O discurso forte de Kléber, após a derrota de 4 a 2 para o Santos, tem toda a razão. O atacante disse tudo aquilo que o torcedor gostaria de dizer, de maneira calma e comedida. Aliás, eu diria que o camisa 30 tem sido a principal vítima desta má fase do Grêmio. Ele é muito mal aproveitado pelo clube. Isso em todos os aspectos: esportivo, anímico e marketing.
Começa pelo esquema tático adotado por Vanderlei Luxemburgo (3-6-1), isolando Kléber no ataque. Depois, com um análise daquelas nos microfones – digna de um dirigente -, o jogador merece, no mínimo, a braçadeira de capitão. Nada contra Gilberto Silva, mas Kléber mostrou um conhecimento de causa que só os melhores líderes têm. Ao revelar uma conversa com o auxiliar técnico Émerson no vestiário, relembrando o time multicampeão da década de 90, o atacante teria muito mais liberdade para cobrar “empenho e raça” de seus companheiros com uma braçadeira de capitão. Agora, o mais grave de todos os ‘desleixos’ do Grêmio para com Kléber, passa pelo marketing.
Vimos no Beira-Rio o bom exemplo de um merchandising bem utilizado. Nem bem havia anunciado Forlán como mais novo reforço, o Inter vendia camisas personalizadas com seu nome. Além disso, fez Valdomiro – o camisa 7 mais famoso dos colorados – entregar o fardamento ao uruguaio. Simplesmente 400 torcedores se tornaram sócios desde que Forlán desembarcou em Porto Alegre. Por que isso não acontece no Olímpico? Kléber Gladiador e Arena do Grêmio têm tudo a ver! Veja se não era o caso do Tricolor utilizar muito melhor seu principal atleta como peça de marketing? Enfim, Kléber tem razão em colocar a boca no trombone. E o aviso não é somente para dentro de campo, mas para todos os funcionários do clube, do porteiro ao presidente. Falta mais profissionalismo!
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