"Quando um nome vaza, atrapalha a negociação. E aí o torcedor não aceita outro nome que não alguém do nível do Nilmar", disse-me, certa feita, um dirigente do Internacional. Mas é isso aí. Listas e mais listas são feitas, trativas são iniciadas. Porém, o grande sonho dos colorados é repatriar o atacante Nilmar. Por isso, enquanto ele passava 15 dias de férias em Porto Alegre, foi impossível fazer com que os diretores do Inter não sonhassem. Ou, pelo menos, não sondassem.
Nesta terça-feira, Nilmar retornou ao Qatar. Lá, ele tem contrato até 2016 com o Al-Rayyan, onde é o grande ídolo da equipe. Mesmo assim, não se furtou de sentar à mesa com o presidente Giovanni Luigi e o diretor-executivo Newton Drummond (Chumbinho), com quem tem grande relacionamento. Em uma churrascaria, recebeu o convite para voltar. Disse que, inclusive, aceitaria reduzir seu salário para vestir a camisa vermelha novamente. Entretanto, em um primeiro contato com o xeique árabe (dono do clube), a resposta foi negativa. O presidente não aceita vender, tampouco emprestar. Oferece até mais do que Nilmar recebe, para que ele volte e cumpra sua estadia em Doha. O atleta, que não está infeliz no Oriente Médio, também não forçará o contrário. Nem mesmo a gravidez da esposa irá dobrá-lo.
O problema é que a venda de Leandro Damião, se não acontecer agora, está cada vez mais próxima. As saídas de Fred e Rodrigo Moledo ajudaram o Inter a exigir um preço alto pelo centroavante. Acontece que o empresário Vinícius Prates, ao desembarcar em Porto Alegre na última semana, não escondeu dos repórteres que uma nova proposta chegará. Zenit, Nápoli, Southampton, Tottenham, Olympique Marselha... Os interessados pipocam no noticiário europeu. No Beira-Rio, nenhum deles é admitido. Mas e se algum dia acontecer, como aconteceram Fred e Moledo: quem será o substituto de Damião? Momentaneamente, Nilmar segue sendo apenas um sonho.
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