quarta-feira, 20 de março de 2013

Arena e a Ford

Foto: Lucas Uebel (Grêmio)

O fato aconteceu há dois dias, mas achei importante voltar a ele, depois de ver a Arena estagnar no noticiário esportivo. Na noite da última segunda-feira, Vanderlei Luxemburgo convidou personagens do futebol gaúcho para acompanhar o lançamento de seu novo investimento: na área de vinhos. Um dos presentes foi o ex-mandatário tricolor Paulo Odone, homem que trouxe Luxa a Porto Alegre. Acontece que Odone anda afastado da área futebolística, não quer comentar os problemas que a Arena gremista vem apresentando (comentou que só se manifestaria após o dia 26, quando será feita a apreciação das contas de sua gestão como presidente do Grêmio). Mas o silêncio não durou até lá.

Ao adentrar no salão onde acontecia o evento, Odone foi abordado pelo repórter da Rádio GUAÍBA, Flávio Dal Pizzol. Habilmente, o jornalista indagou primeiramente sobre o trabalho de Luxemburgo. "Está indo bem, espero que continue bem. Com a ajuda de todo mundo, dos gremistas principalmente, e da Arena, a gente chega lá." Em seguida, veio a pergunta crucial: “Como o senhor está recebendo as críticas à Arena?”. E a resposta veio bordada de ironia: "A Arena só não está na Bahia, não foi mandada embora, porque está cravada no chão."

A frase pode não ter muito sentido, mas faz referência a um episódio político muito importante do Estado do Rio Grande do Sul. Uma clara comparação ao ‘caso Ford’. Para quem não lembra, explico rapidamente (superficialmente, até porque não é a minha área): a construtora de automóveis iria instalar uma fábrica em Guaíba em 1998, e vinha negociando com o então governador Antônio Britto. Eis que, após vencer as eleições, Olívio Dutra barrou o negócio. Virou uma briga ideológica entre os partidos PMDB (direita) e PT (então esquerda). Trazendo para o nosso assado, a Ford é a Arena, Britto é Odone, e Olívio seria Koff. Ou estou errado?

Um comentário:

Vinicio disse...

Não pode ter comparação, Fabio Koff pegou um negocio nebuloso que está vindo a tona na sua gestão,Olivio Dutra seguiu as ordens do partido, ele sabia que o prejuizo politico iria cair sobre sua cabeça, Paulo Odone praticamente entregou o patrimonio do Gremio em troca de um estádio que ainda não está pronto,tem muita coisa que não foi exclarecida,é uma comparação muito infelis.