Grêmio e Palmeiras souberam reviver a rivalidade que marcou a década de 90. No entanto, não repetiram as boas atuações daquela época, mas apenas os pontapés e sopapos. Por isso, ficarei com o bom exemplo desta quinta-feira: o chileno Jorge Valdívia. O meio-campista palmeirense, autor do gol que empatou o placar em 1 a 1, é o grande personagem da semifinal da Copa do Brasil. Bastaram poucos minutos em campo para que ele desse a volta por cima de um momento infeliz em sua vida, quando foi vítima de sequestro relâmpago, e se tornasse herói dos paulistas.
E confesso que, no momento em que Felipão sacou o “Mago” da casamata, pensei: “Está feita a bobagem!”. Pelas velhas lembranças que guardo, imaginei que o camisa 10 seria o primeiro a trocar tapas com os jogadores gremistas. Pois me enganei. O cara jogou bola e atirou o último balde d’água na torcida gaúcha. Sim, último, pois a eliminação do Grêmio não acontece em Barueri. Os dois gols sofridos no Olímpico derrubaram o Tricolor.
Enquanto o Grêmio e seus dirigentes apelarem para a ‘imortalidade’, e confundirem raça com barbárie, continuarão assistindo Valdívias comemorarem diante de seus olhos. Culpar o juiz pela eliminação? Xingar repórteres? Às vezes me parece que o clube apreendeu as lições erradas do período em que viveu com Luiz Felipe Scolari. Espero que a Sul-Americana e o Brasileirão sejam encarados de maneira diferente, ou a Arena será inaugurada somente com Gauchão.
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