domingo, 8 de março de 2009

Inoperância e muito azar

Maxi é a esperança - Foto:globoesporte.com
Desde o jogo contra o Universidad de Chile, o tricolor vem mostrando problemas no arremate final. Daquela feita, o 0 a 0 foi o resultado. Hoje, contra o Santa Cruz, perdeu por 3 a 2 e está em sexto lugar no seu grupo, pela Taça Fábio Koff. Já são 4 partidas sem vitória. O que estaria acontecendo com o Grêmio? O problema não é apenas o técnico - como muitos pensaram. Um dos principais defeitos passa pelo ataque azul. Nos últimos jogos, 5 atacantes diferentes foram escalados. Nada mudou. Dizia-se que quando os argentinos entrassem, tudo iria mudar. Entretanto, hoje a desculpa não pode ser utilizada. Máxi Lopez, inclusive, iniciou como titular, porém, quem marcou foi Reinaldo. A dúvida que resta sobre o primeiro é acerca do seu futebol. Há quem diga que é cedo para uma avaliação, ou que ele não está 100% ainda. A verdade, nua e crua, é que Máxi ficou muito abaixo do que se esperava. Contudo, Herrera entrou e fez o seu. Mostrou a força e a garra que sempre foram o seu cartão de visita. Parece ter credenciais para assumir titularidade. Mesmo assim, foi pouco.

Incompetência ou azar? Respondo sem pestanejar. Inoperância e muito azar. Azar pelas lesões e bolas na trave. Inoperância pelos lances que o gol deveria ter saído e não saiu. Justamente por intranquilidade e incompetência. Há também o nervosismo para reverter de uma vez esta situação adversa. Só que não se resolve fácil assim. A defesa gremista, tão sólida no ano passado, vem mostrando fragilidades antes nunca imaginadas. Réver, por exemplo, vem atuando abaixo
do seu nível desde o Gre-Nal. Até mesmo o elogiável Victor - a muralha tricolor - levou um gol infantil hoje. O atacante do Santa Cruz cabeceou de fora da área e encobriu o arqueiro, que estava adiantado. É bem verdade que a partida deste domingo foi eletrizante, com bolas na trave de ambos os lados, muitos gols e jogadas ríspidas. Mas para os porto-alegrenses, a cabeça segue inchada.

Pode se dizer que o Grêmio possuia apenas 4 titulares quando entrou em campo. Mas foi vergonhoso. O medo do torcedor (que já parece atirar a toalha pelo Gauchão) é de que a má fase se estenda para a Copa Libertadores. E a próxima batalha é justamente por este certame, contra o Boyacá Chicó, na Colômbia. Lá, azar, inoperância e intranquilidade irão se misturar à altitude. Tem tudo para ser uma fusão bombástica. De que lado irá estourar? Celso Roth parece ter um bunker.

Um comentário:

Marcelo Pimenta disse...

Com certeza o GRêmio está pecando em sua política para administrar dois campeonatos. Se Roth e a direção desdenha do Gauchão, o que ficará de certeza se houver um insucesso na Libertadores?
Bom texto e boa análise!!!