Foto: Alexandre Lops (Inter)
A conquista da Taça Piratini pelo Internacional passa muito pelo técnico Dunga. A entrega e a responsabilidade tática com que a equipe vem atuando têm muito da cara do capitão do Tetra. Porém, o último episódio tem méritos de um outro personagem. E não foi D’Alessandro, Damião, Forlán ou qualquer outro jogador. Passou pelo gabinete do presidente Giovanni Luigi. Vítima de críticas atrozes em muitas vezes, o mandatário colorado soube driblar duas crises que chegaram a apresentar faíscas durante a semana.
A primeira com relação ao diretor de futebol Luis César Souto de Moura, que criticou publicamente uma escolha política, ainda na segunda-feira. Depois disso, o segundo ato envolvia o departamento jurídico. Preocupados com o cenário que receberia o Colorado em Ijuí - além da previsão de chuva e um gramado para lá de embarrado -, os advogados do Inter (a pedido de alguém do futebol, certamente) começaram a organizar o processo que levaria a finalíssima para Caxias do Sul. O argumento seria uma brecha no regulamento do Gauchão, que faz referência à capacidade do estádio (superior a 10 mil pessoas) para receber decisões. Mesmo sabendo que este parêntese envolvia apenas a grande final do certame, a defesa estava pronta. Mas morreu na casca.
Tudo porque, questionado, Luigi disse: “Não, deixa assim. Vamos jogar em Ijuí. Eu mato no peito essa responsabilidade. Confio no nosso time!”. Imagina se, ao invés dos 5 a 0, viesse uma derrota contra o modesto São Luiz? Quantas toneladas cairiam sobre os ombros de Giovanni? Por isso, antes mesmo de elogiar um gol ou um belo passe do time de Dunga, vou direcionar elogios ao presidente. Mais uma vez, apesar da calma, não faltou coragem e sobriedade para Luigi tomar sua decisão.
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