terça-feira, 26 de junho de 2012

Na beira do caos

O Internacional vai tentar convencer a sociedade gaúcha de que precisa atuar dentro do Beira-Rio nesta temporada. A coletiva de imprensa do presidente Giovanni Luigi, concedida nesta terça-feira, foi só o começo. Há um consenso no clube de que, sem o mando de campo (interditado pelo Ministério Público), o Colorado perderá força e pode ver o sonho do tetracampeonato brasileiro escorrer pelo ralo. O exemplo vem de Minas Gerais e tem em Dorival Júnior o principal interlocutor.

O atual técnico vermelho viveu de perto a realidade dos clubes de lá. Desde que fechou o Mineirão, Cruzeiro e Atlético-MG deixaram de figurar nas competições que disputavam. De postulantes a título, em questão de um ano, brigavam para não fazer fiasco. “O Atlético divulgou o balanço de 2011 em que apresentou um déficit de quase R$ 14 milhões. Além da perda financeira, tem a perda técnica”, comentou o repórter Álvaro Vilaça, da Rádio Inconfidência, em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Pois, bastou reaver os jogos no Estádio Independência, em Belo Horizonte – finalmente saindo de Sete Lagoas -, para que os clubes aparecessem na liderança do Brasileirão neste ano.

Este é justamente o medo do Internacional. Com a casa interditada, o Colorado terá de mandar suas partidas para o interior do Estado (Caxias, Novo Hamburgo, Pelotas ou Erechim). Há ainda a possibilidade de sediar jogos em Porto Alegre, mas com portões fechados, sem torcida. Entretanto, isso representaria uma perda enorme de bilheteria ao clube. Enfim, estamos diante de uma sinuca de bico. Ou o Inter recorre da decisão e vence, ou terá fortemente ameaçado o sonho de título. E, pior que os mineiros ainda por cima, pois olhará para o lado e, ao invés de ver o rival chafurdando na mesma lama, vislumbrará a inauguração de um estádio nos moldes UEFA. Preocupante!

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