Nesta segunda-feira, (com toda a razão) a classificação do Inter à final da Taça Piratini ficará em segundo plano. Não é para menos. Adoraria falar dos dois golaços de Diego Forlán e da volta do bom futebol do uruguaio. Da organização tática que o time vem apresentando, da série invicta nesta largada de Gauchão, enfim. Mas, farei como o próprio Dunga. Vou esquecer que o Inter bateu o Esportivo por 2 a 0 e falar da arbitragem.
Não consigo entender porque Dunga é assim. Se ele sabia que os árbitros foram orientados a serem mais severos com ele (o que não duvido), por que provocou a expulsão? Ele preferiu bater boca com o bandeirinha! Mas isso não é novidade na carreira de Dunga. Até mesmo como jogador, no momento mais alto de sua carreira, o capitão do Tetra não esqueceu daqueles que o criticaram na Copa de 90. Assim, quatro anos depois, nos Estados Unidos, quando levantou a taça, gritou “É nossa, porra!”, para instantes depois se voltar para os fotógrafos e jornalistas presentes e berrar: “É pra vocês, seus traíras!”. Nem todos foram injustos como ele imagina.
Em 2010, já como treinador da Seleção Brasileira, repetiu a hostilidade depois de vencer a Costa do Marfim e classificar-se à próxima fase da Copa. Na coletiva, implicou com o repórter da TV Globo, Alex Escobar. Agora no Inter, insinuou há algumas semanas que jornalistas criticam ou elogiam determinado atleta por “receberem presentes”. Até onde vai a raiva de Dunga? E aqui fala um admirador do seu trabalho – seja como jogador, como treinador. Mais uma vez ele faz um belo trabalho, porém compra brigas desnecessárias. Quem sabe esta final de primeiro turno em Ijuí (sua cidade natal) seja capaz de fazer o capitão lembrar dos velhos tempos de infância e ensinar a brindar melhor suas conquistas.
Um comentário:
E porque ninguém fala assalto contra o Esportivo? O Inter só ganhou porque o Esportivo foi vergonhosamente roubado. Até quando os grandes vão passar por cima dos outros times na base do apito amigo? Se são grandes, que ganhem dentro do campo, jogando!
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