terça-feira, 12 de abril de 2011

Falcão não deve ser um estranho no ninho

Foto: Alexandre Lops

Nesta terça-feira começou o ciclo de Paulo Roberto Falcão como treinador do Internacional (foto). O problema é que poucos viram. A atividade teve os portões do Beira-Rio fechados. Assim, nem repórteres ou torcedores puderam ver as mudanças que o ex-camisa 5 pretende implementar no time colorado. Porém, já serviram para as críticas brotarem. Muitos dizem que o treino só foi fechado para que se esconda a incapacidade de comandar uma equipe. Alguns ainda dizem que o treinador mesmo é Julinho Camargo. Mas não é para tanto.

O “Bola” já foi treinador de futebol. Claro que nesta função não teve tantas glórias como no período em que esteve dentro de campo. Aliás, apenas quatro equipes tiveram a oportunidade de tê-lo sob a casamata (sendo uma delas a seleção japonesa). Tudo começou em 1991, quando foi vice-campeão da Copa América, revelando Cafu, Mazinho e alguns outros atletas que apareceriam na Copa do Mundo três anos depois. Outro trabalho seu foi à frente do América do México, onde conquistou a Copa Interamericana e Copa dos Campeões da Concacaf. Depois, em 1993, comandaria o próprio Inter no Brasileirão em 14 partidas, com cinco vitórias, cinco derrotas e quatro empates. Depois, abandonaria Porto Alegre para rumar a Tóquio, até assumir de vez a carreira de comentarista.

Enfim, não dá para se dizer que Falcão é uma assumidade como técnico – isso ele ainda terá de provar. Mas também não para dizer que ele é um estranho no ninho – inclusive pelo sobrenome de pássaro. Até agora ninguém viu nada, literalmente. Dizer que ele vai adotar uma linha com quatro defensores, extinguir os volantes ou colocar três atacantes é pura especulação. O Inter de Falcão só será apresentado ao mundo no próximo sábado, contra o Santa Cruz, pela Taça Farroupilha.

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