Semana decisiva, que pode terminar com taça no armário para o Internacional. Treinamentos tranquilos, sem muita notícia, com Dunga repetindo a mesma escalação das últimas duas rodadas. Eis que, de onde menos se espera, vem a dinamite da crise: de dentro da direção. Em entrevista à Rádio GUAÍBA na manhã desta quarta-feira, o diretor de futebol Luis César Souto de Moura escancarou sua insatisfação com a escolha por Ibsen Pinheiro para presidir o Conselho Deliberativo do clube. Acontece que Ibsen foi um apoiador de Luis Antônio Lopes e Vitório Piffero nas últimas eleições presidenciais - ou seja, oposição ao presidente Giovanni Luigi. Uma crise política que, se não contornada, poderia respingar dentro de campo.
Souto de Moura não consegue entender como, de oposição, Ibsen virou situação. Porém, a explicação parte das cedências que o mandatário colorado terá de fazer para aglutinar todos os movimentos colorados ao seu redor. Depois de um verdadeiro racha, por conta das obras do estádio Beira-Rio, Luigi viu a oposição crescer assustadoramente e, de quebra, aliados virarem as costas. Habilmente, Giovanni vai costurando o tripé que construiu as grandes conquistas dos anos 2000: Fernando Carvalho, Vitório Piffero e Giovanni Luigi.
O mais interessante é que Ibsen Pinheiro participou de um movimento político da década de 70 que ficou conhecido como 'Os Mandarins'. Naquele período, os líderes se revezavam no trono da presidência – fato que pode se repetir com o triunvirato citado acima. Curioso é que o presente encontra o passado quase sem querer.
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