Foto: Lucas Uebel (Grêmio)
Quantas vezes eu já li pelas redes sociais recados de torcedores dizendo: "Não é hora para falar de crise, o Grêmio tem uma decisão logo mais!". Pois sou adepto da tese de que a crise não é criada, ela existe e simplesmente é mostrada - independente da hora. Prova disso são as constantes farpas trocadas entre atual e antiga gestões do Grêmio. E, tudo isso, às vésperas de uma decisão em Curitiba. Nesta terça-feira, foi a vez de discutir o déficit de R$ 74 milhões que vem causando a parceria com a OAS. A hora realmente não é a mais indicada para levantar tal debate, mas pode ser que seja superstição.
Digo isso porque, recentemente, sempre que estão concentrados para um grande jogo, os gremistas se pegam num bate-boca fervoroso. A primeira vez foi antes do Gre-Nal, quando o presidente Fábio Koff veio aos microfones reclamar que não conseguia abaixar os preços dos ingressos na Arena. Debate necessário, mas talvez na hora errada. Dias depois, quando o Corinthians era o adversário pela Copa do Brasil, foi a vez de Paulo Odone rebater as acusações de Koff e este, por sua vez, mandar a tréplica. Estava instaurada a discussão do 'eles' contra 'nós'. E agora foi a vez da reunião no Conselho Deliberativo, exatamente um dia antes do jogo de ida contra o Atlético-PR, na Vila Capanema. Por que não na quinta-feira?
Se a discussão pública sobre a situação financeira do clube irá atrapalhar, não se sabe. Existem exemplos para os dois lados. Para Celso Roth, o Brasileirão 2008 teria um outro final não fossem as eleições presidenciais em meio ao campeonato. Enfim, que se comprove o contrário agora e que, como pede Renato Portaluppi aos aplausos: "Algumas pessoas tem que fazer assim para o grupo do Grêmio". Não é fácil pensar somente em futebol quando existe uma transição política turbulenta como esta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário