segunda-feira, 30 de julho de 2012

Era para ser um negócio da China

Dia 25 de janeiro. A torcida do Internacional lotou o Beira-Rio para assistir à pré-Libertadores, contra o Once Caldas, e implorar para que D’Alessandro permanecesse em Porto Alegre. Até mesmo a braçadeira de capitão da equipe foi parar no braço do argentino. Enfim, uma orquestra inteira para comover o camisa 10. Eis que a proposta do clube chinês, Shanghai Shenhua, foi negada. D’Ale ficou! Seis meses depois o torcedor colorado se pergunta: será que foi uma boa ter ficado com ele?

Era para ter sido um negócio da China. Ficar no Inter era a maior prova de respeito e reconhecimento que o meio-campista podia ter dado. Porém, de lá para cá, foram apagadas aparições em campo e seis lesões musculares – a última neste final de semana, no empate em 0 a 0 com o Vasco. Em análise de Cristiano Oliveira, plantão esportivo da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), D’Alessandro atuou em 45% das partidas do Inter neste ano. Com o craque em campo, foram 12 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. A melhor de todas atuações talvez tenha sido contra o Caxias, na final do Gauchão, quando entrou no segundo tempo e agravou uma lesão na coxa.

Na época em que o negócio com os chineses era dado como iminente, manifestei aqui mesmo neste blog a opinião de que para todos não seria uma má ideia sua saída do Brasil. Não quero dizer com isso que D’Ale é um mau jogador. Foi fundamental às conquistas da Libertadores, Sul-Americana e Gauchões. Foi a referência técnica dos colorados. Foi! Hoje o Inter consegue respirar sem este argentino. Até porque, já tem Dátolo, Forlán – outros candidatos a ídolo. Mesmo que D’Alessandro não tenha deixado o Beira-Rio, seu corpo parece tê-lo abandonado rumo à China. Psicossomática: a psicologia explica.

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