Foto: Antônio Vargas (Arquivo ZH)
Se os colorados se gabam por ter na casamata um treinador que foi jogador e ídolo da torcida, o mesmo podem fazer os carboneros – como são chamados os torcedores do Peñarol. Diego Aguirre, comandante do time uruguaio, adversário do Inter nesta noite, não apenas é adorado pela torcida como, na época em que jogava, deu a eles o título da Libertadores de 1987. Fator que nem mesmo Falcão conseguiu alcançar com o Internacional. Mas quem pensa que o Peñarol vai tirar sarro da situação, se engana. Ao mesmo tempo que é encarado como ídolo, Aguirre foi vilão certa vez. E o pior, vestindo a camisa do Colorado (foto).
Era a Libertadores de 1989 - aquela mesma em que os colorados choraram copiosamente após perder nos pênaltis, dentro de casa, para o Olímpia, do Paraguai. Porém, antes disso, cruzaram o caminho do Peñarol. Nas mesmas oitavas de final de agora, uruguaios e gaúchos se encontraram. Daquela vez, o primeiro jogo foi no Beira-Rio e teve uma goleada estrondosa por 6 a 2 dos donos da casa. Na partida de volta, no Estádio Centenário, nova vitória vermelha: 2 a 1. Porém, os carboneros tiveram que agüentar um duro golpe, maior que a derrota. Viram Diego Aguirre balançando as redes a favor dos brasileiros. O Peñarol estava fora da dsiputa.
Agora, ele está novamente neste embate, no entanto, como técnico do clube de Montevidéu. Por ser ídolo da torcida, certamente vai querer vingar aquela noite em que se tornou um vira-casaca. Mas os colorados não devem temê-lo tanto assim. Afinal de contas, Paulo Roberto Falcão estará lá para salvá-los. E neste ídolo a torcida do Inter confia.
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