quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Dorival Júnior versus Fernandão

O Internacional vive uma crise. Quem diria! Forçado a abandonar as salas de reunião para pegar no boné, Fernandão não conseguiu organizar a bagunça deixada por Dorival Júnior – se é que a bagunça era dele. E, mais espantador ainda, ambos se reencontrarão neste domingo no duelo do Colorado com o Flamengo. Mas eu pergunto: como seria o embate entre o Inter de Fernandão e o Inter de Dorival?

Com os mesmos 10 jogos pelo Brasileirão, as campanhas podem ser comparadas. Demitido na 10ª rodada, Dorival deixou a equipe na 8ª colocação, com 16 pontos (um a mais do que Fernandão conquistou no mesmo período). Além disso, o primeiro comandante viu seu time fazer 13 gols e sofreu 10; enquanto o segundo anotou 9 e levou 6. Duas campanhas muito parecidas: 53% de aproveitamento favorável ao antigo treinador e 50% para o atual. A diferença, no entanto, fica por conta dos jogadores utilizados.

Na equipe-base de Dorival, apareciam escalados no 4-2-3-1: Muriel; Nei, Índio, Bolívar e Fabrício; Elton, Guiñazu, Oscar, D'Alessandro (Dátolo) e Dagoberto; Leandro Damião. Já no de Fernandão: Muriel; Nei, Bolívar, Índio e Fabrício; Ygor, Guiñazu, Elton e Fred; Forlán e Jajá(*). E aí, qual time desses sairia vencedor?

*Foram considerados os jogadores de cada posição que atuaram mais vezes com cada treinador.

Grêmio do Brasileirão ou da Copa do Brasil?

O Grêmio vive uma grande fase no Campeonato Brasileiro – isso é inegável. Porém, o adversário deste sábado, apesar de estar na zona do rebaixamento, gera um sentimento de temor. Ou melhor, um sentimento de vingança. Afinal de contas, foi este Palmeiras quem encerrou com o sonho gremista de erguer um troféu no primeiro semestre de 2012. Mas dá para dizer que os paulistas encontrarão um time bem diferente daquele que foi eliminado na semifinal da Copa do Brasil. Algumas peças novas serão apresentadas a Felipão.

O goleiro não é mais Victor, mas Marcelo Grohe. Pará, que antes atuava na lateral esquerda, volta a sua posição de origem, abrindo os caminhos para Anderson Pico. Porém, a maior modificação de todas está no meio-campo: saem Léo Gago e Marco Antônio para as entradas de Zé Roberto e Elano. Pelo menos esta é a grande expectativa da comissão técnica, que Elano esteja no Pacaembu.

Contratado 20 dias após a queda tricolor na Copa do Brasil, o camisa 7 é o grande diferencial de Vanderlei Luxemburgo em relação à equipe da primeira parte do ano. Para se ter uma noção, desde que ele desembarcou em Porto Alegre, o Grêmio conquistou 25 pontos de 33 disputados (o que dá 75% de aproveitamento). Ou seja, se o Tricolor hoje briga pelo topo da tabela, muito graças a Elano. Mas e se ele não estiver em campo em São Paulo, o Palmeiras enfrentará qual Grêmio: o do Brasileiro ou da Copa do Brasil?

O Inter de hoje é o Grêmio de ontem

Contratar, demitir, remanejar salários. Esta é a função de um dirigente no futebol. Quando a bola não entra, o planejamento parece ter sido errado. Quando o gol acontece, o cartola é saudado. Assim vivem Internacional e Grêmio neste momento.

Os gols da vitória gremista de 2 a 0 sobre o Vasco da Gama saíram dos pés de Marcelo Moreno e Kleber – dois jogadores talhados e pensados desde 2011. Isso é planejamento! Não é à toa que o Tricolor alcança aos poucos o topo da tabela. Hoje, Vanderlei Luxemburgo tem em suas mãos um dos melhores planteis do Brasil. São, praticamente, dois ou três jogadores para cada posição do campo. A felicidade do Grêmio no Brasileirão não é momentânea, ela foi construída basicamente no meio do ano passado, quando Paulo Pelaipe foi contratado para pensar calmamente num elenco para a temporada seguinte. O resultado está aí.

Dá para dizer que o Inter de hoje é o Grêmio de ontem. Não é exagero diagnosticar que dificilmente o Colorado estará na Libertadores da América em 2013. A derrota de 1 a 0 para o Coritiba nesta quarta explica muita coisa. É claro que perder é do jogo, mas não da maneira que o Internacional vem perdendo. Será que não está na hora de atirar a toalha e pensar a temporada de maneira mais calma? Não adianta sair contratando a balaio jogadores como Forlán e Juan, sem ter a certeza de que o resultado será no mínimo razoável. É necessário repensar certos aspectos, entre eles: Kleber ainda tem condições de ser o lateral titular? A zaga continuará com Bolívar e Índio? Qual a comissão técnica do clube? É amigo colorado, o exemplo mora ao lado, e se chama Grêmio.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Volantes em Curitiba


Com a mais nova lesão de Dátolo, Fernandão se vê obrigado a escalar mais uma vez 3volantes: Ygor, Guiñazu e Elton. Depois de ter testado Kleber na meia-cancha e dispensar Jajá, o Internacional vive uma escassez de meio-campistas –somente Fred e Lucas Lima viajam à Curitiba. A situação faz com que o comandante colorado receba o rótulo de ‘retranqueiro’, mas vale lembrar a última visita ao Couto Pereira para chegar à conclusão que nem sempre jogar aberto é o mais indicado.

Em 2011, o então técnico Falcão optou pelo mesmo esquema tático, com um trio de volantes: Glaydson, Guiñazu e Tinga. Pois, coube exatamente ao primeiro anotar o único gol vermelho em território paranaense (um senhor golaço, diga-se de passagem). É verdade que o Coxa empatou o jogo logo em seguida, através de penalidade. Mesmo assim, Falcão saiu de lá comemorando o mísero ponto conquistado contra o vice-campeão da Copa do Brasil. Seu trio de ataque não funcionou. D’Alessandro, Zé Roberto ou Leandro Damião. Ninguém conseguiu fazer o que fez Glaydson! Será a vez de elogiar Elton?

Agora, se a crítica cabe a Fernandão, que seja direcionada apenas à dupla de zaga. Bolívar e Juan, os mesmos que estiveram no Gre-Nal, não são os mais indicados. Por que Índio não continua como titular? Aliás, no ano passado, a defesa era exatamente esta: Muriel; Nei, Bolívar, Juan e Kleber. A diferença é que naquela oportunidade o Juan citado era o menino, que foi vendido posteriormente à Internazionale de Milão. Melhorou ou não?

Fábio Koff com 7 anos de atraso


Nesta quarta-feira, o Grêmio recebe o Vasco no estádio Olímpico. Duelo importantíssimo para que o Tricolor consiga se afirmar de vez no G-3 do Brasileirão. Entretanto, um dos assuntos mais tratados nesta terça são as eleições presidenciais. Pensando nisso, o Movimento Grêmio Independente (MGI) lançou uma nota em seu site oficial pedindo para que o pleito aconteça após a última rodada do campeonato, e não nos meses de setembro e outubro. Bastante coerente!

Entretanto, ao mesmo tempo que tenta apaziguar a discussão, o MGI atira mais lenha nesta fogueira. No mesmo comunicado, o grupo político indica o nome de Raul Régis de Freitas Lima como seu candidato – mesmo que ele ainda não tenha aceitado. O atual presidente do Conselho Deliberativo seria o nome neutro na briga entre situação e oposição. Seria, se não fosse uma faixa que surgiu pelas ruas de Porto Alegre com os dizeres ‘#AntoniniPresidente’.

Em entrevista à RÁDIO GRENAL (AM 780/FM 101.9), o membro do Movimento Grêmio Novo, Evandro Janovick, se disse surpreso com a indicação de Eduardo Antonini, mas não torce o nariz. Para ele, é uma ótima nova opção, ao contrário do favorito Fábio Koff. Sobre ele, inclusive, Janovik disparou: “É um nome acima de constatação, mas a motivação dele é errada. Quem sabe 7 anos atrás seria melhor." Acho saudável esse debate entre novas e velhas lideranças, mas mais saudável ainda será se a discussão não adentrar o vestiário. O Vasco está de olho!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Projetando o fim do ano

Na próxima quarta-feira, iniciamos o returno do Campeonato Brasileiro de 2012. O Gre-Nal, que encerrou a primeira etapa do certame, passou a imagem de que teremos até o final do ano um Grêmio brigando pelo título, enquanto o Internacional lutará para adentrar na zona da Libertadores da América. O panorama pode mudar de figura, é verdade. Diria até que qualquer projeção agora é uma certa leviandade. Mas, com o perdão do amigo, vou cometê-la. Fiz o seguinte: peguei jogo por jogo da 20ª rodada até a 38ª e coloquei os placares que mais apareceram de 2003 para cá (ano em que o campeonato passou a ser disputado por pontos corridos), considerando até mesmo o local das partidas. Assim, utilizando a média, projetei quantos pontos e com qual aproveitamento chegará a dupla Gre-Nal em dezembro. Vejamos...

Sendo assim, o Tricolor conquistaria mais 8 vitórias, 4 empates e 7 derrotas, alcançando os 65 pontos – o que daria um aproveitamento de 57%. Dentre os maus resultados que aparecem, fazendo com que a média de pontuação gremista caia, aparecem empates com Ponte Preta e Atlético-Go em pleno Olímpico. Do lado colorado, calculei: 9 vitórias, 5 empates e 5 derrotas, colocando o Inter com 63 pontos e 55,3% de aproveitamento. Seria um returno de altos e baixos, conquistando vitórias importantes como Botafogo, no Engenhão, e Atlético-MG, em casa. Entretanto, dentro do Beira-Rio, empataria com Sport Recife e perderia para o Fluminense.

Enfim, esta não é uma via de regra. Os tabus estão aí para serem quebrados. Afinal, quem diria que o Grêmio, com Luxemburgo no comando, venceria Cruzeiro, Botafogo e São Paulo fora de casa? E o Inter, alguém projetava empates xoxos com Náutico e Vasco em Porto Alegre? Pois é, certamente teremos novas surpresas no decorrer do Brasileiro. E, antes que me perguntem, deixo o recado: pela média, o último Gre-Nal do Olímpico, na última rodada, terminaria empatado.

domingo, 26 de agosto de 2012

Vitória da experiência


Foto: Lucas Uebel

E deu Grêmio no Gre-Nal 393! Mesmo jogando em casa e precisando da vitória para se aproximar do G-4 do Brasileirão, o Internacional sucumbiu por 1 a 0 – gol anotado pelo camisa 7 Elano, aos 7 minutos de partida. Do lado gremista fica a festa em pleno Beira-Rio. Do lado colorado, lamentações e, mais do que isso, reclamações por conta da arbitragem, que não assinalou penalidade quando a bola tocou o braço de um atleta tricolor dentro da área no primeiro tempo. “A pressão que a diretoria do Grêmio exerceu, por meio do diretor Paulo Pelaipe, funcionou”, declarou Luciano Davi, vice de futebol do Inter.

Na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), Pelaipe teve a chance de rebater: "As críticas do Luciano Davi são recebidas por mim como elogio. Ele sabe que eu sou um profissional competente." E o dirigente gremista tem méritos mesmo! O time comandado por Vanderlei Luxemburgo foi formado justamente por Pelaipe. Parabéns! Aliás, dá para dizer que esta foi a vitória dos mais experientes. De Pelaipe em cima de Davi, de Luxemburgo em cima de Fernandão, de Gilberto Silva em cima de Damião.

E, com todo o respeito, culpar o árbitro pela derrota vermelha é muita injustiça. Leandro Vuaden pode ter errado, mas Forlán errou muito mais que ele ao ficar na cara de Marcelo Grohe e não converter em gol. E o que dizer do técnico colorado que não escalou nem um trio de zagueiros ou de volantes como se especulou, mas um trio de laterais (com Kleber no meio-campo)? No estádio Beira-Rio cheguei a ouvir de um torcedor completamente ensandecido que a culpa pela derrota era da imprensa gaúcha, que condicionou a arbitragem a favor do Grêmio. Bom, se dirigente e torcedores continuarem enxergando erros em terceiros, sem ver méritos no rival ou defeitos em si mesmos, continuarão a cair na tabela de classificação.

sábado, 25 de agosto de 2012

Gre-Nal sem D’Alessandro

O Internacional sem seu camisa 10 não funciona. Este foi um pensamento que se enraizou no Rio Grande do Sul – ainda mais em Grenais, onde D’Alessandro costuma ser decisivo. Mas as estatísticas mostram o contrário. Sem o argentino, o Colorado tem um aproveitamento maior. Duvida?

Com D’Ale em campo, o Inter disputou 14 jogos, obtendo 6 vitórias, 4 empates e 4 derrotas – aproveitamento de 52,3%. Curiosamente, sem ele, o aproveitamento sobe para 58,3%. São 8 jogos, com 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas. São números semelhantes, mas no papel os colorados têm melhores resultados nos clássicos.

O que pesa a favor do castelhano é que quando esteve em campo, o Inter marcou 23 gols. Sem D’Alessandro, a efetividade ofensiva cai para 10 gols. Números expressivos! Enfim, neste domingo, Fernandão não terá o meio-campista. Qual será o resultado?

Gre-Nal nas mãos de Grohe

Nos últimos dias, vi muitos gremistas na interatividade da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) comemorando a ausência de D’Alessandro no clássico deste domingo. Há quem acredite que o argentino seja o responsável por grande parte dos insucessos do Tricolor. Porém, notei que existem adeptos de outra tese, que o culpado era Victor. Intrigado por isso, fui aos alfarrábios e cheguei a uma conclusão matemática: com Marcelo Grohe, o Grêmio tem uma vida bem mais competitiva!

O novo goleiro titular do Grêmio jogou 9 Grenais, obtendo 2 vitórias, 6 empates e 1 única derrota (no Brasileirão de 2006) – o que daria um aproveitamento de 44%. Ao todo, o arqueiro sofreu 9 gols, mas viu seu time balançar as redes em 10 oportunidades. Enquanto isso, seu antecessor Victor atuou no dobro de partidas, 18 jogos. Teve 4 vitórias, 4 empates e 10 derrotas, o que dá um aproveitamento de míseros 29%. E o que mais espanta é a quantidade de gols sofridos: 27, dando uma média de 1 gol e meio por Gre-Nal.

Não gosto de apontar culpados e nem sou adepto da tese de Victor, muito menos de D’Alessandro. Agora que os números falam por si, ah falam...

- Confira os Grenais em que Grohe atuou:


Grêmio 0 X 0 Internacional     Campeonato Gaúcho 2004
Internacional 1 X 1 Grêmio     Campeonato Gaúcho 2004
Internacional 0 X 0 Grêmio     Brasileiro 2006
Grêmio 0 X 1 Internacional     Brasileiro 2006
Internacional 1 X 1 Grêmio     Sul-Americana 2008
Grêmio 2 X 2 Internacional     Copa Sul-Americana 2008
Grêmio 2 X 1 Internacional     Gauchão 2011 – Rivera
Internacional 1(4) X (2)1 Grêmio     Gauchão 2011
Internacional 2 X 3 Grêmio     Gauchão 2011

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

A festa dos não convocados

O que noutros tempos foi motivo de orgulho para os clubes de futebol, hoje é preocupação. A cada lista de convocação divulgada, os cartolas esperneiam nos microfones. Estão cobertos de razão! Agora, da 22ª rodada até a 24ª, o Campeonato Brasileiro será sangrado. Não bastou o que foi feito durante as Olimpíadas! Os times pequenos comemoram, afinal de contas, ninguém os convoca para nada. Os grandes, que deveriam ser as meninas dos olhos da CBF, se despedaçam em meio à competição.

O Grêmio, por exemplo, pela segunda vez, não terá Marcelo Moreno contra Atlético-Go e Corinthians. Convocado para a seleção da Bolívia, que encara o Equador no dia 7, o centroavante desfalcará o Tricolor dos mesmos confrontos que já havia ficado de fora no primeiro turno, coincidentemente. É verdade, os corintianos também perdem o goleiro Cássio e o volante Paulinho, mas e o Atlético-Go, quem os convoca para algo?

E o que dizer do Internacional então? Mais uma vez o trio foi chamado: Leandro Damião, Forlán e Guiñazu. O Brasil enfrentará África do Sul e China; o Uruguai pega Colômbia e Equador; enquanto os argentinos enfrentam Paraguai e Peru. Ficarão de fora dos duelos com São Paulo, Fluminense e Botafogo (destes, só o Flu não teve ninguém chamado). Até quando a CBF vai empurrar com a barriga ao invés de se adequar de uma vez ao calendário de jogos da FIFA? Por que não paramos a competição quando se tem jogos entre nações, como é feito na Europa? Quem perde com isso é única e exclusivamente o Brasileirão - produto mais vistoso do sr. Marín. Ou não?

Mistérios de uma classificação dolorida

Foto: Lucas Uebel

Tão logo marcou o gol que deu a classificação ao Grêmio diante do Coritiba, pela Copa Sul-Americana, Marcelo Moreno correu em direção ao banco de reservas. Aos olhos desavisados do espectador, o centroavante queria compartilhar sua festa. Aos olhos do repórter que acompanhava do gramado, um depoimento: “Abriu! Abriu!”, gritou. No movimento do chute, o camisa 9 tricolor sentiu uma velha lesão na perna direita, que já o transforma no grande mistério do Gre-Nal 393.

A dor é antiga. Mais precisamente, foi sentida pela primeira vez no dia 4 de abril, no duelo de ida contra o Ipatinga, pela Copa do Brasil. Por conta desta lesão, Moreno ficou de fora das quartas e semifinal da Taça Farroupilha, voltando apenas no Gre-Nal que decidiu o turno. Mas, o artilheiro só entrou em campo na etapa final, bem meia-boca, quando Luxemburgo já havia escalado três atacantes:  Miralles, Bertoglio e André Lima. Este foi um dos grandes motivos para o insucesso daquela tarde. E agora, o problema irá se repetir?

Certamente o Grêmio não entregará a resposta de bandeja. Outra dúvida será o zagueiro Gilberto Silva, que sentiu dores no Paraná, durante o intervalo. E se ele não jogar, quem atua é Naldo. Filme de terror! Mas os mistérios da dor não param por aí. Do lado colorado, o volante Elton será o protagonista, depois de torcer o tornozelo no treinamento. Será tudo uma peça de teatro orquestrada visando ao Gre-Nal? Não sei, mas é o cartão de visitas que garante: a Semana Gre-Nal finalmente iniciou!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Série B da América nunca mais


O Grêmio promete força máxima em todos os jogos da Copa Sul-Americana. Contra o Coritiba, nesta quarta-feira, não será diferente. Com a exceção de um ou dois jogadores desgastados, o torcedor verá sua equipe ideal em campo. Mas vale lembrar: nem sempre foi assim. Talvez por aí se explique porque o Tricolor jamais tenha avançado para a fase internacional desta competição. A falta de atenção ao torneio foi tanta que em determinado momento um dirigente disparou: “A Sul-Americana é a Série B da América!”. Mas já ocorreu um desdém maior para este certame, e ele partiu do atual técnico gremista.

Em 2008, quando estava à frente do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo sequer viajou com sua equipe para Buenos Aires, em duelo contra o Argentinos Juniors, válido pelas quartas de final. Depois de ter perdido em casa o jogo de ida, os paulistas foram com time e treinador reservas. Aliás, Luxa não só permaneceu em São Paulo como foi comentarista da transmissão pela TV Globo, ao lado de Paulo Roberto Falcão e Cléber Machado.

O resultado final não poderia ter sido outro: o Palmeiras foi derrotado por 2 a 0 e eliminado da competição. Naquele time, comandado por Nei Pandolfo, alguns rostos conhecidos da dupla Gre-Nal, como o volante Sandro Silva e o atacante Kleber Gladiador, hoje no Grêmio. Imagina isso acontecendo hoje? Nunca! Pelo jeito, Série B da América nunca mais!

Fernandão de estagiário


Nesta quarta-feira, recebemos no estúdio da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) a visita do presidente do CREF (Conselho Regional de Educação Física), Eduardo Merino. Professor de judô, Merino se disse impressionado com a proporção que tomou o debate sobre a profissionalização dos treinadores de futebol. “Fui chamado de gremista, minha família foi xingada na internet e eu pensei: estou louco!”.

Segundo ele, esta cobrança já foi feita a vários profissionais, não apenas do futebol, mas também no judô, basquete, vôlei, etc. Porém, se tratando do esporte que é paixão nacional, a discussão tomou rumos impensáveis. Mas, conforme Merino, Fernandão não está sozinho nesta cobrança. Dos 20 técnicos da Série A do Campeonato Brasileiro, apenas o comandante colorado e Cuca, do Atlético-MG, não têm registro profissional. E então, qual a saída?

Como explicou o presidente do CREF-RS, a única saída do Internacional seria Fernandão se matricular no curso de Educação Física de alguma universidade e, a partir de então, assinar contrato como estagiário. Agora imagine a cena: o treinador do Inter recebendo salário de R$ 400,00 e trabalhando 6 horas por dia, conforme manda a lei. É piada pronta!

terça-feira, 21 de agosto de 2012

A crise das bananas e maçãs

Foto: Fernando Gomes (ZH Esportes)

Entramos na semana que antecede o clássico Gre-Nal 393, mas o tema ainda é intocável no estádio Olímpico. A todo momento jogadores e comissão técnica são perguntados sobre o próximo domingo, mas ninguém responde. Hoje chegou a se perguntar ao atacante Marcelo Moreno se “é proibido falar em Gre-Nal” no Grêmio. É o que parece.

Enquanto isso, no Internacional, quem não fala no clássico é acusado de tumultuar o ambiente. Nesta terça-feira, duas notícias foram trazidas à tona na Rádio GRENAL (AM 780/ FM 101.9). A primeira de que o CREF (Conselho Regional de Educação Física) entrará na justiça para impedir que Fernandão seja o treinador colorado por não ter faculdade. Além disso, pipocou a informação de que o Tottenham teria mandado representantes a Porto Alegre, autorizados a apresentar proposta por Leandro Damião. Procurado pelo repórter César Fabris, um dirigente do clube chegou a disparar em tom irônico: “Vocês querem criar crise no Inter antes do Gre-Nal!”. Enfim, não se fala noutra coisa a não ser no clássico.

São pensamentos distintos, mas nenhum dos dois errados. Para o Tricolor, de nada valerá falar à toa sobre o rival, quando a equipe embarca rumo a uma decisão diante do Coritiba pela Copa Sul-Americana. Do lado vermelho, qualquer declaração fora do contexto pode arruinar o time antes mesmo de entrar em campo no final de semana. Corretíssimos! Só não se pode atribuir à imprensa uma tentativa de tumultuar o ambiente dos clubes. Assim como os entrevistados estão certos em responder bananas, os repórteres estão mais certos ainda em perguntar maçãs.

domingo, 19 de agosto de 2012

Não é Gre-Nal


Nem bem a rodada deste domingo encerrou, a crônica gaúcha projetava o Gre-Nal da semana que vem. O torcedor,inevitavelmente, quase em sua maioria,entra na onda e inicia suas provocações. Melhor para os gremistas que vivem um melhor momento, estão à frente da tabela e saúdam o fato de terminar o turno à frente do rival. Mas os colorados, apesar do empate em 1 a 1 com a Portuguesa, não se entregam. Acreditam que as peças irão se encaixar na hora certa, dentro de casa. Pois eu pergunto: já é hora para isso? Eu acho que não!

Tudo começou pela má interpretação da comemoração de Marquinhos, no último gol do Grêmio (anotado por André Lima) na goleada por 4 a 0 sobre o Figueirense. O camisa 19 tricolor gesticula como se estivesse mexendo em uma pá, enterrando o time adversário. Na saída de campo explicou: “Em 2011, o Ygor fez o mesmo contra o Avaí. Hoje, o Grêmio como um todo conseguiu enterrar o Figueirense dentro do Olímpico”. Ygor é o atual primeiro volante do Internacional. Bastou! A bomba explodiu no Rio Grande do Sul.

Mas meus amigos, esta rivalidade não é nossa. É puramente de Santa Catarina! Lá, Ygor e Marquinhos eram rivais e, em Figueirense 2x3 Avaí, pela 19ª rodada pelo Brasileiro de 2011, o volante comemorou exatamente desta maneira (veja o vídeo), fazendo referência ao rebaixamento dos adversários. Mas isso nada tem a ver com Grêmio  e Inter! E mais: por que pensar em Gre-Nal agora? O Colorado, tudo bem, terá uma semana para projetar a equipe. Até lá, nem os 3 zagueiros ou os 2 centroavantes testados no Canindé sobreviverão. E o Tricolor, não se pode esquecer, tem o Coritiba, na quarta-feira, pela Copa Sul-Americana. A semana gaúcha começa assim, derrubando pregos em uma sopa tranquila e morna. Tomara que isso não exploda no colo de quem for ao Beira-Rio.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O meio-termo de Forlán

Diego Forlán tem crédito com a torcida e direção colorada. Até agora, foram 4 partidas e nenhum gol marcado. Pouco tempo, é verdade. Porém, se tratando da grife do atleta, escolhido como o melhor da última Copa do Mundo, sempre se espera mais. Mas pode ser que a rede balance neste final de semana, contra a Portuguesa. O que me faz crer nisso é o posicionamento que ele pode atuar.

O último gol marcado por Forlán aconteceu no dia 2 de junho, pelas Eliminatórias Sul-Americanas, em um empate em 1 a 1 do Uruguai com a Venezuela. É sempre válido lembrar que na seleção celeste o camisa 7 colorado atua mais recuado, tendo dois atacantes à sua frente – Suárez e Cavani. Pois foi assim também que Diego deixou sua marca pela última vez sob o escudo da Internazionale. Pelo Campeonato Italiano, em 4 de março, quando o clube ‘nerazzurri’ empatou com o Catânia em 2 a 2, o uruguaio jogou às costas de Milito e Pazzini. Além disso, não se pode deixar passar em branco que a função de meia-atacante glorificou Forlán na África do Sul.

Pois neste domingo, depois de desfalcar o Inter diante do Corinthians, o castelhano está de volta! E, mais do que isso, o técnico Fernandão projeta escalá-lo mais recuado, tendo Leandro Damião e Rafael Moura como dupla de ataque. É uma boa? Eu, particularmente, não simpatizo com dois centroavantes dentro da área, mas se este for o preço a ser pago para ter o real Forlán, que se pague!

Embaixo da figueira

O Grêmio perdeu a grande chance para se consolidar no G-4 ao perder em casa para a Portuguesa. Digo isso porque o próximo adversário, o Figueirense, é uma velha pedra no sapato tricolor. Ao todo, em Campeonatos Brasileiros, foram 16 confrontos: com 8 vitórias para os catarinenses, contra 5 gremistas e 3 empates. Além disso, há 9 anos (NOVE!) o time gaúcho não consegue vencer este oponente dentro do Estádio Olímpico. A última vez que isso aconteceu foi em 2003. Por que tanta dificuldade?! De lá para cá, foram 3 derrotas e 2 empates.

Pois dentre estes duelos, dois podem ser ressaltados como símbolos de água no chope. Em 2007, o time comandado por Mano Menezes brigava por uma vaga na Libertadores. Chegou a sair na frente do placar, com gol de pênalti anotado pelo goleiro Saja. Porém, sofreu a virada de 2 a 1, dando adeus ao sonho de classificação. Já no ano seguinte o prejuízo foi bem maior. Depois de ter goleado por 7 a 1 o Figueira fora de casa no primeiro turno, a equipe de Celso Roth não saiu de um empate em 1 a 1 em Porto Alegre. Coincidentemente, na mesma rodada, o São Paulo vencia o Inter e partia rumo ao título nacional.

O que quero dizer com isso: embora o Figueirense seja o lanterna do Brasileirão e saco de pancadas das últimas rodadas, é melhor o Grêmio entrar ligado no jogo, ou teremos a manutenção de um tabu. Se bem que neste ano o espírito anda meio diferente. Vencer o Cruzeiro em Minas e o Botafogo no Engenhão eram tarefas tratadas como impossíveis há bem pouco tempo. Pelo jeito, a temporada anda completamente maluca pelos lados da Azenha!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

A chapa vai ferver!

A informação é de Farid Germano Filho: Fábio Koff concorrerá às eleições presidenciais do Grêmio. Ok, até aí, nenhuma novidade. Porém, o que ninguém sabe é quem são as pessoas que irão compor a chapa de oposição a Paulo Odone. Segundo o grande jornalista da Rede Pampa, são quatro nomes que abraçam a candidatura de Koff: André Krieger, Adalberto Preiss, Nestor Hein, Sergio Pegoraro. Ainda, segundo Farid, Paulo Angioni, hoje no Bahia, viria como diretor executivo de futebol.

Logo após a bomba estourar, o repórter da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), Rafael Pfeiffer, saiu em busca de vozes para confirmar a informação. Todos os procurados negaram, exceto um: Nestor Hein. Ele, que esteve na Pampa nesta quinta-feira, disse com todas as letras que estará no grupo capitaneado por Fábio Koff. Mas então, por que os outros negaram?

Conversando com um líder de movimento político, Pfeiffer obteve a seguinte declaração: “a pessoa física de Nestor Hein pode ter aceitado o convite, mas a pessoa jurídica não pode.” Isso tem uma explicação. Para que cada um destes nomes citados aceitem o convite de Koff, é necessário ter o respaldo do movimento político que eles se inserem. Atualmente, ao todo, são 14 grupos envolvidos na política tricolor - o que indica uma tarefa árdua de convencimento e conciliação. Mas agora pergunto: com Fábio Koff oficializando realmente sua candidatura, alguém ‘ousará’ ser situação nas urnas? Acho que não.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O árbitro de paulistas e gaúchos

Paulistas contra gaúchos. Este será o duelo da 17ª rodada do Brasileirão. Já o havia sido no final de semana, mas os adversários de agora trazem à tona um período da história da dupla Gre-Nal. E, digamos que, ao enfrentar clubes do Estado de São Paulo, de maneira premeditada, os times rio-grandenses já se sentem roubados. Antes mesmo da bola rolar, e independente do resultado, a culpa é do juiz!

O que dizer do duelo entre Corinthians e Inter, por exemplo. É impossível não lembrar do confronto de 2005, que praticamente aposentou Márcio Rezende de Freitas. Em um lance famoso, o árbitro não marcou pênalti do goleiro Fábio Costa sobre Tinga e ainda expulsou o meia vermelho. Como o campeonato já vinha imerso em polêmicas de armação de resultados, a carapuça caiu certeira na fronte de Freitas, chamado tranquilamente de ‘ladrão’ pela torcida colorada. O resultado foi um empate em 1 a 1, que contribuiu e muito para o título corintiano.

Agora, o que poucos lembram é que Márcio Rezende de Freitas também apitou a final do Brasileiro de 1996 – que tinha novamente paulistas e gaúchos em campo. Num Olímpico lotado, o Grêmio recebeu a surpreendente Portuguesa precisando de 2 a 0 para ser campeão. E foi, com gol de Aílton a 6 minutos do fim da partida! Após o encerramento, Candinho, técnico do clube paulista, caminhou em direção ao juiz e disparou: "Apitaste muito bem, obrigado", contou a Zero Hora à época. O que isso quer dizer? Absolutamente nada! Árbitros erram e acertam, independente de paulistas ou gaúchos do outro lado do campo. Assim foi e assim será nesta quarta e quinta-feira.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

A festejada volta do castelhano

Dezenove jogadores foram contratados pelo Grêmio nesta temporada. Um deles chegou a ir embora, mas retornou: Facundo Bertoglio. Pouco atuou, mas já é ídolo por tudo que demonstrou. Seguidamente é citado em entrevistas por Paulo Odone, Pelaipe ou Luxemburgo por exemplo de quem quer vestir a camisa tricolor. Por isso foi deveras festejado no Aeroporto Salgado Filho quando de seu retorno da Ucrânia. Imagina quando pisar no gramado novamente?

De maneira veloz, o castelhano mostrou estar recuperado da grave lesão que o tirou de atividade e trabalhou normalmente nesta terça-feira no estádio Olímpico. O departamento médico do clube assiste a tudo com surpresa, já que seu retorno era dado como certo somente para o segundo turno do Brasileirão. Pois, ao que parece, ele retornará antes. Resta saber quando - no próximo final de semana, contra o Figueirense; dia 23, diante do Coritiba, pela Copa Sul-Americana; ou até mesmo no Gre-Nal, do dia 26.

Não se pode ter pressa, pois uma lesão má curada pode agravar. Mesmo assim, não é exagero tratar Bertoglio com idolatria. A paixão e profissionalismo demonstrados pelo argentino fazem com que a torcida gremista o abrace mais do que qualquer outro atleta do elenco. Daqui por diante, bastará o meia-atacante aparecer no banco de reservas para ser saudado com louvor. Tomara que o futebol do atleta condiga com toda esta confiança.

Não voltou da Serra com as mãos abanando

Não foi desta vez ainda que o Ministério Público interditou o estádio Beira-Rio. No julgamento desta terça-feira, o Internacional conseguiu assegurar que sua casa, apesar das obras, continue recebendo jogos oficiais – inclusive o Gre-Nal do dia 26. Mesmo assim, o temor de perder o mando de campo fez com que a direção colorada visitasse Bento Gonçalves, realizando uma vistoria no Parque Montanha dos Vinhedos. E, para espanto de todos, não foi aprovada a condição do gramado, que segue sofrendo muito com o frio. Porém, não será necessário utilizá-lo por hora. Então, viagem perdida à Serra? Que nada!

Já em Bento Gonçalves, os dirigentes aproveitaram para fechar a contratação por empréstimo do atacante Cassiano, autor de 10 gols na conquista do título da Segundona Gaúcha com o Esportivo. O jogador tem 23 anos, atuou pelo São José-PoA no início deste ano e foi revelado na própria base colorada. Em 2010, por exemplo, chegou a jogar ao lado de Agenor, Massari e Fred. Agora terá uma nova chance no Beira-Rio. Primeiramente disputará a Copa FGF com o time B, podendo receber oportunidades na equipe principal. Se agradar, no final do ano poderá ser comprado.

Em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o atacante revelou que se espelha no futebol do francês Thierry Henry. Vai dar certo? Só o tempo dirá. Por enquanto, Cassiano chega para reforçar a equipe de Osmar Loss, que perdeu os garotos Mike, Otávio, Lucas Lima e Rafael Pernão para os profissionais de Fernando Lúcio da Costa, o Fernandão.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os amigos colorados de Rafael Moura

Identificado com a ‘raça gaúcha’, Rafael Moura desembarcou em Porto Alegre e recebeu a camisa 19 do Internacional. Estive no Terminal 2 do Aeroporto Salgado Filho pela Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) e pude ver a confiança que a torcida colorada deposita no centroavante. Tanto que já nesta quinta-feira, diante do Corinthians, o jogador pode fazer sua estreia. Será que rolou uma química imediata? Segundo o próprio atleta, o convívio com amigos colorados contribui para saber o que fazer por aqui.

No Fluminense, último clube de Rafael, o xará Sóbis confiava a ele os segredos sobre negociações com o Inter. Mas, voltando no tempo, mais especificamente a 2005, quando defendeu o Corinthians, Moura fez amizade com Nilmar. A prova disso é que, ao saber do acerto, o agora atacante do Al-Rayyan enviou uma mensagem de voz ao celular cantando ‘Vamo, vamo Inter!’. “Eu soube do esforço feito para trazer o Sóbis e o Nilmar, mas não foi possível. Quem sabe para o futuro eu não tenha meus amigos aqui, mas estou feliz de jogar em um clube onde eles se deram muito bem”, revelou na apresentação.

Curioso é que Rafael Moura veio como plano B a Nilmar. A intenção da direção colorada era trazer o atacante, que estava no Villareal, da Espanha. Porém, como já se sabe, os petrodólares do Qatar levaram vantagem e o Inter perdeu a queda de braço. 'He-Man' não chega com a mesma confiança que Nilmar teria - aliás, a princípio, deve ser reserva de Leandro Damião. Entretanto, é melhor tê-lo por perto e não mais como adversário. Afinal de contar, ele tem a força!

O velho Koff, um novo plano

Fábio Koff concorrerá à presidência do Grêmio neste ano. Esta é a convicção de inúmeros conselheiros que se agilizam nos bastidores políticos do clube. Entre eles está Renato Moreira, ex-diretor jurídico e vice-presidente de futebol tricolor, que visitou o estúdio da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) nesta segunda-feira: “Não acredito que alguém que esteja se movimentando tanto como o Dr. Fábio Koff não seja candidato”, cravou o conselheiro e membro do Movimento Grêmio Vencedor (MGV).

Moreira tem crédito. Viveu de perto com o presidente gremista mais vitorioso da história, fazendo parte da direção na década de 90. Segundo ele, Koff revolucionou o futebol naquela época por apresentar propostas inovadoras, como a entrada de investidores na contratação de atletas. Tal atitude chamou a atenção de clubes como Boca Juniors e Milan, chegando a trazer seus dirigentes até Porto Alegre em busca de respostas pelo sucesso do Grêmio. Pois agora, para a nova empreitada, o candidato a presidente teria um projeto ainda mais moderno. Citando a Grêmio Empreendimentos, Moreira disse que a intenção de Koff é criar um fundo de investimentos oficial, com direito a CNPJ e tudo: “Se tiver que pagar imposto, que se pague. Queremos títulos!”, completa.

Pelo jeito, não falta mais a oficialização. Os 14 movimentos políticos do clube já sabem que Fábio Koff será o candidato de oposição à gestão Paulo Odone. E convenhamos, sendo assim, Koff voltará. Eu sou um dos que defende a renovação política dos clubes gaúchos. Não há porque ficar refém eternamente de Koff ou Fernando Carvalho. Mas, se as ideias são novas e revolucionárias, não há porque rejeitar um velho nome. Ainda mais este velho nome! Como disse Moreira: “Nem pensamos em um plano B”.

domingo, 12 de agosto de 2012

Imitou o pai

Desde que me dei por gente neste Estado chamado Rio Grande do Sul, ouço a discussão entre torcedores da dupla Gre-Nal sobre quem copiou quem. O Inter foi campeão brasileiro primeiro, o Grêmio da Libertadores e Mundial. Quem imitou quem? Pois neste domingo os dois se copiaram mutuamente. Seja na hora de sofrer os gols ou anotá-los. E assim ambos vão guerreando pela última vaga no G-4 até as últimas rodadas do primeiro turno do Brasileiro.

Primeiramente, aos 40 minutos do primeiro tempo, foi a vez de Cicinho inaugurar o placar no Beira-Rio para a Ponte Preta. Exatamente um minuto depois, Cícero fez o mesmo para o São Paulo no Morumbi. Filme de terror para a dupla? Que nada! Os colorados chegaram ao empate com gol de cabeça de Jajá aos 15 da segunda etapa. Já os gremistas comemoraram aos 22, com o zagueiro Werley. Eis que veio o ponto fatídico deste Dia dos Pais: aos 46, Mike e André Lima definiram a virada para os gaúchos. Explosão nas ruas de Porto Alegre. Rivais abriam as janelas para se xingar e acabavam sorrindo juntos. A raiva perdeu espaço.

No meio de semana, é a vez do Tricolor voltar a Porto Alegre, para encarar a Portuguesa, enquanto o Colorado embarca rumo a São Paulo com o Corinthians no pensamento. Um troca-troca? Quem copia quem? Na verdade, ninguém está se copiando. A vida futebolística vai muito além da rivalidade Gre-Nal. Porém, é impossível não se empolgar com a disputa acirrada que teremos nesta reta final de primeiro turno e que, coincidentemente, se encerrará com um clássico disputado dentro de campo. Haja coração, papai!

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Faltou o camisa 9

No empate em zero com o Náutico, certamente deve ter passado pela cabeça de Fernandão que se estivesse ele em campo, e não como treinador, as redes pernambucanas teriam balançado. Porém, o comandante contribuiu um pouco com a ineficiência ofensiva ao sacar até mesmo do banco de reservas o único centroavante do elenco atual: o jovem Maurides, que se não pode ser encarado como salvação, tampouco é descartável numa hora dessas.

Acontece que o Internacional sequer pensa em Maurides por estar totalmente voltado ao mercado de atacantes. Rafael Moura é o grande sonho. Nesta quarta-feira, até recebi a informação de que o empresário dele, Carlinhos Sabiá, estaria em Porto Alegre para iniciar negociações com o Colorado. Porém, a diretoria despista, diz que manteve contato com outro procurador e, mesmo assim, se assusta com o pedido do Fluminense: 3 milhões de euros, por 4 anos de contrato. Por isso, vira os olhos para outros nomes, como: Deivid, do Flamengo, e André, do Atlético-MG, por exemplo.

E é bom mesmo a diretoria vermelha ter opções para o caso de um insucesso na negociação com o He-Man. Esta situação de orfandade de um camisa 9 só acontece porque a confiança no acerto com Nilmar era muito grande e um plano B não havia sido cogitado. Aconteceu que o ‘menino dos olhos’ foi para o Qatar e os colorados tiveram de se contentar com o que tinham à disposição. Para piorar a situação, Leandro Damião desatinou a fazer gol em Londres, pelas Olimpíadas, e chama a atenção dos ingleses Tottenham e Manchester City. É melhor o Inter acelerar, ou vai ficar sem Nilmar, Damião e Rafael Moura. E aí, por fim, a saída será uma só: ou Maurides farda, ou Fernandão volta aos gramados.

Presente de aniversário

A Ponte Preta reivindica para si o título de clube mais antigo, ainda em atividade, do Brasil. As atas de fundações, porém, revelam que o gaúcho Rio Grande é dono desta posição, tendo sido inaugurado 23 dias antes da agremiação paulista. Mesmo assim, não diminui o feito. No próximo sábado, a Associação Atlética Ponte Preta completa 112 anos de história. Não é pouca coisa! E no meio destas festas e comemorações aparece a dupla Gre-Nal.

Primeiramente, nesta quinta-feira, é a vez do Grêmio. Um duelo interessante para a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo que vem disposta ao 8 ou 80. Ou perde, ou ganha. É a única equipe do Brasileirão que ainda não empatou. E tem, no Moisés Lucarelli, um time praticamente completo – com a exceção do volante Fernando, suspenso. Páreo duro para os centenários de Campinas. E, depois disso, é a vez de vir a Porto Alegre porque no domingo o adversário é o Internacional, no Beira-Rio.

Em conversa com a Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o repórter Paulo do Valle, da Rádio Brasil, de Campinas, confidenciou que para a Ponte Preta o primeiro duelo é mais complicado. Mesmo jogando em casa, os campineiros entendem que o Tricolor gaúcho vive um melhor momento que o seu rival no campeonato, e pode oferecer maiores dificuldades que o Colorado, apesar do próximo jogo acontecer em solo rio-grandense. Enfim, resta saber quem vai entregar o bolo aos pontepretanos: colorados ou gremistas?

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Não cantou de Gallo antes

Todos tem de ter uma segunda chance na vida. Certamente, no Internacional, Alexandre Gallo não terá. Nesta quarta-feira ele pisará o gramado do estádio Beira-Rio mais uma vez como adversário, treinando a equipe do Náutico. Como comandante colorado nunca mais. A imagem que ficou de 2007, quando ocupou o cargo por 106 dias.

Após eliminações precoces em Gauchão e Libertadores, o então vice de futebol Giovanni Luigi (hoje presidente) anunciou a demissão de Abel Braga e, posteriormente, a contratação de Gallo. Entretanto, sua largada não foi nada legal. Nos 4 primeiros jogos, somente derrotas – incluindo o primeiro jogo da Recopa, diante do Pachuca. Acabou defendendo o Inter em 20 jogos, obtendo 7 vitórias, 3 empates e 8 derrotas, sofrendo e marcando 25 gols. Foi demitido após empate em 1 a 1 com o Palmeiras, fora de casa, pela 18ª rodada do Brasileiro. Ou seja, não cantou de galo em nenhum momento.

Entretanto, o mais curioso de tudo foi como iniciou esta relação. Antes de estrear oficialmente, Gallo realizou um amistoso contra o Esportivo, durante a intertemporada realizada em Bento Gonçalves. Na Montanha dos Vinhedos, vitória dos titulares colorados pelo magro 1 a 0, gol de... Fernandão: “É um treinador jovem, mas que já tem um bom currículo. Acabou de ser campeão e vem para vencer mais ainda. Ele chega com um novo espírito que com certeza vai nos ajudar muito na busca do título do Campeonato Brasileiro”, avaliou o então capitão e hoje treinador sobre o novo técnico do Inter à época. Confuso, não? Mais confuso será se o Náutico vencer nesta quarta.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Grêmio já pensa em Gre-Nal

Na 14ª rodada, Grêmio e Internacional acirraram ainda mais a rivalidade que existe no pampa. No sábado, ao vencer o Palmeiras, os colorados assumiram a 4ª colocação, que era dos gremistas. Porém, no domingo, sem dar chance ao azar, a posição foi reconquistada pelo Tricolor com uma vitória sobre o Bahia. Seguindo esta corrente, devemos ter a dupla duelando, ao menos até o final do turno, por uma vaga no G-4. E o jogo que pode definir quem terminará na frente será justamente o clássico, marcado para o dia 26 deste mês, para o Estádio Beira-Rio - e a direção do Grêmio já está de olho no confronto.

Prova disso foi o pedido feito à Conmebol. Envolvido na Copa Sul-Americana, o Tricolor teria de encarar o Coritiba no dia 23, fora de casa. Ou seja, apenas três dias separavam a viagem ao Paraná do embate no Beira-Rio. Entretanto, a entidade continental aceitou antecipar a partida contra os paranaenses para a quarta-feira, dando tempo hábil para o Grêmio voltar a Porto Alegre e ainda realizar um treino antes do clássico. O diretor executivo Paulo Pelaipe já prometeu que colocará em campo força máxima no duelo de volta contra o Coxa. Mas sabemos: o Gre-Nal é prioridade!

Não me espantaria, por exemplo, se para o jogo decisivo diante do Inter, o departamento médico gremista tenha agilizado o retorno do lateral-esquerdo Julio Cesar, para enfim ter uma equipe completa à disposição de Vanderlei Luxemburgo. O Grêmio está focadíssimo neste compromisso! Mas não pense que do outro lado é diferente. Pelo lado vermelho, o zagueiro Juan, o lateral Kleber e o meia Dátolo até lá poderão figurar como titulares para a estreia de Fernandão como treinador em Grenais. Se agora já é guerra, imagine como não será então o último jogo do Olímpico, pela última rodada do Brasileirão. Porém, isso é discussão para mais adiante. Antes disso, o Gre-Nal que fala mais alto é o do Beira-Rio, e ecoa forte mesmo há 20 dias de acontecer.

domingo, 5 de agosto de 2012

Sem registro profissional não dá!

A dupla Gre-Nal pode saudar a si mesma por ter, finalmente, dois bons treinadores em um mesmo momento. As vitórias deste final de semana, contra Palmeiras e Bahia, foram construídas muito graças às aptidões de seus comandantes. Trocas corretas, escalações sensatas e bom domínio de vestiário. E imaginar que alguns fiscais e “estudiosos” do futebol andaram cobrando registros profissionais recentemente de ambos... É de rir!

Fernandão até vá lá. Como começou agora, até se entende que parte da imprensa e torcida duvidasse de suas ideias como técnico. Porém, bastaram quatro rodadas para ele mostrar que sabe muito bem colocar a teoria em prática. Sem peças importantes do elenco, vem fazendo o Internacional pontuar na tabela e figurar entre os postulantes a G-4. Mas o que dizer de Vanderlei Luxemburgo? Alguém que chegou a ser conhecido como ‘Mr. Brasileirão’ precisa portar carteirinha de treinador para exercer a profissão? Pois foi o que ocorreu no início do ano, em Sergipe, quando o Grêmio enfrentou o River Plate pela Copa do Brasil.

A única função que deve ser profissionalizada no meio futebolístico é a arbitragem. Essa sim, anda vergonhosa! Não vou entrar nos méritos dos erros ou acertos do juiz que atuou no Olímpico este domingo - até acho que o placar seria favorável aos gremistas de qualquer maneira. Mas até quando teremos dirigentes reclamando acintosamente no final das partidas como fizeram os baianos? A arbitragem que hoje afaga, amanhã escarra. O quadro de árbitros da CBF chora de fraco. Poucos são os juízes que escapam da crítica. Portanto, mando o recado aos fiscais dos Conselho Regional de Educação Física (CREF) espalhados pelo país: não cobrem registro profissional dos treinadores, mas dos árbitros brasileiros.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A vida sem Damião

O Internacional terá uma missão complicada nesta rodada. Sempre encarar o Palmeiras em São Paulo é complicado. Que o digam os adversários da Copa do Brasil, que viram Felipão levar seus comandados ao título invicto. Entretanto, no ano passado, no Pacaembu, a história foi totalmente favorável aos colorados. Graças a Leandro Damião, que patrolou a defesa palmeirense, anotando os três gols da vitória por 3 a 0 – no último chegou a driblar até mesmo o experiente goleiro Marcos. Pois neste sábado o centroavante não estará em campo. Será possível repetir a dose sem ele?

Damião é o artilheiro colorado na temporada 2012. Anotou 20, dos 79 gols, tendo atuado em 70% das partidas. Somente no Brasileirão, esteve em 6 das 13 rodadas, e marcou apenas 3 gols. No entanto, com seu camisa 9 em campo, o Inter tem aproveitamento de 72%. Sem ele, o rendimento cai para 47,6%. Desde que Leandro foi para Londres com a Seleção Brasileira Olímpica, o Inter ganhou 8 dos 15 pontos disputados. Em 5 jogos, marcou 6 gols (sendo 4 diante do Atlético-Go). Enfim, não são números de encher os olhos.

Enquanto isso, nas Olimpíadas, Mano Menezes fica em dúvida se aposta em Damião, ou confirma Alexandre Pato como titular do ataque. Já a direção vermelha não sabe se contará com um substituto imediato para seu artilheiro; se o buscará no mercado, ou nas categorias de base. A vida dos colorados anda difícil. Ao que tudo indica, os palmeirenses poderão respirar mais tranquilos neste final de semana - mais do que no ano passado.

E se Caio Júnior não tivesse sido demitido?

Neste domingo, Caio Júnior pisará no estádio Olímpico pela última vez. Comandante do Bahia, o ex-jogador, revelado na base gremista, que tinha o sonho de ser o treinador do ano de encerramento da histórica casa do Grêmio, viu seu sonho ruir em apenas 48 dias. O adversário que ele encontrará pela 14ª rodada é completamente diferente daquele Grêmio que ele deixou por aqui. Mas imagine como seria se o técnico tivesse permanecido em Porto Alegre.

À frente do Tricolor, Caio obteve 4 vitórias, 1 empate e 3 derrotas – um aproveitamento de 54,1%. Adequando esta campanha ao Campeonato Brasileiro, por exemplo, o Grêmio estaria na 7ª posição da tabela de classificação, atrás do São Paulo. E na Copa do Brasil, como teria sido? Difícil projetar, mas certamente o time não teria chegado tão facilmente às semifinais com o Palmeiras. Poderia ter caído antes, até mesmo contra o próprio Bahia, então comandado por Paulo Roberto Falcão. Complicado até mesmo imaginar uma equipe que tinha Leandro como meio-campista, Douglas Grolli como zagueiro titular e Gilberto Silva como volante, figurando na final do Gauchão. Além disso, Zé Roberto e Elano não teriam sido indicados como reforços.

Só para se ter uma ideia, no mesmo período de trabalho de Caio Júnior (8 jogos), o atual técnico Vanderlei Luxemburgo obteve 91% de aproveitamento – tendo empatado apenas na estreia, contra o Caxias, e vencido todas as outras partidas. A verdade é que o tempo fez bem para todos. Sem o Grêmio, Caio foi campeão nos Emirados Árabes com o Al-Jazira. Sem Júnior, os gremistas passaram a sonhar mais alto nesta temporada. Muita coisa mudou nestes 160 dias sem Caio Júnior por aqui. Muita coisa mesmo!

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Testa de cimento

Foto: Gremio.net

Na última terça-feira, contra o Coritiba, a camisa 16 fez a festa da torcida gremista. Ela, que tanto alegrou o Olímpico no bicampeonato da Libertadores de 1995. Pois, curiosamente, 16 também foi o número de anos que demorou para a justiça ser feita: Jardel está na 'Calçada da Fama' do Grêmio.

Convidado a entrar oficialmente para o rol de ídolos do Tricolor em 1996, o centroavante que fez história na década de 90 nunca pode fazê-lo. Primeiramente porque atuava em Portugal, depois ainda passou pela Turquia, até, enfim, retornar ao Brasil. Pois nesta quinta, de passagem por Porto Alegre para realizar um curso de treinador (o mesmo que participou Fernandão), Jardel compareceu finalmente no Olímpico para deixar sua marca em solo gremista: “Ao invés dos pés, deveria colocar a minha testa”, brincou o artilheiro em entrevista ao site Gremio.net.

E a estadia, surpreendentemente, não vai ficar só na Calçada da Fama. Jardel permanecerá pela capital gaúcha para realizar estágio com Vanderlei Luxemburgo. Ainda pretende fazer o mesmo com Felipão, para depois sim exercer a profissão. Então, quem sabe, poderá desembarcar mais uma vez em Porto Alegre, desta vez como treinador. Até lá, a Calçada da Fama com seus pés estará na Arena.

Luiz Carlos de novo, não!


O Internacional busca no mercado nacional uma opção para Leandro Damião. O centroavante não será vendido agora, mas será convocado constantemente. Aliás, já foi. Após as Olimpíadas, estará com a Seleção Brasileira em amistoso na Suécia, dia 15. Pensando nisso, o foco é Rafael Moura, do Fluminense. Liedson, que vem namorando com o Flamengo, passa a ser outra opção. Zé Carlos, do Criciúma, nunca!

Em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o assessor de futebol Cuca Lima declarou: “Já tentamos este tipo de contratação com o Luiz Carlos e não deu resultado. Não vamos repetir”. A comparação foi totalmente feliz. Se Zé Carlos é o artilheiro da Série B, tendo contribuído e muito para que o Criciúma liderasse a tabela, o mesmo fez Luiz Carlos com o Ceará, em 2008. Vindo como o “novo Adriano Imperador”, Luiz chegou logo depois de D’Alessandro e Daniel Carvalho e pouco atuou. Permaneceu por 3 anos no Inter e foi emprestado 5 vezes até ter seu contrato rescindido, em março deste ano.

Portanto, se não vier Rafael Moura, a aposta deve ser Maurides mesmo. Zé Carlos tem 29 anos, passou pelo Porto (POR), Ponte Preta, Portuguesa, futebol coreano e japonês. E, ao longo disso tudo, seu maior feito ocorreu em 2009, quando cavou a expulsão mais rápida da história do futebol brasileiro. Defendendo o Cruzeiro, Zé recebeu um cartão vermelho com apenas 7 segundos de partida, depois de ter aplicado uma cotovelada no rosto do jogador rival, no clássico diante do Atlético-MG. É melhor os colorados se contentarem com o que vem da base mesmo.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Relação amistosa

No dia 16 de agosto, Corinthians e Internacional entrarão em campo pela 17ª rodada do Brasileirão bem desfalcados. Do lado colorado, muito já se falou. Forlán estará com a seleção uruguaia em amistoso diante da França. Enquanto isso, na Alemanha, Guiñazu vestirá a camisa argentina. Já na Suécia, Leandro Damião representará o povo brasileiro. O que pouco se comenta é que do lado corintiano três desfalques também serão sentidos. Com menos intensidade, mas sentidos.

Paolo Guerrero, recentemente contratado junto ao futebol alemão, terá de encarar a Costa Rica, em amistoso com a seleção peruana. Ele cogita até mesmo pedir dispensa, para não desfalcar o novo clube. Aliado a ele estará o meia Ramirez. Já o volante Paulinho é a novidade de Mano Menezes para a despedida do estádio Rasunda, em Estocolmo, com o Brasil. Curiosamente, é aí que pode morar a vitória dos vermelhos para adiar a partida. Afinal de contas, até quando as datas FIFA seguirão prejudicando somente o Campeonato Brasileiro?

Em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o assessor de futebol Cuca Lima chegou a afirmar que era impossível colocar o jogo com o Corinthians em outra data: “Não fizeram isso por nós da outra vez, não será agora. O amparo acontece quando se tem 3 jogadores convocados para a Seleção Brasileira", disse. Mas e se o pedido partisse do próprio clube paulista, em conjunto com o Inter? Talvez assim a CBF pudesse recuar. Até porque seria uma grande grife ter o duelo 'Guerrero vs. Forlán', como se viu na primeira rodada da Copa América, em 2011. Na ocasião, Peru e Uruguai ficaram no 1 a 1, e o camisa 9 corintiano anotou o gol dos peruanos. E agora, Corinthians e Inter, como será?

Um ano com Pelaipe

Paulo Pelaipe anda orgulhoso. A cada vitória do Grêmio, o diretor executivo concede entrevistas após os jogos e ainda permanece por mais um tempo conversando com os repórteres. Nesta terça-feira, após o 1 a 0 sobre o Coritiba, pelo jogo de ida da Copa Sul-Americana, ele confidenciou à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9): “Estou completando um ano de Grêmio”. Bem lembrado! No dia 1º de agosto de 2011, o presidente Paulo Odone apresentava um velho conhecido do torcedor para apagar o incêndio que tomava conta do vestiário.

Logo na chegada, Pelaipe anunciou que sua primeira contratação seria um centroavante – veio Brandão. De lá para cá, mais de 20 atletas desembarcaram no Olímpico. Nenhum título foi conquistado, mas um trabalho de reestruturação começou a ser feito. O time, que brigava para não cair, ganhou nomes de grife (Kleber, Marcelo Moreno, Elano, Zé Roberto). As categorias de base, que agonizavam em Grenais, foram reforçadas com novos profissionais e jovens revelações de clubes menores e Interior. Não sabemos se no final do ano o Tricolor erguerá uma taça, como prometeram seus dirigentes, mas é inegável o avanço que se teve neste último ano: “Não posso reclamar, tenho que trabalhar com aquilo que encontrei aqui”, comenta.

Naturalmente, a crítica dos torcedores rivais é forte – além, é claro, da oposição política dentro do próprio clube. Mesmo assim, Pelaipe está hoje em um patamar onde poucos dirigentes remunerados do país se encontram. Neste cargo, despontam nomes como Rodrigo Caetano, do Fluminense, Felipe Ximenes, até então no Coritiba, Edu Gaspar, do Corinthians, e o diretor executivo gremista. É fato! Toda vez que ‘PP’ coloca o pé no vestiário tricolor, o Grêmio briga por título. Veremos em 2012.