No dia 17 de junho (ou seja, exatamente há um mês), estava na redação da Rádio GUAÍBA quando recebi a informação de que o atacante do Grêmio, Eduardo Vargas, havia se acidentado de carro na Serra Gaúcha durante o fim de semana. Repassei o que sabia ao repórter Flávio Dal Pizzol, que prontamente conversou com o diretor Rui Costa por telefone. A notícia, naquele momento, foi dada. Era um fato jornalístico. Afinal de contas, o atleta do clube - um dos mais valorizados do elenco - correu sério risco de morte. Dias depois passaram-me novas informações, que mexiam com a integridade do cidadão, e não mais com o atleta. Preferi não levar adiante. Hoje, parte do que me foi dito, estampou uma página do jornal Zero Hora. Nada contra a matéria, respeito (e muito) o profissional que a fez. Eu preferi não fazer.
Eis que, por conta desta matéria, Rui Costa quis se manifestar. Negou que Vargas será intimado a pagar R$ 300 mil pelo carro alugado, que ficou totalmente destruído. Negou também que o clube, através de seu advogado, tenha feito proposta de R$ 50 mil para fechar acordo amigável com o empresário Marcelo Castro, da empresa Hummer Motors. "Lamento que este fato esteja sendo discutido logo após o jogo contra o Botafogo, onde o Vargas jogou bem, fez dois gols. E o Grêmio jogou bem", disse Rui, para logo depois acrescentar que o veículo não tinha seguro e também pneus 'carecas', que causaram a aquaplanagem. Trata-se de um assunto muito delicado!
O assunto transgrede a editoria desportiva e, por isso, exige muita cautela em qualquer pré-conceito. Não estamos avaliando a atuação do chileno dentro das quatro linhas, discutindo se ele joga melhor pela esquerda ou direita. É um caso policial! Aí alguém perguntará: e quantas vezes a polícia invadiu o esporte? É verdade, o próprio Grêmio se viu envolvido com delegacias quando do episódio do atacante Leandro (hoje no Palmeiras), dirigindo sem carteira de motorista. Mas até mesmo naquela oportunidade, havia um fato consumado, um jogador detido. Por ora, com Vargas, nada neste sentido. Quando assim for, certamente se falará mais. Com cautela também, diga-se de passagem. O que se espera é que esta discussão toda não atrapalhe o chileno que, finalmente parece ter se adaptado a Porto Alegre. Até a camisa 17 lhe caiu melhor às costas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário