terça-feira, 1 de outubro de 2013

Pouca diferença entre o blindado e o rachado

Foto: Edu Andrade (Agência Freelancer)

D'Alessandro já declarou que, apesar dos últimos resultados do Inter, o ambiente do vestiário é melhor do que o vivido em 2012. "Já disse ano passado, o vestiário tem que ser blindado, tem que ser nosso. Nem vocês [imprensa] tem que saber o que acontece no vestiário, tem que ser assim." Pois este talvez seja o grande mérito de Dunga. Entretanto, se continuar vivendo este jejum de vitórias, o atual treinador pode igualar seu antecessor Fernandão.

Fernandão comandou o Inter no Brasileirão do ano passado por 26 rodadas. Obteve 9 vitórias, 8 empates e 9 derrotas - um aproveitamento de 44,87%. Dunga está a dois jogos de alcançá-lo. Até agora são 8 vitórias, 10 empates e 6 derrotas - aproveitamento de 47,2%. Se conquistar apenas um ponto nos próximos seis disputados (diante de Vasco e Fluminense), acabará com o mesmo aproveitamento de Fernandão. Ou seja, tanto faz: com o vestiário 'blindado' ou 'rachado', as coisas não funcionaram no Internacional.

Aliás, vale a lembrança. Com Fernandão, Forlán acabou no banco de reservas. É exatamente o que aconteceu na última rodada, diante do Cruzeiro, quando Otávio, Caio e Alan Patrick o ultrapassaram. "Ele sofreu uma lesão na seleção, voltou e também foi uma opção do treinador, por jogadores de outras características. E tem isso (convocação pelo Uruguai). Eu não acordo de manhã pensando em mudar o time. É tudo pensado", argumentou Dunga. Pois assim como Fernandão, Dunga não conseguiu formar um time-base. Muda de escalação a todo momento. É preciso que se diga: ambos fracassaram no Campeonato Brasileiro. O resto é tapar o sol com peneira.

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