Foto: Alexandre Lops (Inter)
Os dirigentes se apressam para desmentir qualquer racha após a demissão de Dunga. "Quando acontece uma situação dessas, o normal é haver uma dissidência. Mas no nosso caso, nos fortaleceu ainda mais", disse-me o diretor de futebol Luis César Souto de Moura no domingo. Porém, não é de hoje que se vê uma divergência de opiniões dentro do Beira-Rio. O que é até natural, se torna mais evidente devido ao número de cabeças pensantes no clube - entre presidente, diretores e assessores (Giovanni Luigi, Marcelo Medeiros, Souto de Moura, Eduardo Hausen, Roberto Melo e Newton Drummond). E aí, o que era para ser natural, passa uma situação de instabilidade à imprensa e, principalmente, ao torcedor. O maior exemplo agora é o tal do "mandato tampão".
Essa expressão saiu de dentro do clube, não foi nenhum repórter ou comentarista que trouxe à tona. Ela servia para explicar que, se não conseguisse contratar o técnico de seus sonhos (Abel Braga), a direção poderia buscar um plano B. O tal tampão. Em boca miúda, falou-se até mesmo em Celso Roth. Pois nesta quarta-feira, o repórter Matheus D'Avila contou na Rádio GUAÍBA uma conversa que teve com o vice-presidente Marcelo Medeiros, onde desmente toda informação repassada anteriormente: "Isso seria adiar o problema." E, ainda por cima, complementou que não vê problemas em ter Clemer efetivado no cargo em caso de insucesso na contratação de um treinador de renome: "Tampão é um termo que eu prefiro não usar com o Clemer", concluiu Medeiros. Ok, é um discurso - não fosse ele totalmente oposto ao dado pelo presidente Luigi à Rádio GRENAL horas antes. Na visão do mandatário colorado, o momento exige um comandante de expressão.
Antes de mais nada, é preciso afinar o discurso. Na hora de dar uma notícia, o repórter não sabe o que informar. O torcedor fica mais do que perdido no meio deste bombardeio de discordâncias. Abel Braga, Clemer ou o tal "tampão"? Segundo Luiz Carlos Reche, Abel já respondeu à direção que não quer assumir um time agora e o trabalho dos dirigentes tem sido o de convencimento para que ele chegue a tempo de comandar o Internacional a tempo do Gre-Nal do dia 20, além de iniciar o planejamento para 2014. Se não vier Abel, talvez nem 'Deus' saiba quem virá. Sabe 'Deus'?
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