tempo. Na saída da segunda etapa, porém, o Aurora arrancou o empate. A partir de então, um filme de horrores se iniciou. Jonas perdeu a cabeça, agrediu um adversário e foi expulso. Com um a menos, o time gaúcho se desesperou. Só não sofreu a virada pela falta de qualidade do inimigo. Enquanto isso, nos bares e lares do Rio Grande do Sul, os gremistas urravam por mais um atacante em campo. Roth preferiu manter o esquema com três zagueiros. Talvez, na cabeça dele, voltar pra casa com um empate era bom negócio.
Até que, quando ninguém mais acreditava no sucesso, o capitão Tcheco bateu uma falta descompromissada para a área e o arqueiro Dulcich, do Aurora, engoliu um dos maiores perus da história da Libertadores. O gol não só tirou o pescoço do treinador da forca, como colocou o Grêmio na condição de líder do seu grupo - que continha Boyacá Chicó (COL) e Universidad do Chile, além dos bolivianos. Pois então, a pergunta que paira no ar é: será que os colorados precisarão sofrer tudo isso contra o igualmente frágil Jorge Wilstermann?
Há quem se espante com a retranca que Celso Roth pode estar armando para enfrentar o Jorge Wilstermann, nesta quarta-feira, pela Libertadores. Cogita-se a possibilidade de que o comandante colorado retire o jovem Oscar do meio, armando o time com Bolatti, Wilson Matias, Guiñazu e Tinga. Ou seja, quatro volantes. Mas, senhores, se a fama de Roth é ser adepto de uma retranca forte, imagine o fato de ele jogar na altitude, a 2.800 metros acima do nível do mar! É como se ele tomasse para si o nome da cidade boliviana (Cochabamba) e deixasse tremer as suas próprias pernas.
Aliás, para quem não lembra, há dois anos o Grêmio visitou esta mesma cidade. O rival colorado enfrentou o Aurora. Na ocasião, Celso Roth era o comandante do Tricolor (foto) e, para enfrentar os bolivianos, o treinador armou o time no 3-5-2. No início da partida, sofreu até mesmo pressão da fraca equipe. Até que Jonas, então um embrião de goleador, abriu o placar no final do primeiro tempo. Na saída da segunda etapa, porém, o Aurora arrancou o empate. A partir de então, um filme de horrores se iniciou. Jonas perdeu a cabeça, agrediu um adversário e foi expulso. Com um a menos, o time gaúcho se desesperou. Só não sofreu a virada pela falta de qualidade do inimigo. Enquanto isso, nos bares e lares do Rio Grande do Sul, os gremistas urravam por mais um atacante em campo. Roth preferiu manter o esquema com três zagueiros. Talvez, na cabeça dele, voltar pra casa com um empate era bom negócio.
Até que, quando ninguém mais acreditava no sucesso, o capitão Tcheco bateu uma falta descompromissada para a área e o arqueiro Dulcich, do Aurora, engoliu um dos maiores perus da história da Libertadores. O gol não só tirou o pescoço do treinador da forca, como colocou o Grêmio na condição de líder do seu grupo - que continha Boyacá Chicó (COL) e Universidad do Chile, além dos bolivianos. Pois então, a pergunta que paira no ar é: será que os colorados precisarão sofrer tudo isso contra o igualmente frágil Jorge Wilstermann?
segunda-feira, 14 de março de 2011
Por um porto mais seguro e alegre
Foto: uefa.com
A gangorra da dupla Gre-Nal é impressionante. Depois de um início de ano contestado, quem desata a fazer gols agora é o Internacional, tendo como astro principal Leandro Damião. Enquanto isso, o Grêmio perde o seu goleador na Libertadores. Com a lesão de André Lima, que deve ficar afastado dos gramados por dois meses, o técnico gremista terá que reinventar o modo de jogar. Acostumado a colocar uma dupla de atacantes, ele é praticamente impedido de fazer isso quando olha para o banco de reservas e avista Júnior Viçosa e Clementino. Renato Portaluppi não é um estrategista nato, sua virtude maior é a empolgação que passa aos jogadores. Porém, se quiser ajeitar a casa, terá que buscar inspiração em um patrício admirado justamente pela ordem tática que imprime em suas equipes.
José Mourinho devolveu o Porto, de Portugal, ao cenário internacional do futebol, utilizando Carlos Alberto (este mesmo que atua no Tricolor hoje) como atacante. Em 2004, quando conquistou a Europa, o treinador escalou o time com Vitor Baía; Ferreira, Costa, Carvalho e Valente; Maniche, Costinha, Pedro Mendes e Deco; Carlos Alberto e McCarthy. Na final da Liga dos Campeões, foi exatamente o camisa 19 quem anotou o gol de abertura na vitória de 3 a 0 sobre o Mônaco, da França. Depois, no Mundial, contra a surpresa colombiana Once Caldas, o brasileiro entrou na segunda etapa, mas converteu uma penalidade, contribuindo na disputa que consagrou o clube português, após empate em 0 a 0 no tempo normal.
Se atuando como atacante Carlos Alberto foi campeão europeu (foto), por que não testá-lo ao lado de Borges? Até porque, desde que chegou ao Olímpico, tanto centralizado como pelas laterais do campo, ele pouco acrescentou. Conseguiu até ser expulso por simular faltas no último jogo, contra o Cruzeirinho. É chegada a hora da verdade. Foi postado lá na frente que o atleta teve sua maior glória do currículo – fato que carrega, inclusive, com tatuagens pelo corpo. Então, esta é a chance de Carlos Alberto repetir o modelo para voltar a viver um Porto mais Alegre. Um porto mais seguro.
A gangorra da dupla Gre-Nal é impressionante. Depois de um início de ano contestado, quem desata a fazer gols agora é o Internacional, tendo como astro principal Leandro Damião. Enquanto isso, o Grêmio perde o seu goleador na Libertadores. Com a lesão de André Lima, que deve ficar afastado dos gramados por dois meses, o técnico gremista terá que reinventar o modo de jogar. Acostumado a colocar uma dupla de atacantes, ele é praticamente impedido de fazer isso quando olha para o banco de reservas e avista Júnior Viçosa e Clementino. Renato Portaluppi não é um estrategista nato, sua virtude maior é a empolgação que passa aos jogadores. Porém, se quiser ajeitar a casa, terá que buscar inspiração em um patrício admirado justamente pela ordem tática que imprime em suas equipes.
José Mourinho devolveu o Porto, de Portugal, ao cenário internacional do futebol, utilizando Carlos Alberto (este mesmo que atua no Tricolor hoje) como atacante. Em 2004, quando conquistou a Europa, o treinador escalou o time com Vitor Baía; Ferreira, Costa, Carvalho e Valente; Maniche, Costinha, Pedro Mendes e Deco; Carlos Alberto e McCarthy. Na final da Liga dos Campeões, foi exatamente o camisa 19 quem anotou o gol de abertura na vitória de 3 a 0 sobre o Mônaco, da França. Depois, no Mundial, contra a surpresa colombiana Once Caldas, o brasileiro entrou na segunda etapa, mas converteu uma penalidade, contribuindo na disputa que consagrou o clube português, após empate em 0 a 0 no tempo normal.
Se atuando como atacante Carlos Alberto foi campeão europeu (foto), por que não testá-lo ao lado de Borges? Até porque, desde que chegou ao Olímpico, tanto centralizado como pelas laterais do campo, ele pouco acrescentou. Conseguiu até ser expulso por simular faltas no último jogo, contra o Cruzeirinho. É chegada a hora da verdade. Foi postado lá na frente que o atleta teve sua maior glória do currículo – fato que carrega, inclusive, com tatuagens pelo corpo. Então, esta é a chance de Carlos Alberto repetir o modelo para voltar a viver um Porto mais Alegre. Um porto mais seguro.
domingo, 13 de março de 2011
Três pra lá, três pra cá
Foto: Alexandre Lops
Leandro Damião pode até não saber dançar, mas sabe fazer gols. O famoso “dois pra lá, dois pra cá”, com o goleador, ganha um passo a mais. Depois de ter marcado três vezes sobre o Ypiranga, no meio da semana, o camisa 9 repetiu o feito neste domingo, diante do Caxias. Para seu azar, o desempenho da defesa não foi tão impecável, e o Internacional voltou da Serra com apenas um ponto na bagagem. Mesmo assim, nada diminui os feitos do centroavante colorado.
Ele sabe fazer gols de todo o jeito. Nesta tarde, o primeiro foi trombando com o goleiro grená e chutando com raiva para o fundo das redes. O segundo, em posição irregular, mostra o oportunismo do jogador que não deixa passar em branco uma chance clara. E, por fim, fechando a conta, ganhou na bola aérea da zaga adversária, em sua especialidade – o cabeceio. Desta maneira, dispara na artilharia do Gauchão, com 11 gols. Aliás, somente o show de Damião ofuscou a tarde infeliz de outros atletas no Estádio Centenário. Massari, Sorondo, Lauro e, principalmente, Zé Roberto foram bem abaixo da expectativa vermelha, por exemplo.
Para encerrar a jornada, a comemoração do último gol de Damião colocou lenha na fogueira do Gauchão. Ao marcar, o centroavante fez sinal de acréscimos (foto), relembrando o modo como o próprio Caxias foi derrotado pelo arquirrival Grêmio, na final da Taça Piratini. A atitude fez os colorados lavarem a alma, mas enervou os tricolores e até mesmo jogadores (Douglas e Carlos Alberto), que utilizaram o twitter para trocar farpas. Resta saber o que incomoda mais o inimigo: os gols ou as comemorações de Damião.
Leandro Damião pode até não saber dançar, mas sabe fazer gols. O famoso “dois pra lá, dois pra cá”, com o goleador, ganha um passo a mais. Depois de ter marcado três vezes sobre o Ypiranga, no meio da semana, o camisa 9 repetiu o feito neste domingo, diante do Caxias. Para seu azar, o desempenho da defesa não foi tão impecável, e o Internacional voltou da Serra com apenas um ponto na bagagem. Mesmo assim, nada diminui os feitos do centroavante colorado.
Ele sabe fazer gols de todo o jeito. Nesta tarde, o primeiro foi trombando com o goleiro grená e chutando com raiva para o fundo das redes. O segundo, em posição irregular, mostra o oportunismo do jogador que não deixa passar em branco uma chance clara. E, por fim, fechando a conta, ganhou na bola aérea da zaga adversária, em sua especialidade – o cabeceio. Desta maneira, dispara na artilharia do Gauchão, com 11 gols. Aliás, somente o show de Damião ofuscou a tarde infeliz de outros atletas no Estádio Centenário. Massari, Sorondo, Lauro e, principalmente, Zé Roberto foram bem abaixo da expectativa vermelha, por exemplo.
Para encerrar a jornada, a comemoração do último gol de Damião colocou lenha na fogueira do Gauchão. Ao marcar, o centroavante fez sinal de acréscimos (foto), relembrando o modo como o próprio Caxias foi derrotado pelo arquirrival Grêmio, na final da Taça Piratini. A atitude fez os colorados lavarem a alma, mas enervou os tricolores e até mesmo jogadores (Douglas e Carlos Alberto), que utilizaram o twitter para trocar farpas. Resta saber o que incomoda mais o inimigo: os gols ou as comemorações de Damião.
sábado, 12 de março de 2011
De tremer as bases
Foto: Edu Andrade (Gazeta Press)
Campeão do primeiro turno, o Grêmio preferiu escalar um time formado por garotos para enfrentar o Cruzeiro de Porto Alegre, neste sábado, no Olímpico. Entre a garotada, o meia Carlos Alberto (foto), carregando até mesmo a braçadeira. Mas nada salvou a equipe gremista. Nem a experiência do capitão - que conseguiu a proeza de ser expulso após duas simulações - ou os jovens talentos. O clube estrelado saiu vitorioso por 2 a 0. Aliás, para quem não lembra, o Cruzeirinho é o terror das categorias de base de Porto Alegre.
No primeiro turno, os comandados de Leocir Dall'Astra causaram uma crise no Beira-Rio. Primeiro, na estreia da Taça Piratini, venceram os colorados por 1 a 0. Depois, nas semifinais, eliminaram a meninada do torneio – fato que culminaria com a dispensa de grande parte do Inter B. Pois os gremistas, que àquela altura riram da situação do rival, assistiram sua própria juventude sucumbir nas mãos de Diego Torres & Cia. E assim, quem compareceu na Azenha para vislumbrar as atuações de Mário Fernandes, Neuton, Maylson e Fernando, voltou para a casa pedindo as contratações do goleiro Fábio e do zagueiro Léo, revelações cruzeirenses.
Por um lado é bom. O Grêmio não tem nada a perder. Garantido na decisão do Gauchão, pode fazer os testes que quiser, visando uma melhor formação para a Libertadores. Pode até mesmo ficar de fora da segunda fase da Taça Farroupilha. Pode, mas não deve. Assim como pode seguir escalando sua equipe de moleques, desde que não cruze o caminho do Cruzeirinho de novo. Senão, volta a tremer as bases.
Campeão do primeiro turno, o Grêmio preferiu escalar um time formado por garotos para enfrentar o Cruzeiro de Porto Alegre, neste sábado, no Olímpico. Entre a garotada, o meia Carlos Alberto (foto), carregando até mesmo a braçadeira. Mas nada salvou a equipe gremista. Nem a experiência do capitão - que conseguiu a proeza de ser expulso após duas simulações - ou os jovens talentos. O clube estrelado saiu vitorioso por 2 a 0. Aliás, para quem não lembra, o Cruzeirinho é o terror das categorias de base de Porto Alegre.
No primeiro turno, os comandados de Leocir Dall'Astra causaram uma crise no Beira-Rio. Primeiro, na estreia da Taça Piratini, venceram os colorados por 1 a 0. Depois, nas semifinais, eliminaram a meninada do torneio – fato que culminaria com a dispensa de grande parte do Inter B. Pois os gremistas, que àquela altura riram da situação do rival, assistiram sua própria juventude sucumbir nas mãos de Diego Torres & Cia. E assim, quem compareceu na Azenha para vislumbrar as atuações de Mário Fernandes, Neuton, Maylson e Fernando, voltou para a casa pedindo as contratações do goleiro Fábio e do zagueiro Léo, revelações cruzeirenses.
Por um lado é bom. O Grêmio não tem nada a perder. Garantido na decisão do Gauchão, pode fazer os testes que quiser, visando uma melhor formação para a Libertadores. Pode até mesmo ficar de fora da segunda fase da Taça Farroupilha. Pode, mas não deve. Assim como pode seguir escalando sua equipe de moleques, desde que não cruze o caminho do Cruzeirinho de novo. Senão, volta a tremer as bases.
sexta-feira, 11 de março de 2011
Dá-me gol
Foto: Alexandre Lops
Ultimamente, Celso Roth vem tendo o seu esquema tático (com apenas um atacante) muito questionado. Tanto a torcida como parte da imprensa acham que, no mínimo, dois avantes devem ser escalados. Mas para que colocar outro atacante se o único que tem já compensa? Nesta quinta-feira, na estreia do Internacional na Taça Farroupilha, Leandro Damião (foto) fez três na goleada de 4 a 0 sobre o Ypiranga de Erechim.
No banco de reservas, e depois em campo, Rafael Sobis e Cavenaghi. Dois jogadores consagrados na América do Sul assistem pasmos a redenção de “Damigol”, como é carinhosamente chamado. A média do camisa 9 colorado é impressionante. Em seis jogos disputados, as redes balançaram nove vezes. No Gauchão, a artilharia é dele, com oito gols, apesar de ter participado de apenas quatro partidas. É espetacular o início de ano de Damião. E pensar que ele passou 2010 inteiro na reserva de Alecsandro – inclusive no Mundial de Abu Dhabi.
Outro item que pode ser destacado, pelo menos nesta vitória sobre o Ypiranga, é a presença de Oscar. O garoto não só substituiu D'Alessandro à altura, como já obriga o torcedor colorado a sonhar com uma parceria com o argentino entre os titulares. Entretanto, não passa de um desejo onírico a esta altura. Porque realidade mesmo é Leandro. Aliás, seu apelido é, no mínimo, sugestivo. É como se o centroavante olhasse para os companheiros e implorasse: “Dá-me o gol!”. Os súditos (Oscar, Daniel e Kléber) apenas cumprem a missão para que o artilheiro possa brilhar. Cantar, sorridente, embaixo da chuva.
Ultimamente, Celso Roth vem tendo o seu esquema tático (com apenas um atacante) muito questionado. Tanto a torcida como parte da imprensa acham que, no mínimo, dois avantes devem ser escalados. Mas para que colocar outro atacante se o único que tem já compensa? Nesta quinta-feira, na estreia do Internacional na Taça Farroupilha, Leandro Damião (foto) fez três na goleada de 4 a 0 sobre o Ypiranga de Erechim.
No banco de reservas, e depois em campo, Rafael Sobis e Cavenaghi. Dois jogadores consagrados na América do Sul assistem pasmos a redenção de “Damigol”, como é carinhosamente chamado. A média do camisa 9 colorado é impressionante. Em seis jogos disputados, as redes balançaram nove vezes. No Gauchão, a artilharia é dele, com oito gols, apesar de ter participado de apenas quatro partidas. É espetacular o início de ano de Damião. E pensar que ele passou 2010 inteiro na reserva de Alecsandro – inclusive no Mundial de Abu Dhabi.
Outro item que pode ser destacado, pelo menos nesta vitória sobre o Ypiranga, é a presença de Oscar. O garoto não só substituiu D'Alessandro à altura, como já obriga o torcedor colorado a sonhar com uma parceria com o argentino entre os titulares. Entretanto, não passa de um desejo onírico a esta altura. Porque realidade mesmo é Leandro. Aliás, seu apelido é, no mínimo, sugestivo. É como se o centroavante olhasse para os companheiros e implorasse: “Dá-me o gol!”. Os súditos (Oscar, Daniel e Kléber) apenas cumprem a missão para que o artilheiro possa brilhar. Cantar, sorridente, embaixo da chuva.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Seleção da Taça Piratini
Encerrado o primeiro turno do Gauchão, o blog convoca a Seleção da Taça Piratini. Naturalmente, o clube campeão é quem mais coloca jogadores no escrete.
Goleiro: André Sangalli (Caxias) - O dono da camisa 1 poderia ser Eduardo Martini, do Novo Hamburgo, que não sofre gols há 5 jogos. Ou ainda Victor, herói na decisão por pênaltis da final. Mas o goleiro do Caxias conseguiu a proeza de catar quatro cobranças na semifinal, além de ser um leão na finalíssima contra o Grêmio.
Lateral-direito: Anderson Pico (Juventude) - Apesar de estar ainda fora de forma, renasceu no clube caxiense. E, ainda por cima, improvisado no lado direito, fechando para chutar de longe.
Zagueiros: Léo (Cruzeiro) - Na primeira rodada, foi ele quem fez o gol da vitória sobre o Inter. Na semifinal, contra o Grêmio, também balançou as redes. Nenhum jogador que marca diante da dupla Gre-Nal passa em branco (ainda mais se tratando de um zagueiro).
Mateus (Ypiranga) - É mais um da linhagem dos zagueiros artilheiros. Só no primeiro turno marcou quatro vezes, uma delas contra o Tricolor Porto-Alegrense.
Lateral-esquerdo: Bruno Collaço (Grêmio) - Como lateral-esquerdo, anotou um tento de falta no Gre-Nal de Rivera. Com a ausência de Lúcio no meio-campo, foi chamado pelo técnico Renato para bombeiro de emergência. Deu conta do recado.
Volantes: Rochemback (Grêmio) - Capitão gremista, cansou de lançar os companheiros em cobranças de falta e cruzamentos para a área.
Edenílson (Caxias) - É o volante que chega à frente com qualidade. Dizem até que estaria negociado com o futebol paulista.
Meias: Lúcio (Grêmio) - Quando não esteve lesionado, foi o diferencial da equipe gremista. Ainda por cima, teve a estrela de voltar justamente quando o time se sagrou campeão.
Chiquinho (São José) - Renasceu para o futebol, desta vez atuando como meia. Quando não esteve em campo, sua equipe foi eliminada da competição.
Atacantes: Borges (Grêmio) - Iniciou o ano no departamento médico. Quando assumiu a camisa 9 do Grêmio, não tirou mais. É goleador nato!
Leandro Damião (Inter) - O que dizer de um centroavante que, em três jogos, balançou a rede cinco vezes? Os números o escalam.
Técnico: Leocir Dall'Astra (Cruzeiro) - Levou um clube recém erguido para a semifinal da 1ª Divisão Gaúcha. Por isso, desbanca os finalistas Lisca e Renato Portaluppi.
Goleiro: André Sangalli (Caxias) - O dono da camisa 1 poderia ser Eduardo Martini, do Novo Hamburgo, que não sofre gols há 5 jogos. Ou ainda Victor, herói na decisão por pênaltis da final. Mas o goleiro do Caxias conseguiu a proeza de catar quatro cobranças na semifinal, além de ser um leão na finalíssima contra o Grêmio.
Lateral-direito: Anderson Pico (Juventude) - Apesar de estar ainda fora de forma, renasceu no clube caxiense. E, ainda por cima, improvisado no lado direito, fechando para chutar de longe.
Zagueiros: Léo (Cruzeiro) - Na primeira rodada, foi ele quem fez o gol da vitória sobre o Inter. Na semifinal, contra o Grêmio, também balançou as redes. Nenhum jogador que marca diante da dupla Gre-Nal passa em branco (ainda mais se tratando de um zagueiro).
Mateus (Ypiranga) - É mais um da linhagem dos zagueiros artilheiros. Só no primeiro turno marcou quatro vezes, uma delas contra o Tricolor Porto-Alegrense.
Lateral-esquerdo: Bruno Collaço (Grêmio) - Como lateral-esquerdo, anotou um tento de falta no Gre-Nal de Rivera. Com a ausência de Lúcio no meio-campo, foi chamado pelo técnico Renato para bombeiro de emergência. Deu conta do recado.
Volantes: Rochemback (Grêmio) - Capitão gremista, cansou de lançar os companheiros em cobranças de falta e cruzamentos para a área.
Edenílson (Caxias) - É o volante que chega à frente com qualidade. Dizem até que estaria negociado com o futebol paulista.
Meias: Lúcio (Grêmio) - Quando não esteve lesionado, foi o diferencial da equipe gremista. Ainda por cima, teve a estrela de voltar justamente quando o time se sagrou campeão.
Chiquinho (São José) - Renasceu para o futebol, desta vez atuando como meia. Quando não esteve em campo, sua equipe foi eliminada da competição.
Atacantes: Borges (Grêmio) - Iniciou o ano no departamento médico. Quando assumiu a camisa 9 do Grêmio, não tirou mais. É goleador nato!
Leandro Damião (Inter) - O que dizer de um centroavante que, em três jogos, balançou a rede cinco vezes? Os números o escalam.
Técnico: Leocir Dall'Astra (Cruzeiro) - Levou um clube recém erguido para a semifinal da 1ª Divisão Gaúcha. Por isso, desbanca os finalistas Lisca e Renato Portaluppi.
Quem belisca, não leva a taça
Foto: Gremio.net
O Caxias foi bravo. Apesar de estar na casa do inimigo, não se apequenou, como adiantava o técnico Lisca antes da bola rolar. Abriu 2 a 0 no placar ao imprimir um ritmo alucinante. Depois, cansado, foi caindo aos poucos. E aí entrou em cena o Grêmio peleador. Na raça, William Magrão e Rafael Marques empataram a partida. E, com o perdão do trocadilho, o Caxias até be“lisca”, mas para conquistar a Taça Piratini é preciso agarrar firme. Por isso, graças a Victor, o troféu fica no Estádio Olímpico. Nos pênaltis, o goleiro assegurou a vaga para a finalíssima do Gauchão 2011.
O gol salvador do zagueiro gremista, na reta final do jogo, poderia ilustrar mais um capítulo da história imortal do clube porto-alegrense. Os oito minutos de acréscimos sugeridos pelo árbitro Márcio Chagas, as reclamações de cera feita pelos caxienses, e tantos outros detalhes só transformaram a partida numa das mais (senão a maior) emocionante de todos os tempos do Rio Grande do Sul.
A verdade é que, considerando todo o certame, a taça repousa com méritos em mãos tricolores. Foi o Grêmio quem mais pontuou neste primeiro turno. Ao contrário do arquirrival colorado, não deixou de lado a competição, mesmo contra adversários teoricamente inferiores. Assim, é com justiça que a massa azul comemora.
quarta-feira, 9 de março de 2011
O dia em que o Caxias venceu o Grêmio e o turno
Assim como na noite desta quarta-feira, Grêmio e Caxias já decidiram uma final de turno. Foi em 2000, ano em que o clube grená alcançou o título no próprio Estádio Olímpico (foto). No entanto, antes disso, sagrou-se campeão do primeiro turno do Gauchão e, pasme, contra o mesmo Tricolor Porto-Alegrense e no mesmo palco desta noite.
O certame daquele ano era diferente de agora. Na primeira fase, a dupla Gre-Nal e o Juventude não apareciam junto com os demais clubes, pois disputavam a Copa Sul-Minas. A partir da segunda etapa, eram incluídos na competição. A partir de então, oito equipes se enfrentavam todos contra todos em partida única. Quem somasse mais pontos, era declarado o campeão do turno. Pois na rodada final, o Caxias, então treinado por Tite, chegou a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio precisando de apenas um empate para carimbar o passaporte à grande final. O time da casa, que contava com um elenco recheado de estrelas graças à parceria com a ISL, necessitava da vitória. Pois quem venceu foi o clube do interior. Com gols de Ivair (de falta) e Jajá, o Caxias fez 2 a 1 em cima dos favoritos – Amato ainda descontou para os comandados de Antônio Lopes. E foi assim que o Caxias conquistou o primeiro turno do Gauchão de 2000.
No turno seguinte, foi o Grêmio quem se sagrou campeão, obrigando mais uma vez os dois clubes a se enfrentarem na decisão do Estadual. A história todo mundo já sabe. Foram 3 a 0 em Caxias do Sul e 0 a 0 na capital gaúcha, com direito a defesa de pênalti por parte do goleiro Gilmar, barrando a jovem revelação Ronaldinho. Passaram-se 11 anos desde então. Muita coisa mudou dos dois lados. Mas já serve para deixar a torcida gremista com uma pulga atrás da orelha. Nem sempre dá para se cantar vitória antes do jogo.
O certame daquele ano era diferente de agora. Na primeira fase, a dupla Gre-Nal e o Juventude não apareciam junto com os demais clubes, pois disputavam a Copa Sul-Minas. A partir da segunda etapa, eram incluídos na competição. A partir de então, oito equipes se enfrentavam todos contra todos em partida única. Quem somasse mais pontos, era declarado o campeão do turno. Pois na rodada final, o Caxias, então treinado por Tite, chegou a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio precisando de apenas um empate para carimbar o passaporte à grande final. O time da casa, que contava com um elenco recheado de estrelas graças à parceria com a ISL, necessitava da vitória. Pois quem venceu foi o clube do interior. Com gols de Ivair (de falta) e Jajá, o Caxias fez 2 a 1 em cima dos favoritos – Amato ainda descontou para os comandados de Antônio Lopes. E foi assim que o Caxias conquistou o primeiro turno do Gauchão de 2000.
No turno seguinte, foi o Grêmio quem se sagrou campeão, obrigando mais uma vez os dois clubes a se enfrentarem na decisão do Estadual. A história todo mundo já sabe. Foram 3 a 0 em Caxias do Sul e 0 a 0 na capital gaúcha, com direito a defesa de pênalti por parte do goleiro Gilmar, barrando a jovem revelação Ronaldinho. Passaram-se 11 anos desde então. Muita coisa mudou dos dois lados. Mas já serve para deixar a torcida gremista com uma pulga atrás da orelha. Nem sempre dá para se cantar vitória antes do jogo.
terça-feira, 8 de março de 2011
Um novo Giuliano surgindo no Beira-Rio
Foto: Alexandre Lops
Oscar é mais novo titular do Inter. Desde que D'Alessandro se machucou, Celso Roth vem testando o garoto na função do argentino. No último compromisso, diante do Jaguares, a preferência foi do atacante Cavenaghi. No entanto, foi o jovem ex-são paulino quem entrou e fechou a goleada de 4 a 0 sobre os mexicanos daquela vez (foto). Então, com naturalidade, a vaga entre os onze é dele.
No treino da segunda-feira, quem compareceu, destacou a velocidade que o garoto deu ao time colorado. Em parceria com Zé Roberto, os dois municiaram o centroavante Leandro Damião. A formatação rendeu uma goleada de quatro tentos sobre os reservas, com Oscar chegando a balançar as redes. Portanto, é chover no molhado dizer que, para a estreia na Taça Farroupilha, na próxima quinta-feira, contra o Ypiranga, o meio-campo já está formado. Mas e depois que os medalhões voltarem? Quando D'Alessandro curar o pé, será que Roth deixará Oscar como titular?
A verdade é que Oscar pode repetir uma novela no Beira-Rio. Escolhido o melhor da Libertadores de 2010, Giuliano penou no banco de reservas. Suas participações na equipe se resumiam aos instantes finais de partida, quando entrava em campo para classificar o Inter. Foi assim contra Deportivo Quito, Estudiantes, São Paulo e Chivas. Mas nada demovia o treinador da ideia de que não havia lugar para o craque no time campeão. O mesmo acontecerá com Oscar nesta temporada. Mesmo que seja figura carimbada nas Seleções Brasileiras de Base, faça gols importantes pelo Colorado, o jovem meio-campista será sempre diminuído pela presença de medalhões. Tomara que o destino de Oscar não seja o mesmo de Giuliano: um clube inexpressivo da Ucrânia, por falta de oportunidades.
Oscar é mais novo titular do Inter. Desde que D'Alessandro se machucou, Celso Roth vem testando o garoto na função do argentino. No último compromisso, diante do Jaguares, a preferência foi do atacante Cavenaghi. No entanto, foi o jovem ex-são paulino quem entrou e fechou a goleada de 4 a 0 sobre os mexicanos daquela vez (foto). Então, com naturalidade, a vaga entre os onze é dele.
No treino da segunda-feira, quem compareceu, destacou a velocidade que o garoto deu ao time colorado. Em parceria com Zé Roberto, os dois municiaram o centroavante Leandro Damião. A formatação rendeu uma goleada de quatro tentos sobre os reservas, com Oscar chegando a balançar as redes. Portanto, é chover no molhado dizer que, para a estreia na Taça Farroupilha, na próxima quinta-feira, contra o Ypiranga, o meio-campo já está formado. Mas e depois que os medalhões voltarem? Quando D'Alessandro curar o pé, será que Roth deixará Oscar como titular?
A verdade é que Oscar pode repetir uma novela no Beira-Rio. Escolhido o melhor da Libertadores de 2010, Giuliano penou no banco de reservas. Suas participações na equipe se resumiam aos instantes finais de partida, quando entrava em campo para classificar o Inter. Foi assim contra Deportivo Quito, Estudiantes, São Paulo e Chivas. Mas nada demovia o treinador da ideia de que não havia lugar para o craque no time campeão. O mesmo acontecerá com Oscar nesta temporada. Mesmo que seja figura carimbada nas Seleções Brasileiras de Base, faça gols importantes pelo Colorado, o jovem meio-campista será sempre diminuído pela presença de medalhões. Tomara que o destino de Oscar não seja o mesmo de Giuliano: um clube inexpressivo da Ucrânia, por falta de oportunidades.
segunda-feira, 7 de março de 2011
Curando a ressaca de Carnaval
Foto: Lucas Rizzatti (Clicesportes)
Acabou o Carnaval! Pelo menos para a dupla Gre-Nal, que teve o final de semana de folga. E passado o período de festas, a população brasileira, naturalmente, tem de se curar da ressaca para voltar ao velho ritmo. No estádios de futebol, o trabalho é o mesmo. No entanto, ao invés de se recuperar das bebedeiras, os clubes gaúchos vem recuperando os lesionados que tanto fizeram falta nestes últimos dias.
No Beira-Rio, a tendência é que D'Alessandro (foto) volte aos trabalhos no meio de semana. Desde que lesionou a palma do pé, após uma dividida com o zagueiro Rodrigo nos treinamentos, o argentino ficou entregue ao departamento médico. Enquanto segue a fisioterapia, o capitão Bolívar é quem pisa de volta no gramado. O atleta foi submetido a uma cirurgia no joelho ainda em janeiro, e sequer vestiu a camisa colorada nesta temporada. Pois, ao que tudo indica, ambos poderão defender o Inter no compromisso diante do Jorge Wilstermann, no dia 16, pela Libertadores da América. Antes disso, vai matando o tempo contra o Ypiranga, pelo Gauchão. Ah, e Rafael Sóbis, que já voltou aos treinos com bola, também pode aparecer nesta semana.
Para os lados do Olímpico, as lesões são mais recentes. A última baixa foi Adílson, que após a partida contra o León, sentiu dores no tornozelo e passará por fisioterapia até entrar em campo novamente. Já o polivalente Lúcio, que causou crises de abstinência ao torcedor gremista, correu em volta do gramado do campo suplementar na manhã desta segunda-feira. À primeira vista, parece curado das dores no joelho que o impediram de defender o Tricolor tanto na Libertadores como Gauchão ultimamente. Agora, se ele estará em campo na Quarta-Feira de Cinzas diante do Caxias, é outro papo. Por enquanto, é hora de varrer o salão e colher os confetes que ficaram. Aos poucos a engrenagem volta a funcionar como antigamente.
Acabou o Carnaval! Pelo menos para a dupla Gre-Nal, que teve o final de semana de folga. E passado o período de festas, a população brasileira, naturalmente, tem de se curar da ressaca para voltar ao velho ritmo. No estádios de futebol, o trabalho é o mesmo. No entanto, ao invés de se recuperar das bebedeiras, os clubes gaúchos vem recuperando os lesionados que tanto fizeram falta nestes últimos dias.
No Beira-Rio, a tendência é que D'Alessandro (foto) volte aos trabalhos no meio de semana. Desde que lesionou a palma do pé, após uma dividida com o zagueiro Rodrigo nos treinamentos, o argentino ficou entregue ao departamento médico. Enquanto segue a fisioterapia, o capitão Bolívar é quem pisa de volta no gramado. O atleta foi submetido a uma cirurgia no joelho ainda em janeiro, e sequer vestiu a camisa colorada nesta temporada. Pois, ao que tudo indica, ambos poderão defender o Inter no compromisso diante do Jorge Wilstermann, no dia 16, pela Libertadores da América. Antes disso, vai matando o tempo contra o Ypiranga, pelo Gauchão. Ah, e Rafael Sóbis, que já voltou aos treinos com bola, também pode aparecer nesta semana.
Para os lados do Olímpico, as lesões são mais recentes. A última baixa foi Adílson, que após a partida contra o León, sentiu dores no tornozelo e passará por fisioterapia até entrar em campo novamente. Já o polivalente Lúcio, que causou crises de abstinência ao torcedor gremista, correu em volta do gramado do campo suplementar na manhã desta segunda-feira. À primeira vista, parece curado das dores no joelho que o impediram de defender o Tricolor tanto na Libertadores como Gauchão ultimamente. Agora, se ele estará em campo na Quarta-Feira de Cinzas diante do Caxias, é outro papo. Por enquanto, é hora de varrer o salão e colher os confetes que ficaram. Aos poucos a engrenagem volta a funcionar como antigamente.
sexta-feira, 4 de março de 2011
Matando um León por dia
Foto: Mauro Vieira (Zero Hora)
Os peruanos vieram a fim de catimbar a partida no Estádio Olímpico. Seguraram até o final do primeiro tempo. Fizeram cera, pararam o jogo com faltas, dispostos a voltar para Huánuco com pelo menos um ponto. Não deu! O tal de León desconheceu que o Grêmio não precisa jogar bonito para vencer. E exatamente assim, com duas bolas paradas, fez 2 a 0 no placar. E melhor: com os centroavantes balançando as redes (foto).
Quem critica o esquema de Renato, com a dupla de camisas 9 na frente, não tem acompanhado o retrospecto. Nas últimas quatro partidas, os dois marcaram nove gols - seis de Borges e três de André Lima. Contra o León nesta quinta não foi diferente. Se a bola não fluía pelo meio, a melhor maneira era chegar à meta peruana através da bola aérea. Assim, André Lima colocou o Tricolor na frente, completando de cabeça um cruzamento de Douglas. Depois disso, na segunda etapa, exatamente da mesma maneira, o árbitro enxergou pênalti do zagueiro sobre o atacante brasileiro. Ocasião perfeita para que se desse por encerrada a batalha com Borges.
E depois de suar a camisa para superar o ferrolho peruano, tudo é descanso no Olímpico. O grupo terá folga de três dias durante o Carnaval, mas já voltará a todo vapor. Na Quarta-Feira de Cinzas o Grêmio encara o Caxias pela final da Taça Piratini. Mas a vida futebolística é assim mesmo. Tem que se matar um leão por dia.
Os peruanos vieram a fim de catimbar a partida no Estádio Olímpico. Seguraram até o final do primeiro tempo. Fizeram cera, pararam o jogo com faltas, dispostos a voltar para Huánuco com pelo menos um ponto. Não deu! O tal de León desconheceu que o Grêmio não precisa jogar bonito para vencer. E exatamente assim, com duas bolas paradas, fez 2 a 0 no placar. E melhor: com os centroavantes balançando as redes (foto).
Quem critica o esquema de Renato, com a dupla de camisas 9 na frente, não tem acompanhado o retrospecto. Nas últimas quatro partidas, os dois marcaram nove gols - seis de Borges e três de André Lima. Contra o León nesta quinta não foi diferente. Se a bola não fluía pelo meio, a melhor maneira era chegar à meta peruana através da bola aérea. Assim, André Lima colocou o Tricolor na frente, completando de cabeça um cruzamento de Douglas. Depois disso, na segunda etapa, exatamente da mesma maneira, o árbitro enxergou pênalti do zagueiro sobre o atacante brasileiro. Ocasião perfeita para que se desse por encerrada a batalha com Borges.
E depois de suar a camisa para superar o ferrolho peruano, tudo é descanso no Olímpico. O grupo terá folga de três dias durante o Carnaval, mas já voltará a todo vapor. Na Quarta-Feira de Cinzas o Grêmio encara o Caxias pela final da Taça Piratini. Mas a vida futebolística é assim mesmo. Tem que se matar um leão por dia.
quinta-feira, 3 de março de 2011
Uma missão bem mais fácil que a de Hércules
Foto: http://www.100goles.rpp.com.pe/
Na mitologia grega, Hércules recebeu 12 trabalhos a serem realizados. No topo da lista, o semideus deveria matar o Leão de Nemeia, figura que aterrorizava a região de Argóliga, na Grécia. Enfim, o herói invadiu o território do animal e, não conseguindo furar sua pele com flechas, estrangulou-o até a morte. Depois disso, arrancou o couro do felino e passou a utilizar como escudo para si - além de ser uma prova de sua bravura.
Nesta quinta-feira, o Grêmio terá o seu próprio leão para matar. Ao contrário do monstrengo de Nemeia, o León de Huánuco não ruge tão alto assim. Disputando pela primeira vez na história uma Libertadores da América, o clube peruano encara também o primeiro jogo oficial fora de casa. Nas duas primeiras rodadas, a equipe se apresentou diante do torcedor. O primeiro resultado foi uma derrota para o mesmo Júnior de Barranquilla que derrubou o Tricolor Gaúcho na última semana. Diante do Oriente Petrolero, finalmente a primeira vitória, por 2 a 1 (foto). Por conta disso, os peruanos alcançaram os três pontos do Grêmio e passaram a dividir a vice-liderança do Grupo 2.
Mas os gremistas não podem se igualar ao León. São muito superiores. Bicampeão da América, campeão do mundo, hexacampeão brasileiro, o Imortal Tricolor deve bater este inimigo no Estádio Olímpico com pouco esforço. Para falar a verdade, a maior dificuldade será superar mais uma vez a ausência de Lúcio no meio-campo. Carlos Alberto não comprovou que é capaz de alcançar a titularidade. Mas nem isso, ou a venda confirmada do zagueiro Paulão, pode atrapalhar os planos da massa azul. A missão do Grêmio é bem mais fácil que a de Hércules.
Na mitologia grega, Hércules recebeu 12 trabalhos a serem realizados. No topo da lista, o semideus deveria matar o Leão de Nemeia, figura que aterrorizava a região de Argóliga, na Grécia. Enfim, o herói invadiu o território do animal e, não conseguindo furar sua pele com flechas, estrangulou-o até a morte. Depois disso, arrancou o couro do felino e passou a utilizar como escudo para si - além de ser uma prova de sua bravura.
Nesta quinta-feira, o Grêmio terá o seu próprio leão para matar. Ao contrário do monstrengo de Nemeia, o León de Huánuco não ruge tão alto assim. Disputando pela primeira vez na história uma Libertadores da América, o clube peruano encara também o primeiro jogo oficial fora de casa. Nas duas primeiras rodadas, a equipe se apresentou diante do torcedor. O primeiro resultado foi uma derrota para o mesmo Júnior de Barranquilla que derrubou o Tricolor Gaúcho na última semana. Diante do Oriente Petrolero, finalmente a primeira vitória, por 2 a 1 (foto). Por conta disso, os peruanos alcançaram os três pontos do Grêmio e passaram a dividir a vice-liderança do Grupo 2.
Mas os gremistas não podem se igualar ao León. São muito superiores. Bicampeão da América, campeão do mundo, hexacampeão brasileiro, o Imortal Tricolor deve bater este inimigo no Estádio Olímpico com pouco esforço. Para falar a verdade, a maior dificuldade será superar mais uma vez a ausência de Lúcio no meio-campo. Carlos Alberto não comprovou que é capaz de alcançar a titularidade. Mas nem isso, ou a venda confirmada do zagueiro Paulão, pode atrapalhar os planos da massa azul. A missão do Grêmio é bem mais fácil que a de Hércules.
quarta-feira, 2 de março de 2011
China chamando
Foto: Jefferson Bernardes (Vipcomm)
Nunca antes na história deste Estado a China esteve tão presente no imaginário do torcedor. Surgiu a informação de que o zagueiro Paulão tinha proposta do Guangzhou Evergrande, atual campeão da 2ª Divisão Chinesa. Ele havia sido liberado pela diretoria tricolor para viajar a São Paulo e renovar seu empréstimo ao Grêmio junto ao Prudente. No entanto, bastou faltar ao treinamento para que se carimbasse vendido na testa do "Caveirão". Aliás, se fossem outros tempos, o gremista chiaria ao ver este defensor deixar o Olímpico. Porém, ultimamente, o jogador não vem repetindo as boas atuações de 2010 que o colocaram na condição de titular. E então, há quem diga que o prazo de validade esteja chegando ao fim e este é o melhor momento para se desfazer do atleta.
Situação semelhante passa o volante Paulo César Tinga (foto). Bicampeão da América com a camisa colorada, o jogador vem sendo muito questionado pelo torcedor e até por Celso Roth - tanto que na estreia da Libertadores, diante do Emelec, o jogador acabou sendo barrado pelo departamento médico, mesmo dizendo que tinha condições de jogo. Chegou a surgir, inclusive, o boato de que os dois teriam discutido no vestiário. Pois, coincidentemente ou não, o empresário de Tinga resolveu atirar aos quatro ventos que o meia foi sondado por um clube chinês. O mercado não é dos melhores, convenhamos, mas a proposta encheria o pé de meia de PC na sua reta final de carreira. Bastou para que alguns colorados bradassem: vende o cara de uma vez!
Tudo isso porque, desde que voltou ao Beira-Rio, Tinga não repetiu o bom futebol de 2005 e 2006. Em sua frente, Matias, Bolatti, Guiñazu, Zé Roberto e até mesmo o garoto Oscar surgem como opção para a equipe. Além do mais, o atleta passa mais tempo em recuperação física do que com a bola nos pés. Portanto, não é exagero colocar Tinga como negociável - até mesmo para dar espaço a garotos da base que surgem. Realmente, parece que a China está chamando desta vez.
Nunca antes na história deste Estado a China esteve tão presente no imaginário do torcedor. Surgiu a informação de que o zagueiro Paulão tinha proposta do Guangzhou Evergrande, atual campeão da 2ª Divisão Chinesa. Ele havia sido liberado pela diretoria tricolor para viajar a São Paulo e renovar seu empréstimo ao Grêmio junto ao Prudente. No entanto, bastou faltar ao treinamento para que se carimbasse vendido na testa do "Caveirão". Aliás, se fossem outros tempos, o gremista chiaria ao ver este defensor deixar o Olímpico. Porém, ultimamente, o jogador não vem repetindo as boas atuações de 2010 que o colocaram na condição de titular. E então, há quem diga que o prazo de validade esteja chegando ao fim e este é o melhor momento para se desfazer do atleta.
Situação semelhante passa o volante Paulo César Tinga (foto). Bicampeão da América com a camisa colorada, o jogador vem sendo muito questionado pelo torcedor e até por Celso Roth - tanto que na estreia da Libertadores, diante do Emelec, o jogador acabou sendo barrado pelo departamento médico, mesmo dizendo que tinha condições de jogo. Chegou a surgir, inclusive, o boato de que os dois teriam discutido no vestiário. Pois, coincidentemente ou não, o empresário de Tinga resolveu atirar aos quatro ventos que o meia foi sondado por um clube chinês. O mercado não é dos melhores, convenhamos, mas a proposta encheria o pé de meia de PC na sua reta final de carreira. Bastou para que alguns colorados bradassem: vende o cara de uma vez!
Tudo isso porque, desde que voltou ao Beira-Rio, Tinga não repetiu o bom futebol de 2005 e 2006. Em sua frente, Matias, Bolatti, Guiñazu, Zé Roberto e até mesmo o garoto Oscar surgem como opção para a equipe. Além do mais, o atleta passa mais tempo em recuperação física do que com a bola nos pés. Portanto, não é exagero colocar Tinga como negociável - até mesmo para dar espaço a garotos da base que surgem. Realmente, parece que a China está chamando desta vez.
terça-feira, 1 de março de 2011
Futebol ou Estádio?
Foto: Mauro Schaefer (Correio do Povo)
A direção do Internacional está numa sinuca de bico: encaminha sozinha a reforma do Beira-Rio, ou recorre a uma parceria de empreiteira? Se a opção escolhida for a primeira, o clube pode se endividar e por fora todos os gloriosos anos de reestruturação de Fernando Carvalho. Se a escolha for a segunda, terá de se acostumar com uma empresa particular metendo o bedelho por 20 anos. Na verdade, a melhor saída é deixar tudo como está e desistir de vez em sediar uma Copa do Mundo. No entanto, o projeto cairia no colo do Grêmio e sua nova Arena. É tudo uma questão de rivalidade.
O que os colorados não podem esquecer é que, praticamente, toda a vez que um clube de futebol pensa demais no extracampo, acaba se desligando dos resultados com bola rolando. Foi assim com o próprio Inter durante a construção do atual estádio. Em 1959, sem muitos recursos, a diretoria iniciou o projeto de aterrar uma parte do Guaíba e erguer ali uma resposta ao Olímpico Monumental. Quase deu com os burros n'água, literalmente. Não fosse a paixão dos torcedores que doavam dinheiro do próprio bolso, ou ainda, levavam tijolos para o local, a obra jamais sairia do papel. Mesmo assim, foram longos 10 anos até o time pisar naquele gramado. E em todo este período, a torcida ficou à míngua, vendo o rival empilhar títulos gaúchos de 1962 a 1968. Situação parecida ocorreu no São Paulo, quando foi decretada uma modernização do Morumbi. Recente bicampeão do Mundo, o Tricolor Paulista levou três anos (94, 95 e 96) para terminar a reforma. Quando concluiu, não possuia mais aquele temido time de futebol.
São estes exemplos que o Inter deve ter em mente. Será que é tão necessário sediar uma partida de Copa em 2014 (ainda mais um jogo nem tão importante como deverá ser)? Certamente, se perguntar aos seus mais de 100 mil sócios, a direção terá a resposta na hora: queremos títulos. Que siga se apostando nas categorias de base, investindo em atletas de ponta. Mas se, enfim, o Beira-Rio necessita mesmo de uma melhora, que se leia bem o contrato e busque uma parceria. Sozinho o Inter não vai conseguir - ou teremos de volta as piadas sobre boia cativa no Rio Grande do Sul.
A direção do Internacional está numa sinuca de bico: encaminha sozinha a reforma do Beira-Rio, ou recorre a uma parceria de empreiteira? Se a opção escolhida for a primeira, o clube pode se endividar e por fora todos os gloriosos anos de reestruturação de Fernando Carvalho. Se a escolha for a segunda, terá de se acostumar com uma empresa particular metendo o bedelho por 20 anos. Na verdade, a melhor saída é deixar tudo como está e desistir de vez em sediar uma Copa do Mundo. No entanto, o projeto cairia no colo do Grêmio e sua nova Arena. É tudo uma questão de rivalidade.
O que os colorados não podem esquecer é que, praticamente, toda a vez que um clube de futebol pensa demais no extracampo, acaba se desligando dos resultados com bola rolando. Foi assim com o próprio Inter durante a construção do atual estádio. Em 1959, sem muitos recursos, a diretoria iniciou o projeto de aterrar uma parte do Guaíba e erguer ali uma resposta ao Olímpico Monumental. Quase deu com os burros n'água, literalmente. Não fosse a paixão dos torcedores que doavam dinheiro do próprio bolso, ou ainda, levavam tijolos para o local, a obra jamais sairia do papel. Mesmo assim, foram longos 10 anos até o time pisar naquele gramado. E em todo este período, a torcida ficou à míngua, vendo o rival empilhar títulos gaúchos de 1962 a 1968. Situação parecida ocorreu no São Paulo, quando foi decretada uma modernização do Morumbi. Recente bicampeão do Mundo, o Tricolor Paulista levou três anos (94, 95 e 96) para terminar a reforma. Quando concluiu, não possuia mais aquele temido time de futebol.
São estes exemplos que o Inter deve ter em mente. Será que é tão necessário sediar uma partida de Copa em 2014 (ainda mais um jogo nem tão importante como deverá ser)? Certamente, se perguntar aos seus mais de 100 mil sócios, a direção terá a resposta na hora: queremos títulos. Que siga se apostando nas categorias de base, investindo em atletas de ponta. Mas se, enfim, o Beira-Rio necessita mesmo de uma melhora, que se leia bem o contrato e busque uma parceria. Sozinho o Inter não vai conseguir - ou teremos de volta as piadas sobre boia cativa no Rio Grande do Sul.
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