Neste domingo, Caio Júnior pisará no estádio Olímpico pela última vez. Comandante do Bahia, o ex-jogador, revelado na base gremista, que tinha o sonho de ser o treinador do ano de encerramento da histórica casa do Grêmio, viu seu sonho ruir em apenas 48 dias. O adversário que ele encontrará pela 14ª rodada é completamente diferente daquele Grêmio que ele deixou por aqui. Mas imagine como seria se o técnico tivesse permanecido em Porto Alegre.
À frente do Tricolor, Caio obteve 4 vitórias, 1 empate e 3 derrotas – um aproveitamento de 54,1%. Adequando esta campanha ao Campeonato Brasileiro, por exemplo, o Grêmio estaria na 7ª posição da tabela de classificação, atrás do São Paulo. E na Copa do Brasil, como teria sido? Difícil projetar, mas certamente o time não teria chegado tão facilmente às semifinais com o Palmeiras. Poderia ter caído antes, até mesmo contra o próprio Bahia, então comandado por Paulo Roberto Falcão. Complicado até mesmo imaginar uma equipe que tinha Leandro como meio-campista, Douglas Grolli como zagueiro titular e Gilberto Silva como volante, figurando na final do Gauchão. Além disso, Zé Roberto e Elano não teriam sido indicados como reforços.
Só para se ter uma ideia, no mesmo período de trabalho de Caio Júnior (8 jogos), o atual técnico Vanderlei Luxemburgo obteve 91% de aproveitamento – tendo empatado apenas na estreia, contra o Caxias, e vencido todas as outras partidas. A verdade é que o tempo fez bem para todos. Sem o Grêmio, Caio foi campeão nos Emirados Árabes com o Al-Jazira. Sem Júnior, os gremistas passaram a sonhar mais alto nesta temporada. Muita coisa mudou nestes 160 dias sem Caio Júnior por aqui. Muita coisa mesmo!
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