Foto: Silvia Izquierdo/AP
Andrés D'Alessandro iniciou o ano com uma fratura no osso do rosto. Terminou com um decepcionante terceiro lugar no Mundial de Clubes. Mesmo assim, o que aconteceu neste meio tempo bastou para colocar o camisa 10 colorado no posto de melhor das Américas em 2010. D'Ale não fez os gols decisivos de Giuliano na Libertadores, mas brilhou na conquista do bicampeonato pelo Inter (foto). Além do mais, voltou a vestir a camisa da Seleção Argentina - como sonhava há tempos. Alcançou o status de ídolo no Beira-Rio e, merecidamente, foi eleito pelo jornal uruguaio El País o melhor jogador de futebol do continente. Superou os compatriotas Verón, do Estudiantes, e Conca, do Fluminense, além da jovem revelação santista Neymar. Para orgulho dos vermelhos, teve o trabalho reconhecido fora e dentro do país. Por isso, os gaúchos gostam tanto de contratar castelhanos.
Talvez pela proximidade geográfica, uruguaios e argentinos não se sentem tão fora de contexto quando vêm morar no Rio Grande do Sul. Esta tradição iniciou em tempos longínquos, e fez com que Figueroa (chileno) pudesse erguer a taça de campeão brasileiro pelo Inter. Posteriormente, foi a vez do uruguaio Hugo De León abraçar a Libertadores da América com o Grêmio. Não à toa, Rivarola, Gamarra, Arce, Rentería, Máxi López e tantos outros atletas são procurados ou procuram Porto Alegre para trabalhar. Aqui, se sentem idolatrados como se estivessem em seus próprios países. Veja o argentino Guiñazu, por exemplo!
Aliás, a fórmula parece ter dado tão certo que o Inter vai atrás de mais um hermano. Com a aposentadoria de Abbondanzieri e a negociação de Bruno Silva, o plantel colorado abriu vaga para mais um estrangeiro. E a bola da vez é Battaglia, volante do Boca Juniors. Depois da saída de Sandro, o clube ficou órfão de um protetor à frente da defesa. Wilson Matias, Derley e Glaydson não agradaram tanto como se esperava. Nada melhor do que a garra argentina para ocupar aquela função. E para seduzir Battaglia basta mostrar os últimos exemplos que passaram pelo Beira-Rio. O mais recente deles, D'Alessandro, escolhido o melhor jogador da América em 2010.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Danny-se, o Edinho não vem
Foto: Alexandre Lops
Mesmo que a nova diretoria do Inter não revele, o clube tem três setores priorizados na hora de pensar em contratações. As buscas são por um lateral-direito, um centroavante e um volante. Na primeira função, o preferido é Léo Moura, do Flamengo. Na segunda, tantos nomes já foram especulados (entre eles, Luís Fabiano, Ricardo Oliveira, Grafite, etc). E por fim, na última, a intenção é repatriar Edinho. Volante campeão da Libertadores, do Mundo e da Sul-Americana com a camisa colorada. No entanto, as últimas informações apontam a aproximação de Edinho com o Fluminense, ao invés do retorno ao Beira-Rio. Sabemos, um profissional vive de dinheiro. Porém, indo para o Rio de Janeiro, o volante estará sinalizando a sua ingratidão, além de acertar um tiro no próprio pé. O que motiva a ida de Edinho para as Laranjeiras - além de uma melhor proposta financeira - é o fato de se reencontrar com o treinador Muricy Ramalho.
Multicampeão brasileiro, Muricy agora quer conquistar a América ao lado de um volante de caça. Porém, Edinho se esquece que, quando os dois trabalharam juntos no Internacional, era escalado pelo treinador como zagueiro. Foi apenas com Abel Braga que Edinho ganhou o reconhecimento da torcida juntamente com a camisa 8. Fato semelhante ocorreu com Danny Morais. Utilizado como zagueiro seja no Inter ou Botafogo, foi jogando como volante que Danny conheceu as suas melhores atuações. Por que ele não pode ser o substituto de Edinho? Aliás, o Colorado não precisaria nem ir ao mercado. Danny ainda tem contrato com o Inter e estava apenas emprestado ao Botafogo. Poderia, tranquilamente retornar ao Beira-Rio em 2011.
Para quem não lembra, justamente quando Edinho não podia atuar, Danny Morais assumia a função com maestria. Foi assim na final do Gauchão de 2008, quando o titular caiu acometido por uma hepatite. Danny Morais foi improvisado como volante por Abel Braga e ainda por cima abriu a goleada de 8 a 1 sobre o Juventude (foto). Antes disso, na Copa Dubai, Edinho - com uma torção no tornozelo - deu lugar a Maycon. Quando este cansou, foi Danny quem segurou as pontas e a pressão na final, contra a Inter de Milão. O jogador merece outra chance com a camisa vermelha. Quem sabe não está aí a cura para a ausência de Sandro? Por isso, Danny, se o Edinho não vem. Edinho já faz parte do passado.
Mesmo que a nova diretoria do Inter não revele, o clube tem três setores priorizados na hora de pensar em contratações. As buscas são por um lateral-direito, um centroavante e um volante. Na primeira função, o preferido é Léo Moura, do Flamengo. Na segunda, tantos nomes já foram especulados (entre eles, Luís Fabiano, Ricardo Oliveira, Grafite, etc). E por fim, na última, a intenção é repatriar Edinho. Volante campeão da Libertadores, do Mundo e da Sul-Americana com a camisa colorada. No entanto, as últimas informações apontam a aproximação de Edinho com o Fluminense, ao invés do retorno ao Beira-Rio. Sabemos, um profissional vive de dinheiro. Porém, indo para o Rio de Janeiro, o volante estará sinalizando a sua ingratidão, além de acertar um tiro no próprio pé. O que motiva a ida de Edinho para as Laranjeiras - além de uma melhor proposta financeira - é o fato de se reencontrar com o treinador Muricy Ramalho.
Multicampeão brasileiro, Muricy agora quer conquistar a América ao lado de um volante de caça. Porém, Edinho se esquece que, quando os dois trabalharam juntos no Internacional, era escalado pelo treinador como zagueiro. Foi apenas com Abel Braga que Edinho ganhou o reconhecimento da torcida juntamente com a camisa 8. Fato semelhante ocorreu com Danny Morais. Utilizado como zagueiro seja no Inter ou Botafogo, foi jogando como volante que Danny conheceu as suas melhores atuações. Por que ele não pode ser o substituto de Edinho? Aliás, o Colorado não precisaria nem ir ao mercado. Danny ainda tem contrato com o Inter e estava apenas emprestado ao Botafogo. Poderia, tranquilamente retornar ao Beira-Rio em 2011.
Para quem não lembra, justamente quando Edinho não podia atuar, Danny Morais assumia a função com maestria. Foi assim na final do Gauchão de 2008, quando o titular caiu acometido por uma hepatite. Danny Morais foi improvisado como volante por Abel Braga e ainda por cima abriu a goleada de 8 a 1 sobre o Juventude (foto). Antes disso, na Copa Dubai, Edinho - com uma torção no tornozelo - deu lugar a Maycon. Quando este cansou, foi Danny quem segurou as pontas e a pressão na final, contra a Inter de Milão. O jogador merece outra chance com a camisa vermelha. Quem sabe não está aí a cura para a ausência de Sandro? Por isso, Danny, se o Edinho não vem. Edinho já faz parte do passado.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Eternamente sucessor
Quando Carlos Eduardo despontou no estádio Olímpico, logo saltaram torcedores para dizer que ele era o sucessor de Ronaldinho. Até mesmo a semelhança física contribuia para o imaginário do mais fanático. De cara, a jovem revelação fez dois gols na decisão do Campeonato Gaúcho, contra o Juventude. Ainda por cima, ajudou na campanha que levou o time de Mano Menezes até a final da Libertadores de 2007, contra o Boca Juniors. O título não viria, mas uma promessa de ídolo estava formada no Grêmio. Que nada! Os problemas financeiros quase obrigaram a diretoria a vender Carlos Eduardo para o inexpressivo Hoffenheim - clube que, então, ocupava a Segunda Divisão Alemã. Pois agora, quase quatro anos depois disso tudo, o menino pode voltar a vestir a camisa tricolor. Isso se as comparações com Ronaldinho não atrapalharem a vida dele em Porto Alegre, pois Carlos Eduardo é considerado o plano B do Grêmio, caso o preferido não venha.
Aliás, pense na desmotivação do torcedor gremista ao receber a notícia de que a negociação com o Milan não deu certo. Por isso, o possível acerto com Carlos Eduardo é encarado com zelo total. Ninguém pode saber que a diretoria teme um insucesso. Mesmo assim, já estaria tudo encaminhado. O jogador vendido ao Hoffenheim hoje defende o Rubin Kazan, da Rússia. E, acometido por uma tendinite, agiliza no Brasil um processo de recuperação. Por isso, precisaria de um estágio de treinamentos para voltar a jogar futebol. O clube onde faria isso, certamente, seria o Grêmio. E aí, o torcedor gremista teria a chance de vestir novamente o manto tricolor. Mas será que alguém prefere vê-lo em campo, podendo ter Ronaldinho? Se pudesse escolher, quem você queria?
Dunga, o antigo técnico da Seleção Brasileira, deixou explícito que prefere o mais jovem. Na reta final de preparação para a Copa do Mundo deste ano, Dunga chegou a convocar Carlos Eduardo, deixando Ronaldinho de fora. Na lista dos sete que poderiam ser incluídos em caso de lesão, ambos apareceram lá. No entanto, nenhum embarcou para a África do Sul. Já o novo comandante, Mano Menezes, chamou tanto um como o outro para trajar a "amarelinha". Porém, é notável que Carlos Eduardo tem preferência, por ser mais jovem, ter mais condicionamento físico e tantas outras avaliações. Mas pergunte ao torcedor gremista quem ele prefere? Com toda a certeza, se depender dos gremistas, Carlos Eduardo será eternamente o sucessor de Ronaldinho Gaúcho.
Aliás, pense na desmotivação do torcedor gremista ao receber a notícia de que a negociação com o Milan não deu certo. Por isso, o possível acerto com Carlos Eduardo é encarado com zelo total. Ninguém pode saber que a diretoria teme um insucesso. Mesmo assim, já estaria tudo encaminhado. O jogador vendido ao Hoffenheim hoje defende o Rubin Kazan, da Rússia. E, acometido por uma tendinite, agiliza no Brasil um processo de recuperação. Por isso, precisaria de um estágio de treinamentos para voltar a jogar futebol. O clube onde faria isso, certamente, seria o Grêmio. E aí, o torcedor gremista teria a chance de vestir novamente o manto tricolor. Mas será que alguém prefere vê-lo em campo, podendo ter Ronaldinho? Se pudesse escolher, quem você queria?
Dunga, o antigo técnico da Seleção Brasileira, deixou explícito que prefere o mais jovem. Na reta final de preparação para a Copa do Mundo deste ano, Dunga chegou a convocar Carlos Eduardo, deixando Ronaldinho de fora. Na lista dos sete que poderiam ser incluídos em caso de lesão, ambos apareceram lá. No entanto, nenhum embarcou para a África do Sul. Já o novo comandante, Mano Menezes, chamou tanto um como o outro para trajar a "amarelinha". Porém, é notável que Carlos Eduardo tem preferência, por ser mais jovem, ter mais condicionamento físico e tantas outras avaliações. Mas pergunte ao torcedor gremista quem ele prefere? Com toda a certeza, se depender dos gremistas, Carlos Eduardo será eternamente o sucessor de Ronaldinho Gaúcho.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Rafael do Mundo
Há apelidos que pegam e não se entende por quê. O treinador do Grêmio, por exemplo, Renato Portaluppi, (do Rio Grande do Sul para cima) é conhecido por Renato Gaúcho. Apesar de ter nascido em Guaporé, crescido em Bento Gonçalves e brilhado com a camisa do Tricolor Porto-Alegrense, Renato é mais carioca do que gaúcho. Até o sotaque chiado acaba entregando a proximidade com a Cidade Maravilhosa. Pois a partir do ano que vem, o eterno ídolo da torcida gremista poderá contar com um jogador que pode naturalmente se gabar por ser carioca de nascença. Aliás, assim como o treinador, carrega acoplado ao próprio nome o apelido que o caracteriza: Rafael Carioca. Sim, o Grêmio quer repatriar este jogador.
O Vasco da Gama, clube que Rafael defendeu neste ano, não está mais interessado em contar com seus serviços. Por isso, muito provavelmente, o carioca terá que se despedir da cidade natal. A não ser que seja contratado por Botafogo, Fluminense ou Flamengo, o volante terá de fazer as malas. E, por incrível que pareça, isso é um grande problema para o jogador. Quem não lembra, Rafael foi revelado nas categorias de base do estádio Olímpico. Subiu para os profissionais pelas mãos do técnico Celso Roth, assumindo a titularidade logo no primeiro ano. Naquele Campeonato Brasileiro, se destacou ao lado do companheiro de função William Magrão. Inclusive, naquela equipe que surpreendeu o país (tanto positivamente quanto negativamente), vários moleques da base tiveram seus dias de glória. Léo, Mattioni, Pico, Hélder... Poucos aproveitaram. Rafael Carioca foi um deles. Na primeira proposta milionária que atravessou os portões, o atleta se mandou de Porto Alegre. Já havia manifestado que não tinha se adaptado à cidade. Talvez tenha sido a ausência de praias, ou o frio dos pampas que diferem do Rio de Janeiro o motivo do espanto. Curiosamente, Rafael Carioca se transferiu para a Rússia. Foi jogar no Spartak Moscou.
É justamente este clube que detém os direitos do jogador até hoje. Porém, declarou que pode emprestá-lo a qualquer clube brasileiro que esteja disposto a pagar o valor de seu empréstimo. O Vasco, avaliando o custo-benefício, resolveu que não ficará com ele por mais um ano. Dorival Júnior, treinador do Atlético-MG, já manifestou que é seu admirador e que gostaria de contar com ele em 2011. E, por fim, o Grêmio, clube que o revelou, quer reeditar as atuações do Brasileirão de 2008. Entretanto, Rafael não quer morar em Porto Alegre, Belo Horizonte e muito menos Moscou. Quer mesmo é o seu Rio de Janeiro - que não o quer mais. Nessas horas, mais um ponto positivo em se ter Portaluppi como treinador. Apesar do Gaúcho como pseudônimo, Renato também é amante da praia fluminense. Bem que Renato podia sentar com Rafael e bater um papo. Utilizar a sua própria experiência e dizer que, mesmo que ele saia do Rio, o Rio não sairá dele. Rafael não é somente Carioca, mas Rafael do Mundo! Assim, se estará dando um grande passo para reforçar o meio-campo do Grêmio.
O Vasco da Gama, clube que Rafael defendeu neste ano, não está mais interessado em contar com seus serviços. Por isso, muito provavelmente, o carioca terá que se despedir da cidade natal. A não ser que seja contratado por Botafogo, Fluminense ou Flamengo, o volante terá de fazer as malas. E, por incrível que pareça, isso é um grande problema para o jogador. Quem não lembra, Rafael foi revelado nas categorias de base do estádio Olímpico. Subiu para os profissionais pelas mãos do técnico Celso Roth, assumindo a titularidade logo no primeiro ano. Naquele Campeonato Brasileiro, se destacou ao lado do companheiro de função William Magrão. Inclusive, naquela equipe que surpreendeu o país (tanto positivamente quanto negativamente), vários moleques da base tiveram seus dias de glória. Léo, Mattioni, Pico, Hélder... Poucos aproveitaram. Rafael Carioca foi um deles. Na primeira proposta milionária que atravessou os portões, o atleta se mandou de Porto Alegre. Já havia manifestado que não tinha se adaptado à cidade. Talvez tenha sido a ausência de praias, ou o frio dos pampas que diferem do Rio de Janeiro o motivo do espanto. Curiosamente, Rafael Carioca se transferiu para a Rússia. Foi jogar no Spartak Moscou.
É justamente este clube que detém os direitos do jogador até hoje. Porém, declarou que pode emprestá-lo a qualquer clube brasileiro que esteja disposto a pagar o valor de seu empréstimo. O Vasco, avaliando o custo-benefício, resolveu que não ficará com ele por mais um ano. Dorival Júnior, treinador do Atlético-MG, já manifestou que é seu admirador e que gostaria de contar com ele em 2011. E, por fim, o Grêmio, clube que o revelou, quer reeditar as atuações do Brasileirão de 2008. Entretanto, Rafael não quer morar em Porto Alegre, Belo Horizonte e muito menos Moscou. Quer mesmo é o seu Rio de Janeiro - que não o quer mais. Nessas horas, mais um ponto positivo em se ter Portaluppi como treinador. Apesar do Gaúcho como pseudônimo, Renato também é amante da praia fluminense. Bem que Renato podia sentar com Rafael e bater um papo. Utilizar a sua própria experiência e dizer que, mesmo que ele saia do Rio, o Rio não sairá dele. Rafael não é somente Carioca, mas Rafael do Mundo! Assim, se estará dando um grande passo para reforçar o meio-campo do Grêmio.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Feliz Natal e um fabuloso Ano Novo
Foto: Vanderlei Almeida (AFP)
Não dá para se dizer que 2010 foi um ano para se jogar no lixo. O Grêmio mais uma vez renasceu das cinzas - quando todos imaginavam um rebaixamento no Brasileirão, Renato atirou o clube na Libertadores. O Inter, apesar da decepção no Mundial, conseguiu outro título da América, se colocando definitivamente entre os grandes do continente. Por isso, sem dúvidas, colorados e gremistas poderão comemorar sem medo neste Natal. Enquanto isso, os dirigentes fazem plantão para tornar a ceia mais rica - ou melhor, tornar o ano que vem ainda mais próspero que este.
O Tricolor, como já se falou diversas vezes, sabe aonde atacar: Ronaldinho Gaúcho. Faltam pequenos detalhes para acertar com o Milan para que, enfim, o camisa 10 possa ser apresentado oficialmente no estádio Olímpico. Já o Colorado está meio perdido no tiroteio. A única certeza é que o setor que merece mais atenção é o ataque. Alecsandro, apesar dos 50 gols, não caiu nas graças da torcida. E, assim, outro atacante aparece no horizonte vermelho: Luís Fabiano, o Fabuloso. Radicado na Espanha desde 2005, o centroavante quer voltar ao Brasil (talvez seja o clima natalino que tenha trazido uma certa nostalgia ao jogador). No entanto, o alto salário seria o impedimento para o acerto com o clube gaúcho. O mesmo problema acontece com Ricardo Oliveira, que já teria sido liberado por seu treinador no Al-Jazira - o colorado Abel Braga. A mais branda das negociações parece ser com Zé Roberto, campeão brasileiro com o Flamengo e que atualmente está no Vasco da Gama. Por ele, o Internacional estaria disposto a entregar o zagueiro Sorondo.
Mas não há como negar que, dentre todos estes nomes, o que mais interessa à massa vermelha é realmente Luís Fabiano. Centroavante titular da Seleção de Dunga, na Copa do Mundo da África do Sul, ele representa a segurança que não se sentiu com Alecsandro. Seria experiente o bastante para chegar e tomar para si a titularidade (mesmo que não possua características tão diferentes assim). Mas, imagine como será o 2011 da dupla Gre-Nal. O Grêmio em vias de trazer Ronaldinho Gaúcho, jogador eleito o melhor do Mundo pela Fifa, campeão mundial com a Seleção e europeu com o Barcelona. Já o Inter, buscando o camisa 9 que sucedeu Ronaldo Fenômeno na Seleção, colocou Adriano Imperador no banco e cansou de salvar a pele do treinador nas Eliminatórias para a Copa. Aliás, para quem não lembra, ambos já atuaram lado a lado com a camisa amarelinha (foto). A última vez ocorreu em 1º de abril de 2009. Na oportunidade, o Brasil bateu o Peru por 3 a 0, com dois gols de Fabiano. A partida aconteceu no Beira-Rio, em Porto Alegre. Isso quer dizer alguma coisa? Não sei, mas se tudo sair dentro dos conformes, muito provavelmente os dois vão se reencontrar - e, quem sabe, o Beira-Rio seja o palco novamente. Porém, desta vez, serão adversários.
Feliz Natal para gremistas e colorados. E um próspero, um fabuloso Ano Novo!
Não dá para se dizer que 2010 foi um ano para se jogar no lixo. O Grêmio mais uma vez renasceu das cinzas - quando todos imaginavam um rebaixamento no Brasileirão, Renato atirou o clube na Libertadores. O Inter, apesar da decepção no Mundial, conseguiu outro título da América, se colocando definitivamente entre os grandes do continente. Por isso, sem dúvidas, colorados e gremistas poderão comemorar sem medo neste Natal. Enquanto isso, os dirigentes fazem plantão para tornar a ceia mais rica - ou melhor, tornar o ano que vem ainda mais próspero que este.
O Tricolor, como já se falou diversas vezes, sabe aonde atacar: Ronaldinho Gaúcho. Faltam pequenos detalhes para acertar com o Milan para que, enfim, o camisa 10 possa ser apresentado oficialmente no estádio Olímpico. Já o Colorado está meio perdido no tiroteio. A única certeza é que o setor que merece mais atenção é o ataque. Alecsandro, apesar dos 50 gols, não caiu nas graças da torcida. E, assim, outro atacante aparece no horizonte vermelho: Luís Fabiano, o Fabuloso. Radicado na Espanha desde 2005, o centroavante quer voltar ao Brasil (talvez seja o clima natalino que tenha trazido uma certa nostalgia ao jogador). No entanto, o alto salário seria o impedimento para o acerto com o clube gaúcho. O mesmo problema acontece com Ricardo Oliveira, que já teria sido liberado por seu treinador no Al-Jazira - o colorado Abel Braga. A mais branda das negociações parece ser com Zé Roberto, campeão brasileiro com o Flamengo e que atualmente está no Vasco da Gama. Por ele, o Internacional estaria disposto a entregar o zagueiro Sorondo.
Mas não há como negar que, dentre todos estes nomes, o que mais interessa à massa vermelha é realmente Luís Fabiano. Centroavante titular da Seleção de Dunga, na Copa do Mundo da África do Sul, ele representa a segurança que não se sentiu com Alecsandro. Seria experiente o bastante para chegar e tomar para si a titularidade (mesmo que não possua características tão diferentes assim). Mas, imagine como será o 2011 da dupla Gre-Nal. O Grêmio em vias de trazer Ronaldinho Gaúcho, jogador eleito o melhor do Mundo pela Fifa, campeão mundial com a Seleção e europeu com o Barcelona. Já o Inter, buscando o camisa 9 que sucedeu Ronaldo Fenômeno na Seleção, colocou Adriano Imperador no banco e cansou de salvar a pele do treinador nas Eliminatórias para a Copa. Aliás, para quem não lembra, ambos já atuaram lado a lado com a camisa amarelinha (foto). A última vez ocorreu em 1º de abril de 2009. Na oportunidade, o Brasil bateu o Peru por 3 a 0, com dois gols de Fabiano. A partida aconteceu no Beira-Rio, em Porto Alegre. Isso quer dizer alguma coisa? Não sei, mas se tudo sair dentro dos conformes, muito provavelmente os dois vão se reencontrar - e, quem sabe, o Beira-Rio seja o palco novamente. Porém, desta vez, serão adversários.
Feliz Natal para gremistas e colorados. E um próspero, um fabuloso Ano Novo!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Boneco de Ronaldinho
Foto: Manu Fernandez/AP
Muito se fala em presente de Natal para a torcida gremista. E Ronaldinho Gaúcho de volta ao estádio Olímpico realmente seria um grande "regalo". Porém, o que mais preocupa é como o clube vai pagar o salário do jogador. Eleito o melhor do mundo pela Fifa em duas oportunidades, o meio-campista não aceita qualquer coisa. Apesar de estar zilhardário, ninguém é louco de atirar dinheiro no ralo (muito menos o irmão e empresário dele, Assis). Mas o Tricolor já pensa em campanhas de marketing, com vendas de camisas e bonecos, além de parcerias com empresários. Aliás, nem no poderoso Barcelona, Ronaldo escapou de "virar boneco" (foto) e ter a imagem explorada. No Grêmio, então, não teria razão para passar em branco. Mas uma frase do presidente Paulo Odone chama a atenção. Perguntado sobre como iria pagar o salário do jogador, Odone respondeu: "ele vai se pagar".
A aposta do dirigente é que o camisa 10 retorne para Porto Alegre simplesmente por amor à camisa. Pelo menos este foi o argumento utilizado para, praticamente, alijar Palmeiras e Flamengo da disputa. "Se for negociar com alguém, a preferência será do Grêmio"! A partir disso, o que se imagina é um contrato semelhante ao que fizeram Adriano, no Flamengo, e Ronaldo, no Corinthians. Porém, estes dois contribuíram brutalmente para os caixas dos clubes porque conquistaram, respectivamente, um Brasileirão e uma Copa do Brasil. E se Ronaldinho não der certo como atleta? Essa é uma hipótese que não pode ser descartada, pois desde que chegou de férias na capital gaúcha, Ronaldo é visto com copos de cerveja na mão, sempre em festas. Apesar disso, há quem diga que, mesmo abaixo do seu melhor, ele está acima de inúmeros camisas 10 do Brasil.
Com a contratação de Ronaldinho, o Grêmio entra na nova moda do futebol brasileiro. Antigos meros exportadores de jogadores, os clubes daqui estão repatriando medalhões agora. Até mesmo a manutenção de ídolos - inaugurada com o Santos, de Neymar - foi repetida pelo Tricolor Gaúcho. Victor e Jonas assinaram contratos de renovação, quando a tendência era vendê-los. Esta não é uma prática adotada pelo rival Inter, por exemplo. Porém, é uma atitude kamikaze. Sem vender ninguém, e ainda por cima contratando a peso de ouro, o Grêmio corre o risco de estourar o cofre. Isso se o velho camisa 10 não se pagar. Senão, Ronaldinho não passará de um verdadeiro boneco dentro de campo.
Muito se fala em presente de Natal para a torcida gremista. E Ronaldinho Gaúcho de volta ao estádio Olímpico realmente seria um grande "regalo". Porém, o que mais preocupa é como o clube vai pagar o salário do jogador. Eleito o melhor do mundo pela Fifa em duas oportunidades, o meio-campista não aceita qualquer coisa. Apesar de estar zilhardário, ninguém é louco de atirar dinheiro no ralo (muito menos o irmão e empresário dele, Assis). Mas o Tricolor já pensa em campanhas de marketing, com vendas de camisas e bonecos, além de parcerias com empresários. Aliás, nem no poderoso Barcelona, Ronaldo escapou de "virar boneco" (foto) e ter a imagem explorada. No Grêmio, então, não teria razão para passar em branco. Mas uma frase do presidente Paulo Odone chama a atenção. Perguntado sobre como iria pagar o salário do jogador, Odone respondeu: "ele vai se pagar".
A aposta do dirigente é que o camisa 10 retorne para Porto Alegre simplesmente por amor à camisa. Pelo menos este foi o argumento utilizado para, praticamente, alijar Palmeiras e Flamengo da disputa. "Se for negociar com alguém, a preferência será do Grêmio"! A partir disso, o que se imagina é um contrato semelhante ao que fizeram Adriano, no Flamengo, e Ronaldo, no Corinthians. Porém, estes dois contribuíram brutalmente para os caixas dos clubes porque conquistaram, respectivamente, um Brasileirão e uma Copa do Brasil. E se Ronaldinho não der certo como atleta? Essa é uma hipótese que não pode ser descartada, pois desde que chegou de férias na capital gaúcha, Ronaldo é visto com copos de cerveja na mão, sempre em festas. Apesar disso, há quem diga que, mesmo abaixo do seu melhor, ele está acima de inúmeros camisas 10 do Brasil.
Com a contratação de Ronaldinho, o Grêmio entra na nova moda do futebol brasileiro. Antigos meros exportadores de jogadores, os clubes daqui estão repatriando medalhões agora. Até mesmo a manutenção de ídolos - inaugurada com o Santos, de Neymar - foi repetida pelo Tricolor Gaúcho. Victor e Jonas assinaram contratos de renovação, quando a tendência era vendê-los. Esta não é uma prática adotada pelo rival Inter, por exemplo. Porém, é uma atitude kamikaze. Sem vender ninguém, e ainda por cima contratando a peso de ouro, o Grêmio corre o risco de estourar o cofre. Isso se o velho camisa 10 não se pagar. Senão, Ronaldinho não passará de um verdadeiro boneco dentro de campo.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Por um 2011 sem Grenais
Foto: Alexandre Lops
O primeiro Gre-Nal de 2011 está virando uma novela. Marcado para ser disputado em Rivera, a data não estaria agradando nem a gregos ou troianos. O Inter já evidenciou que colocará o time B no Gauchão, e o Grêmio estará em meio à disputa da Pré-Libertadores, contra o Liverpool. Por isso, já se especula que possa ser modificado o dia do jogo - ou até mesmo o local. Na verdade, esta é uma ótima notícia para os colorados. Ou melhor seria se nem existisse um Gre-Nal em 2011.
Digo isso porque o Internacional decidiu renovar o contrato do treinador por mais um ano. E, convenhamos, Celso Roth não é o homem mais indicado para dirigir uma equipe no maior clássico regional do Brasil. Os números comprovam: foram 6 vitórias, 8 empates e 7 derrotas. É bem verdade que foi dele a grande vitória de 5 a 2, dos colorados sobre os rivais. Mas isso em 1997, quando a carreira como treinador recém iniciava e ainda existia bigode na face. Ultimamente, ele é mais lembrado pela derrota de 4 a 1, em 2008, onde comandava o Grêmio (foto). Aliás, neste mesmo período, foi excomungado do estádio Olímpico por colecionar sete jogos sem sucessos contra o rival - quando foi demitido depois de perder o Gauchão, apesar de ter a melhor campanha da Libertadores. Enfim, para não achar que estou pegando no pé, tente lembrar a última vitória de Roth em grenais. Pois ela aconteceu há mais de 10 anos. Foi em 7 de outubro de 2000, quando o Grêmio venceu por 2 a 1. Foi neste jogo que Ronaldinho (naquela época ainda magro e sem o apelido de Gaúcho) anotou seu derradeiro gol em clássicos no Rio Grande do Sul.
E se mesmo depois de toda esta tese você ainda quiser apostar em Celso Roth para 2011, vá em frente. Mas, se fosse eu, realmente torceria para que não houvesse um Gre-Nal no ano que vem. Ainda mais na Libertadores, onde o Inter sonha em alcançar o tricampeonato. Reze para que os caminhos dos clubes não se cruzem no torneio continental. Ou você consegue imaginar Roth vencendo Renato Portaluppi, ídolo maior do Grêmio, em pleno estádio Olímpico, em uma semifinal? Pelo bem do Inter, peça ao Papai Noel por um 2011 sem Grenais. Se for gremista, é a sua vez de cantar "Fica, Celso Roth"!
O primeiro Gre-Nal de 2011 está virando uma novela. Marcado para ser disputado em Rivera, a data não estaria agradando nem a gregos ou troianos. O Inter já evidenciou que colocará o time B no Gauchão, e o Grêmio estará em meio à disputa da Pré-Libertadores, contra o Liverpool. Por isso, já se especula que possa ser modificado o dia do jogo - ou até mesmo o local. Na verdade, esta é uma ótima notícia para os colorados. Ou melhor seria se nem existisse um Gre-Nal em 2011.
Digo isso porque o Internacional decidiu renovar o contrato do treinador por mais um ano. E, convenhamos, Celso Roth não é o homem mais indicado para dirigir uma equipe no maior clássico regional do Brasil. Os números comprovam: foram 6 vitórias, 8 empates e 7 derrotas. É bem verdade que foi dele a grande vitória de 5 a 2, dos colorados sobre os rivais. Mas isso em 1997, quando a carreira como treinador recém iniciava e ainda existia bigode na face. Ultimamente, ele é mais lembrado pela derrota de 4 a 1, em 2008, onde comandava o Grêmio (foto). Aliás, neste mesmo período, foi excomungado do estádio Olímpico por colecionar sete jogos sem sucessos contra o rival - quando foi demitido depois de perder o Gauchão, apesar de ter a melhor campanha da Libertadores. Enfim, para não achar que estou pegando no pé, tente lembrar a última vitória de Roth em grenais. Pois ela aconteceu há mais de 10 anos. Foi em 7 de outubro de 2000, quando o Grêmio venceu por 2 a 1. Foi neste jogo que Ronaldinho (naquela época ainda magro e sem o apelido de Gaúcho) anotou seu derradeiro gol em clássicos no Rio Grande do Sul.
E se mesmo depois de toda esta tese você ainda quiser apostar em Celso Roth para 2011, vá em frente. Mas, se fosse eu, realmente torceria para que não houvesse um Gre-Nal no ano que vem. Ainda mais na Libertadores, onde o Inter sonha em alcançar o tricampeonato. Reze para que os caminhos dos clubes não se cruzem no torneio continental. Ou você consegue imaginar Roth vencendo Renato Portaluppi, ídolo maior do Grêmio, em pleno estádio Olímpico, em uma semifinal? Pelo bem do Inter, peça ao Papai Noel por um 2011 sem Grenais. Se for gremista, é a sua vez de cantar "Fica, Celso Roth"!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Na boquinha da Gharafa
Foto: Jefferson Bernardes
Quando a delegação colorada desembarcou no Aeroporto Salgado Filho, apenas um jogador não recebeu aplausos de incentivo da torcida. Justamente ele, o goleador da equipe na temporada. Seria como os gremistas vaiarem Jonas. O grande problema é que Alecsandro não goza do mesmo prestígio. Apesar dos 50 gols marcados com a camisa colorada, ficaram na memória do torcedor atuações como a efetuada contra o Mazembe. Por isso, se dependesse do torcedor, Alecsandro podia dançar - ou melhor, dançar na boquinha da Gharafa.
Há pouco mais de dois anos, este clube, o Al-Gharafa, do Catar, veio a Porto Alegre disposto a levar Fernandão. Apresentou os petrodólares e acabou tirando o camisa 9 do Beira-Rio, para desespero de alguns fãs do capitão. Agora, a cena se repete. O mesmo clube, o mesmo número da camisa e, no entanto, ao invés de lamentar, os colorados comemoram a saída do jogador. Aliás, na onda de repatriações, com o Grêmio especulando a volta de Ronaldinho Gaúcho, o que não falta são colorados que sonham com o retorno de outros camisas 9: Alexandre Pato e Nilmar são os mais lembrados.
E se realmente Alecsandro for negociado com o Gharafa, encontrará naquele clube outros brasileiros, como Juninho Pernambucano e Araújo. Portanto, não se sentiria tão isolado do mundo. A língua também não seria problema, já que o atleta jogava no Al-Wahda, dos Emirados Árabes, até o ano passado. E se não fosse o técnico Caio Júnior estar ocupando o cargo no Catar, alguns colorados fariam questão de que Alecsandro levasse consigo o técnico Celso Roth (foto). Inclusive, será que o Inter não consegue trocar um pelo outro?
Quando a delegação colorada desembarcou no Aeroporto Salgado Filho, apenas um jogador não recebeu aplausos de incentivo da torcida. Justamente ele, o goleador da equipe na temporada. Seria como os gremistas vaiarem Jonas. O grande problema é que Alecsandro não goza do mesmo prestígio. Apesar dos 50 gols marcados com a camisa colorada, ficaram na memória do torcedor atuações como a efetuada contra o Mazembe. Por isso, se dependesse do torcedor, Alecsandro podia dançar - ou melhor, dançar na boquinha da Gharafa.
Há pouco mais de dois anos, este clube, o Al-Gharafa, do Catar, veio a Porto Alegre disposto a levar Fernandão. Apresentou os petrodólares e acabou tirando o camisa 9 do Beira-Rio, para desespero de alguns fãs do capitão. Agora, a cena se repete. O mesmo clube, o mesmo número da camisa e, no entanto, ao invés de lamentar, os colorados comemoram a saída do jogador. Aliás, na onda de repatriações, com o Grêmio especulando a volta de Ronaldinho Gaúcho, o que não falta são colorados que sonham com o retorno de outros camisas 9: Alexandre Pato e Nilmar são os mais lembrados.
E se realmente Alecsandro for negociado com o Gharafa, encontrará naquele clube outros brasileiros, como Juninho Pernambucano e Araújo. Portanto, não se sentiria tão isolado do mundo. A língua também não seria problema, já que o atleta jogava no Al-Wahda, dos Emirados Árabes, até o ano passado. E se não fosse o técnico Caio Júnior estar ocupando o cargo no Catar, alguns colorados fariam questão de que Alecsandro levasse consigo o técnico Celso Roth (foto). Inclusive, será que o Inter não consegue trocar um pelo outro?
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Um retorno amigável
Foto: Charles Guerra
Depois do insucesso no Mundial de Clubes, o Internacional está de volta a Porto Alegre. A chegada ao aeroporto foi tranquila, perto do que se propunha dias atrás. Alguns torcedores prometiam protesto mais ríspido junto à delegação colorada que chegasse de Abu Dhabi. Mas os jogadores puderam pisar em solo brasileiro sem mais problemas. O fardo já estava nas malas: era o próprio terceiro lugar alcançado nos Emirados Árabes. Porém, uma notícia promete trazer preocupação aos colorados. Ao mesmo tempo que chegam em casa, os vermelhos se deparam com outro retorno. O rival Grêmio vem intensificando as tratativas para repatriar Ronaldinho Gaúcho. O negócio é ótimo para ambos: o clube terá um salto nas receitas, enquanto o jogador fica mais perto de Mano Menezes e da Seleção Brasileira. Só os colorados é que não gostam da ideia.
Além disso, o retorno dele ao estádio Olímpico servirá para pagar uma dívida moral que o atleta tem - e sabe disso - para com os gremistas. Quando deixou o clube em 2001, Ronaldo e o irmão Assis trataram diretamente com o Paris Saint-German, renegando qualquer lucro ao Grêmio. Agora, é a chance dos dois provarem à torcida que podem se redimir. E não há melhor momento para voltar para a casa. Nos 10 anos em que esteve fora, Ronaldinho assistiu de longe a queda do clube do coração e ascenção do rival (sendo, inclusive, vencido na final do Mundial em 2006). Pois neste momento, com o ídolo Renato Portaluppi sob a casamata, o meia pode devolver o Tricolor ao antigo patamar. Isso, de cara, disputando uma Libertadores da América. É a hora de fazer as pazes.
Enquanto isso, no Beira-Rio, a diretoria faz justamente o papel contrário. Ao invés de aproximar o torcedor, o afasta ainda mais. A sinalização de uma renovação do contrato de Celso Roth é uma das tendências para 2011. Ou seja, Ronaldinho ganha uma motivação a mais para o ano que vem. Se confirmarem as duas tratativas, Roth e Ronaldo se enfrentarão na próxima temporada. É a chance do atleta que já ganhou o mundo dar uma resposta ao treinador que o deixou no banco no início da carreira, preferindo Itaqui ao invés da jovem revelação gremista. Ainda bem que o Inter desembarcou antes de Ronaldo. Tudo por um retorno a Porto Alegre tranquilo e agradável.
Depois do insucesso no Mundial de Clubes, o Internacional está de volta a Porto Alegre. A chegada ao aeroporto foi tranquila, perto do que se propunha dias atrás. Alguns torcedores prometiam protesto mais ríspido junto à delegação colorada que chegasse de Abu Dhabi. Mas os jogadores puderam pisar em solo brasileiro sem mais problemas. O fardo já estava nas malas: era o próprio terceiro lugar alcançado nos Emirados Árabes. Porém, uma notícia promete trazer preocupação aos colorados. Ao mesmo tempo que chegam em casa, os vermelhos se deparam com outro retorno. O rival Grêmio vem intensificando as tratativas para repatriar Ronaldinho Gaúcho. O negócio é ótimo para ambos: o clube terá um salto nas receitas, enquanto o jogador fica mais perto de Mano Menezes e da Seleção Brasileira. Só os colorados é que não gostam da ideia.
Além disso, o retorno dele ao estádio Olímpico servirá para pagar uma dívida moral que o atleta tem - e sabe disso - para com os gremistas. Quando deixou o clube em 2001, Ronaldo e o irmão Assis trataram diretamente com o Paris Saint-German, renegando qualquer lucro ao Grêmio. Agora, é a chance dos dois provarem à torcida que podem se redimir. E não há melhor momento para voltar para a casa. Nos 10 anos em que esteve fora, Ronaldinho assistiu de longe a queda do clube do coração e ascenção do rival (sendo, inclusive, vencido na final do Mundial em 2006). Pois neste momento, com o ídolo Renato Portaluppi sob a casamata, o meia pode devolver o Tricolor ao antigo patamar. Isso, de cara, disputando uma Libertadores da América. É a hora de fazer as pazes.
Enquanto isso, no Beira-Rio, a diretoria faz justamente o papel contrário. Ao invés de aproximar o torcedor, o afasta ainda mais. A sinalização de uma renovação do contrato de Celso Roth é uma das tendências para 2011. Ou seja, Ronaldinho ganha uma motivação a mais para o ano que vem. Se confirmarem as duas tratativas, Roth e Ronaldo se enfrentarão na próxima temporada. É a chance do atleta que já ganhou o mundo dar uma resposta ao treinador que o deixou no banco no início da carreira, preferindo Itaqui ao invés da jovem revelação gremista. Ainda bem que o Inter desembarcou antes de Ronaldo. Tudo por um retorno a Porto Alegre tranquilo e agradável.
sábado, 18 de dezembro de 2010
É assim que se faz!
Fotos: AFP e Jefferson Bernardes
Deu a lógica: o Inter é campeão do mundo! Uma pena, para os colorados, que foi o xará italiano o vencedor do Mundial de Clubes. Aliás, o sábado serviu para colocar as coisas nos eixos. Nada de zebra contra o time de Milão. Com impiedosos 3 a 0, a Internazionale colocou o Mazembe no seu devido lugar. Biabiany, Eto'O e Pandev não deixaram o goleiro Kidiaba quicar a bunda na entrada da área. E comprovou que Lúcio tinha razão em repreender os vermelhos. Era como se estivesse explicando: é assim que se faz!
Mas o próprio Internacional sabia disso. Sabe que é melhor que os africanos, só não soube aproveitar as chances. Por isso, na preliminar, bateu o Seongnam, da Coreia do Sul por 4 a 2. Precisava comprovar para se despedir de Abu Dhabi com uma vitória destas, para lavar a alma. Lavou! Tinga, D'Alessandro e até mesmo o criticado Alecsandro (duas vezes) confirmaram a terceira colocação para o clube porto-alegrense. Não é exatamente o que os colorados esperavam, mas é melhor do que nada. No entanto, o título dos italianos e o banho de bola em cima dos congoleses deixou o gostinho de que o Inter poderia ter ido mais longe na competição - ou que o fiasco poderia ter sido maior, com uma surra na decisão.
A conclusão é de que esta viagem para Abu Dhabi deixa uma única certeza: o Colorado precisa se remodelar para 2011. O que não pode acontecer é a goleada contra os sul-coreanos maquiar esta realidade. Nenhum dos quatro tentos marcados pode anular o insucesso. E o pior é que as primeiras sinalizações não demonstram esta percepção pela diretoria. Fernando Carvalho já deu indícios de que renovará o contrato de Celso Roth, Alecsandro encerrou o ano como artilheiro da equipe e a soberba ainda está presente em alguns discursos. A lição, parece, não foi aprendida.
Deu a lógica: o Inter é campeão do mundo! Uma pena, para os colorados, que foi o xará italiano o vencedor do Mundial de Clubes. Aliás, o sábado serviu para colocar as coisas nos eixos. Nada de zebra contra o time de Milão. Com impiedosos 3 a 0, a Internazionale colocou o Mazembe no seu devido lugar. Biabiany, Eto'O e Pandev não deixaram o goleiro Kidiaba quicar a bunda na entrada da área. E comprovou que Lúcio tinha razão em repreender os vermelhos. Era como se estivesse explicando: é assim que se faz!
Mas o próprio Internacional sabia disso. Sabe que é melhor que os africanos, só não soube aproveitar as chances. Por isso, na preliminar, bateu o Seongnam, da Coreia do Sul por 4 a 2. Precisava comprovar para se despedir de Abu Dhabi com uma vitória destas, para lavar a alma. Lavou! Tinga, D'Alessandro e até mesmo o criticado Alecsandro (duas vezes) confirmaram a terceira colocação para o clube porto-alegrense. Não é exatamente o que os colorados esperavam, mas é melhor do que nada. No entanto, o título dos italianos e o banho de bola em cima dos congoleses deixou o gostinho de que o Inter poderia ter ido mais longe na competição - ou que o fiasco poderia ter sido maior, com uma surra na decisão.
A conclusão é de que esta viagem para Abu Dhabi deixa uma única certeza: o Colorado precisa se remodelar para 2011. O que não pode acontecer é a goleada contra os sul-coreanos maquiar esta realidade. Nenhum dos quatro tentos marcados pode anular o insucesso. E o pior é que as primeiras sinalizações não demonstram esta percepção pela diretoria. Fernando Carvalho já deu indícios de que renovará o contrato de Celso Roth, Alecsandro encerrou o ano como artilheiro da equipe e a soberba ainda está presente em alguns discursos. A lição, parece, não foi aprendida.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O verdadeiro Absoluto
Foto: Karim Jaafar (Fifa.com)
A concentração colorada nos Emirados Árabes pode ser considerada um balde de pólvora. Basta riscar um único fósforo para que tudo exploda de uma hora para outra. Exemplo disso foi a declaração do zagueiro Lúcio (ex-Inter de Porto Alegre e atualmente no xará de Milão), que declarou como desrespeitosa para com os adversários a despedida que os brasileiros tiveram do Beira-Rio. Bastou esta crítica para que os jogadores vermelhos, liderados por Bolivar, dessem respostas atravessadas. No entanto, Lúcio não deixa de ter razão. Para quem não lembra, antes de embarcar para o Oriente Médio, os atletas colorados estiveram presentes em uma festa, que entrou até mesmo para o Guiness Book. Às vésperas de uma "guerra", o Colorado decidiu apresentar um filme sobre a conquista da América - intitulado "Absoluto". Agora, uma semana depois, terá uma lição sobre o verdadeiro absoluto.
Pense na bandeira da Coreia do Sul - país do Seongnam, clube que enfrenatará o Inter na disputa do 3º lugar do Mundial. É uma tela branca, com um círculo no meio dividido em duas cores; curiosamente, o vermelho e o azul. Este símbolo, na realidade, representa o "Absoluto". As divisões, por sua vez, são o Ying e Yang. Ou melhor, as dualidades presentes na vida: o fogo e a água, a luz e a escuridão, a vida e a morte, e (por que não?) a vitória e a derrota. E por aí passará a última partida dos colorados em Abu Dhabi.
Depois de cair diante do Todo Poderoso Mazembe (como eles mesmo se intitulam), o Inter deve ter aprendido a olhar o inimigo com maior respeito. Apesar de ter se autoproclamado Absoluto, antes de deixar Porto Alegre, o Colorado estará diante do verdadeiro absoluto neste sábado: o Absoluto asiático. Se somente uma vitória diante do Seongnam devolverá a dignidade aos vermelhos, saiba que o conceito de dignidade é difundido a muito mais tempo na Ásia. Ou você acha que os sul-coreanos também não querem voltar para casa, ao menos, com a medalha de bronze? Quando saiu dizendo que voltaria com o bi-Mundial, mal sabia o Inter que estava viajando para ter uma lição de humildade. Espero, tenha aprendido.
A concentração colorada nos Emirados Árabes pode ser considerada um balde de pólvora. Basta riscar um único fósforo para que tudo exploda de uma hora para outra. Exemplo disso foi a declaração do zagueiro Lúcio (ex-Inter de Porto Alegre e atualmente no xará de Milão), que declarou como desrespeitosa para com os adversários a despedida que os brasileiros tiveram do Beira-Rio. Bastou esta crítica para que os jogadores vermelhos, liderados por Bolivar, dessem respostas atravessadas. No entanto, Lúcio não deixa de ter razão. Para quem não lembra, antes de embarcar para o Oriente Médio, os atletas colorados estiveram presentes em uma festa, que entrou até mesmo para o Guiness Book. Às vésperas de uma "guerra", o Colorado decidiu apresentar um filme sobre a conquista da América - intitulado "Absoluto". Agora, uma semana depois, terá uma lição sobre o verdadeiro absoluto.
Pense na bandeira da Coreia do Sul - país do Seongnam, clube que enfrenatará o Inter na disputa do 3º lugar do Mundial. É uma tela branca, com um círculo no meio dividido em duas cores; curiosamente, o vermelho e o azul. Este símbolo, na realidade, representa o "Absoluto". As divisões, por sua vez, são o Ying e Yang. Ou melhor, as dualidades presentes na vida: o fogo e a água, a luz e a escuridão, a vida e a morte, e (por que não?) a vitória e a derrota. E por aí passará a última partida dos colorados em Abu Dhabi.
Depois de cair diante do Todo Poderoso Mazembe (como eles mesmo se intitulam), o Inter deve ter aprendido a olhar o inimigo com maior respeito. Apesar de ter se autoproclamado Absoluto, antes de deixar Porto Alegre, o Colorado estará diante do verdadeiro absoluto neste sábado: o Absoluto asiático. Se somente uma vitória diante do Seongnam devolverá a dignidade aos vermelhos, saiba que o conceito de dignidade é difundido a muito mais tempo na Ásia. Ou você acha que os sul-coreanos também não querem voltar para casa, ao menos, com a medalha de bronze? Quando saiu dizendo que voltaria com o bi-Mundial, mal sabia o Inter que estava viajando para ter uma lição de humildade. Espero, tenha aprendido.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Nada de turismo para o Grêmio
Foto: liverpool.deuruguay.com.uy
Nem as vinícolas de Bento Gonçalves, muito menos os freeshops de Rivera. Nenhum dos pontos turísticos receberá a delegação gremista em 2011. Definitivamente, o Tricolor Gaúcho entra na temporada disposto a levar um título para casa. Qualquer que seja o sinal de possível distração, e que possa atrapalhar os planos do Grêmio, é rechaçado imediatamente pela diretoria. Se bem que, em um caso específico, os dirigentes tinham a expectativa de enfrentar o Liverpool, do Uruguai, pela Pré-Libertadores, na fronteira com Santanna do Livramento.
Seria algo semelhante ao que conseguiu fazer o Internacional neste ano, quando encarou o Cerro, de Montevidéu, no estádio Atílio Paiva, em Rivera. Porém, o Grêmio não teve o mesmo sucesso. O adversário desta vez não abriu mão de jogar diante da sua torcida, na capital uruguaia. No entanto, nem mesmo na própria casa a partida será disputada. Isso porque o estádio Belvedere, casa do Liverpool (e local onde a Seleção Uruguaia estreou a clássica camisa celeste, em 1910), tem capacidade para pouco mais de 6 mil torcedores. Como se sabe, a Conmebol não permite jogos desta importância em locais com capacidade inferior a 20 mil pessoas, então o jogo acontecerá no Centenário ou Parque Central. A única certeza que se tem é que a vaga será decidida no Olímpico, em Porto Alegre.
De certa maneira, a ação dos uruguaios até beneficia o time do Grêmio. Já que a justificativa para a delegação não ir a Bento Gonçalves foi dar maior privacidade a Renato Portaluppi e seus comandados, Rivera poderia fazer mal. Imagine a festa que os torcedores da região Sul do Estado não fariam ao ver o time do coração na cidade. Pois vá além, e imagine se esse clima contagiasse tanto que fosse motivo de desconcentração! Aí, a tão comemorada vaga poderia cair antes mesmo de virar realidade. E se o Mazembe foi piada no Olímpico durante esta semana, o Liverpool uruguaio seria a menina dos olhos do Beira-Rio. Então, em 2011, nada de turismo para o Grêmio!
Nem as vinícolas de Bento Gonçalves, muito menos os freeshops de Rivera. Nenhum dos pontos turísticos receberá a delegação gremista em 2011. Definitivamente, o Tricolor Gaúcho entra na temporada disposto a levar um título para casa. Qualquer que seja o sinal de possível distração, e que possa atrapalhar os planos do Grêmio, é rechaçado imediatamente pela diretoria. Se bem que, em um caso específico, os dirigentes tinham a expectativa de enfrentar o Liverpool, do Uruguai, pela Pré-Libertadores, na fronteira com Santanna do Livramento.
Seria algo semelhante ao que conseguiu fazer o Internacional neste ano, quando encarou o Cerro, de Montevidéu, no estádio Atílio Paiva, em Rivera. Porém, o Grêmio não teve o mesmo sucesso. O adversário desta vez não abriu mão de jogar diante da sua torcida, na capital uruguaia. No entanto, nem mesmo na própria casa a partida será disputada. Isso porque o estádio Belvedere, casa do Liverpool (e local onde a Seleção Uruguaia estreou a clássica camisa celeste, em 1910), tem capacidade para pouco mais de 6 mil torcedores. Como se sabe, a Conmebol não permite jogos desta importância em locais com capacidade inferior a 20 mil pessoas, então o jogo acontecerá no Centenário ou Parque Central. A única certeza que se tem é que a vaga será decidida no Olímpico, em Porto Alegre.
De certa maneira, a ação dos uruguaios até beneficia o time do Grêmio. Já que a justificativa para a delegação não ir a Bento Gonçalves foi dar maior privacidade a Renato Portaluppi e seus comandados, Rivera poderia fazer mal. Imagine a festa que os torcedores da região Sul do Estado não fariam ao ver o time do coração na cidade. Pois vá além, e imagine se esse clima contagiasse tanto que fosse motivo de desconcentração! Aí, a tão comemorada vaga poderia cair antes mesmo de virar realidade. E se o Mazembe foi piada no Olímpico durante esta semana, o Liverpool uruguaio seria a menina dos olhos do Beira-Rio. Então, em 2011, nada de turismo para o Grêmio!
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
2011 é logo ali
Foto: gremio.net
Tanto faz (Inter de Milão ou Seongnam), qualquer um que fosse o vencedor do confronto, os colorados poucos ligaram. A derrota diante do Mazembe obrigou o Internacional a pensar no próximo ano. Antes de retornar a Porto Alegre, o time ainda disputará o terceiro lugar no sábado. Mas, por mais que tente, o clube já está com a cabeça em 2011.
O primeiro passo da diretoria é remontar o elenco. Alguns nomes devem ser revistos dentro do Beira-Rio. Começando pelo técnico Celso Roth, que foi mais uma vez do céu ao inferno nesta temporada. Aliás, se diz que, quanto mais alto sobe, maior é a queda. E, pelo que parece, o contrato do comandante não deve ser renovado neste final de dezembro. Abel Braga, Dorival Júnior e até mesmo Dunga começam a surgir no horizonte vermelho. Além do treinador, os dirigentes devem olhar com carinho dois setores fundamentais em um time de futebol: o goleiro e o centroavante. Nem Renan, muito menos Alecsandro, passaram confiança para os torcedores durante 2010. Até mesmo uma renovação da dupla de zaga não está descartada! O certo é que o Inter terá de mexer as estruturas, pois terá outra Libertadores e uma Recopa pela frente.
E, quem chega forte para a próxima temporada é justamente o rival Grêmio. Depois da ressurreição no Brasileirão, o Tricolor entra com os dois pés em 2011. Na noite desta quarta-feira, Duda Kroeff passou oficialmente a presidência do clube para as mãos de Paulo Odone (foto). Desta maneira, em poucas horas começarão a pipocar nomes de contratações, renovações e dispensas para o elenco. Inclusive, já no final de janeiro, o time estreia na Pré-Libertadores, contra o Liverpool do Uruguai. Por isso, Renato Portaluppi e a direção já decidiram que, desta vez, a pré-temporada não será em Bento Gonçalves. A preparação será em Porto Alegre e no Centro de Treinamentos, em Eldorado do Sul. Enfim, 2011 é logo ali.
Tanto faz (Inter de Milão ou Seongnam), qualquer um que fosse o vencedor do confronto, os colorados poucos ligaram. A derrota diante do Mazembe obrigou o Internacional a pensar no próximo ano. Antes de retornar a Porto Alegre, o time ainda disputará o terceiro lugar no sábado. Mas, por mais que tente, o clube já está com a cabeça em 2011.
O primeiro passo da diretoria é remontar o elenco. Alguns nomes devem ser revistos dentro do Beira-Rio. Começando pelo técnico Celso Roth, que foi mais uma vez do céu ao inferno nesta temporada. Aliás, se diz que, quanto mais alto sobe, maior é a queda. E, pelo que parece, o contrato do comandante não deve ser renovado neste final de dezembro. Abel Braga, Dorival Júnior e até mesmo Dunga começam a surgir no horizonte vermelho. Além do treinador, os dirigentes devem olhar com carinho dois setores fundamentais em um time de futebol: o goleiro e o centroavante. Nem Renan, muito menos Alecsandro, passaram confiança para os torcedores durante 2010. Até mesmo uma renovação da dupla de zaga não está descartada! O certo é que o Inter terá de mexer as estruturas, pois terá outra Libertadores e uma Recopa pela frente.
E, quem chega forte para a próxima temporada é justamente o rival Grêmio. Depois da ressurreição no Brasileirão, o Tricolor entra com os dois pés em 2011. Na noite desta quarta-feira, Duda Kroeff passou oficialmente a presidência do clube para as mãos de Paulo Odone (foto). Desta maneira, em poucas horas começarão a pipocar nomes de contratações, renovações e dispensas para o elenco. Inclusive, já no final de janeiro, o time estreia na Pré-Libertadores, contra o Liverpool do Uruguai. Por isso, Renato Portaluppi e a direção já decidiram que, desta vez, a pré-temporada não será em Bento Gonçalves. A preparação será em Porto Alegre e no Centro de Treinamentos, em Eldorado do Sul. Enfim, 2011 é logo ali.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Zebra africana
Foto: Reuters
Mazembe! Os colorados jamais esquecerão deste nome. Com camisa preta e branca tal qual uma zebra, o campeão africano resolveu galopar em Abu Dhabi. Determinou o fim do sonho do bi-Mundial para o Inter. O que pode ter acontecido? Soberba? Nervosismo? Culpa do treinador? Falhas do goleiro? Este é mais um capítulo daqueles que o torcedor viverá mais dez anos, vinte anos, um século se perguntando: o que houve com meu time? Pobres colorados que viajaram até os longínquos Emirados Árabes para nada. Gastaram suas economias para nada! É o tal de Mazembe quem está na final do Mundial de Clubes. Está quebrada a escrita entre sul-americanos e europeus!
Jogadores de nomes impronunciáveis foram os algozes do Internacional. Ninguém acreditava, mas a camisa do Mazembe acusava que ali estava a zebra africana. No entanto, o Inter apenas experimentou a velha frase: "um dia é da caça, o outro do caçador". Os congoleses utilizaram a mesma tática que Abel Braga escolheu para derrotar o Barcelona em 2006. Ronaldinho e Cia acreditavam que voltariam para a Espanha com a taça de campeão, bem como D'Alessandro e os outros achavam que chegariam à final do Mundial de Clubes. A vitória foi do time que se resguardou e deixou a festa para o fim. O goleiro Kidiaba é a prova máxima - fechou o gol durante a partida e realizou a sua dança estranha após o apito final.
Para o torcedor acostumado com títulos nos últimos anos, só restou chorar. Para o colorado antigo, ficou o cheiro de anos 90 no ar. A derrota diante do Mazembe tem o mesmo aroma dos insucessos contra o Bragantino, Remo, Juventude, enfim. Nem a lista de coincidências elaboradas desde o final do ano passado salvou o clube gaúcho. E quem comemorou mesmo foram os gremistas, que viram o quadro de títulos mundiais seguir intacto na rivalidade Gre-Nal: 1 a 1. Mas, a pergunta que não quer calar é: por que os times de Celso Roth perdem o gás na hora H?
Mazembe! Os colorados jamais esquecerão deste nome. Com camisa preta e branca tal qual uma zebra, o campeão africano resolveu galopar em Abu Dhabi. Determinou o fim do sonho do bi-Mundial para o Inter. O que pode ter acontecido? Soberba? Nervosismo? Culpa do treinador? Falhas do goleiro? Este é mais um capítulo daqueles que o torcedor viverá mais dez anos, vinte anos, um século se perguntando: o que houve com meu time? Pobres colorados que viajaram até os longínquos Emirados Árabes para nada. Gastaram suas economias para nada! É o tal de Mazembe quem está na final do Mundial de Clubes. Está quebrada a escrita entre sul-americanos e europeus!
Jogadores de nomes impronunciáveis foram os algozes do Internacional. Ninguém acreditava, mas a camisa do Mazembe acusava que ali estava a zebra africana. No entanto, o Inter apenas experimentou a velha frase: "um dia é da caça, o outro do caçador". Os congoleses utilizaram a mesma tática que Abel Braga escolheu para derrotar o Barcelona em 2006. Ronaldinho e Cia acreditavam que voltariam para a Espanha com a taça de campeão, bem como D'Alessandro e os outros achavam que chegariam à final do Mundial de Clubes. A vitória foi do time que se resguardou e deixou a festa para o fim. O goleiro Kidiaba é a prova máxima - fechou o gol durante a partida e realizou a sua dança estranha após o apito final.
Para o torcedor acostumado com títulos nos últimos anos, só restou chorar. Para o colorado antigo, ficou o cheiro de anos 90 no ar. A derrota diante do Mazembe tem o mesmo aroma dos insucessos contra o Bragantino, Remo, Juventude, enfim. Nem a lista de coincidências elaboradas desde o final do ano passado salvou o clube gaúcho. E quem comemorou mesmo foram os gremistas, que viram o quadro de títulos mundiais seguir intacto na rivalidade Gre-Nal: 1 a 1. Mas, a pergunta que não quer calar é: por que os times de Celso Roth perdem o gás na hora H?
domingo, 12 de dezembro de 2010
As diferenças de Lula e Fernando Carvalho
Foto: Gaspar Nóbrega
O que Lula e Fernando Carvalho tem em comum? Bom, ambos conseguiram eleger seus sucessores através das urnas. Agora, imagine se o presidente Lula, de uma hora para outra, resolvesse anunciar que não deixaria o cargo no ano que vem. Muita gente pensaria que estava se ferindo a democracia brasileira e iriam às ruas protestar. Ou ainda, imagine se Dilma Rousseff anunciasse como novo ministro o presidente da República que ajudou a eleger. Até memso assim, os protestos tomariam o país. Pois foi mais ou menos isso que aconteceu no Sport Club Internacional. Após pedido direto dos jogadores, o vice-presidente de futebol, Fernando Carvalho, anunciou que permanecerá no clube em 2011. E, ao contrário do que fariam os eleitores de Dilma, nenhum colorado irá reclamar.
Isso porque Carvalho é para o Inter o que Moisés foi para o povo de Israel. É o divisor de águas, literalmente. Retirou o clube da condição de coadjuvante, para transformá-lo em grande protagonista. Já havia feito em 2006, quando derrotou o poderoso Barcelona em Yokohama, no Japão. Porém, naquela oportunidade, o "presidente" anunciou que se afastaria da direção - assim como fará Lula. Bastaram seis meses de insucesso para que chamassem o velho Carvalho de volta. Neste final de ano, prestes a disputar mais um Mundial de Clubes, o Internacional tratou de garantir que o seu Moisés esteja à frente do vestirário por mais uma temporada.
O único problema é que a permanência de Fernando Carvalho fere uma superstição da torcida. Até agora, tudo que aconteceu em 2006 está se repetindo em 2010. E, para os torcedores, está aí a explicação para o sucesso vermelho. Potanto, anunciando que continuará no clube em 2011, Carvalho está quebrando a lista de coincidências. Será que isso pode interferir no Mundial deste ano? Os gremistas torcem que sim.
O que Lula e Fernando Carvalho tem em comum? Bom, ambos conseguiram eleger seus sucessores através das urnas. Agora, imagine se o presidente Lula, de uma hora para outra, resolvesse anunciar que não deixaria o cargo no ano que vem. Muita gente pensaria que estava se ferindo a democracia brasileira e iriam às ruas protestar. Ou ainda, imagine se Dilma Rousseff anunciasse como novo ministro o presidente da República que ajudou a eleger. Até memso assim, os protestos tomariam o país. Pois foi mais ou menos isso que aconteceu no Sport Club Internacional. Após pedido direto dos jogadores, o vice-presidente de futebol, Fernando Carvalho, anunciou que permanecerá no clube em 2011. E, ao contrário do que fariam os eleitores de Dilma, nenhum colorado irá reclamar.
Isso porque Carvalho é para o Inter o que Moisés foi para o povo de Israel. É o divisor de águas, literalmente. Retirou o clube da condição de coadjuvante, para transformá-lo em grande protagonista. Já havia feito em 2006, quando derrotou o poderoso Barcelona em Yokohama, no Japão. Porém, naquela oportunidade, o "presidente" anunciou que se afastaria da direção - assim como fará Lula. Bastaram seis meses de insucesso para que chamassem o velho Carvalho de volta. Neste final de ano, prestes a disputar mais um Mundial de Clubes, o Internacional tratou de garantir que o seu Moisés esteja à frente do vestirário por mais uma temporada.
O único problema é que a permanência de Fernando Carvalho fere uma superstição da torcida. Até agora, tudo que aconteceu em 2006 está se repetindo em 2010. E, para os torcedores, está aí a explicação para o sucesso vermelho. Potanto, anunciando que continuará no clube em 2011, Carvalho está quebrando a lista de coincidências. Será que isso pode interferir no Mundial deste ano? Os gremistas torcem que sim.
sábado, 11 de dezembro de 2010
Africanos de novo!
Foto: Reuters
A lista de coincidências que liga o Internacional deste ano ao de 2006 ganhou mais um item. A vitória dos congoleses do Mazembe sobre o favorito Pachuca, do México, contribuiu mais ainda para a confiança dos colorados no título mundial: os africanos estão no caminho do Inter de novo! Uma ligação que teve início ainda em 2009, com o vice do Brasileirão, passou pelo gol da estreia de um lateral-direito, expulsão de Tinga contra o São Paulo e todos os demais itens relacionados até agora. Veremos se o confronto contra o Mazembe será recheado de emoção como foi diante do Al-Ahly, há quatro anos. Se bem que, em certos aspectos, os vermelhos preferiam passar em branco nas coincidências.
A primeira delas é o sofrimento que a torcida vermelha passou contra os egípcios em 2006. O gol nos instantes finais do jovem Luiz Adriano bem que poderia ser esquecido na próxima terça-feira, no confronto da semifinal. Até mesmo o gol dos africanos, em uma falha de marcação na cobrança de um lateral, não precisa se repetir. Ainda, para quem não lembra, foi pela semifinal que o lateral Hidalgo sentiu uma lesão na coxa e teve de abandonar o campo. Porém, naquele ano, Rubens Carodoso era o substituto imediato. Desta maneira, acabou, inclusive, jogando a final contra o Barcelona. E desta vez, se Kléber se machucar, quem assume a posição? O garoto Juan? Certamente, os colorados não sentiriam a mesma segurança...
Mas, até mesmo se isso acontecer, a lista das coincidências pode ganhar um novo ponto. O número da camisa de Juan é 16 - a mesma que trajou Adriano Gabirú no decisivo gol diante dos espanhóis. Quem sabe não está aí o novo amuleto colorado?! O zagueiro/lateral, desacreditado por muitos, poderia reeditar a história de quatro anos atrás, encerrando as semelhanças com a campanha de 2010. Torcedor algum iria se opor. No entanto, antes de pensar na final diante da Inter de Milão, os gaúchos terão de projetar o confronto contra o Mazembe - e o seu goleiro maluco.
A lista de coincidências que liga o Internacional deste ano ao de 2006 ganhou mais um item. A vitória dos congoleses do Mazembe sobre o favorito Pachuca, do México, contribuiu mais ainda para a confiança dos colorados no título mundial: os africanos estão no caminho do Inter de novo! Uma ligação que teve início ainda em 2009, com o vice do Brasileirão, passou pelo gol da estreia de um lateral-direito, expulsão de Tinga contra o São Paulo e todos os demais itens relacionados até agora. Veremos se o confronto contra o Mazembe será recheado de emoção como foi diante do Al-Ahly, há quatro anos. Se bem que, em certos aspectos, os vermelhos preferiam passar em branco nas coincidências.
A primeira delas é o sofrimento que a torcida vermelha passou contra os egípcios em 2006. O gol nos instantes finais do jovem Luiz Adriano bem que poderia ser esquecido na próxima terça-feira, no confronto da semifinal. Até mesmo o gol dos africanos, em uma falha de marcação na cobrança de um lateral, não precisa se repetir. Ainda, para quem não lembra, foi pela semifinal que o lateral Hidalgo sentiu uma lesão na coxa e teve de abandonar o campo. Porém, naquele ano, Rubens Carodoso era o substituto imediato. Desta maneira, acabou, inclusive, jogando a final contra o Barcelona. E desta vez, se Kléber se machucar, quem assume a posição? O garoto Juan? Certamente, os colorados não sentiriam a mesma segurança...
Mas, até mesmo se isso acontecer, a lista das coincidências pode ganhar um novo ponto. O número da camisa de Juan é 16 - a mesma que trajou Adriano Gabirú no decisivo gol diante dos espanhóis. Quem sabe não está aí o novo amuleto colorado?! O zagueiro/lateral, desacreditado por muitos, poderia reeditar a história de quatro anos atrás, encerrando as semelhanças com a campanha de 2010. Torcedor algum iria se opor. No entanto, antes de pensar na final diante da Inter de Milão, os gaúchos terão de projetar o confronto contra o Mazembe - e o seu goleiro maluco.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
A alma é castelhana
Foto: Ole.com.ar
Os gremistas comprovaram que têm o sangue portenho nas veias. Não à toa, a Geral do Grêmio (famosa torcida), antigamente, se chamava "Alma Castelhana". Como diria o nosso presidente Lula, "nunca antes na história deste país" se comemorou tanto um título argentino. Graças à conquista do Independiente sobre o Goiás, o Tricolor Gaúcho ocupará a última vaga destinada aos brasileiros na Libertadores de 2011. Buenos Aires e Porto Alegre ficaram próximas, quase vizinhas, na madrugada desta quinta-feira.
No entanto, o que se é de lamentar é o fato de um clube tão vitorioso como o Grêmio limitar seus torcedores a comemorações alheias. Sim, pois a festa que tomou as ruas do Rio Grande do Sul nada mais foi do que um desabafo contido. Campeão de fato foram os argentinos, apelidados de "Rei de Copas", que guardou a taça da Sul-Americana no armário. No Olímpico, consta apenas um espaço vazio desde 1996 - ano da última conquista internacional do Grêmio. O que se garantiu foi apenas uma vaga para o torneio do ano que vem (igual ao que se fez em 2006 e 2008).
Mas, pode ser que, desta vez, contagiado pelo espírito do ídolo Renato Portaluppi, o clube renasça para as glórias. Somente a perspectiva de um 2011 vitorioso levou os torcedores à rua. Melhor se, na prática, as comemorações forem acompanhadas de troféus. A partir de então, as almas que gritaram os feitos castelhanos nesta quinta, poderão voltar a sentir orgulho da própria vitória.
Os gremistas comprovaram que têm o sangue portenho nas veias. Não à toa, a Geral do Grêmio (famosa torcida), antigamente, se chamava "Alma Castelhana". Como diria o nosso presidente Lula, "nunca antes na história deste país" se comemorou tanto um título argentino. Graças à conquista do Independiente sobre o Goiás, o Tricolor Gaúcho ocupará a última vaga destinada aos brasileiros na Libertadores de 2011. Buenos Aires e Porto Alegre ficaram próximas, quase vizinhas, na madrugada desta quinta-feira.
No entanto, o que se é de lamentar é o fato de um clube tão vitorioso como o Grêmio limitar seus torcedores a comemorações alheias. Sim, pois a festa que tomou as ruas do Rio Grande do Sul nada mais foi do que um desabafo contido. Campeão de fato foram os argentinos, apelidados de "Rei de Copas", que guardou a taça da Sul-Americana no armário. No Olímpico, consta apenas um espaço vazio desde 1996 - ano da última conquista internacional do Grêmio. O que se garantiu foi apenas uma vaga para o torneio do ano que vem (igual ao que se fez em 2006 e 2008).
Mas, pode ser que, desta vez, contagiado pelo espírito do ídolo Renato Portaluppi, o clube renasça para as glórias. Somente a perspectiva de um 2011 vitorioso levou os torcedores à rua. Melhor se, na prática, as comemorações forem acompanhadas de troféus. A partir de então, as almas que gritaram os feitos castelhanos nesta quinta, poderão voltar a sentir orgulho da própria vitória.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Quase um Gre-Nal
Foto: Jefferson Bernardes
Torcedores de Inter e Grêmio estarão sentados em frente a televisão nesta quarta-feira. A decisão da Copa Sul-Americana fará com que gaúchos, sejam azuis ou vermelhos, estejam de olhos colados no campo. O Grêmio, como se sabe, tem grande interesse, já que se o Goiás for o campeão, a quarta vaga do Brasileirão morre. Ou seja, Renato Portaluppi e seus comandados terão de focar a Copa do Brasil e a Libertadores de 2012. Naturalmente, os colorados estarão do lado oposto. E nem precisarão fazer esforço, pois o Independiente é da Argentina, rival natural dos brasileiros. Porém, o que poucos colorados se deram conta é que, deste confronto, sairá um dos adversários do Inter no ano que vem.
Como atual campeão da América, o Internacional definirá pela terceira vez em sua história o troféu da Recopa. Em 2007, uma goleada de 4 a 1 contra o Pachuca deixou a taça no armário do Beira-Rio. Em 2009, os vermelhos (então campeões da Sul-Americana) foram surrados pela LDU nos dois confrontos e perderam a disputa. Em 2011, qual será o inimigo? O Goiás, rebaixado para a Série B do Brasileiro, ou o tradicional Independiente, maior vencedor de Libertadores? A sanidade manda que o Inter torça para o teoricamente mais fraco. Portanto, colorados torcerão para o clube goiano de todo o coração. Resta saber se os brasileiros terão força para suportar a raça dos castelhanos, em Avellaneda.
Será quase um Gre-Nal! Aliás, Inter e Grêmio já se enfrentaram nesta competição duas vezes - em 2004 e 2008 (foto) -, porém, em fases nacionais, com duas classificações coloradas. Mas, para os fanáticos que gostariam de assistir a um clássico gaúcho na final de um torneio continental, será um prato cheio de emoções. Se dentro de campo não estarão as camisas vermelha e tricolor, aqui, no Rio Grande do Sul, as atenções estarão divididas como sempre.
Torcedores de Inter e Grêmio estarão sentados em frente a televisão nesta quarta-feira. A decisão da Copa Sul-Americana fará com que gaúchos, sejam azuis ou vermelhos, estejam de olhos colados no campo. O Grêmio, como se sabe, tem grande interesse, já que se o Goiás for o campeão, a quarta vaga do Brasileirão morre. Ou seja, Renato Portaluppi e seus comandados terão de focar a Copa do Brasil e a Libertadores de 2012. Naturalmente, os colorados estarão do lado oposto. E nem precisarão fazer esforço, pois o Independiente é da Argentina, rival natural dos brasileiros. Porém, o que poucos colorados se deram conta é que, deste confronto, sairá um dos adversários do Inter no ano que vem.
Como atual campeão da América, o Internacional definirá pela terceira vez em sua história o troféu da Recopa. Em 2007, uma goleada de 4 a 1 contra o Pachuca deixou a taça no armário do Beira-Rio. Em 2009, os vermelhos (então campeões da Sul-Americana) foram surrados pela LDU nos dois confrontos e perderam a disputa. Em 2011, qual será o inimigo? O Goiás, rebaixado para a Série B do Brasileiro, ou o tradicional Independiente, maior vencedor de Libertadores? A sanidade manda que o Inter torça para o teoricamente mais fraco. Portanto, colorados torcerão para o clube goiano de todo o coração. Resta saber se os brasileiros terão força para suportar a raça dos castelhanos, em Avellaneda.
Será quase um Gre-Nal! Aliás, Inter e Grêmio já se enfrentaram nesta competição duas vezes - em 2004 e 2008 (foto) -, porém, em fases nacionais, com duas classificações coloradas. Mas, para os fanáticos que gostariam de assistir a um clássico gaúcho na final de um torneio continental, será um prato cheio de emoções. Se dentro de campo não estarão as camisas vermelha e tricolor, aqui, no Rio Grande do Sul, as atenções estarão divididas como sempre.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Seleção da Lupa no Brasileirão 2010
Encerrado o Brasileirão 2010, a Lupa no Gramado traz uma Seleção do campeonato. A lista dos onze poderia ter uma penca de jogadores gremistas (principalmente no segundo turno). Mas, levou-se em consideração a continuidade no certame. Como deu para perceber, este ano marcou a invasão dos argentinos no Brasil. Porém, mais do que isso, determinou o sobressalto dos meio-campistas sobre os atacantes. Muitas vezes, eles eram os goleadores de suas equipes. Portanto, o esquema tático escolhido é o 4-5-1. O mesmo utilizado pelo Inter bicampeão da América e pela Espanha campeã do Mundo. De certa forma, é uma homenagem ao retorno da criatividade ao futebol.
Goleiro: Victor (Grêmio) - Nem deveria ser outro! Além de se afirmar na Seleção Brasileira de Mano Menezes, virou um grande "pegador" de pênaltis na edição deste ano.
Lateral-direito: Mariano (Fluminense) - Ganhou uma briga direta com o experiente Beletti e se adonou na briga pela camisa 2 do clube campeão brasileiro.
Zagueiros: Gum (Fluminense) - Foi o mesmo guerreiro do ano passado, que jogava até de cabeça enfaixada. Nem sempre apresenta qualidade, mas garra sempre!
Chicão (Corinthians) - É a voz de experiência na retaguarda corintiana. Além disso, bate faltas e pênaltis.
Lateral-esquerdo: Kléber (Inter) - Já havia sido exuberante na Libertadores. Pelo Brasileirão, cansou de deixar os parceiros na cara do gol adversário.
Volantes: Jucilei (Corinthians) - Ganhou destaque ao ser chamado por Mano na primeira convocação e mostrou personalidade durante o campeonato.
Elias (Corinthians) - Peça fundamental no meio-campo do time paulista, era muitas vezes o elemento surpresa no ataque.
Meias: Paulo Baier (Atlético-PR) - Há quem prefira Douglas, do Grêmio. No entanto, o rubro-negro consegue ser como vinho: quanto mais velho, melhor!
Montillo (Cruzeiro) - Brigou direto com o conterrâneo D'Alessandro pela camisa 10 da Seleção. No entanto, foi mais decisivo que o colorado.
Técnico: Renato Portaluppi (Grêmio) - Retirou uma equipe morimbunda da zona do rebaixamento e levou ao G-4 (quem sabe à Libertadores). Nem mesmo o tetracampeonato de Muricy Ramalho tira o troféu do eterno ídolo gremista.
Goleiro: Victor (Grêmio) - Nem deveria ser outro! Além de se afirmar na Seleção Brasileira de Mano Menezes, virou um grande "pegador" de pênaltis na edição deste ano.
Lateral-direito: Mariano (Fluminense) - Ganhou uma briga direta com o experiente Beletti e se adonou na briga pela camisa 2 do clube campeão brasileiro.
Zagueiros: Gum (Fluminense) - Foi o mesmo guerreiro do ano passado, que jogava até de cabeça enfaixada. Nem sempre apresenta qualidade, mas garra sempre!
Chicão (Corinthians) - É a voz de experiência na retaguarda corintiana. Além disso, bate faltas e pênaltis.
Lateral-esquerdo: Kléber (Inter) - Já havia sido exuberante na Libertadores. Pelo Brasileirão, cansou de deixar os parceiros na cara do gol adversário.
Volantes: Jucilei (Corinthians) - Ganhou destaque ao ser chamado por Mano na primeira convocação e mostrou personalidade durante o campeonato.
Elias (Corinthians) - Peça fundamental no meio-campo do time paulista, era muitas vezes o elemento surpresa no ataque.
Meias: Paulo Baier (Atlético-PR) - Há quem prefira Douglas, do Grêmio. No entanto, o rubro-negro consegue ser como vinho: quanto mais velho, melhor!
Conca (Fluminense) - Grande nome do clube carioca. Quando as estrelas Fred, Emerson e Deco tombaram com lesões, foi o argentino quem segurou as pontas.
Montillo (Cruzeiro) - Brigou direto com o conterrâneo D'Alessandro pela camisa 10 da Seleção. No entanto, foi mais decisivo que o colorado.
Jonas (Grêmio) - Artilheiro isoladíssimo do certame, o tricolor se basta na frente. Nem é necessário um companheiro de ataque.
Técnico: Renato Portaluppi (Grêmio) - Retirou uma equipe morimbunda da zona do rebaixamento e levou ao G-4 (quem sabe à Libertadores). Nem mesmo o tetracampeonato de Muricy Ramalho tira o troféu do eterno ídolo gremista.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Agora depende dos argentinos
Foto: Uol.com.br
O torcedor gremista é assumidamente simpatizante da "hinchada" portenha. Dos cânticos que vem das arquibancadas até as cores da camisa, o clube carrega semelhanças com argentinos e uruguaios. Agora, mais do que nunca, o Grêmio se agarra aos hermanos. Só com a conquista da Sul-Americana pelo Independiente, superando o Goiás, o Tricolor retornará a Libertadores da América. Isso porque neste domingo fez a sua parte.
O Botafogo não foi o bastante para o Grêmio. Bastava um empate para assegurar a quarta posição na tabela, mas os jogadores não quiseram saber de conversa. Ao estilo Renato, André Lima, Jonas e Douglas patrolaram o adversário, sacramentando o 3 a 0 no placar. A vitória que encerra a exuberante recuperação do time no campeonato nacional. Aliás, fosse considerado apenas o segundo turno, o Grêmio seria o campeão com 43 pontos (seis a mais que o vice, Cruzeiro). Ou seja, estivesse na Argentina, os comandados de Renato eram campeões do Clausura. Porém, estamos no Brasileirão, e aí a história condecorou o mestre dos pontos corridos Muricy Ramalho.
No entanto, os gremistas não têm do que reclamar. Para quem tinha perspectivas de uma luta contra o rebaixamento, o momento é mágico. E mesmo que não esteja na Libertadores do ano que vem, o Grêmio já larga favorito para a Copa do Brasil. Mas, se contar com uma mãozinha dos argentinos na quarta-feira, aí sim, os gremistas podem começar a se empolgar com um 2011 cheio de emoções. Seja no Brasil, Argentina ou América Latina inteira, ninguém joga melhor que o time de Renato neste momento.
O torcedor gremista é assumidamente simpatizante da "hinchada" portenha. Dos cânticos que vem das arquibancadas até as cores da camisa, o clube carrega semelhanças com argentinos e uruguaios. Agora, mais do que nunca, o Grêmio se agarra aos hermanos. Só com a conquista da Sul-Americana pelo Independiente, superando o Goiás, o Tricolor retornará a Libertadores da América. Isso porque neste domingo fez a sua parte.
O Botafogo não foi o bastante para o Grêmio. Bastava um empate para assegurar a quarta posição na tabela, mas os jogadores não quiseram saber de conversa. Ao estilo Renato, André Lima, Jonas e Douglas patrolaram o adversário, sacramentando o 3 a 0 no placar. A vitória que encerra a exuberante recuperação do time no campeonato nacional. Aliás, fosse considerado apenas o segundo turno, o Grêmio seria o campeão com 43 pontos (seis a mais que o vice, Cruzeiro). Ou seja, estivesse na Argentina, os comandados de Renato eram campeões do Clausura. Porém, estamos no Brasileirão, e aí a história condecorou o mestre dos pontos corridos Muricy Ramalho.
No entanto, os gremistas não têm do que reclamar. Para quem tinha perspectivas de uma luta contra o rebaixamento, o momento é mágico. E mesmo que não esteja na Libertadores do ano que vem, o Grêmio já larga favorito para a Copa do Brasil. Mas, se contar com uma mãozinha dos argentinos na quarta-feira, aí sim, os gremistas podem começar a se empolgar com um 2011 cheio de emoções. Seja no Brasil, Argentina ou América Latina inteira, ninguém joga melhor que o time de Renato neste momento.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
O Inter vai, mas os espiões ficam
Foto: Alexandre Lops
Depois de vencer por 3 a 0 o Prudente, os jogadores do Internacional podem tirar um descanso. Agora, só voltam a jogar no dia 14, já pela semifinal do Mundial de Clubes. Porém, os torcedores não poderão tirar folga do futebol. Aliás, nem só os torcedores, mas alguns ex-jogadores também seguirão presntado serviços ao Colorado. Velhos companheiros, que levantaram taças no Beira-Rio, ficarão uma semana em trabalho de espionagem: Danny Morais e Marcão (foto).
O primeiro conseguiu aparecer em títulos importantes como a Copa Sul-Americana, Copa Dubai e Campeonato Gaúcho. No entanto, disputava vaga com Índio, Bolívar e Sorondo. Por isso, acabou sendo emprestado ao Botafogo. Neste domingo, ele terá que provar que ainda corre sangue vermelho em suas veias. Ao lado de outros ex-colorados, como Marcelo Cordeiro e Leandro Guerreiro, pisará no estádio Olímpico, duelando por uma vaga direta no G-4 com o arquirrival Grêmio. Não basta empatar. Somente uma vitória do Botafogo, de Danny Morais, retira o Tricolor dos quatro primeiros do campeonato. Mesmo assim, se o jovem zagueiro falhar, o Inter tem mais uma carta na manga.
Antigo lateral do Colorado, Marcão é a esperança final contra a revolução de Renato Portaluppi. Com as cores do Goiás, somente Marcão pode liderar seus companheiros a favor da ideologia colorada - ou melhor, na contramão dos interesses gremistas. Um título na Sul-Americana, na próxima quarta-feira, contra o Independiente, diminui a vaga dos brasileiros na Libertadores para três. Assim, Marcão estará deixando de fora o antigo inimigo de Porto Alegre. Enfim, os colorados já estão de malas prontas, mas não esqueceram de deixar espiões no Brasil. Tudo por uma viagem mais tranquila para Abu Dhabi. Depois, será a vez dos gremistas secarem o rival à distância.
Depois de vencer por 3 a 0 o Prudente, os jogadores do Internacional podem tirar um descanso. Agora, só voltam a jogar no dia 14, já pela semifinal do Mundial de Clubes. Porém, os torcedores não poderão tirar folga do futebol. Aliás, nem só os torcedores, mas alguns ex-jogadores também seguirão presntado serviços ao Colorado. Velhos companheiros, que levantaram taças no Beira-Rio, ficarão uma semana em trabalho de espionagem: Danny Morais e Marcão (foto).
O primeiro conseguiu aparecer em títulos importantes como a Copa Sul-Americana, Copa Dubai e Campeonato Gaúcho. No entanto, disputava vaga com Índio, Bolívar e Sorondo. Por isso, acabou sendo emprestado ao Botafogo. Neste domingo, ele terá que provar que ainda corre sangue vermelho em suas veias. Ao lado de outros ex-colorados, como Marcelo Cordeiro e Leandro Guerreiro, pisará no estádio Olímpico, duelando por uma vaga direta no G-4 com o arquirrival Grêmio. Não basta empatar. Somente uma vitória do Botafogo, de Danny Morais, retira o Tricolor dos quatro primeiros do campeonato. Mesmo assim, se o jovem zagueiro falhar, o Inter tem mais uma carta na manga.
Antigo lateral do Colorado, Marcão é a esperança final contra a revolução de Renato Portaluppi. Com as cores do Goiás, somente Marcão pode liderar seus companheiros a favor da ideologia colorada - ou melhor, na contramão dos interesses gremistas. Um título na Sul-Americana, na próxima quarta-feira, contra o Independiente, diminui a vaga dos brasileiros na Libertadores para três. Assim, Marcão estará deixando de fora o antigo inimigo de Porto Alegre. Enfim, os colorados já estão de malas prontas, mas não esqueceram de deixar espiões no Brasil. Tudo por uma viagem mais tranquila para Abu Dhabi. Depois, será a vez dos gremistas secarem o rival à distância.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Terá um novo Rentería em Prudente?
Foto: Arquivo S.C. Internacional
Nesta quinta-feira, o Inter pisa pela última vez em um gramado brasileiro antes de embarcar para Abu Dhabi. O termo "treino de luxo" já vem sendo utilizado para denominar o enfrentamento contra o Prudente, fora de casa. O papel de coadjuvante exercido pelo Inter no Brasileirão, e o rebaixamento precoce do time paulista, contribuíram para a transformação da partida em amistoso. Porém, não se espante com um placar contrário para os campeões da América. Ou pior, com uma baixa de última hora para o Mundial de Clubes. É um risco que se corre. Aliás, que já se correu e se pagou caro.
Ao escalar os titulares, Celso Roth corre o mesmo risco que decidiu correr Abel Braga, há quatro anos. Naquele ano, exatamente como agora, o Internacional chegava na última rodada do certame apenas cumprindo tabela. O inimigo da vez era o Goiás (este mesmo Goiás que hoje secam os gremistas). O clima era de festa no Beira-Rio, que esperava por uma vitória de despedida antes do embarque ao Japão. Que nada! Os goianos estavam a 100 km/h, enquanto os vermelhos não pensavam noutra coisa senão na viagem para Tóquio. O resultado foi um vexame de 4 a 1. E, pior que isso, serviu para retirar o atacante Rentería (foto) da lista do Mundial. Com uma torção no tornozelo, o colombiano foi cortado, e o jovem Léo convocado às pressas um dia depois. Por um lance desastroso, os colorados não puderam ter a chance de ver o folclórico Saci em terras japonesas. Por sorte, não impediu o título diante do Barcelona.
E agora, em Presidente Prudente, terá um novo Rentería? Alguém sofrerá lesão às portas de disputar o torneio? E se o cortado for um talismã, como era o colombiano? Giuliano, Andrezinho, Damião... ninguém está livre! Por isso, é melhor os colorados rezarem para que, dos males, venha o menor. É preferível sofrer uma goleada para o lanterna, do que perder um atleta nesta hora decisiva. É preciso torcer para que o Prudente não resolva ser o Goiás - ou melhor ainda, neste ano ter os goianos como aliados, contra uma possível classificação do Grêmio para a Libertadores do ano que vem.
Nesta quinta-feira, o Inter pisa pela última vez em um gramado brasileiro antes de embarcar para Abu Dhabi. O termo "treino de luxo" já vem sendo utilizado para denominar o enfrentamento contra o Prudente, fora de casa. O papel de coadjuvante exercido pelo Inter no Brasileirão, e o rebaixamento precoce do time paulista, contribuíram para a transformação da partida em amistoso. Porém, não se espante com um placar contrário para os campeões da América. Ou pior, com uma baixa de última hora para o Mundial de Clubes. É um risco que se corre. Aliás, que já se correu e se pagou caro.
Ao escalar os titulares, Celso Roth corre o mesmo risco que decidiu correr Abel Braga, há quatro anos. Naquele ano, exatamente como agora, o Internacional chegava na última rodada do certame apenas cumprindo tabela. O inimigo da vez era o Goiás (este mesmo Goiás que hoje secam os gremistas). O clima era de festa no Beira-Rio, que esperava por uma vitória de despedida antes do embarque ao Japão. Que nada! Os goianos estavam a 100 km/h, enquanto os vermelhos não pensavam noutra coisa senão na viagem para Tóquio. O resultado foi um vexame de 4 a 1. E, pior que isso, serviu para retirar o atacante Rentería (foto) da lista do Mundial. Com uma torção no tornozelo, o colombiano foi cortado, e o jovem Léo convocado às pressas um dia depois. Por um lance desastroso, os colorados não puderam ter a chance de ver o folclórico Saci em terras japonesas. Por sorte, não impediu o título diante do Barcelona.
E agora, em Presidente Prudente, terá um novo Rentería? Alguém sofrerá lesão às portas de disputar o torneio? E se o cortado for um talismã, como era o colombiano? Giuliano, Andrezinho, Damião... ninguém está livre! Por isso, é melhor os colorados rezarem para que, dos males, venha o menor. É preferível sofrer uma goleada para o lanterna, do que perder um atleta nesta hora decisiva. É preciso torcer para que o Prudente não resolva ser o Goiás - ou melhor ainda, neste ano ter os goianos como aliados, contra uma possível classificação do Grêmio para a Libertadores do ano que vem.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Na 2ª Divisão da América
Foto: Alexandre Lops
As pessoas não cuidam muito o que dizem. Certa vez, o presidente do Grêmio, Duda Kroeff, declarou a um jornal chileno que a Copa Sul-Americana era a segunda divisão da Libertadores. A ocasião era oportuna, pois o rival Inter recém havia conquistado este título. Agora, o dirigente estará ligado na competição se quiser que o G-4 do Brasileirão ainda exista. Nesta quarta, Goiás e Independiente fazem o primeiro duelo da final. E um jogador em especial sofrerá com a secação do presidente gremista pela segunda vez.
Em 2008, Marcão era o titular da lateral-esquerda do Internacional na conquista sobre o Estudiantes (foto). Por opção do técnico Tite, formava com Bolívar, Índio e Álvaro uma linha de quatro zagueiros na defesa colorada. Colocou Gustavo Nery e Ramón no banco de reservas. Dois anos depois, tem a chance de conquistar o bicampeonato com a camisa do Goiás. E a maior coincidência é que, mais uma vez, o adversário na decisão será um clube argentino. Ou seja, não apenas o presidente, mas toda a torcida gremista vestirá a camisa dos hermanos em uma final de Sul-Americana. Da primeira vez, não tiveram tanta sorte, pois com um gol de Nilmar, os colorados venceram a secação tricolor.
Mas, como disse Duda, o torneio não passa da Série B da América. O problema é que, como toda segunda divisão, o campeão ganha vaga para a elite no ano seguinte. E, se isso acontecer a favor dos goianos, quem perde é justamente o Tricolor Gaúcho. Aliás, para Marcão e seus ompanheiros, levantar a taça é prioridade depois de não conseguirem salvar o time do rebaixamento no campeonato nacional. Portanto, se depender do desejo deles, em 2011, o Goiás pode até estar na segunda divisão, mas estará na Libertadores. Kroeff torce para não queimar a língua.
As pessoas não cuidam muito o que dizem. Certa vez, o presidente do Grêmio, Duda Kroeff, declarou a um jornal chileno que a Copa Sul-Americana era a segunda divisão da Libertadores. A ocasião era oportuna, pois o rival Inter recém havia conquistado este título. Agora, o dirigente estará ligado na competição se quiser que o G-4 do Brasileirão ainda exista. Nesta quarta, Goiás e Independiente fazem o primeiro duelo da final. E um jogador em especial sofrerá com a secação do presidente gremista pela segunda vez.
Em 2008, Marcão era o titular da lateral-esquerda do Internacional na conquista sobre o Estudiantes (foto). Por opção do técnico Tite, formava com Bolívar, Índio e Álvaro uma linha de quatro zagueiros na defesa colorada. Colocou Gustavo Nery e Ramón no banco de reservas. Dois anos depois, tem a chance de conquistar o bicampeonato com a camisa do Goiás. E a maior coincidência é que, mais uma vez, o adversário na decisão será um clube argentino. Ou seja, não apenas o presidente, mas toda a torcida gremista vestirá a camisa dos hermanos em uma final de Sul-Americana. Da primeira vez, não tiveram tanta sorte, pois com um gol de Nilmar, os colorados venceram a secação tricolor.
Mas, como disse Duda, o torneio não passa da Série B da América. O problema é que, como toda segunda divisão, o campeão ganha vaga para a elite no ano seguinte. E, se isso acontecer a favor dos goianos, quem perde é justamente o Tricolor Gaúcho. Aliás, para Marcão e seus ompanheiros, levantar a taça é prioridade depois de não conseguirem salvar o time do rebaixamento no campeonato nacional. Portanto, se depender do desejo deles, em 2011, o Goiás pode até estar na segunda divisão, mas estará na Libertadores. Kroeff torce para não queimar a língua.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Temporada de caça ao Gabirú
Foto: Jefferson Bernardes
Foi só o "rei" se aposentar para que o Santos desse como aberta a caça ao novo Pelé. Foram muitos, diversos testados. Todos frustrados. A Seleção Argentina passou pelo mesmo processo, em busca de um novo Maradona. Zico no Flamengo, Jardel no Grêmio e tantos outros deixaram seus clubes órfãos após as passagens. O próprio Inter teve épocas em que tentava reeditar o meia Falcão. Agora, o animal em extinção é outro: está aberta a temporada de caça ao Gabirú! (foto)
Foram diversos os colorados que sentiram a ausência de Edu na lista dos 23 divulgada pelo técnico Celso Roth. Não que o atacante seja admirado pelo bom futebol, mas porque ele representava a esperança de um novo azarão no Mundial de Clubes. Seria ele o novo Adriano Gabirú. Porém, Edu foi deixado de fora da lista, devendo até mesmo ser emprestado no início do ano que vem. Por isso, a primeira reação do torcedor é procurar o número 16 - cabalístico utilizado pelo autor do gol da vitória sobre o Barcelona. Desta vez, será o garoto Juan, mescla de lateral-esquerdo com zagueiro, o dono da camisa histórica. Mas convenhamos, são poucas as chances de ele marcar contra a Internazionale (ou até mesmo de entrar no jogo), na final imaginada pelos vermelhos.
Outros nomes poderiam surgir do banco de reservas: o talismã Giuliano, o garoto Oscar, Leandro Damião. No entanto, nenhum representa o que foi Gabirú em 2006. Talvez Alecsandro. Porém, ao que tudo indica, ele será titular do time, pois recebeu a camisa 9. A não ser que Roth resolva modificar o esquema tático, colocando Giuliano no meio e deixando apenas Rafael Sóbis na frente. Alguns enxergam nesta a melhor formação para o Inter. Aí, no segundo tempo da partida, Alecsandro poderia entrar, para desespero e esperança do torcedor colorado. Enfim, quem será o herói deste ano?
Foi só o "rei" se aposentar para que o Santos desse como aberta a caça ao novo Pelé. Foram muitos, diversos testados. Todos frustrados. A Seleção Argentina passou pelo mesmo processo, em busca de um novo Maradona. Zico no Flamengo, Jardel no Grêmio e tantos outros deixaram seus clubes órfãos após as passagens. O próprio Inter teve épocas em que tentava reeditar o meia Falcão. Agora, o animal em extinção é outro: está aberta a temporada de caça ao Gabirú! (foto)
Foram diversos os colorados que sentiram a ausência de Edu na lista dos 23 divulgada pelo técnico Celso Roth. Não que o atacante seja admirado pelo bom futebol, mas porque ele representava a esperança de um novo azarão no Mundial de Clubes. Seria ele o novo Adriano Gabirú. Porém, Edu foi deixado de fora da lista, devendo até mesmo ser emprestado no início do ano que vem. Por isso, a primeira reação do torcedor é procurar o número 16 - cabalístico utilizado pelo autor do gol da vitória sobre o Barcelona. Desta vez, será o garoto Juan, mescla de lateral-esquerdo com zagueiro, o dono da camisa histórica. Mas convenhamos, são poucas as chances de ele marcar contra a Internazionale (ou até mesmo de entrar no jogo), na final imaginada pelos vermelhos.
Outros nomes poderiam surgir do banco de reservas: o talismã Giuliano, o garoto Oscar, Leandro Damião. No entanto, nenhum representa o que foi Gabirú em 2006. Talvez Alecsandro. Porém, ao que tudo indica, ele será titular do time, pois recebeu a camisa 9. A não ser que Roth resolva modificar o esquema tático, colocando Giuliano no meio e deixando apenas Rafael Sóbis na frente. Alguns enxergam nesta a melhor formação para o Inter. Aí, no segundo tempo da partida, Alecsandro poderia entrar, para desespero e esperança do torcedor colorado. Enfim, quem será o herói deste ano?
domingo, 28 de novembro de 2010
Futuro nas mãos
Fotos: Denny Cesare e Alexandre Lops
Para aqueles que defendiam o retorno do mata-mata ao Brasileirão, a resposta veio neste final de semana: tudo ficará para a última rodada. Assim como nos velhos tempos, o campeonato nacional encerrará com decisões - principalmente para o Grêmio. Aliás, o Tricolor praticamente definiu o certame deste ano. Como se estivesse com o futuro nas mãos.
Neste domingo, os gremistas definiram o rebaixamento do terceiro clube para a Série B - o Guarani. Mesmo em Campinas, os comandados de Renato Portaluppi não se compadeceram do sofrimento do Bugre e venceram por 3 a 0, com gols de Clementino, Jonas e André Lima (foto). Por tabela, encaminharam o campeão brasileiro de 2010. Isso porque na despedida da Primeira Divisão, domingo que vem, os campineiros vão enfrentar o líder Fluminense. Ou seja, ao antecipar o descenso de Vágner Mancini e seus jogadores, o Grêmio facilitou o caminho dos cariocas para o título. Um presente de tricolor para tricolor. E justamente os corinthianos, que já sofreram a dor do rebaixamento no Olímpico em 2007, perderão o caneco deste ano pelas mãos do clube gaúcho. Enfim, resta agora selar o próprio destino. Na rodada derradeira, o Botafogo (inimigo direto à vaga no G-4) visitará Porto Alegre. Basta um empate para que os gremistas estejam na Libertadores de 2011. Ou será que o Goiás tem chances de vencer a Copa Sul-Americana?
Enquanto os clubes brasileiros vivem dias de grande expectativa nesta semana, o Internacional está com a mente em Abu Dhabi. A prova é que a segunda-feira é mais importante que o domingo para os colorados. Neste início de semana, se conhece quais jogadores vão aos Emirados Árabes. Os torcedores estão hipnotizados pela possibilidade de conquistar o bicampeonato mundial. Nem mesmo o empate contra o Vitória, dentro de casa, neste domingo, atrapalha a expectativa dos vermelhos. Da partida, apenas o golaço de Rafael Sóbis ficou cravado na memória (foto à direita). E das mãos dele - ou melhor, dos pés - que o Colorado espera que venha o título neste fim de ano. O mês de dezembro reserva emoções à torcida da dupla Gre-Nal.
Para aqueles que defendiam o retorno do mata-mata ao Brasileirão, a resposta veio neste final de semana: tudo ficará para a última rodada. Assim como nos velhos tempos, o campeonato nacional encerrará com decisões - principalmente para o Grêmio. Aliás, o Tricolor praticamente definiu o certame deste ano. Como se estivesse com o futuro nas mãos.
Neste domingo, os gremistas definiram o rebaixamento do terceiro clube para a Série B - o Guarani. Mesmo em Campinas, os comandados de Renato Portaluppi não se compadeceram do sofrimento do Bugre e venceram por 3 a 0, com gols de Clementino, Jonas e André Lima (foto). Por tabela, encaminharam o campeão brasileiro de 2010. Isso porque na despedida da Primeira Divisão, domingo que vem, os campineiros vão enfrentar o líder Fluminense. Ou seja, ao antecipar o descenso de Vágner Mancini e seus jogadores, o Grêmio facilitou o caminho dos cariocas para o título. Um presente de tricolor para tricolor. E justamente os corinthianos, que já sofreram a dor do rebaixamento no Olímpico em 2007, perderão o caneco deste ano pelas mãos do clube gaúcho. Enfim, resta agora selar o próprio destino. Na rodada derradeira, o Botafogo (inimigo direto à vaga no G-4) visitará Porto Alegre. Basta um empate para que os gremistas estejam na Libertadores de 2011. Ou será que o Goiás tem chances de vencer a Copa Sul-Americana?
Enquanto os clubes brasileiros vivem dias de grande expectativa nesta semana, o Internacional está com a mente em Abu Dhabi. A prova é que a segunda-feira é mais importante que o domingo para os colorados. Neste início de semana, se conhece quais jogadores vão aos Emirados Árabes. Os torcedores estão hipnotizados pela possibilidade de conquistar o bicampeonato mundial. Nem mesmo o empate contra o Vitória, dentro de casa, neste domingo, atrapalha a expectativa dos vermelhos. Da partida, apenas o golaço de Rafael Sóbis ficou cravado na memória (foto à direita). E das mãos dele - ou melhor, dos pés - que o Colorado espera que venha o título neste fim de ano. O mês de dezembro reserva emoções à torcida da dupla Gre-Nal.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
As pazes com o passado
Foto: gremio1983.blogspot.com
Os gremistas terão de vestir vermelho se quiserem chegar à Copa Libertadores de 2011. Desta vez, não será o Internacional, rival histórico, o alvo da torcida tricolor. Até os colorados já fizeram a sua parte contra o Botafogo, no final de semana passado. Agora, os azuis terão de se aliar a outro inimigo: o Independiente da Argentina. Será ele quem disputará a finalíssima da Copa Sul-Americana contra o Goiás. A vaga foi conquistada após vitória sobre a LDU, do Equador. E aquela história de que os goianos são o Brasil não cola no Rio Grande do Sul. Aqui ninguém vai sentir vergonha de torcer por argentinos! Mesmo assim, o Grêmio vai ter de esquecer antigas rusgas para vestir a camisa dos hermanos.
Em 1984, quando o Imortal sonhava em conquistar pela segunda vez consecutiva a Taça Libertadores, se deparou com o clube de Avellaneda na final. Fora de casa, o time gaúcho (atual campeão) foi derrotado por 1 a 0. No Olímpico, empate em 0 a 0 e festa dos argentinos - encerrando o sonho do Bi da América. Porém, a revanche viria justamente após a conquista do segundo título continental. Em 1996, o Grêmio de Felipão iria a Kobe, no Japão, para decidir a Recopa Sul-Americana, depois de garantir o título da Libertadores no ano anterior. O adversário seria o mesmo Independiente, que era o campeão da Supercopa Libertadores da América, conquistada em cima do Flamengo. Desta vez, não teve nem graça. Com gols de Jardel, Carlos Miguel, Adílson e Paulo Nunes, o Tricolor enfiou uma goleada de 4 a 1 sobre os argentinos (foto).
Aliás, depois disso, o Independiente nunca mais ganhou nenhum título de expressão fora do país. Pode ser que seja a hora de quebrar este jejum, em cima do Goiás. Resta saber se o clube, conhecido como "Rey de Copas" por ser o maior vencedor da Libertadores com sete conquistas, irá ignorar o passado com o Grêmio. Afinal de contas, o trauma dos 4 a 1 em Kobe paralisou o clube no tempo. Será que os argentinos estão dispostos a fazer um favor ao time gaúcho? Bem que a diretoria gremista podia enviar uma carta ao Independiente, assim como quem não quer nada, e selar as pazes com o passado.
Os gremistas terão de vestir vermelho se quiserem chegar à Copa Libertadores de 2011. Desta vez, não será o Internacional, rival histórico, o alvo da torcida tricolor. Até os colorados já fizeram a sua parte contra o Botafogo, no final de semana passado. Agora, os azuis terão de se aliar a outro inimigo: o Independiente da Argentina. Será ele quem disputará a finalíssima da Copa Sul-Americana contra o Goiás. A vaga foi conquistada após vitória sobre a LDU, do Equador. E aquela história de que os goianos são o Brasil não cola no Rio Grande do Sul. Aqui ninguém vai sentir vergonha de torcer por argentinos! Mesmo assim, o Grêmio vai ter de esquecer antigas rusgas para vestir a camisa dos hermanos.
Em 1984, quando o Imortal sonhava em conquistar pela segunda vez consecutiva a Taça Libertadores, se deparou com o clube de Avellaneda na final. Fora de casa, o time gaúcho (atual campeão) foi derrotado por 1 a 0. No Olímpico, empate em 0 a 0 e festa dos argentinos - encerrando o sonho do Bi da América. Porém, a revanche viria justamente após a conquista do segundo título continental. Em 1996, o Grêmio de Felipão iria a Kobe, no Japão, para decidir a Recopa Sul-Americana, depois de garantir o título da Libertadores no ano anterior. O adversário seria o mesmo Independiente, que era o campeão da Supercopa Libertadores da América, conquistada em cima do Flamengo. Desta vez, não teve nem graça. Com gols de Jardel, Carlos Miguel, Adílson e Paulo Nunes, o Tricolor enfiou uma goleada de 4 a 1 sobre os argentinos (foto).
Aliás, depois disso, o Independiente nunca mais ganhou nenhum título de expressão fora do país. Pode ser que seja a hora de quebrar este jejum, em cima do Goiás. Resta saber se o clube, conhecido como "Rey de Copas" por ser o maior vencedor da Libertadores com sete conquistas, irá ignorar o passado com o Grêmio. Afinal de contas, o trauma dos 4 a 1 em Kobe paralisou o clube no tempo. Será que os argentinos estão dispostos a fazer um favor ao time gaúcho? Bem que a diretoria gremista podia enviar uma carta ao Independiente, assim como quem não quer nada, e selar as pazes com o passado.
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Nada é impossível
Foto: Marcos Ribolli/Globoesporte
Gremistas e colorados sabem que "impossível" é uma palavra que não consta no dicionário futebolístico. Os tricolores não esquecem a histórica Batalha dos Aflitos, quando retornaram à elite do futebol brasileiro de forma heróica. Já os vermelhos se trajam de branco cada vez que querem recordar o domingo que vergaram o temível Barcelona. Enfim, já se sabe que tudo é possível dentro das quatro linhas. Por isso que Grêmio e Inter não deixam nunca de sonhar com a vaga no G-4 e o Bi-Mundial, respectivamente. E a quarta-feira deu provas de que os sonhos não estão distantes.
Primeiro foi a vez dos colorados sentarem em frente à televisão. Inter de Milão e Twente, da Holanda, se enfrentaram pela Liga dos Campeões da Europa. E, com um gol sofrido de Cambiasso, os italianos interromperam um jejum sem vitórias. É verdade que o time apresentava oito desfalques quando pisou no gramado, mas convenhamos que esta Internazionale não lembra nem de longe aquela que assombrou o continente europeu no ano passado. Tanto é que já se falava em demissão do técnico Rafa Benítez, em caso de insucesso diante dos holandeses. O fato não ocorreu, mas escancarou a possibilidade de um título mundial do Inter de Porto Alegre em Abu Dhabi. Basta que os colorados queiram!
À noite, os gremistas foram analisar quais as chances de um clube brasileiro se sagrar campeão da Sul-Americana. Palmeiras e Goiás duelaram, com certa vantagem dos paulistas após terem vencido fora de casa. Porém, inspirados no Fluminense do ano passado, os goianos esqueceram o drama do rebaixamento no Campeonato Nacional para concentrar forças no torneio continental. E aí promoveram a maior surpresa da quarta-feira: venceram por 2 a 1 e se classificaram para a final (foto). Os gremistas ainda não estão livres de perder a vaga no G-4, mas só de não ter que torcer contra Felipão o alívio é maior. Na noite de hoje o Grêmio conhece para quem vai torcer na final - se por Independiente ou LDU. Enfim, de nada adianta secar se os comandados de Renato não fizerem a sua parte. E ainda restam Guarani e Botafogo para cumprir a missão.
Gremistas e colorados sabem que "impossível" é uma palavra que não consta no dicionário futebolístico. Os tricolores não esquecem a histórica Batalha dos Aflitos, quando retornaram à elite do futebol brasileiro de forma heróica. Já os vermelhos se trajam de branco cada vez que querem recordar o domingo que vergaram o temível Barcelona. Enfim, já se sabe que tudo é possível dentro das quatro linhas. Por isso que Grêmio e Inter não deixam nunca de sonhar com a vaga no G-4 e o Bi-Mundial, respectivamente. E a quarta-feira deu provas de que os sonhos não estão distantes.
Primeiro foi a vez dos colorados sentarem em frente à televisão. Inter de Milão e Twente, da Holanda, se enfrentaram pela Liga dos Campeões da Europa. E, com um gol sofrido de Cambiasso, os italianos interromperam um jejum sem vitórias. É verdade que o time apresentava oito desfalques quando pisou no gramado, mas convenhamos que esta Internazionale não lembra nem de longe aquela que assombrou o continente europeu no ano passado. Tanto é que já se falava em demissão do técnico Rafa Benítez, em caso de insucesso diante dos holandeses. O fato não ocorreu, mas escancarou a possibilidade de um título mundial do Inter de Porto Alegre em Abu Dhabi. Basta que os colorados queiram!
À noite, os gremistas foram analisar quais as chances de um clube brasileiro se sagrar campeão da Sul-Americana. Palmeiras e Goiás duelaram, com certa vantagem dos paulistas após terem vencido fora de casa. Porém, inspirados no Fluminense do ano passado, os goianos esqueceram o drama do rebaixamento no Campeonato Nacional para concentrar forças no torneio continental. E aí promoveram a maior surpresa da quarta-feira: venceram por 2 a 1 e se classificaram para a final (foto). Os gremistas ainda não estão livres de perder a vaga no G-4, mas só de não ter que torcer contra Felipão o alívio é maior. Na noite de hoje o Grêmio conhece para quem vai torcer na final - se por Independiente ou LDU. Enfim, de nada adianta secar se os comandados de Renato não fizerem a sua parte. E ainda restam Guarani e Botafogo para cumprir a missão.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
O melhor no banco dos reservas
Foto: Alejandro Pagni/AFP
No próximo final de semana, o Internacional fará a despedida do seu torcedor antes da disputa do Mundial de Clubes. Diante do Vitória, Celso Roth escalará o que tem de melhor, para testar a formação que representará os colorados em Abu Dhabi. A boa notícia é o retorno de Tinga, que já foi anunciado como titular da equipe. Com isso, um atleta deve deixar o time. E, muito provavelmente, será Giuliano. Exatamente na semana em que será homenageado como o melhor jogador da Libertadores 2010, o jovem meio-campista retornará ao banco de reservas.
Nesta quarta-feira, Giuliano alcançou o mesmo patamar de um mito argentino. Juan Sebastian Verón foi eleito pela Conmebol o grande astro do torneio em 2009. Sendo ele o maestro do Estudiantes, campeão da América. Agora chegou a vez do meia colorado, com seus escassos 20 anos, provar da mesma honraria. E não é para menos. Foi ele o artilheiro do Inter na campanha deste ano. O próprio Estudiantes, de Verón, foi vítima de um dos gols de Giuliano. Além deste, mais outros quatro gols construíram a imagem vitoriosa do meia no título vermelho. E apesar disso tudo ele será reserva a partir de agora. Justo ele, único alteta do Beira-Rio a ser lembrado por Mano Menezes recentemente.
Mas quem sabe não passa por aí mais um capítulo na história do "predestinado". Pode ser que o Bi-Mundial venha dos pés de um suplente - assim como em 2006. Aliás, qual o torcedor não gostaria de assistir a este feito? Tal qual Gabirú há quatro anos, Giuliano decreta o placar de 1 a 0 e sai comemorando de braços erguidos para o alto (foto). Até mesmo a camisa 16 deve parar nas mãos do talismã colorado. Seria o cenário perfeito, dentro de todas as coincidências que trouxeram o Inter até aqui.
No próximo final de semana, o Internacional fará a despedida do seu torcedor antes da disputa do Mundial de Clubes. Diante do Vitória, Celso Roth escalará o que tem de melhor, para testar a formação que representará os colorados em Abu Dhabi. A boa notícia é o retorno de Tinga, que já foi anunciado como titular da equipe. Com isso, um atleta deve deixar o time. E, muito provavelmente, será Giuliano. Exatamente na semana em que será homenageado como o melhor jogador da Libertadores 2010, o jovem meio-campista retornará ao banco de reservas.
Nesta quarta-feira, Giuliano alcançou o mesmo patamar de um mito argentino. Juan Sebastian Verón foi eleito pela Conmebol o grande astro do torneio em 2009. Sendo ele o maestro do Estudiantes, campeão da América. Agora chegou a vez do meia colorado, com seus escassos 20 anos, provar da mesma honraria. E não é para menos. Foi ele o artilheiro do Inter na campanha deste ano. O próprio Estudiantes, de Verón, foi vítima de um dos gols de Giuliano. Além deste, mais outros quatro gols construíram a imagem vitoriosa do meia no título vermelho. E apesar disso tudo ele será reserva a partir de agora. Justo ele, único alteta do Beira-Rio a ser lembrado por Mano Menezes recentemente.
Mas quem sabe não passa por aí mais um capítulo na história do "predestinado". Pode ser que o Bi-Mundial venha dos pés de um suplente - assim como em 2006. Aliás, qual o torcedor não gostaria de assistir a este feito? Tal qual Gabirú há quatro anos, Giuliano decreta o placar de 1 a 0 e sai comemorando de braços erguidos para o alto (foto). Até mesmo a camisa 16 deve parar nas mãos do talismã colorado. Seria o cenário perfeito, dentro de todas as coincidências que trouxeram o Inter até aqui.
Douglas não é melhor que Eto'O
Foto: Camila Domingues (Correio do Povo)
Quando jogava no Flamengo, o atacante Obina ganhou o noticiário ao ter o nome citado em cântico da torcida. Das arquibancadas do Maracanã ecoava a afirmação "o Obina é melhor que o Eto'O". A frase é quase um deboche com a realidade, confirmada pela dispensa do próprio atacante meses depois. Pois agora a pergunta é a seguinte: e Douglas, do Grêmio, é melhor que Eto'O? O questionamento não leva em consideração o futebol dos dois. São posições e estilos de jogo diferentes. Mas a diretoria gremsita pensa que sim, Douglas é melhor que o camaronês.
O Grêmio se viu prejudicado ao ter o maestro sentado no banco dos réus nesta terça-feira (foto). Julgado por entrada ríspida em Richarlyson, do São Paulo, o camisa 10 tricolor foi denunciado pela imagem do jogo. Durante a partida, sequer foi mostrado o cartão amarelo. Aliás, nem a falta foi assinalada. Porém, os advogados do clube paulista, ao defenderem a expulsão do zagueiro Alex Silva, apresentaram a jogada faltosa ao STJD. Enfim, atiraram Douglas na fogueira! Mesmo assim, a diretoria gremsita pensa que se o árbitro na ocasião não viu, nada deveria ser feito. O problema é do juíz!
Pois neste último final de semana, um caso semelhante ocorreu na Europa. O atacante Eto'O, da Internazionale de Milão, agrediu um adversário com cabeçada a estilo Zidane. Dentro de campo, o juíz da partida nada marcou. Argumentou que não viu o lance. Apesar disso, foi denunciado através das imagens e pegará três jogos de suspensão - além de multa de 30 mil euros. Se a Liga Italiana puniu o jogador pela TV, por que Douglas seria poupado no Brasil? O argumento dos advogados do Grêmio não cola. Nenhum atleta pode ser beneficiado, ninguém é melhor que ninguém. Nem Douglas é melhor que Eto'O (pelo menos neste sentido).
Quando jogava no Flamengo, o atacante Obina ganhou o noticiário ao ter o nome citado em cântico da torcida. Das arquibancadas do Maracanã ecoava a afirmação "o Obina é melhor que o Eto'O". A frase é quase um deboche com a realidade, confirmada pela dispensa do próprio atacante meses depois. Pois agora a pergunta é a seguinte: e Douglas, do Grêmio, é melhor que Eto'O? O questionamento não leva em consideração o futebol dos dois. São posições e estilos de jogo diferentes. Mas a diretoria gremsita pensa que sim, Douglas é melhor que o camaronês.
O Grêmio se viu prejudicado ao ter o maestro sentado no banco dos réus nesta terça-feira (foto). Julgado por entrada ríspida em Richarlyson, do São Paulo, o camisa 10 tricolor foi denunciado pela imagem do jogo. Durante a partida, sequer foi mostrado o cartão amarelo. Aliás, nem a falta foi assinalada. Porém, os advogados do clube paulista, ao defenderem a expulsão do zagueiro Alex Silva, apresentaram a jogada faltosa ao STJD. Enfim, atiraram Douglas na fogueira! Mesmo assim, a diretoria gremsita pensa que se o árbitro na ocasião não viu, nada deveria ser feito. O problema é do juíz!
Pois neste último final de semana, um caso semelhante ocorreu na Europa. O atacante Eto'O, da Internazionale de Milão, agrediu um adversário com cabeçada a estilo Zidane. Dentro de campo, o juíz da partida nada marcou. Argumentou que não viu o lance. Apesar disso, foi denunciado através das imagens e pegará três jogos de suspensão - além de multa de 30 mil euros. Se a Liga Italiana puniu o jogador pela TV, por que Douglas seria poupado no Brasil? O argumento dos advogados do Grêmio não cola. Nenhum atleta pode ser beneficiado, ninguém é melhor que ninguém. Nem Douglas é melhor que Eto'O (pelo menos neste sentido).
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Cordeiro em pele de lobo
Fotos: Alexandre Lops e Lucas Uebel
Pela primeira vez, gremistas comemoraram com gosto uma vitória colorada. Os jogadores do Internacional decidiram ir contra a rivalidade e deram uma mãozinha ao arquiinimigo. Longe do pampa, no clima carioca, eles decidiram mostrar serviço ao técnico Celso Roth, vencendo o Botafogo por 2 a 1. De quebra, contribuíram para que o Grêmio permanecesse no G-4. Finalmente o Rio Grande do Sul foi unificado! Desde os tempos dos chimangos e maragatos estavamos dividos. Mas não espere que esta bandeira branca perdure. Foi um lapso. Tudo por conta de um tal de Mundial Fifa.
No Engenhão, havia até mesmo quem empunhasse bandeiras exigindo a entrega do jogo. Apesar do largo jejum de vitórias, os torcedores vermelhos pediam por mais uma derrota. Tudo para prejudicar o inimigo histórico, que briga diretamente com o Botafogo pela Libertadores da América. Pois o tiro saiu pela culatra. Se fossem titulares, talvez a vontade da torcida tivesse se realizado. Mas reservas foram escalados, e eles queriam mostrar serviço ao comandante. Muriel (foto) fechou o gol, e os garotos Oscar e Sasha apresentaram as armas no ataque. No final das contas todo aquele papo de vingança, escorreu pelo ralo. Nem mesmo a liberação do lateral Marcelo Cordeiro, contribuiu para que os cariocas vencessem. Aliás, cordeiro foi o Inter! Um cordeiro em pele de lobo.
Sorte do Grêmio, que já havia feito o serviço no sábado. Contra o Atlético-PR, dentro de casa, o time de Renato foi mais uma vez um leão, brigando para assegurar vaga entre os quatro melhores do campeonato. Infelizmente, melhor que isso não ficará, pois o Cruzeiro também somou três pontos e solidificou uma vantagem inalcançável na terceira posição. Restará aos gremistas se contentarem com a vaga na Pré-Libertadores do ano que vem - isso se Luiz Felipe Scolari não conquistar a Sul-Americana. Mas, se o Tricolor teve a ajudinha do arquirrival (daonde menos se esperava), porque não acreditar na compaixão do ídolo Felipão?
Pela primeira vez, gremistas comemoraram com gosto uma vitória colorada. Os jogadores do Internacional decidiram ir contra a rivalidade e deram uma mãozinha ao arquiinimigo. Longe do pampa, no clima carioca, eles decidiram mostrar serviço ao técnico Celso Roth, vencendo o Botafogo por 2 a 1. De quebra, contribuíram para que o Grêmio permanecesse no G-4. Finalmente o Rio Grande do Sul foi unificado! Desde os tempos dos chimangos e maragatos estavamos dividos. Mas não espere que esta bandeira branca perdure. Foi um lapso. Tudo por conta de um tal de Mundial Fifa.
No Engenhão, havia até mesmo quem empunhasse bandeiras exigindo a entrega do jogo. Apesar do largo jejum de vitórias, os torcedores vermelhos pediam por mais uma derrota. Tudo para prejudicar o inimigo histórico, que briga diretamente com o Botafogo pela Libertadores da América. Pois o tiro saiu pela culatra. Se fossem titulares, talvez a vontade da torcida tivesse se realizado. Mas reservas foram escalados, e eles queriam mostrar serviço ao comandante. Muriel (foto) fechou o gol, e os garotos Oscar e Sasha apresentaram as armas no ataque. No final das contas todo aquele papo de vingança, escorreu pelo ralo. Nem mesmo a liberação do lateral Marcelo Cordeiro, contribuiu para que os cariocas vencessem. Aliás, cordeiro foi o Inter! Um cordeiro em pele de lobo.
Sorte do Grêmio, que já havia feito o serviço no sábado. Contra o Atlético-PR, dentro de casa, o time de Renato foi mais uma vez um leão, brigando para assegurar vaga entre os quatro melhores do campeonato. Infelizmente, melhor que isso não ficará, pois o Cruzeiro também somou três pontos e solidificou uma vantagem inalcançável na terceira posição. Restará aos gremistas se contentarem com a vaga na Pré-Libertadores do ano que vem - isso se Luiz Felipe Scolari não conquistar a Sul-Americana. Mas, se o Tricolor teve a ajudinha do arquirrival (daonde menos se esperava), porque não acreditar na compaixão do ídolo Felipão?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Parabéns, Rio de Janeiro!
Rio de Janeiro, "a cidade maravilhosa", agradece novamente à Porto Alegre. Pelo segundo ano consecutivo, a rivalidade gaúcha pode presentear os cariocas. No ano passado, o Grêmio enviou uma equipe totalmente descaracterizada para enfrentar o Flamengo, que brigava pelo título nacional contra o Inter. Resultado: vitória dos rubro-negros e revolta dos colorados. Agora é a vez dos botafoguenses ganharem um agradinho do Rio Grande do Sul.
A torcida vermelha aguarda esta rodada do final de semana sedenta por vingança. O Botafogo briga diretamente com o Grêmio por uma vaga na Libertadores do ano que vem. Por isso, uma derrota no Engenhão, neste domingo, nem seria tão sofrida assim. Celso Roth já apontou que levará ao Rio um time cheio de reservas, apenas Rafael Sóbis de titular. Os jogadores prometem não entregar os pontos de graça, mas nem o retrospecto do Inter na capital carioca deixa os gremistas esperançosos. Em 2010, o Colorado perdeu todos os jogos que disputou na cidade - foi surrado pelo Flamengo, Fluminense e até mesmo pelo Vasco da Gama. Não parece ser agora que mudará o ritmo dos resultados.
Mas, de nada adianta ficar esperando dos reservas do Inter, se o próprio Grêmio não fizer por onde. Além do Botafogo, a briga pelo G-4 inclui o Atlético-PR - inimigo do sábado. Então, muito cuidado com as cobranças de falta e escanteios de Paulo Baier. Uma derrota, ou até mesmo um empate, pode alijar o Tricolor da disputa pela quarta vaga. E ainda por cima, mesmo que tudo saia dentro dos conformes, Renato Portaluppi e Cia. terão de secar o Palmeiras até o último minuto. Ontem, pela Sul-Americana, a LDU venceu o Independiente, da Argentina, em Quito, por 3 a 2. Pelos placares de ida, a final seria entre Palmeiras e LDU. E se o palmeirense Marcos Assunção já vem acertando chutes de longa distância, imagine como não seria na altitude equatoriana! Nesta hora, é melhor se unir ao Botafogo e rezar para o Cristo Redentor abençoar o G-4 do Brasileirão (foto).
A torcida vermelha aguarda esta rodada do final de semana sedenta por vingança. O Botafogo briga diretamente com o Grêmio por uma vaga na Libertadores do ano que vem. Por isso, uma derrota no Engenhão, neste domingo, nem seria tão sofrida assim. Celso Roth já apontou que levará ao Rio um time cheio de reservas, apenas Rafael Sóbis de titular. Os jogadores prometem não entregar os pontos de graça, mas nem o retrospecto do Inter na capital carioca deixa os gremistas esperançosos. Em 2010, o Colorado perdeu todos os jogos que disputou na cidade - foi surrado pelo Flamengo, Fluminense e até mesmo pelo Vasco da Gama. Não parece ser agora que mudará o ritmo dos resultados.
Mas, de nada adianta ficar esperando dos reservas do Inter, se o próprio Grêmio não fizer por onde. Além do Botafogo, a briga pelo G-4 inclui o Atlético-PR - inimigo do sábado. Então, muito cuidado com as cobranças de falta e escanteios de Paulo Baier. Uma derrota, ou até mesmo um empate, pode alijar o Tricolor da disputa pela quarta vaga. E ainda por cima, mesmo que tudo saia dentro dos conformes, Renato Portaluppi e Cia. terão de secar o Palmeiras até o último minuto. Ontem, pela Sul-Americana, a LDU venceu o Independiente, da Argentina, em Quito, por 3 a 2. Pelos placares de ida, a final seria entre Palmeiras e LDU. E se o palmeirense Marcos Assunção já vem acertando chutes de longa distância, imagine como não seria na altitude equatoriana! Nesta hora, é melhor se unir ao Botafogo e rezar para o Cristo Redentor abençoar o G-4 do Brasileirão (foto).
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
E o Oscar vai para...
Foto: Alexandre Lops
As conquistas de 2006 viraram DVD no Beira-Rio. Alguns dos atores que participaram daquele "filme" querem repetir a dose neste ano. As estrelas já não estão mais. Fernandão, Gabirú e Iarley foram embora do Internacional. Agora, há espaço para novos nomes. D'Alessandro, Giuliano e Rafael Sóbis despontam como favoritos para receber a luz dos holofotes. Porém, existem os coadjuvantes, que de uma hora para outra podem ganhar destaque no elenco. Um deles é o garoto Oscar, de 19 anos (foto).
Trazido às escondidas do São Paulo, o meio-campista é comparado a Alexandre Pato, como sendo a novidade para o Mundial Interclubes. Foi relacionado entre os 30 pré-inscritos junto à Fifa, e ao que tudo indica estará na lista final de Celso Roth. Esta hipótese ficou mais forte ainda nesta quinta-feira, quando o departamento médico do Inter anunciou que o centroavante Ilan, contratado para dar experiência ao ataque colorado, não atuará mais em 2010 por conta de uma lesão no pé. A ausência dele praticamente escala Oscar para integrar a delegação em dezembro. Aliás, as apresentações dele no Campeonato Brasileiro Sub-23 o credenciam para estar com o restante do grupo.
Agora, se ele terá chances como titular já são outros quinhentos. Num meio-campo recheado de craques, fica difícil arranjar uma vaga entre os onze. Até mesmo para uma eventual entrada no segundo tempo. Giuliano, Andrezinho e Damião já provaram que podem ser decisivos na hora do aperto. Mesmo assim, não se pode duvidar que o garoto seja a surpresa de última hora - vide a história de Adriano Gabirú há quatro anos. Por isso, quando anunciarem a famosa frase "e o Oscar vai para...", você já pode responder: vai para Abu Dhabi. Oscar vai para Abu Dhabi.
As conquistas de 2006 viraram DVD no Beira-Rio. Alguns dos atores que participaram daquele "filme" querem repetir a dose neste ano. As estrelas já não estão mais. Fernandão, Gabirú e Iarley foram embora do Internacional. Agora, há espaço para novos nomes. D'Alessandro, Giuliano e Rafael Sóbis despontam como favoritos para receber a luz dos holofotes. Porém, existem os coadjuvantes, que de uma hora para outra podem ganhar destaque no elenco. Um deles é o garoto Oscar, de 19 anos (foto).
Trazido às escondidas do São Paulo, o meio-campista é comparado a Alexandre Pato, como sendo a novidade para o Mundial Interclubes. Foi relacionado entre os 30 pré-inscritos junto à Fifa, e ao que tudo indica estará na lista final de Celso Roth. Esta hipótese ficou mais forte ainda nesta quinta-feira, quando o departamento médico do Inter anunciou que o centroavante Ilan, contratado para dar experiência ao ataque colorado, não atuará mais em 2010 por conta de uma lesão no pé. A ausência dele praticamente escala Oscar para integrar a delegação em dezembro. Aliás, as apresentações dele no Campeonato Brasileiro Sub-23 o credenciam para estar com o restante do grupo.
Agora, se ele terá chances como titular já são outros quinhentos. Num meio-campo recheado de craques, fica difícil arranjar uma vaga entre os onze. Até mesmo para uma eventual entrada no segundo tempo. Giuliano, Andrezinho e Damião já provaram que podem ser decisivos na hora do aperto. Mesmo assim, não se pode duvidar que o garoto seja a surpresa de última hora - vide a história de Adriano Gabirú há quatro anos. Por isso, quando anunciarem a famosa frase "e o Oscar vai para...", você já pode responder: vai para Abu Dhabi. Oscar vai para Abu Dhabi.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
É dez humano?
Foto: Mowa Press
Antes do amistoso entre Brasil e Argentina, muito se falou sobre o retorno de Ronaldinho Gaúcho à Seleção. No Rio Grande do Sul, os holofotes focaram a estreia de Douglas (o maestro do Grêmio) com a camisa canarinho. Os colorados torciam para que D'Alessandro não sofresse nenhuma lesão que pudesse prejudicar a participação no Mundial Interclubes. E dentro de todo este cenário quem chamou para si a responsabilidade foi outro camisa 10: Lionel Messi (foto). Com um gol no final da partida, ele decretou a vitória dos hermanos em Doha, no Catar.
A derrota pode até parecer desumana, devido ao volume de jogo apresentado pelos brasileiros. A atuação não era merecedora de derrota. Seria até mesmo uma injustiça com o goleiro Victor, destaque da partida com grandes defesas. Mas quem é Messi para se falar em humanidade. Muito pelo contrário, ele é sobre humano, sobrenatural. Está no patamar de craques históricos como Maradona, Zico e Cruyff. E mesmo assim, durante boa parte do jogo, a Seleção conseguiu neutralizar o ataque argentino, encaminhando um empate em zero a zero. Até que no último minuto, o "diferenciado" partiu em disparada. Aliás, o gol serviu para separar os craques dos meros bons jogadores.
Para quem não percebeu, o lance nasceu no meio-campo, em uma perdida de bola de Douglas - iguais as que ele costuma perder no estádio Olímpico. Porém, em Porto Alegre não existem Messis. O atleta gremista resolveu entregar um contra-ataque justamente no pé do melhor argentino. A partir de então, nem Thiago Silva, nem David Luiz (senhores zagueiros), foram capazes de parar o meia castelhano. O chute cruzado também não foi potente ao ponto de rasgar a mão do goleiro, mas certeiro o bastante para matar o melhor arqueiro do país. E aí se entende porque Messi é um camisa 10 nato. Ronaldinho, Douglas e D'Alessandro ficam menores perto dele.
Antes do amistoso entre Brasil e Argentina, muito se falou sobre o retorno de Ronaldinho Gaúcho à Seleção. No Rio Grande do Sul, os holofotes focaram a estreia de Douglas (o maestro do Grêmio) com a camisa canarinho. Os colorados torciam para que D'Alessandro não sofresse nenhuma lesão que pudesse prejudicar a participação no Mundial Interclubes. E dentro de todo este cenário quem chamou para si a responsabilidade foi outro camisa 10: Lionel Messi (foto). Com um gol no final da partida, ele decretou a vitória dos hermanos em Doha, no Catar.
A derrota pode até parecer desumana, devido ao volume de jogo apresentado pelos brasileiros. A atuação não era merecedora de derrota. Seria até mesmo uma injustiça com o goleiro Victor, destaque da partida com grandes defesas. Mas quem é Messi para se falar em humanidade. Muito pelo contrário, ele é sobre humano, sobrenatural. Está no patamar de craques históricos como Maradona, Zico e Cruyff. E mesmo assim, durante boa parte do jogo, a Seleção conseguiu neutralizar o ataque argentino, encaminhando um empate em zero a zero. Até que no último minuto, o "diferenciado" partiu em disparada. Aliás, o gol serviu para separar os craques dos meros bons jogadores.
Para quem não percebeu, o lance nasceu no meio-campo, em uma perdida de bola de Douglas - iguais as que ele costuma perder no estádio Olímpico. Porém, em Porto Alegre não existem Messis. O atleta gremista resolveu entregar um contra-ataque justamente no pé do melhor argentino. A partir de então, nem Thiago Silva, nem David Luiz (senhores zagueiros), foram capazes de parar o meia castelhano. O chute cruzado também não foi potente ao ponto de rasgar a mão do goleiro, mas certeiro o bastante para matar o melhor arqueiro do país. E aí se entende porque Messi é um camisa 10 nato. Ronaldinho, Douglas e D'Alessandro ficam menores perto dele.
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