Foto: Guilherme Araújo (TXT Assessoria)
Ao demitir André Jardine e efetivar Osmar Loss no time sub-20, muitos encararam como uma afronta a Clemer, que vem fazendo um belo trabalho no time sub-17 do Internacional. Mas é exatamente o contrário que garante o diretor do clube, Roberto Melo: "Clemer faz um grande trabalho. Além disso, entendo que a categoria sub-17 é a mais importante da base, onde os jogadores estão refinando a sua qualidade e o Clemer tem se mostrado um maestro", disse à Rádio GUAÍBA. Depois desta declaração, lembrei de uma entrevista que fiz com o ex-goleiro, quando sua equipe conquistou o Gauchão juvenil em 2012 no estádio Passo D'Areia. Na ocasião, perguntei qual jogador poderia subir aos profissionais. Ele respondeu prontamente: "O camisa 7, o Otávio".
Pois não é que a admiração, que antes era de Clemer, está contagiando Dunga? No último domingo, quando o caldo engrossou em Veranópolis, o treinador chamou Otávio do banco de reservas. Já havia feito o mesmo em Rio Branco, no Acre. E nada disso teria acontecido se não fosse por Clemer. Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, o garoto revelou que chegou ao Beira-Rio como lateral-esquerdo, e acabou sendo avançado ao meio-campo pelo ex-camisa 1. Como disse Roberto Melo, neste caso, Clemer soube ser um "maestro". Mas até quando ele vai aguentar isso?
Vejo que a direção colorada tem um prestígio pelo trabalho do profissional na base, mas ninguém quer permanecer por lá permanentemente. Caso não alce vôos maiores, Clemer não poderá ser crucificado se buscar um clube onde possa ser o comandante dos profissionais. O mais prudente seria subir Clemer conforme seus atletas avançam nas categorias de base. Assim, quando a maioria deles desabrochar entre os profissionais, encontrarão o velho treinador. Algo semelhante ao realizado pelo Barcelona, com Pep Guardiola. Mas, antes de subir de modalidade, Clemer deixa a dica a quem vem de cima: Fernando Baiano, Lucas Severo, Yan... estes podem ser os novos Otávios.
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