O Gladiador andava cabisbaixo. Com Vanderlei Luxemburgo, sentia que não teria maiores oportunidades - ele mesmo disse. Agora tudo mudou! "Com a chegada do Renato estou tendo uma sequência maior e a tendência é melhorar e criar essa dúvida na cabeça do Renato. (...) A gente sabe quem são os honestos. Nunca trabalhei com Renato, mas sabia que o estilo dele é mais amigo, de unir o grupo. Ele jogou futebol, sabe como funciona. O cara, quando jogou, mas jogou de verdade como foi Renato e Cuca, entende o dia-a-dia do futebol, a cabeça do jogador, e isso ajuda bastante", definiu o próprio Kleber, em nítida alfinetada no antigo comandante. Mas uma cena que poucos viram foi o abraço recebido pelo atacante na entrada do vestiário, após a vitória de 2 a 0 sobre o Fluminense.
Kleber foi o último jogador do Grêmio a deixar o campo. Autor do segundo gol, o atacante ficou concedendo entrevistas no gramado. Enquanto isso, na porta do vestiário, o diretor executivo Rui Costa aguardava, sem conseguir esconder o sorriso. Quando o camisa 30 cruzou, ambos se abraçaram e comemoraram muito, adentrando no corredor como se fossem velhos amigos. "Minha relação com o Kleber é idêntica com todos atletas. Tenho uma relação de transparência, lealdade e cumplicidade. E ele foi um jogador que em vários momentos, especulações de que ele sairia, que a direção não queria ele. O gesto então foi espontâneo pela entrega absoluta, que não adianta o intimidar. Ele nos orgulha, assim como todos os colegas dele", disse Rui.
Mas, embora diga aos microfones que trata Kleber como qualquer outro jogador, Rui Costa deixou transparecer um detalhe que mostra o tamanho de sua confiança no futebol do Gladiador. O fato ocorreu no hotel, horas antes da bola rolar na Arena: "Antes do jogo, estávamos tomando café e falei para ele: vou tomar o café com quem vai fazer o gol". Realmente, assim foi. E agora, como Renato tirará Kleber do time? Te cuida Vargas, te cuida Barcos!
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