quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Quanto vale uma vitória mínima contra o Millonários?

Se fossem apostar em bolão, muitos ouvintes da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) ganhariam ao apostar no placar de 1 a 0 do Grêmio diante do Millonários. Esse era o palpite da maioria dos gremistas que foram entrevistados na tarde desta terça-feira na Feira do Livro de Porto Alegre. Naquela hora, brinquei que eles estavam um pouco pessimistas, mas agora chego à conclusão que eram todos realistas. Ou será que não?

Considerando os desfalques que teve (Werley, Elano e Kleber) e a situação de cansaço, o Grêmio garantiu um grande resultado: venceu e não levou gol. E, convenhamos, tratando-se de Copa, isso basta. Não precisa nem jogar um belo futebol! O problema é que o placar mínimo não dá uma tranquilidade maior, o duelo só será resolvido em Bogotá. E lá, os colombianos devem crescer de produção. Além do mais, até o dia 15 de novembro, a estafa física e emocional do Tricolor deve estar mais acentuada. Sem dúvidas será um jogo nervoso.

Só lá saberemos quanto valerá esta vitória conquistada pelo Grêmio. Certamente, ela não vale ouro ou milhões de reais, mas pode servir para pagar a passagem de ida rumo à semifinal da Sul-Americana. Basta perder por um gol de diferença (deixando sua marca nas redes colombianas), ou apenas empatar. Enfim, somente o próprio Millonários dirá o verdadeiro preço. Mas, para não ter dúvidas, voltarei à Praça da Alfândega para refazer a enquete com a torcida tricolor: qual será o resultado do jogo de volta na Colômbia?

terça-feira, 30 de outubro de 2012

La mano de adiós

Nesta terça-feira, passou pelo estande da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) na Feira do Livro de Porto Alegre, Gonzalo – argentino escolhido por uma marca de refrigerantes para protagonizar uma nova promoção. Torcedor do Racing e fanático por futebol, o tal foi questionado se sabia quem era o aniversariante do dia. Inocentemente, respondeu que não. Quando ouviu a resposta ‘Diego Armando Maradona’ esbravejou: “¡Dios, es verdad, hoy es 30 de octubre!”. Era como se Gonzalo estivesse cometendo um sacrilégio ao esquecer o ‘cumpleaños’ do ‘Pibe de Oro’.

Pois exatamente no dia em que Maradona completa 52 anos de vida, somos obrigados a lembrar daquele que certamente não foi seu gol mais bonito, mas o mais emblemático com certeza: o gol de mão contra a Inglaterra, pelas quartas-de-finais da Copa do Mundo de 1986. A famosa ‘mano de Dios’. Tudo porque o STJD, com a benção da CBF, decidiu ‘discutir’ a possibilidade de legalizar ou não o gol de mão de outro argentino, Hernán Barcos, na derrota do Palmeiras para o Internacional, no último sábado. Não se trata de uma discussão em um busca do bem do esporte, mas da legalização de um lance irregular. Fosse o contrário, a FIFA estaria reunida pela utilização da tecnologia a favor dos árbitros de futebol.

Aliás, é praticamente inaceitável que ainda atuemos na base do futebol de 50 anos atrás. Por que não introduzir a televisão para tirar dúvidas do juiz em uma partida? Falo em lances capitais! É uma questão de evolução. Ou não pense que o futebol nasceu assim como você consome hoje. A própria figura do árbitro, criada em 1872, teve de trabalhar por 20 anos sem um apito, e até 1970 sem o cartão amarelo no bolso. E ainda tivemos a colocação de redes nas metas, para auxiliar a visualização do gol. Enfim, é tudo uma questão de evolução! Se o gol de Maradona foi brindado com o apelido de ‘la mano de Dios’, o de Barcos bem que poderia ser chamado de ‘la mano de adiós’. O adeus ao futebol ultrapassado. Pena que o STJD parece pensar diferente.

Wason Lotería

O futebol colombiano é uma caixinha de surpresas. Nunca se sabe o que pode vir de um clube de lá. O atacante Wason Rentería, que passou pelo Internacional, é o exemplo concreto dessa tese. É capaz de protagonizar um golaço a la Pelé, em pleno Parque Central, contra o Nacional de Montevidéu; como não passar de um mero coadjuvante na partida. Ou seja, é difícil argumentar se o Millonários pode complicar a vida do Grêmio nesta terça-feira – mesmo o Grêmio tendo desfalques importantíssimos como Elano, Gilberto Silva e Kleber.

Pegando o jogo contra o Palmeiras, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, fica mais fácil ainda de entender minha tese. Em São Paulo, os colombianos foram derrotados por 3 a 1, mas em Bogotá foram à desforra: 3 a 0. Tudo isso contra um emergente Palmeiras, que luta para não cair no Brasileirão, e poupa seus jogadores da competição continental. Antes disso ainda, o Millonários foi capaz de ir ao Paraguai e golear o Guaraní por 4 a 2. Mas, depois, em casa, não saiu do empate por 1 a 1. Bipolaridade total!

Pois Rentería foi alvo de inúmeras brincadeiras quando passou Porto Alegre. Isso porque, quando anotava um gol com a camisa colorada, puxava do calção um gorro e um cachimbo, e saia saltitando igual ao Saci (mascote do Inter). E aí se levantava a questão: aonde o atacante escondia sua parafernália durante a partida? Antes que os maldosos ensaiem um sorriso, eu respondo: no mesmo lugar onde esconde seu futebol, sabe-se lá onde! Tudo não passa de uma loteria. Se os colombianos encontrarem este futebol digno de Pelé, estarão realmente milionários. Caso contrário, o Grêmio pode carimbar seu passaporte para a semifinal.

domingo, 28 de outubro de 2012

A escola maldita

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Romildo de Jesus (Lancepress)

De qual escola do futebol seu time pertence? Há um bom tempo eu não pensava nisso, mas os atos da 33ª rodada do Brasileirão me fizeram refletir que realmente isso pode influenciar vida profissional de um atleta. Foi o técnico colorado Fernandão quem deflagrou esta filosofia ao comentar o gol de Barcos, anulado na vitória do Inter de 2 a 1 sobre o Palmeiras: “Para ludibriar com a mão, cá entre nós, tem que ter uma boa escola disso", declarou o treinador.

Fernandão fez uma leve referência ao gol de Maradona, na Copa do Mundo de 1986. A escola argentina, para ele, foi feita com ‘La Mano de Dios’, desviando do goleiro inglês. Uma pena, mas no México não tínhamos uma câmera a cores, muito menos um quarto árbitro auxiliado por um delegado de arbitragem para lá de astuto, capaz de invalidar um tento já marcado pelo juiz principal. Ótima atitude! Não vejo motivos na reclamação palmeirense, afinal de contas o braço do centroavante se destaca sobre Muriel. Mão! Ninguém quer prejudicar o Palmeiras, mas beneficiar o futebol. O futebol é jogado com os pés: foot-ball!

Agora não precisa exagerar, né?! O atacante Leandro, do Grêmio, levou tão a sério o bolapé que não soube se livrar da pelota na hora certa. Seria esta a escola brasileira? Maldita escola! O placar já estava 1 a 1, quando o camisa 21 ficou cara a cara com o goleiro do Bahia. "Ele preferiu a jogada bonita, quando poderia ter optado pela eficiência", definiu Vanderlei Luxemburgo. Fosse o contrário, o Tricolor voltaria de Salvador com 3 pontos na bagagem. E, no final de tudo, me peguei pensando o que é melhor: a escola argentina que tenta o gol a qualquer custo, ou  a escola brasileira que valoriza a posse da bola acima do gol? Um dia eu ainda respondo...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Um Saci meio Robin Hood

Tal qual o Saci Pererê, mascote colorado, Robin Hood é um personagem mítico da cultura inglesa. Presente no século XIII, o tal seria um ladrão das florestas, que roubava dos aristocratas para entregar as moedas aos mais pobres. O nosso Saci, na cultura brasileira, também vive em florestas, mas este ano anda dando uma de Robin Hood. A grande dúvida é de que maneira irá agir neste sábado.

Já se viu que contra os grandes times do campeonato, o Internacional vem sendo um leão – que o digam Atlético-MG e Vasco da Gama, últimos derrotados. Por outro lado, acabou sucumbindo diante de adversários que brigam contra a zona do rebaixamento – Atlético-GO e Figueirense. Pois o próximo jogo será contra o Palmeiras, um grande clube, mas que vive péssima fase no certame nacional. E agora, será tratado como aristocrata ou plebeu?

Sátiras à parte, a verdade é que o Inter praticamente sacramentou a ordem dos quatro primeiros do campeonato. Ao vencer os mineiros do Atlético, por exemplo, o Colorado entregou o título ao competentíssimo Fluminense. E, ao bater os vascaínos, facilitou a permanência do São Paulo no G-4. Há quem acredite que o Inter está fazendo um bem a si mesmo, sem jogar a toalha, mas vejo que o papel colorado nesta fábula é um coadjuvante de luxo, um Robin Hood à brasileira – ou um Saci da cultura inglesa.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O homem do futebol de Koff

Para os portugueses, o nome de Rui Costa cintila como um dos maiores do futebol nacional. Multicampeão por Milan, Fiorentina e Benfica, o meio-campista pendurou as chuteiras em 2008 e, desde então, atua como diretor esportivo do clube lisboeta. E o que o Grêmio tem a ver com isso? Pois bem, no dia 5 de novembro, quando Fábio Koff retornar de sua folga em Nova York, Rui Costa deve ser anunciado o ‘homem do futebol’ no vestiário gremista em 2013. Não, não é o ex-jogador da Seleção Portuguesa que está assumindo o Tricolor, mas o antigo assessor de Duda Kroeff. Lembra dele?

Depois de passagens pelos Departamentos de Administração e Jurídico, Rui Costa assumiu como assessor de futebol no meio de 2010. Ao lado de Alberto Guerra, teve a missão de tirar o Grêmio de um iminente rebaixamento que se desenhava após desastroso início de Silas no Brasileirão. Um dos primeiros passos da dupla foi a contratação do ídolo Renato Portaluppi como treinador e, a partir dali, o país viu uma arrancada incrível que colocou o clube no G-4, classificando-o para a Libertadores do ano seguinte.

No entanto, Rui Costa não teve a oportunidade de disputar a maior competição da América devido à mudança na presidência (Paulo Odone foi eleito). Agora, irá retomar o comando do futebol justamente aonde o deixou: na Libertadores. Ao seu lado não estarão mais Duda Kroeff ou Alberto Guerra. O mandatário será Fábio Koff, o colega assessor deve ser Omar Selaimen e o gerente de futebol deve ficar entre Paulo Angioni (hoje no Bahia) e Felipe Ximenes (do Coritiba). Perguntado sobre isso, Costa não confirma, mas deve ser oficializado: “Sou lembrado porque passei pelo futebol recentemente, mas não tem nada certo. Vamos deixar o Dr. Fábio Koff confirmar”. Rui terá um grupo diferente consigo, mas o mesmo objetivo: encerrar o trabalho iniciado em agosto de 2010.

Vacina contra febre amarela

Foto: Fabiano do Amaral (Correio do Povo)
 
Um dia antes de entrar em campo, os jogadores do Grêmio foram levados para serem vacinados contra a febre amarela. Tudo porque a direção já pensava na viagem à Colômbia, de onde viria o adversário das quartas de final da Copa Sul-Americana: o Millionários. Pensei com meus botões que a precipitação podia cobrar seu preço, e o Barcelona de Guayaquil podia cometer um crime. Mal sabia que os equatorianos viriam fardados de amarelos a Porto Alegre. Mas por pouco o crime não aconteceu!

Quando Mina inaugurou o placar no Olímpico, lembrei do meu temor. O estádio inteiro, garanto, lá em seu íntimo, suou frio. O Grêmio não jogava bem, tropeçava nos próprios erros. Eis que a febre amarelona deu as caras. Em cruzamento despretensioso de Anderson Pico, o zagueiro Perlaza foi afastar e, num belo carrinho, atirou contra a própria meta. De lá para cá, o medo virou festa, e Zé Roberto tratou de garantir, com uma cobrança de falta magistral, o vira-vira para 2 a 1. Alívio!

Dizem que as contraindicações da vacina contra febre amarela são um leve febril, dor de cabeça e até um certo desconforto muscular. Enfim, não sei se os atletas gremistas tiveram estes problemas em campo, mas pode-se dizer que já estão imunes às intempéries de Bogotá. Que venha o Millionários agora!

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Joga quando quer

Os 2 a 1 conquistados diante do Vasco, em pleno São Januário, comprovam uma coisa: o Inter joga quando quer. Contra um adversário direto, os colorados não tiveram consideração pelo fator mando de campo e voltaram para Porto Alegre com três pontos na bagagem. A questão que deve ser feita é por que estas vitórias não vieram nas duas últimas rodadas, contra rivais teoricamente mais fáceis (Atlético-GO e Figueirense)? Enfim, pode ser uma reação, como também pode ter sido o último suspiro antes da morte.

Há tempos a torcida colorada exigia esta vontade, esta raça verdadeiramente castelhana. Com duas jogadas idênticas – passe maravilhoso de D’Alessandro e gol de Forlán -, o Inter descobriu o caminho do sucesso. Mas não dá para dizer que a atuação foi 100% aprovada. Primeiro o Colorado precisou ser instigado, provocado. Através do lateral Jonas, um renegado do Beira-Rio, os vascaínos cutucaram a onça com a vara curta. A partir de então ninguém segurou os castelhanos vermelhos.

D’Alessandro voltou a ser o velho maestro que foi na Libertadores 2010 e Sul-Americana 2008; Forlán o mesmo craque da Copa do Mundo da África do Sul. O problema é que na próxima rodada, os comandados de Fernandão terão pela frente o Palmeiras. Sim, o mesmo Palmeiras que sofre na briga contra o rebaixamento. E aí, será que voltarão os sonolentos D’Ale e Forlán, ou permanecerão os craques? Qual o Inter que entrará em campo agora? Quem tiver a resposta, eu pago um almoço.

Entre a Libertadores de 98

Vasco da Gama e Barcelona de Guayaquil. Os adversários da dupla Gre-Nal desta quarta-feira já realizaram uma final de Libertadores. Em 1998, cariocas e equatorianos se encontraram na decisão da maior competição continental e os vascaínos acabaram levando a melhor nos dois duelos – com show de Luizão e Donizete.

Desta vez, o jogo será Inter x Vasco – que, convenhamos, está bem longe daquela patrola que eliminou River Plate, Cruzeiro e o próprio Grêmio há 14 anos. Daquele plantel ainda restaram o lateral-esquerdo Felipe e o meia Juninho. Além disso, o Colorado também está distante do time de 1998. Se hoje os colorados reclamam de Forlán, D’Alessandro e outros, o que dizer da equipe com Enciso e Sandro Sottilli, que caia já na primeira fase da Copa do Brasil para o modesto América-MG (que via Gilberto Silva surgir). Enfim, não há motivos para a massa vermelha temer tanto São Januário nesta noite!

E Grêmio x Barcelona de Guayaquil? Em 1998, Sebastião Lazaroni comandava uma renovação do time multicampeão da década de 90. Tinga e Ronaldinho surgiam da base, enquanto Guilherme e Scheidt lideravam dentro de campo. Dá para dizer que o atual elenco está mais consolidado e com um melhor treinador, não? Já o Barcelona, de lá para cá, caiu bastante de produção. Cevallos, Delgado e outros formavam a base da seleção equatoriana que viria a alcançar a primeira classificação para uma Copa do Mundo em 2002. Hoje, este Barcelona não assusta tanto. Pelo visto, os 14 foram bem mais generosos com a dupla Gre-Nal.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

A falência do Campeão de Tudo

O Campeão de Tudo faliu! Não estou falando do Sport Club Internacional em si, mas do slogan adotado após a conquista da Copa Sul-Americana em 2008. É nesta ideia que se apoia o movimento Convergência Colorada, que tentará devolver o status de ‘Clube do Povo’ através da candidatura de Sandro Farias, oficializada nesta terça-feira: “Este discurso passa uma ideia de acomodação”, declarou o candidato à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9).

Sandro Farias concorrerá pela segunda vez ao cargo máximo do Inter, repetindo 2010. No último pleito colorado, disputou com Giovanni Luigi e Pedro Affatato, mas não passou do primeiro turno. Desta vez terá como oponentes o mesmo Luigi (buscando a reeleição) e Luiz Antônio Lopes – que terá como braço direito Vitório Piffero. Já o ‘homem do futebol’ de Farias será João Patrício Hermann: “Já esteve no vestiário, é o nome ideal”, definiu Sandro.

Dentre os alicerces do Plano de Gestão do Convergência Colorada, aparecem a profissionalização total dos cargos diretivos, além da contratação de profissionais experientes para diferentes áreas: futebol, administração e comunicação. E, claro, a devolução do ‘Clube do Povo’, no lugar do ‘Campeão de Tudo’.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Felipão e Luxemburgo em Porto Alegre

Conversava nesta segunda-feira com o jornalista Rodrigo Russomano sobre algo que ele escreveu no Twitter e me fez pensar: “Felipão e Luxemburgo treinarão a dupla Gre-Nal em 2013”. Analisei a corrida política dos clubes gaúchos e concordei com a sua tese. Independente de qual lado irão se posicionar, os dois treinadores têm grandes chances de iniciar o próximo ano em Porto Alegre.

Eleito novo presidente do Grêmio, Fábio Koff declarou que não pensa em outro treinador a não ser Vanderlei Luxemburgo. A frase, dizem, não teria caído muito bem nos ouvidos de Luiz Felipe Scolari, que nutria uma certa esperança de ser chamado por aquele que o dirigiu no Olímpico durante a década de 90. Assim, Felipão estaria disposto a ouvir qualquer outra proposta – inclusive do Internacional, clube do coração de dona Olga (esposa do técnico). O grande problema passa pela eleição presidencial do Beira-Rio.

Vitório Piffero (confirmado como vice de futebol em caso de sucesso de Luis Antônio Lopes nas urnas vermelhas), já tentou contratar Felipão em 2010, para substituir Jorge Fossati na reta final da Libertadores. Não obteve resposta positiva. Poderia tentar de novo, ou procurar um novo nome: "Não tenho um nome, tenho um perfil. Um perfil vencedor e experiente", declarou Piffero em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Aliás, o próprio dirigente declarou em outra oportunidade que admira o trabalho de Luxa. Ou seja, em resumo: se Koff abraçar um, o Inter vai no outro. Que sinuca! Que 2013!

domingo, 21 de outubro de 2012

O campeão voltou!

Eu entrevistava Hugo de León, quando parou ao meu lado um homem e uma criança. “Meu filho, este cara aí é aquele que está no pôster do pai com a cabeça ensanguentada, segurando a taça”, disse o cidadão. Esta cena resume as eleições presidenciais do Grêmio neste domingo. Com o apoio de verdadeiros centauros da história tricolor, Fábio Koff foi escolhido o presidente do biênio 2013-2014.

E não foi somente De León que marcou presença no ‘Velho Casarão’. Passaram por ali também Iúra, China, Mazaropi, Adílson, Arílson e Jardel. Uma verdadeira seleção de ídolos escalada para recolocar o líder das conquistas de 1983 e 1995 de volta ao trono gremista. Por isso, não há demérito algum nas derrotas de Paulo Odone e Homero Bellini Júnior. Era preciso muito mais do que uma Arena nova e reluzente, ou um projeto para lá de elaborado. O torcedor ainda vive de resultados dentro de campo, e talvez para sempre viverá.

E é com o desejo de que novos mitos sejam criados, que a maioria dos sócios gremistas (57% dos votos) optou pela eleição de Koff. A esperança é de que as conquistas de outrora se repitam. “Meus dois filhos ainda não viram o Grêmio sair campeão”, reconheceu o candidato Homero. Já Odone preferiu ser mais enfático: “Perdi a eleição para uma legenda”. Mas logo depois emendou: “Quero convocar a todos que já a partir de amanhã estejam unidos em torno do Grêmio”. Assim foi nas décadas de 80 e 90 e, se não repetir a fórmula, longos anos de jejum virão novamente, com cada vez mais grupos políticos divididos.

sábado, 20 de outubro de 2012

A última vez de Tcheco

Testemunhei os últimos passos de Tcheco no gramado do estádio Olímpico. Atual auxiliar técnico do Coritiba, o ex-jogador do Grêmio deixou o campo a passos lentos, falando para cada uma das rádios de Porto Alegre, enquanto era ovacionado pelo torcedor tricolor. Nem parecia que o jogo disputado havia encerrado com empate frustrante em 0 a 0. Foi a despedida do camisa 10 mais idolatrado pelo clube nos tempos modernos, e ela aconteceu em um momento bem simbólico.

Ao tropeçar em casa diante do Coxa, o Tricolor vê o São Paulo colar no seu encalço cada vez mais. Estão deixando o time do Morumbi chegar! - a exemplo do que aconteceu em 2008, quando a equipe capitaneada por Tcheco entregou um campeonato aparentemente ganho. Por causa principalmente deste desempenho, o meia ficou marcado como a figura principal de uma década em que o clube não teve títulos de expressão. Foram 4 anos de entrega máxima, mas um selo de ‘azarão’. Coincidentemente, ambos (estádio e atleta) deram-se adeus neste sábado com um resultado nada favorável para os gremistas, que veem o primeiro e segundo lugares ficarem cada vez mais distante.

Nas próximas temporadas, quando Tcheco retornar a Porto Alegre, seja para passear ou enfrentar o Grêmio, terá de pisar na Arena. Pode ser que até lá se inaugure uma nova Era, de vitórias e conquistas. Mas, sem dúvidas, esta noite entrou para a história do ‘Velho Casarão’.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Amuleto da sorte

Mesmo que ainda tenha pequenas chances de título, é melhor o Grêmio abrir o olho com o G-4. Se der mole para o Coritiba neste sábado, poderá ver o São Paulo encostar de vez nas suas costas. Porém, se depender do retrospecto em casa contra os paranaenses, os tricolores podem ficar tranquilos - são 14 vitórias, 5 empates e apenas duas derrotas. O detalhe fica na última vez que o Coxa saiu de Porto Alegre com uma vitória: 1996.

Naquele ano, o meia Alex era apenas um menino de 19 anos e, do banco de reservas do Olímpico, assistiu o time alviverde vencer o futuro campeão brasileiro por 2 a 0, com gols de Basílio e Pachequinho. Aliás, foi na vaga deste último que Alex entrou, aos 89. Foram poucos minutos em campo. Depois disso, na temporada seguinte, o jogador se transferiu para o Palmeiras e virou destaque nacional.

Desta vez, Alex não estará em campo, ou muito menos no banco. Repatriado da Turquia, o meia (que chegou a estar nos planos de Vanderlei Luxemburgo como novo reforço gremista), até assinou contrato com o Coritiba, mas só poderá fardar e jogar em 2013. Mesmo assim, a torcida e a direção tentam fazer da sua contratação um ânimo a mais para o Coxa nesta reta final de Brasileirão. Mas, pelas palavras do repórter Rafael Porto, da Rádio Transamérica, vai ser difícil: "Pode haver uma injeção de ânimo contra o Grêmio, mas a chegada do Alex só vai influenciar para 2013", disse em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Pelo jeito, sem os destaques Deivid, Lincoln e Ayrton, a única maneira do Grêmio perder é o Coritiba deixar seu amuleto Alex sentado, ao menos, no banco de reservas neste sábado - o que não deve acontecer!

Turismo e protesto no parque

Uma cena inusitada, relatada pelo repórter Henrique Pereira, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), ilustra como está o atual momento do Internacional. Os jogadores treinavam no Parque Gigante, na manhã desta sexta-feira, quando um ônibus de turismo passou em frente ao local. Nada anormal, até porque o estádio colorado pertence ao itinerário turístico percorrido pelo veículo, não fosse um ato. Um dos passageiros se levantou, e lá do alto da Avenida Beira-Rio gritou: “Fernandão, pede para sair!"

As margens do Lago Guaíba já ouviram de tudo: protestos contra o presidente Giovanni Luigi, contra Bolívar e até mesmo pedidos de ‘Fica, Celso Roth’. Porém, Fernandão é um novo e surpreendente alvo. Há bem pouco tempo, os torcedores procuravam o estádio para pedir autógrafos e tirar fotos com o capitão do Mundial de 2006. Agora, no papel de treinador, ele é execrado. Isso, por um lado, é bom. Pois mostra que o torcedor vermelho sabe discernir o ídolo do técnico da equipe que vem em baixa no campeonato.

Resta saber como Fernandão receberá esta crítica. Para ele, receber apupos da imprensa era mais uma implicância pela sua falta de experiência no cargo. Tomara que ele não pense o mesmo quando o torcedor se levanta do alto de um ônibus para pedir sua saída. Infelizmente, Fernandão acelerou os fatos. Assumiu o time na hora errada – para ambos, ele e clube. Enfim, talvez não tivesse outra oportunidade. Até porque, como o próprio já qualificou: ‘o cavalo não passa encilhado duas vezes’. Mas, desta vez, quem passou foi o ônibus de turismo de Porto Alegre.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O ato falho da reeleição

A semana parece decisiva para que Giovanni Luigi decida se será candidato à reeleição no Internacional. Nesta quarta-feira, durante a visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, o mandatário colorado prometeu resposta para até sexta. No entanto, sempre que perguntado sobre o pleito, acabava desviando o assunto para as obras do Beira-Rio e a vistoria que estava sendo realizada. Nada mais do que o normal. Porém, em um outro momento, foi pego de surpresa.

O Inter se preparava para entrar em campo, para enfrentar o Figueirense, e Luigi concedia entrevistas a repórteres na beira do gramado. Eis que de supetão, o repórter César Fabris, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) emendou o questionamento: “o senhor está preparado para a reeleição?”. De bate-pronto, Luigi respondeu: “SIM!”. Como sim? A surpresa também foi do repórter, que devolveu: “Então o senhor será candidato?”. Ele gaguejou e despistou: “Ainda vamos ver isso.

Pode ter sido um mero engano, ou um simples ‘ato falho’ – como explica a psicologia. A informação é que a situação está tendo grandes dificuldades em achar um candidato capaz de bater de frente com a oposição (que tem Vitório Piffero como principal avalista). Os homens que passaram pelo departamento de futebol ainda são nomes inexpressivos para chegar à presidência – Luciano Davi, Luis Anápio Gomes e Cuca Lima. Portanto, se Giovanni Luigi não assumir a bronca, terá de entregar o cargo a Luis Antônio Lopes.

O passado e o futuro na mesma mesa

Foto: Lucas Uebel (Jornal O Sul)

Quando Paulo Odone não compareceu ao debate da Rádio Guaíba na semana passada, pensei que seria uma retaliação por conta da declaração do presidente, duvidando da imparcialidade da emissora na cobertura das eleições presidenciais do Grêmio. Depois disso, para reforçar minha suspeita, o jornal Zero Hora realizou um encontro com os três candidatos (além de Odone, Homero Bellini Júnior e Fábio Koff). Entretanto, nesta quinta-feira, quando se havia marcado uma mesa redonda com o trio na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o atual mandatário tricolor novamente deixou de lado e não compareceu – mesmo depois de ter confirmado presença. O que posso pensar disso?

Mesmo tendo vários amigos lá, não posso defender a imparcialidade dos jornalistas da Guaíba e do Correio do Povo por não conviver no dia-a-dia da empresa. Porém, posso falar do trabalho da Rede Pampa, e atesto que em nenhum momento a equipe fez campanha para um ou outro. Assim, quero entender que a ausência de Odone não foi um ato de retaliação. Contudo, não tenho outra maneira de ver o fato senão um desrespeito com os torcedores/ouvintes e, mais do que isso, com os profissionais que se engajaram em organizar um programa elaborado, com perguntas específicas em que cada candidato pudesse expor seus projetos – sem a intenção de ver um ataque pessoal constante entre estes.

Enfim, posso apenas analisar as palavras de Homero e Koff (os mesmos, aliás, que se fizeram presentes nas entrevistas do primeiro turno). E destes, apreendi muitos pontos de convergência nos discursos: a preocupação com as categorias de base, o marketing, a profissionalização do futebol e até mesmo a despolitização da Arena. A única e maior diferença fica no plano pessoal. Enquanto Koff se apega às suas gestões vencedoras do passado, Homero pede uma chance para o “melhor projeto” voltado ao futuro. O ideal seria tê-los juntos, lado a lado, na mesma gestão. Não será possível, mas não tenho dúvidas de que, independente do resultado das eleições no domingo, no que depender destes dois, o Grêmio estará em boas mãos – ou cabeça. De Odone, infelizmente, eu não posso falar nada.

Esforço inútil

O Grêmio despendeu um esforço enorme na noite desta quarta-feira. Pariu uma bigorna para empatar com o Fluminense, na garra e na raça, por 2 a 2. Em pleno Engenhão, e com um jogador a menos, o Tricolor Gaúcho só foi encontrar a igualdade no placar aos 40 minutos do segundo tempo. Um ato de heroísmo, diria o mais ufanista. Um esforço inútil, para o mais realista. Para que tamanho heroísmo se a liderança segue distante, 11 pontos à frente?

Às vezes é melhor poupar as forças. Que o diga Marcelo Moreno! Encarou aeroportos, cansaço e viajou de La Paz – onde disputou partida com a Seleção Boliviana pelas Eliminatórias – para o Rio de Janeiro. Parecia tudo um ato de heroísmo e amor à camisa gremista. Pois bastaram míseros 43 segundos em campo para comprovar que era melhor ter ficado na altitude da Bolívia. Nem bem aqueceu os músculos, acertou uma cotovelada em Rafael Sobis e acabou expulso. Por causa sua, o Grêmio se viu obrigado a correr o dobro do que deveria.

Mas, pelo jeito, o cartão vermelho será relevado. Uma multa certamente será apresentada ao boliviano, contudo o técnico Vanderlei Luxemburgo tratou de por panos quentes já na entrevista coletiva. E, pior que isso, valorizou o ponto conquistado diante daquele que chamou como “virtual campeão”. É uma pena, pois não me parece estratégia do comandante. Ele realmente parece ter atirado a toalha. Agora, nas palavras dele, o foco será pelo vice-campeonato e a vaga direta para a Libertadores 2013. Mas, por favor, desta vez sem heroísmos, ok?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Com a cabeça longe

Foto: Alexandre Lops

O Internacional foi mais uma vez constrangedor. Mesmo dentro de casa, o Colorado foi derrotado novamente por um componente da zona do rebaixamento. O algoz da vez foi o Figueirense, que virou para 3 a 2 uma aparente vitória vermelha. Ao final do jogo, protestos no pátio do Beira-Rio fizeram lembrar o velho Inter da década de 90, com suas decepções no gramado e sua divisão política cada vez mais escancarada. A verdade é que o Inter está com a cabeça longe, quem sabe em 2013.

De cara, o time que Fernandão escalou para entrar em campo não teve a presença de um articulador (com três atacantes e três meias defensivos). D’Alessandro, incrivelmente, amargou o banco de reservas até o início da segunda etapa. E quando o placar ainda estava zerado, o gringo chamou o repórter César Fabris, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), e perguntou: “Quanto está o jogo do Grêmio?” Por que cargas d’água D’Ale queria saber o resultado do arquirrival? Aonde ele estava com a cabeça senão no jogo do próprio time?!

Independente do que aconteça com o Grêmio daqui para a frente, o torcedor colorado não tolera mais a crise que se instalou à margem do Lago Guaíba. Fernandão, na coletiva de imprensa, mais uma vez demonstrou sua insatisfação por ter visto vazar a informação que deixou o cargo à disposição na última rodada: “Só três pessoas participaram da reunião”, lamentou. Pois é, quanto mais o ano passa, mais a massa vermelha reza para acabar.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Esqueça o juiz!

Sei bem que em campeonato de pontos corridos não há final. Mas, se houvesse uma decisão ao menos, esta poderia ser o jogo desta quarta-feira. O duelo entre os Tricolores gaúcho e carioca, no Engenhão, pode enfim decretar o campeão de 2012. Contudo, antes mesmo do árbitro trilar o apito, os gremistas (principalmente os jogadores) têm de repetir como um mantra: “Esqueça o juiz! Esqueça o juiz!”

Desde o momento em que o diretor de futebol, Paulo Pelaipe, questionou os “benefícios” da arbitragem para o Fluminense, se instaurou um sentimento de roubo do lado azul do Rio Grande. Creditar os 11 pontos que hoje separam Grêmio e Flu da tabela de classificação aos erros dos juízes é querer esconder seus próprios problemas. Não há como excluir as qualidades do clube carioca, com Rodrigo Caetano, Abel Braga, Fred, Diego Cavalieri, etc. Se eles são líderes, o são por merecimento. Só existe um jeito dos gremistas virarem este jogo, e esta virada pode começar na noite desta quarta.

Porém, não se pode entrar em campo de birra com o juiz. Sandro Meira Ricci, o comandante do espetáculo, foi o mesmo que expulsou Kleber Gladiador contra o Palmeiras, tendo apenas 17 minutos de bola rolando. Mas e aí, o Grêmio já entra derrotado por causa disso? O primeiro passo para a derrota é pensar assim. Se ele, mais uma vez, errar contra os gaúchos, beneficiando os cariocas, aí caberá um protesto formal junto à CBF, um levante civil em Porto Alegre, mil cavalos amarrados no obelisco do Rio de Janeiro... Antes disso, joguem bola!

Começou a faxina

Acabou o Campeonato Brasileiro para o Internacional! Este não é um discurso externo – muito pelo contrário -, mas dá para se notar que a pré-temporada de 2013 começou no Beira-Rio. E o primeiro passo foi dado nesta terça-feira, com o início da limpeza do vestiário colorado, repleto de medalhões que não vem desempenhando aquilo que se esperava. Mesmo que Fernandão tenha negado, a informação é esta. Ele permanece como treinador do Inter, mas com uma condição: ter carta branca para realizar as mudanças que bem entender. E elas começaram!

Prova disso é o time montado para encarar o Figueirense nesta quarta. Ficaram de fora D’Alessandro, Kleber, Dátolo e Bolatti. A garotada, como Cassiano, Fred e Fabrício, ganhou um voto de confiança. "Que fiquem aqueles que querem fazer 8 grandes jogos. Quem não quiser, que procure a direção e peça férias", disparou o comandante. E perguntado se temia represálias, Fernandão logo emendou: "Eu me sinto ainda mais fortalecido. Se eu já estava com vontade, agora estou com mais vontade".

Agora o treinador terá consigo somente aqueles em quem verdadeiramente confia, o problema é que estes jogadores podem não ser o bastante para apresentar um bom futebol. A verdade é que, para a sorte dos colorados, o campeonato chegará ao fim em pouco tempo. Tivesse mais alguns meses pela frente, o cenário podia ficar ainda pior. Até porque, aos poucos, Fernandão se dá conta que a faxina deve ser feita não só no vestiário: "O que me preocupa é ter vazado o fato de eu ter colocado o cargo à disposição", relatou Fernandão - o faxineiro colorado.

Juntando os cacos e o sono

Depois do empate decepcionante com o Botafogo no final de semana, o Grêmio tenta juntar os cacos para encarar o líder Fluminense - naquela que pode ser a decisão do Brasileirão. E literalmente aos pedaços, o Grêmio vai chegando ao Rio de Janeiro. Isso porque o grupo só estará completo exatamente 2 dias depois do início da viagem.

A jornada começou ainda na segunda-feira, com o técnico Vanderlei Luxemburgo, mais alguns membros da comissão técnica, embarcando às 6h da manhã. Ao longo do dia, os jogadores foram deixando Porto Alegre separados em grupos – tudo por conta de problemas na malha aérea brasileira com o feriadão do dia 12. O plantel só estará completo na ‘Cidade Maravilhosa’ às 6h desta quarta-feira, quando Marcelo Moreno chegar, após o duelo entre Bolívia e Uruguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas. Antes dele, será a vez de Fernando (que sequer entrou em campo no amistoso da Seleção Brasileira diante do Japão), chegar da Polônia. O cansaço preocupa a comissão técnica... Mas não a direção!

Ainda no Olímpico, no domingo, o diretor-executivo Paulo Pelaipe comentava com os repórteres na sala de imprensa a operação montada para levar os atletas selecionáveis a tempo de encarar o Flu. “Eles vão jogar! Não precisa de voo fretado! Eles vão viajar de primeira classe, vão dormir melhor do que se estivessem em casa!”, declarou fora dos microfones. Esta é, quem sabe, a última cartada do Grêmio em busca do sonho do tricampeonato brasileiro.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Se as eleições fossem hoje, Luciano Davi

Enquanto o time anda patinando no Campeonato Brasileiro, a vida política do Internacional anda agitada. Não duvide, sócio- torcedor colorado, se seu telefone tocar e lhe for feita a seguinte pergunta: “se as eleições para presidente do Inter fossem hoje, e os candidatos fossem estes, em quem você votaria?” Isso mesmo, um instituto de pesquisa foi contratado para analisar a intenção de voto da massa vermelha! E, pasme, o candidato de situação colocado pela pesquisa é Luciano Davi, atual vice-presidente de futebol.

A aparição deste nome bate diretamente com a informação repassada no início desta tarde pelo jornalista Farid Germano Filho, na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), de que o então mandatário colorado Giovanni Luigi não concorrerá à reeleição. Conforme Farid, os argumentos apresentados pelo presidente são: questões médicas (Luigi enfrentou dores lombares durante todo este ano) e profissionais (a rodoviária de Porto Alegre passará por novo processo de licitação e a empresa de Giovanni tenta sua manutenção). Sendo assim, estaria o instituto trabalhando a favor dos movimentos de situação dentro do Inter? Sem Luigi, os nomes especulados internamente são Luciano Davi, Luis Anápio Gomes e Dannie Dubbin. Aparentemente, agora a bola da vez é Davi.

Mas não resta dúvidas que, com o afastamento de Luigi, a oposição já oficializada de Luis Antônio Lopes – apoiado por Vitório Piffero -, ganha muito mais força. Assim, só existem duas saídas para que o grupo de situação continue à frente do Inter: ou se faça uma chapa de consenso com Lopes, ou Fernando Carvalho ingresse de cabeça como homem do futebol em uma possível chapa. A segunda menção, pelo que se ouve por aí, não deve acontecer. Então, realmente o ano de 2013 deve ser de mudanças pelo Beira-Rio.

domingo, 14 de outubro de 2012

Botou fogo nas eleições

Foto: Lucas Uebel

O verdadeiro objetivo do Grêmio, que é ser campeão brasileiro, pode ter escorrido pelo ralo neste domingo. Com o empate em 1 a 1 diante do Botafogo, dentro de casa, aliado à vitória do Fluminense no Rio de Janeiro, o Tricolor acaba a 30ª rodada a 11 pontos do líder. Considerando que restam apenas oito rodadas para o final do Brasileirão, a direção resolveu mudar o discurso, dizendo que a vaga para a Libertadores é o foco, ou que pelo menos se está à frente do rival Inter. Mas, convenhamos, isso é muito pouco! O real sentimento é de fim de festa. E o pior é que o resultado do campo pode ter colocado fogo nas eleições do próximo fim de semana.

Em determinado momento da partida contra o Botafogo, o quadro era amplamente favorável aos gremistas. Tanto é que, ao marcar seu gol, Léo Gago correu em direção à torcida com seis dedos levantados nas mãos – simbolizando o número de pontos que separava o Grêmio do Fluminense (que até então era derrotado pela Ponte Preta). Imagine que na próxima quarta-feira os Tricolores se enfrentariam no Engenhão e, em caso de vitória gaúcha, a diferença cairia para 3 pontos. Resumindo: no sábado, contra o Coritiba, o Grêmio poderia assumir, enfim, o primeiro lugar da tabela. E aí, com todo este quadro favorável, o torcedor iria para as urnas no domingo. Quem será que seria eleito?

Acontece que o time não ajudou a política. Ou o inverso, a política atrapalhou o time. A prova é que neste domingo, quando o adversário deveria ser apenas e somente o Botafogo, a Brigada Militar foi obrigada a separar uma briga entre torcedores no pátio, antes do jogo. E, pior que isso, conforme comentou na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o candidato Fábio Koff teria sido vítima de agressões verbais e físicas por parte de simpatizantes de Paulo Odone – aliás, Koff chegou a insinuar que estas pessoas seriam “pagas” por Odone. O atual presidente, por sua vez, não quis comentar o caso. Temo demais pelo que pode acontecer daqui a 7 dias, pois não tenho dúvidas de que as eleições pegaram fogo desde já!

O boné da convicção

Foto: Agência Freelancer

Fernandão deixou o boné em cima da mesa. Após a derrota por 3 a 1 para o Atlético-GO, neste sábado, o técnico colorado se reuniu com os dirigentes e membros da comissão técnica e deixou o cargo à disposição. Veja bem, deixar o cargo à disposição é bem diferente de pedir demissão. No entanto, um desligamento não está descartado, até porque Fernandão sequer retornou de Goiânia (sua cidade natal). Porém, o vice de futebol Luciano Davi faz questão de tornar público que pretende o retorno do treinador. Nada anormal.

Digo isso porque foi o próprio Davi quem oficializou Fernandão como técnico de futebol, quando o ex-jogador era apenas um diretor executivo. Na ocasião, o vice-presidente destacou que só fez isso porque tinha convicção no conhecimento tático e de vestiário que via no capitão do Mundial colorado. Por essas e outras, se Davi demitir Fernandão terá que pedir o boné junto com seu treinador. É quase um ‘harakiri’ - o suicídio dos japoneses.

Resta saber se Fernandão quer continuar no Beira-Rio. Ele não apenas perdeu para o Atlético-GO, mas para o lanterna do Brasileirão, não conseguiu amenizar o vestiário colorado e só viu jogar os mais jovens (não os medalhões). Certamente, F9 está repensando sua escolha profissional. Vejo que se ele realmente sonha em ser técnico, que fique no Internacional. Entretanto, comece de baixo, treinando a meninada da base, até chegar novamente aos profissionais. Já o Inter, para ser campeão e ter um plantel recheado de medalhões, precisa de um comandante medalhão e experiente. Mas isso agora só para 2013, porque 2012 acabou.

sábado, 13 de outubro de 2012

Inter quer jogar na Arena

Em 2013, o Internacional pretende mandar seus jogos na Arena. Antes que os gremistas chiem, me apresso em explicar: trata-se da Arena Estrelada, estádio que está sendo construído pelo Cruzeiro de Porto Alegre, em Cachoeirinha (na região metropolitana). A informação foi confirmada pelo presidente cruzeirista, Dirceu de Castro, neste sábado na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Segundo o mandatário, duas reuniões já foram realizadas com a direção colorada: “Para o Inter seria bom, pois fica perto da Capital”, resume.

Conforme Dirceu, a nova casa estrelada terá capacidade para 16,5 mil pessoas e deve ficar pronto, capacitado para receber jogos de grande porte, a partir do final de março ou início de abril. Neste final de semana, o ‘Cruzeirinho’ (como é conhecido carinhosamente) pode ter disputado sua última partida no antigo estádio Estrelão. Derrotado por 1 a 0 pelo Brasil de Pelotas na Copa Hélio Dourado, o time porto-alegrense prepara as malas para Cachoeirinha.

Informações obtidas dão conta de que, para jogar na cidade vizinha de Porto Alegre, o Inter pode adiantar o pagamento de uma verba que será utilizada pelo Cruzeiro no término da obra. Em troca, usaria a Arena Estrelada durante o Campeonato Brasileiro, enquanto o Beira-Rio tem sua reforma acelerada visando à Copa do Mundo de 2014. Nem Dirceu de Casto confirma, muito menos a direção colorada. A verdade é que as tratativas estão para lá de adiantadas.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Um carioca de cada vez

Nove pontos em nove rodadas: esta é a distância que o Grêmio pretende preencher para chegar ao título nacional. É exatamente o que separa o Tricolor Gaúcho do Carioca. E no cálculo gremista, é necessário seguir vencendo, secar o Fluminense e principalmente triunfar no duelo direto – dia 17, no Engenhão. Aliás, pensando neste compromisso, o diretor Paulo Pelaipe fala em trazer Marcelo Moreno e Fernando, que estão com as seleções da Bolívia e Brasil, às pressas. Tudo para fazer do duelo com os cariocas a verdadeira final do Brasileirão.

Mas o Grêmio não pode esquecer que até o jogo contra o Flu, é preciso focar noutros cariocas. Neste domingo, é a vez de receber o Botafogo no estádio Olímpico. No ano passado, por exemplo, quando ainda nutria o sonho de alcançar o G-4, os tricolores assistiram frustrados a uma derrota, com gol de Loco Abreu. Desta vez o uruguaio não entra em campo, mas estarão lá Andrezinho, Seedorf e outros.

Além do mais, de nada adiantará vencer o Fluminense e tropeçar em partidas teoricamente mais fáceis. Vamos lembrar que em 2008 – ano em que ficou com o vice -, o Grêmio bateu o futuro campeão São Paulo duas vezes (dentro e fora de casa), mas entregou a taça justamente por erros imperdoáveis, como derrotas para o Goiás, Portuguesa, Vitória... É melhor seguir como estava até agora: pensando jogo a jogo. A bola da vez é o Botafogo.

Volta ao mundo em 80 dias

Muriel; Ratinho, Bolívar, Índio e Fabrício; Elton, Ygor, Guiñazu e Fred; Jajá e Dagoberto. Calma! Esta não é a escalação que Fernandão colocará em campo neste sábado, mas sim a que mandou na sua estreia pelo Internacional. O adversário era justamente este mesmo Atlético-GO. Naquela oportunidade, os colorados enxergavam no ‘Capitão América’ uma renovação em relação ao trabalho de Dorival Júnior. E, já na primeira apresentação, uma grata surpresa: goleada de 4 a 1 – com direito a gol de Jajá (foto).

Dezoito jogos e 82 dias depois, o cenário mudou completamente. A campanha não seguiu enchendo os olhos e o time mudou drasticamente. Bolívar e Jajá foram afastados do grupo; os garotos Jackson, Fred e Cassiano passaram a ser protagonistas e as contratações estelares (Forlán, Rafael Moura e Juan) ainda não disseram para quê vieram. É como se o mundo dos colorados tivesse girado rápido demais...tudo isso em menos de um ano!

O pensamento ainda é o mesmo: chegar ao menos na Libertadores da América. Fernandão segue apostando na meninada e, aos poucos, vai reciclando o vestiário vermelho. Se vai dar certo, é difícil responder. A verdade é que o Atlético-GO aparece como um marco na vida do treinador.

E o prêmio de melhor coadjuvante vai para...

Foto: Aldo Carneiro (Lance)

As estrelas saíram de campo, mas os coadjuvantes mostraram seu valor. Desfalcado de 5 importantes jogadores, o Grêmio venceu o Sport Recife por 3 a 1, na Ilha do Retiro, e alcançou a vice-liderança do Brasileirão 2012 pela primeira vez. O projeto de chegar a Libertadores está praticamente confirmado, agora resta correr atrás do sonho de ser campeão. Tudo isso graças aos coadjuvantes!

Quando todos pediram Julio Cesar na lateral esquerda, Anderson Pico estava lá para abrir o placar. Se Elano e Zé Roberto não deixaram o departamento médico, Marquinhos e Marco Antônio deram conta do recado. Não importa se Marcelo Moreno está na Bolívia, Leandro supriu a ausência com toda sua velocidade. E alguém sentiu a falta de Gilberto Silva? Naldo não! Todas estas estrelas menores, é claro, brilharam ao redor do astro rei do Olímpico: Vanderlei Luxemburgo: “Eu sempre pensei em título, está no meu DNA”, disparou após o jogo.

Alguém dirá que foi uma vitória simples, sobre um dos quatro possíveis rebaixados à Série B. Ora pois, o Grêmio nada tem a ver com isso. O azar é dos pernambucanos, que viram a estreia de seu novo treinador ruir diante do Tricolor e seus coadjuvantes. Aliás, está cada vez mais difícil escolher o melhor entre eles. Desta quinta-feira, fico com Leandro, mas tenho certeza que amanhã será outro destaque e, assim, o Grêmio comprova que tem fôlego de sobra para perseguir o Fluminense.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um novo Inter

Foto: Alexandre Lops

Que Forlán, que Rafael Moura, que D’Alessandro, que nada! A maior e mais convincente vitória colorada veio justamente quando nenhum deles atuou (ou pouco apareceu). Impiedosos 3 a 0 sobre o Atlético-MG! Sei bem que Ronaldinho não esteve em campo na noite desta quarta-feira, mas o Inter também não contou com seus melhores atletas e, ainda por cima, se viu obrigado a improvisar o volante Ygor na zaga. Parece que Fernandão encontrou seu time – ou pelo menos, quem está a fim de jogar com ele.

Jackson, Fred e Cassiano. Os autores dos gols demarcam o que é este novo Internacional. Um Inter mais rejuvenescido, onde os medalhões, se quiserem aparecer entre os titulares, vão ter que suar a camiseta. Veja o caso de Dagoberto, que entrou muito bem no segundo tempo. Pode ter sido o reflexo do discurso de Fernandão, sobre a ‘zona de conforto’, que está dando efeito agora. Enfim, aos poucos, se observa quem quer realmente abraçar a causa.

Porém, de nada adiantará se os medalhões voltarem das seleções e lesões, e simplesmente no carteiraço Fernandão devolvê-los à titularidade. Às vezes é bom amargurar um banco de reservas. Ainda mais quando a ‘gurizada’ está voando dentro de campo.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Três para fazer meio gol

Fernandão vive um dilema: qual a dupla de ataque que mandará a campo diante do Atlético-MG nesta quarta-feira? Sem contar com Forlán e Leandro Damião (convocados para as seleções uruguaia e brasileira), o técnico tem três opções – Cassiano, Dagoberto e Rafael Moura. Um deles deverá ficar no banco de reservas e, pelas informações recebidas apesar dos portões fechados, foram testados os dois primeiros. 

O comandante colorado deve ter pensado com os números. Desde que chegou ao Beira-Rio, Rafael Moura não mostrou grande desenvoltura, se lesionou e sequer balançou as redes adversárias. Enquanto isso, Cassiano, em apenas 7 partidas (entrando quando a bola já rolava), anotou 2 gols. Já Dagoberto foi o que mais marcou – são 9 gols – porém, esteve em campo 36 vezes. Estes números ajudam a explicar porque o Internacional tem o modesto 10º melhor ataque do Brasileirão.

Aliás, sobre os 3 atacantes especulados para iniciar o jogo desta quarta, os colorados podem somar a média de gols de todos eles que mesmo assim não dá 1 gol por jogo. Somadas as médias de Cassiano (0,28) e Dagoberto (0,25), o trio de ataque anotou 0,53 gol por jogo. Será que o duelo com os mineiros marcará o fim da crise colorada com as redes?

Grêmio da Copa do Brasil na Ilha

Para o duelo desta quinta-feira, diante do Sport Recife, o técnico Vanderlei Luxemburgo pode se deparar com uma situação negativa. Ao todo, 5 jogadores desfalcarão o Grêmio em plena Ilha do Retiro. São eles: Gilberto Silva, Zé Roberto e Elano (lesionados), Fernando e Marcelo Moreno (convocados). Enfim, o treinador e os torcedores irão se deparar com um quadro bem semelhante ao visto no primeiro semestre do ano, quando o Tricolor disputava a Copa do Brasil.

Quando foi eliminado pelo Palmeiras, na semifinal do torneio nacional, o Grêmio sentia a falta de uma qualidade maior no meio-campo. Sem Elano e Zé Roberto (que só chegaram em meio ao Brasileirão), Luxa utilizava três volantes e apenas Marco Antônio na articulação. Desta vez, no entanto, o meia terá a companhia de Marquinhos. Já no ataque, Kleber (após fratura no Gauchão) só apareceu na Copa do Brasil nos duelos decisivos contra o Palmeiras; Moreno, no entanto, chegou a ficar de fora em alguns jogos por problemas no ombro. As grandes novidades de lá para cá são Grohe no lugar de Victor e a entrada de Pará na direita, com a presença de Pico no lado esquerdo.

Enfim, será que o Grêmio da Copa do Brasil consegue bater o Sport Recife? Vale lembrar que o próprio clube pernambucano nem figurou na competição do início de ano. Os pernambucanos foram eliminados com goleada vexatória de 4 a 1, dentro de casa, para o Paysandu. Não chegaram nem nas oitavas-de-final! Portanto, não dá para saber como seria o confronto entre Grêmio e Sport no primeiro semestre. O duelo acontecera agora, nesta quinta, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Voltar e jogar... é só começar

Foto: Guilherme Araújo (TXT Assessoria)

Zona de conforto, que nada! O Internacional não dá tempo nem de seus atletas se recuperarem. Basta o jogador abandonar o departamento médico e começar o recondicionamento físico, que já está cotado para assumir a titularidade. Foi assim com Kleber e deve acontecer com Juan e Dagoberto.

Com as convocações de Guiñazu, Forlán e Leandro Damião, além da suspensão de Rodrigo Moledo, o técnico Fernandão será obrigado a escalar a dupla, que mal abandonou o ‘retreinamento’. Conforme relatou na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) o coordenador de preparação física do Inter, Élio Carravetta, voltar agora não seria o ideal, “mas o ideal não existe no futebol”. Ambos serão avaliados nos treinos desta segunda e terça-feira. Se nada sentirem, já estão automaticamente escalados para o duelo diante do Atlético-MG.

Caso Juan não esteja pronto, a zaga colorada que terá a missão de parar Bernard, Ronaldinho e Jô pode ter Jackson e Romário (Índio e Bolívar estão lesionados). No ataque, para enfrentar a defesa de Réver e Leonardo Silva, Cassiano e Rafael Moura serão escalados se Dagoberto voltar a sentir problemas. Enfim, o ritmo de jogo e o condicionamento físico certamente não serão os melhores, mas é preferível ter Juan e Dagoberto, não? No Inter vem sendo assim, pela quantidade de lesões, suspensões e convocações, é voltar e jogar.

Eleições e a pré-temporada gremista

A partir de janeiro de 2013, Bento Gonçalves terá um novo prefeito. Foi eleito neste último domingo o jovem Guilherme Pasin (PP), ganhando a disputa contra o atual dono do cargo, Roberto Lunelli (PT). A partir de então, a grande dúvida é se esta escolha das urnas pode modificar o local da pré-temporada gremista. Desde 2005 o Grêmio realiza suas atividades iniciais neste município (com exceção de 2011). Inclusive, foi Lunelli quem incluiu a pré-temporada da dupla Gre-Nal no calendário oficial da cidade.

Mas, em contato com a Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o cônsul do Grêmio em Bento, Antônio Frizzo, acredita que as eleições para a prefeitura não influenciem na estadia do clube na Serra: “No que depender de mim, Inter e Grêmio farão suas pré-temporadas aqui”, comentou. Contudo, se as urnas bento-gonçalvenses não afetam, outro pleito pode mudar os rumos dos primeiros treinos da próxima temporada: as eleições presidencias do próprio Grêmio.

Frizzo considera como certa a permanência da pré-temporada gremista em Bento caso Paulo Odone seja reeleito presidente. Entretanto, não acredita em grandes mudanças com um resultado diferente nas urnas: “Não tenho dúvidas que Homero viria e Koff tem raízes profundas em Bento Gonçalves. Não vejo as eleições do Grêmio como problema”, conclui o cônsul, que é apoiador de Odone. Enfim, independente do resultado, a 'Capital do Vinho' deve ser o destino do Tricolor gaúcho mais uma vez em janeiro de 2013. O aval ainda depende de Vanderlei Luxemburgo – se este for mantido no cargo, é claro.

sábado, 6 de outubro de 2012

Perseguição desleal

Fotos: Mauro Vieira (ZH) e Alexandre Lops (Inter)

O Grêmio se esforçou, suou, forcejou e, enfim, venceu o Cruzeiro. Abaixo de chuva, o Tricolor virou um jogo com ares dramáticos, na (quem sabe) última vez em que Celso Roth armou um retrancão no estádio Olímpico. Entretanto, a vitória de 2 a 1 só serviu para manter os gremistas na perseguição ao Fluminense, uma perseguição bem desleal.

O Fluminense simplesmente não perde e nem empata. Só faz vencer! Neste sábado, o time de Abel Braga bateu o Botafogo com seu placar de costume: 1 a 0, gol de Fred. Assim, permanecem os 9 pontos de diferença entre os tricolores. Não bastando isso, o Atlético-MG goleou o Figueirense por 6 a 0. Ou seja, se quiser ser campeão realmente, o Grêmio não pode se dar mais o direito de tropeçar. Todo mundo que está na frente ganha!


Mas se a missão dos gremistas tem se mostrado ingrata, o que dizer para os colorados? Para quem nunca venceu na Vila Belmiro, o empate em 1 a 1 com o Santos não é nenhum fim de mundo. Porém, enquanto o Internacional vive sua ‘empatite’, São Paulo e Vasco acordaram de vez para o Brasileirão. A cada rodada, os pontos que separam Fernandão e seus comandados do G-4 aumentam. É muito desleal!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Xavi da Barcelusa

Mesmo depois de ter sido convocado por Mano Menezes, Fernando terá de amargurar o banco de reservas no Grêmio. Mas tem uma boa explicação: estará na reserva de Xavi. Brincadeiras à parte, o técnico Vanderlei Luxemburgo resolveu promover Marco Antônio à titularidade para formar a dupla de volantes com Souza. O mesmo Marco Antônio que na Portuguesa campeã da Série B em 2011 era chamado carinhosa e exageradamente pela torcida local por Marco ‘Xavi’ Antônio. Afinal de contas, tratava-se da incrível ‘Barcelusa’!

Mas e aí, será que Luxemburgo está enxergando o Xavi que existe dentro de Marco Antônio? Com todo o respeito, mas não dá para entender a saída de Fernando do meio-campo. O comandante gremista vê, logicamente, uma melhor saída de bola no camisa 11. Enfim, até mesmo o verdadeiro Xavi já viveu seus dias de volante pelo Barcelona. Pode ser que o meia do Grêmio esteja descobrindo sua melhor função – mesmo que tardiamente.

Porém, já ouvi alguns argumentando que este era o real posicionamento de Marco Antônio na ‘Barcelusa’. Pura balela! No Canindé, o hoje gremista era o camisa 10, capitão e ainda cobrava faltas. Ou seja, praticamente o dono do time! Passavam por ele as jogadas ofensivas da equipe comanda por Jorginho que ora atuava no 4-4-2, ora no 4-2-3-1. E, nos dois esquemas táticos, Marco Antônio era o centralizador das jogadas (no máximo um meia-atacante). Nunca foi um volante! Chega a ser uma agressão se considerarmos que isso acontece justamente contra o Cruzeiro de Celso Roth.

Fome de bola ou corpo-mole

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

As lesões do Internacional estão sendo colocadas sob a névoa da suspeita. Após mais um jogador tombar no departamento médico, alguns torcedores começam a acusar o plantel de corpo-mole. A bola da vez é Leandro Damião. Tudo porque o centroavante volta da Argentina, onde esteve com a Seleção Brasileira, e tem oficializada uma entorse no tornozelo que o tira do compromisso contra o Santos, no final de semana. Mas se ele estava lesionado, por que se apresentou à seleção?! Esta é a pergunta que todos se fazem.

Porém, o questionamento mais grave nem é esse. Segundo o médico do Inter, Paulo Rabelo, a CBF foi avisada sobre as dores de Damião (sentidas ainda no duelo com o Cruzeiro, em Varginha). Entretanto, basta entrar no site da entidade máxima do futebol e averiguar na sessão de fotos que o camisa 9 colorado trabalhou normalmente com bola, em um treinamento realizado na última terça, no CT Joaquim Grava, do Corinthians. Então, refaço a pergunta: como pode um jogador lesionado treinar?

Para isso, há duas respostas: ou Damião está se esquivando de entrar em campo pelo Inter, ou só atuou no treino de São Paulo porque é “fome de bola”. Sinceramente, prefiro ficar com a impressão de que o atacante queria, a todo custo, mostrar serviço a Mano Menezes. Assim, a CBF lavou as mãos! Na cabeça do atleta, caso negasse uma convocação, poderia cair em desgosto com o treinador brasileiro – D’Alessandro, por exemplo, negou o Superclássico das Américas em 2011 por dores musculares e nunca mais apareceu na seleção argentina. Por isso, vou ficar com a imagem do Leandro Damião “fome”, dos tempos de várzea, e não o “corpo-mole” que alguns desenham.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

D’Alessandro perdeu a cabeça

Quando um jogador está próximo do fim da carreira, costuma dizer que o corpo não obedece mais. No entanto, D’Alessandro parece ter perdido a cabeça. Nesta quarta-feira, ao sentir novamente um desconforto muscular durante o treinamento, o argentino atirou o colete no chão e deixou o gramado mais cedo, com medo de apresentar nova lesão. Ao todo, nesta temporada, foram mais de cinco que prejudicaram a sequência do camisa 10. Tanto que, dos 52 jogos do Internacional no ano, D’Ale esteve em apenas 25 (sendo que em alguns foi obrigado a sair enquanto a bola rolava).

Há - dentro do Inter, inclusive - quem suspeite que o castelhano esteja fazendo corpo-mole. Os motivos alegados seriam as críticas de Fernandão ou até mesmo um atraso nos salários. A direção colorada jura de pés juntos que não é um, muito menos o outro. Mas então, o que estaria atrapalhando a continuidade do capitão colorado?

O próprio departamento médico, através do doutor Carlos Poisl, acredita que a lesão de D’Ale esteja na sua própria mente, seja psicológico. Ok, os problemas do meia podem até ser resolvidos com um divã. Mas não é muita coincidência que Índio, Kleber, Dátolo, Dagoberto, Rafael Moura e outros tenham apresentado tantas lesões em 2012? Parece que o 'pobre' D’Alessandro apenas esteja pagando pelos erros de preparação física colorada da temporada. Mas, ainda há quem suspeite do contrário.

Urna no vestiário

Parecia inevitável, e realmente o era: as eleições presidenciais adentraram o vestiário gremista. Nesta quarta-feira, Anderson Pico declarou para os repórter na coletiva de imprensa que sequer sabe quem são os candidatos ao pleito no próximo dia 21. Porém, este é um discurso público. Dentro das quatro paredes, no entanto, o que se vê é um cenário de preocupação. A reportagem da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) conversou com alguns jogadores, que se mostraram conhecedores e, mais do que isso, posicionados quanto ao rumo dos votos. “O Odone tem que ganhar, só assim o Luxemburgo vai ficar”, declarou um deles que pediu sigilo.

A missão do diretor executivo Paulo Pelaipe era manter o plantel longe das notícias políticas, mas é praticamente impossível. Todos têm acesso a notícias, veem TV, ouvem rádio, leem jornais e sites. E assim, instaurou-se o reflexo do medo. Na cabeça dos jogadores, se um novo presidente assumir o Grêmio, muitos dos atuais jogadores irão embora, além do atual treinador Vanderlei Luxemburgo.

Ouvindo, no entanto, os candidatos de oposição (Homero Bellini Júnior e Fábio Koff), se vê que a manutenção de Luxa é dada como vital para as pretensões do Tricolor em 2013. A presença de Pelaipe, no entanto, é tratada como mais complicada. Enfim, ambos prometem ao menos negociar a renovação dos contratos. Contudo, se uma urna fosse depositada no vestiário gremista hoje, Paulo Odone estaria reeleito com 100% dos votos praticamente.

A obra ruiu a Tríplice Coroa

E eu pensando que a Tríplice Coroa colorada eram os títulos da Libertadores, Mundial e Recopa. Que nada! A verdadeira é formada pela tríade Fernando Carvalho, Vitório Piffero e Giovanni Luigi. Com este tripé, o Internacional alcançou as grandes conquistas da década. Entretanto, as eleições presidenciais do final do ano apontam que a união rachou – e o principal causador disso tudo foram as obras do Beira-Rio.

O principal opositor da atual gestão, capitaneada por Luigi, promete ter Piffero à frente. Em uma cisão iniciada ainda em 2010, quando do início do projeto de modernização do estádio colorado. O candidato apoiado seria o atual presidente do Conselho Deliberativo, Luis Antônio Lopes. “Eu proponho a inclusão, e só vejo isso no Luís Antônio Lopes. O Luigi, em nenhum momento, procurou os vice-presidentes vitoriosos. Este é o caminho errado”, comentou Vitório à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), completando que de todos os vice-presidentes apenas Gelson Pires, da Comunicação, continuou no clube.

Disparou ainda contra a atual comissão técnica e o departamento de futebol: “Uma soma de inexperiências está conduzindo o Internacional". Por estas declarações já está escancarado para que lado irá pender Piffero: "Eu vou estar junto. Aonde eu não sei: na diretoria, bilheteria ou cortando a grama". Assim, resta saber aonde irá cair Fernando Carvalho – se com Luigi ou qualquer outro remanescente da atual gestão (hoje aparecem Dannie Dubin, Luis Anápio Gomes e Luciano Davi). Uma terceira via ainda aparecerá através do Convergência Colorada, com João Patrício Hermann ou Sandro Farias. O primeiro turno está marcado para 8 de novembro. De lá, apenas 2 candidatos passarão para a votação com sócios. Esperemos pelos próximos capítulos...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Ao menos um mascote

Apesar de não ter voltado de Minas Gerais com três pontos na bagagem, o Internacional tirou uma grande lição. Mesmo que D’Alessandro tenha apresentado uma boa recuperação das dores que o tiraram do jogo contra o Cruzeiro, participando do treino físico desta terça-feira, a delegação colorada ganhará um novo integrante: Jesús Dátolo.

A insatisfação do argentino alertou a direção vermelha. Em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o vice de futebol Luciano Davi comentou a declaração de Dátolo sobre deixar o clube caso o limite de estrangeiros o impeça de jogar: “Gostei demais da entrevista do Dátolo, achei ele bem realista. Conversamos com ele, disse que quer permanecer em Porto Alegre", relatou Davi. Sendo assim, para acalmar um possível incêndio, já se trata nos bastidores como possível a viagem do atleta para Santos, na sexta, onde o Inter jogará um dia depois.

A chance de Dátolo entrar em campo é quase mínima – já que os três estrangeiros estarão à disposição do técnico Fernandão. Porém, vá que D’Ale sinta um novo incômodo, Dátolo estará a postos, sedento para mostrar trabalho. Depois do Santos, aí sim as coisas podem mudar de figura. Contra os Atléticos Mineiro e Goianiense e Figueirense, Guiñazu e Forlán estarão servindo suas seleções, o que abre brechas na lista dos ‘castelhanos colorados’. Então, quem sabe, Dátolo poderá deixar de ser um mero mascote, acompanhando a delegação nas viagens.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Cabeção à solta

Foto: Leandro Behs (Zero Hora)

Nesta segunda-feira, uma notícia pegou em cheio todas as torcidas brasileiras: o meia Alex rescindiu seu contrato com o Fenerbahçe, da Turquia. Através da interatividade da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), os gremistas relembraram imediatamente que o Grêmio chegou a abrir negociações com o atleta no meio deste ano. Porém, ele preferiu cumprir seu contrato com os turcos até o fim. Agora Alex está livre. Será que o Tricolor voltará à carga?

Há 5 dias, Alex concedeu entrevista à Rádio Estadão/ESPN e disse que ouviria todas as propostas. Perguntado sobre seus ex-clubes – Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro -, o camisa 10 ainda citou o Grêmio e sua amizade com Vanderlei Luxemburgo. No entanto, uma outra relação pode estreitar os interesses.

Alex é casado com uma prima de André Krieger, ex-dirigente gremista. Aliás, em 2009, quando o Tricolor encarou o Cruzeiro pela Libertadores em Minas Gerais, o cartola foi visto jantando com o meio-campista no hotel onde o elenco estava concentrado (foto). Mesmo assim, Krieger assegurou a este repórter que não tem a mínima noção sobre o futuro do jogador: “Não estou sabendo de nada”, jurou. O que pode prejudicar um pouco o negócio neste momento é a indefinição quanto ao futuro político do Grêmio. Com as eleições entre Odone, Koff e Homero, Paulo Pelaipe não sabe se estará por aí em 2013. Já Krieger é partidário de Fábio Koff.