Foto: Cléber Mendes (Agência Lance)
O Internacional perdeu de novo. Não é novidade na vida recente dos colorados. Foi a quarta derrota consecutiva - desta vez por 3 a 1 para o Vasco, em Macaé. Acontece que, já no intervalo, o capitão D'Alessandro decretava o fim: "O campeonato continua e a gente continua errando. Assim o campeonato vai embora." Depois, ao fim do jogo, concluiu: "Precisamos fazer o maior número de pontos para dar tranquilidade. E aí vamos ver aonde chegamos." O argentino é muito sanguíneo quando a bola rola, mas sabe ser lúcido como poucos diante dos microfones. E sua leitura foi perfeita! Mas o campeonato terminou por quê?
A impressão que dá é que todo o comando do clube está perdido, falando línguas diferentes. A maior prova de todas foi o fato ocorrido nesta quinta-feira, quando o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Francisco Novelleto, convocou uma coletiva, ao lado do prefeito de Cascavel-PR, para anunciar que o Gre-Nal do segundo turno do Brasileirão aconteceria na cidade paranaense, no próximo dia 20. Os dirigentes negavam até a palavra final do mandatário colorado Giovanni Luigi: "O Novelleto estava autorizado para avançar nesta questão, mas coloquei para ele que tinha que ter uma visão do todo. Conversando com o departamento de futebol, houve uma solicitação explícita para que o jogo ficasse no Rio Grande do Sul", declarou.
A verdade é essa: o Inter, como clube de futebol, está perdido. Não sabe se renova o elenco ou se valoriza quem já está por ali. Trouxe de volta atletas que já haviam passado antes pelo clube, mesmo sem sucesso (Ronaldo Alves, Helder e Vitor Júnior). Passou um mês discutindo se contratava ou não Adriano Imperador. Sem o Beira-Rio, reformou estádios em Caxias do Sul e Novo Hamburgo, mas segue repetindo que joga sem casa. E tantas outras situações, como a que abriu o Brasileirão: em Salvador, contra o Vitória, quando Muriel e Fabrício não foram escalados, por temor de que tivessem de pagar pelas punições do ano anterior. Com todo o respeito, mas a temporada beirou o amadorismo. Personificar tudo em Dunga agora chega a parecer injustiça. Entretanto, alguém tem de pagar. Apesar dos pesares, Luigi confirma que o treinador fica. Mas não descarto uma entrevista horas depois para mudar os rumos da história de novo. Não seria novidade, pelo menos.
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